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Histórias em Quadrinhos e Ditadura Civil-Militar (1964-1985)

 

04/07/2011

Autor e Coautor(es)
Bruno Viveiros Martins
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Márcio dos Santos Rodrigues, Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Cultura
Ensino Médio História Memória
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Nesta aula, os alunos terão a oportunidade de compreender o papel  dos quadrinistas (isto é, roteiristas e desenhistas de Histórias em Quadrinhos) durante o regime ditatorial instalado no País a partir de 1964. Poderão ter conhecimento acerca das formas de resistência encontradas por parte dos quadrinistas para deslegitimar o regime e as justificativas de algumas editoras para compactuar com a Ditadura. Ao final, saberão contextualizar o meio editorial das Histórias em Quadrinhos no período, identificando os principais criadores e os principais temas da indústria de HQs.

Duração das atividades
Quatro aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O professor deve, anteriormente, ter trabalhado com os alunos acerca da produção de quadrinhos no Brasil, sobre o regime militar brasileiro (1964-1985) e a questão da censura nos meios de comunicação em geral. Além disso, deve ter pontuado em um momento anterior a especificidade  dos quadrinhos como  gênero discursivo, estabelecendo deste modo um diálogo com a disciplina Língua Portuguesa. Deve ter assinalado a característica formal de verbetes (isto é, textos informativos curtos que seguem um roteiro prévio).

Estratégias e recursos da aula

 Introdução:

Com a deposição de Jango da presidência, o Brasil passou a ser dirigido por governantes militares que impuseram ao País uma ditadura. Por 21 anos, o regime tentou controlar a sociedade em diferentes âmbitos. Uma das formas de controle utilizadas pelo governo ditatorial foi por meio da censura aos meios de comunicação em geral e às manifestações artísticas as mais diversas. Tudo aquilo que era tido como subversivo (segundo a ótica dos censores) deveria ser controlado e podado. Nesta aula, procura-se construir com os alunos um entendimento de como as Histórias em Quadrinhos (também conhecidas pela sigla HQ) se inseriam nesse contexto, avaliando se alguns quadrinistas estavam em consonância ou não com os ideais defendidos pelo regime e se foram objeto de censura. 

A sequência didática visa ainda a construir uma maior compreensão do mercado editorial responsável pela publicação de quadrinhos como objeto de discussão da História. As Histórias em Quadrinhos são ainda pouco utilizadas pelos historiadores – tanto na pesquisa quanto no Ensino de História. Sendo assim, estamos diante de um campo de estudos a ser explorado, ou melhor, de uma lacuna a ser preenchida –, já que, além do uso dos quadrinhos como material passível de ser problematizado em uma aula de História, estaríamos lidando com a vinculação da fonte em questão com o período da ditadura civil-militar brasileira.

Quadrinhos é um gênero discursivo. Sendo assim, para uma melhor compreensão deles seria necessário um um trabalho interdisciplinar com a disciplina língua portuguesa.

Para uma discussão aprofundada sobre a análise dos quadrinhos como gênero discursivo o professor pode consultar os seguintes artigos:

http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/outraspub/article/viewFile/435/394 (artigo "As histórias em quadrinhos como gênero discursivo contemporâneo", de Robson Santos Costa)

http://www.uel.br/eventos/sepech/arqtxt/resumos-anais/DaianeFMoreira.pdf (artigo intitulado "Trabalhando com gêneros discursivos: um gênero quadro a quadro; as histórias em quadrinhos")

 Convém ressaltar que quadrinhos são uma linguagem autônoma, com seus códigos particulares. Para maiores discussões sobre a especificade dos quadrinhos ver o vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=auCie_T6Mec&feature=player_embedded

 

AULA 1:

Na primeira aula, o professor deverá fazer inicialmente uma breve introdução acerca do tema a ser trabalhado, de modo a contextualizar os alunos sobre o período de vigência da ditadura imposta pelos civis e militares no Brasil.

Abaixo seguem algumas imagens de quadrinhos que circularam no período, que podem ser discutidas e trabalhadas pelo professor e pelos alunos  na breve introdução. São imagens que representam uma postura política tanto favorável quanto contrária ao regime ditatorial no Brasil. O professor pode escolher uma ou duas delas e, deste modo, conduzir a discussão com os alunos no sentido de identificar nelas os principais temas e posicionamentos políticos.

Para  discutí-las e explorá-las no processo ensino-aprendizagem, o professor deve se orientar pelas indicações sugeridas em recursos complementares e pelo seguinte roteiro de leitura:

1. Quem é(são) o(s) autor(es)?

2. Quando foi produzida?

3. Onde foi produzida?

4. A quem se destina?

5. Para quem fala?

6. Qual é a sua finalidade?

7. A temática desenvolvida nelas suscita polêmica?

 

Imagem 1:

Capa e contracapa de ContraAtaque. Um Quadrinho de Briga!, do mineiro LOR (Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues). Imagens disponíveis em: http://1.bp.blogspot.com/-yR_mTTiecQ8/TbcNKvtclGI/AAAAAAAAACU/TbZtbw6sTbs/s1600/Capa-Contra+Ataque.JPG e  http://3.bp.blogspot.com/-FRn_htwdZNI/TbcNbff8T7I/AAAAAAAAACY/ay1oGkaeywE/s1600/contracapa-Contra+Ataque.JPG

Sugestão: Além das perguntas do roteiro, o professor pode sugerir aos alunos uma reflexão a partir da seguinte pergunta: "O que a figura da caveira trajando vestimenta militar evocaria?" 

 

Imagem 2:

Contra Ataque, página 77. Imagem disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-jjcUmY8a2xk/TbcM_idSDnI/AAAAAAAAACQ/7Vt72Wxu0_M/s1600/pag77.JPG

Sugestão: Reparar como a diagramação da página (isto é, a forma como a página acima organiza seus quadros e cortes) tenta simular uma cela vista do lado de fora. O leitor é convidado a participar da cena e acompanhar o sofrimento da personagem de nome Otávio. O professor deve problematizar através da imagem a questão das prisões políticas e de outros atos arbitrários do regime militar.

Imagem 3:

 

 Capa da oitava edição de Judoka (disponível em: http://i79.photobucket.com/albums/j128/_ucha/Ebal/Judoka08.jpg). O título mensal começou a ser publicado a partir de abril de 1969 pela Editora Brasil-América Ltda. (EBAL) e durou quatro anos. Criado em substituição ao título do personagem norte-americano Judomaster, o Judoka era para ser tão somente um plágio. Porém acabou sendo um herói com personalidade própria e apresentou em suas aventuras uma articulação com o contexto da Ditadura militar brasileira (particularmente, pela questão do esporte).  Para maiores discussões sobre a personagem e a vinculação da editora que o publicava com o regime militar, ver o artigo “Artes marciais e ditadura brasileira: as histórias se cruzam. Disponível em: www4.uninove.br/ojs/index.php/dialogia/article/view/951/932

Sugestão: A capa de Judoka apresenta personagens femininas em atos terroristas. O professor a partir da capa deve sugerir aos alunos que percebam se ações terroristas aconteceram de fato ou se terrorismo era uma palavra utilizada pelas autoridades para deslegitimar qualquer contestação ao regime. 

Imagem 4:

 

Raio Negro 1, página 10. Raio Negro era um título calcado nos moldes da ficção científica. Apresentava as aventuras de um super-herói que, nos momentos vagos, era militar e teria participado, dentro daquele universo ficcional, da primeira missão brasileira ao espaço sideral. Imagem extraída do artigo “Raio Negro: um super-herói brasileiro entre disputas de mercado e de identidade (1965-1966)”, de Aline de Castro Lemos. ver http://www.fafich.ufmg.br/temporalidades/pdfs/4p59.pdf

Sugestão: A partir do roteiro de leitura, o professor deve sugerir aos alunos que reflitam se o autor da página acima, por apresentar o protagonista militar de maneira positiva, corroborava com o regime ou se usou a personagem como estratégia para que seus quadrinhos não fossem censurados.

Imagem 5:

   

 Sequência narrativa de Ziraldo sobre o Ato Institucional n.5. Disponível em: http://ziraldo.blogtv.uol.com.br/img/image/Ziraldo/2010/novembro/zoom/Pasquim19_11_2010.jpg

Sugestão: A partir da sequência narrativa acima, o professor pode sugerir aos alunos que reflitam sobre os impactos políticos do AI-5 (o professor pode se apoiar no seguinte texto http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/AI5)

 

Imagem 6:

Alcides Caminha (imagem disponível em: http://www.pictureboxinc.com/images/assets/personimage/bc51e16468b6216bf2a180cf546f8f3463c69797/c/308x308). Entre 1950 e 1980, sob o pseudônimo de Carlos Zéfiro, Alcides Caminha desenhou seus famosos e controversos “catecismos”, que circularam no País desafiando a censura, a moral e os bons costumes. Talvez tenha sido o quadrinista mais combatido pelo governo.

Sugestão: A partir da imagem acima, pode-se trabalhar alguns dos motivos pelos quais quadrinistas foram censurados.

Imagem 7:

Fradim, personagem criada por Henfil. A sequência acima expressa o pavor de setores da sociedade pelo comunismo  (disponível em: http://www.ensinoonline.com.br/provas/UFMT%20(Universidade%20Federal%20do%20Mato%20Grosso)/2008/images/Prova%20Azul_img_14.jpg).

Sugestão: Apesar de Henfil ter expressado uma crítica ao temor da sociedade pelo comunismo, ele teria essa orientação ideológica? O professor pode orientar o debate em torno do quadrinho acima, através desse questionamento.

Após a discussão preliminar, o professor deverá solicitar aos alunos que se dividam em três grupos. Cada grupo ficará responsável por uma pesquisa distinta, a ser realizada via Internet sobre a relação entre as histórias em quadrinhos e a Ditadura Militar. A pesquisa objetiva aprofundar a discussão preliminar e fazer com que os alunos também sejam também protagonistas do processo ensino-aprendizagem. A pesquisa será realizada individualmente nesse primeiro instante.

Os alunos que ficarem no primeiro grupo levantarão informações – tanto textuais quanto imagéticas – acerca dos quadrinistas do período. Seriam interessante que consultassem inicialmente os seguintes sites:

- http://www.geocities.ws/ademirdepaula/goncalo.html (entrevista com o jornalista Gonçalo Júnior, especializado em quadrinhos): há uma discussão interessante sobre autores e produções do período; prestar atenção à parte em que há a menção sobre Flávio Colin, importante quadrinista do período;

-http://www.meujornal.com.br/PANINI/Jornal/materias/integra.aspx?id=1014523 (texto que faz um apanhado histórico sobre a produção de quadrinhos no Brasil, bem como apresenta autores importantes das HQs nacionais): os alunos poderão selecionar informações dos autores do contexto da ditadura;

- http://tigredefogo.wordpress.com/2008/07/26/henfil-e-o-pasquim/ (sobre a relação de Henfil com a equipe de O Pasquim);

- http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u496.jhtm (sobre Ziraldo).

Já os do segundo grupo ficarão com a tarefa de pesquisar sobre as editoras e/ou principais editores do período da repressão no País. Para estes, indicamos:

- http://www.universohq.com/quadrinhos/2005/hq_ebal.cfm (sobre os 60 anos da Editora Brasil-América Ltda.(EBAL), principal editora brasileira de quadrinhos durante o período da ditadura);

- http://pt.wikipedia.org/wiki/EBAL (sobre a EBAL);

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Adolfo_Aizen (sobre o fundador da EBAL);

- http://www.readoz.com/publication/read?i=1033687&pg=41#page40 (sobre Aizen, fundador da EBAL);

- http://www.guiadosquadrinhos.com/editora.aspx?cod_edi=216 (sobre a Editora Globo e Roberto Marinho): Marinho foi concorrente de Aizen no mercado editorial de quadrinhos;

- http://www.universohq.com/quadrinhos/2005/review_guerra_dos_gibis.cfm (resenha do livro Guerra dos Gibis, que analisa a disputa entre editoras do período e a questão da censura os quadrinhos).

Os do terceiro grupo, por fim, realizarão uma pesquisa sobre os principais títulos e revistas em quadrinhos que circulavam no contexto em questão. Os alunos deste terceiro grupo deverão tentar obter informações tanto daquelas expressões ditas comerciais quanto das publicações marginais. Para os alunos do terceiro grupo, indicamos:

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_em_quadrinhos_no_Brasil#anos_1960;

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_em_quadrinhos_no_Brasil#anos_1970;

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_em_quadrinhos_no_Brasil#anos_1980;

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Z%C3%A9firo (sobre Zéfiro e sua produção marginal de quadrinhos);

- http://brasilverso.sites.uol.com.br/raionegro.html (sobre o Raio Negro);

- http://www.bigorna.net/index.php?secao=registrogeral&id=1120180408 (sobre os quarenta anos do Raio Negro).

Os sites elencados acima são apenas para uma consulta preliminar. O professor poderá optar por não consultá-los e deixar que os alunos façam a pesquisa por conta própria.

O professor deverá incentivar cada aluno a desenvolver uma competência essencial no processo de ensino-aprendizagem: a autonomia. Assim, conceder espaço para que os educandos possam escolher os sites mais condizentes com suas expectativas sobre o tema a ser desenvolvido poderá ser relevante para a construção do conhecimento.

A primeira aula será dedicada ao trabalho de pesquisa e o professor deverá atuar no sentido de orientar cada aluno durante o procedimento de busca pela Internet. O professor deverá também solicitar aos alunos que façam anotações durante a pesquisa. As anotações serão utilizadas nas aulas seguintes e serão objeto de avaliação posterior.

Após o trabalho de pesquisa, os alunos devem organizar o material coletado em pastas no computador. A organização do material implicará em uma seleção qualitativa e quantitativa das imagens e dos textos levantados.

 

AULA 2:

Nesta segunda aula, o professor deverá sugerir aos alunos que, a partir do material levantado na pesquisa realizada na aula anterior e com base nas anotações, elaborem pequenos verbetes. Os verbetes serão elaborados com base no material levantado durante a pesquisa na internet. Para tanto, será necessário que os alunos agora se reunam e dialoguem com o grupo do qual fazem parte.

O professor deverá fomentar/incentivar a socialização do conhecimento e dos resultados entre os alunos. Para tanto, o professor deve criar mecanismos para assinalar a importância do trabalho em grupo e despertar nos alunos o sentimento de que o conhecimento é construído de maneira coletiva. Um desses mecanismos será materializado por meio da elaboração dos verbetes. Outro deles será através do debate em conjunto (a ser realizado na quarta aula).

Como os alunos do primeiro grupo ficarão responsáveis por levantar informações sobre os quadrinistas do período, seria interessante que elaborassem verbetes que articulassem a biografia/informações pessoais do autor com algumas de suas obras. Os verbetes deles serão organizados nos seguintes tópicos:

(1) O personagem;

(2) data de nascimento;

(3) "Quando começou a produzir quadrinhos?",

(4) Ideário apresentado nas obras

Como os do segundo grupo pesquisarão sobre as editoras do período, deverão fazer verbetes no sentido de avaliar a orientação política e a linha editorial assumida por cada uma das editoras pesquisadas (se é mais conservadora ou, então, se é identificada com projetos de esquerda). O verbete deve conter os seguintes tópicos:

(1) nome da editora;

(2) orientação política,

(3) "Foi objeto de censura ou não?"

(4) "Compactou ou não com a Ditadura?"

Já os alunos do terceiro grupo deverão tentar encontrar dados como:

(1) tiragem (número de edições publicadas);

(2) ano da primeira publicação;

(3) ano da última publicação,

(4) Público-alvo (infanto-juvenil e/ou adulto; masculino e/ou feminino)

Os alunos do terceiro grupo deverão atentar ainda para aquelas editoras que ainda estão em atividade e tentar perceber se a orientação política de algumas delas alternou da direita para a esquerda, e vice-versa.

Os alunos devem dividir entre si a incumbência de responder cada um dos tópicos, estabelecendo a responsabilidade de cada um durante a elaboração dos verbetes.

 

AULA 3:

A terceira aula será toda dedicada à finalização dos verbetes. Os alunos deverão discutir com o professor o conteúdo de cada verbete.

Se a escola dispor de recursos financeiros e materiais, os verbetes dos três grupos serão reunidos, posteriormente, em uma espécie de enciclopédia – que poderá ser uma encadernação com espirais. A enciclopédia será análoga a um pequeno dicionário de autores/editoras e títulos e deverá ser impressa.

Uma cópia do material produzido pelos alunos deverá ser destinada à Biblioteca da escola. A ideia é a de fazer com que os próprios alunos produzam um material didático que, posteriormente, poderá ser consultado pelos demais alunos da escola.

Caso a escola não tenha recursos disponíveis, os verbetes (ou parte deles) serão disponibilizados em um espaço virtual. Para tanto, seria interessante que fosse por meio de um blog. Caso seja necessário utilizar o blog como ferramenta de divulgação dos trabalhos dos alunos, o professor poderá e deverá sugerir mais uma aula para que eles organizem as informações e coloquem o blog no ar.

Ao final desta terceira aula, o professor e os alunos acabarão reproduzindo com tais atividades procedimentos editoriais. Afinal, a discussão gira, de certo modo, em torno do meio editorial quadrinístico.  Então, nada mais condizente trabalhar as aulas como um espaço “editorial” em que os alunos, a partir do conhecimento construído, discutam e negociem com o professor o que deverá ou não fazer parte do verbete.

 AULA 4:

Discussão em sala de aula, em formato de um seminário. O seminário visa a aprofundar o tema desenvolvido por cada grupo, bem como apresentar para os demais alunos um balanço de cada pesquisa. Em seguida, os alunos devem articular os temas desenvolvidos por cada um dos grupos, percebendo como autores, editores e publicações interagiram entre si. Em um segundo instante, devem discutir sobre a inserção dos quadrinhos no contexto da ditadura brasileira de forma a construir um panorama geral. A discussão necessariamente deverá partir de uma reflexão dos próprios alunos sobre as atividades que desenvolveram nas aulas anteriores.

 

 

Recursos Complementares

- Sobre a Censura no Brasil (Wikipédia), ver  http://pt.wikipedia.org/wiki/Censura_no_Brasil.

- Para uma discussão sobre o regime militar e a liberdade de expressão, consultar: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/censura-ditadura-militar.jhtm.

Ver a entrevista com o mineiro LOR. Há menções sobre a série Contra Ataque e a maneira como a mesma série se inseria no contexto de luta contra a ditadura. A entrevista está disponível em: http://sites.google.com/site/zinebrasil02/zb_entrevista_lor.

- Consultar http://fiqpuc.blogspot.com/2009/10/quadrinhos-na-ditadura-militar.html. Trata-se de um pequeno texto sobre O Pasquim.

- Sobre Henfil: http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=479 .

- Ver o artigo “Cultura e Política nosQuadrinhos de Henfil” (texto que discorre sobre o trabalho de Henfil como parte da luta política contra a Ditadura Civil-Militar brasileira. Disponível em: www.scielo.br/pdf/his/v25n2/04.pdf).

- Sobre o mercado editorial de quadrinhos durante a década de 1960, consultar o já citado artigo de Aline de Castro Lemos, disponível em: http://www.fafich.ufmg.br/temporalidades/pdfs/4p59.pdf    

Avaliação

A avaliação será processual, levando-se em conta a participação e o envolvimento dos alunos durante as atividades (a atividade de pesquisa, a de elaboração dos verbetes e o seminário). A avaliação deverá aferir, por meio dos verbetes, a capacidade dos alunos de mobilizar representações as mais variadas visando a formular interpretações históricas.

 CONCLUSÃO:

A partir das atividades desenvolvidas em sala de aula, os alunos deverão ser capazes de entender como as Histórias em Quadrinhos – pelo esforço de seus idealizadores – agiram, de diferentes maneiras, como instrumento político durante o período do governo instituído por civis e militares no Brasil (1964-1985).

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