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II Por que é difícil dizer não às drogas (UCA)

 

17/08/2011

Autor e Coautor(es)
Luiz Fernando de Carvalho
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Professor Doutor Luiz Prazeres

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

·                     Interpretar textos expositivo-argumentativos;

·                     Identificar opiniões por meio de fatos;

·                     Identificar argumentos que sustentem opiniões;

·                     Conscientizar-se sobre problemas provocados pelas drogas.

Duração das atividades
2 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Presente na vida de milhões de pessoas, as drogas, ilícitas ou não, causam efeitos irreversíveis ao usuário, condenando-o a uma rotina marcada por vícios, violências e perdas. É por isso que a família e a escola devem desde cedo se atentar a esse problema que atinge principalmente os jovens, no intuito de conscientizá-los sobre os males e prejuízos trazidos pelas drogas. Sem dúvida, os alunos já terão informações a respeito desse assunto já bastante comentado na atualidade, portanto, cabe ao professor retomar esses conhecimentos para que, a partir disso, possa ministrar sua aula sobre a importância de se dizer não às drogas.

Estratégias e recursos da aula

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Disponível em:  http://br.livra.com/pick/se-consumo-de-drogas-fosse-considerado-crime-diminuiria-a-violencia/135432510/.

Acesso em: 14 abr. 2011.

Atividade 01

 

            O professor deve iniciar a aula ativando os conhecimentos prévios dos alunos sobre os problemas gerados pelas drogas. É importante que ele ressalte como o consumo das drogas, ilícitas ou não, traz violência, perdas e morte e que é por isso que ninguém deveria utilizá-las.

           

Em seguida, o professor deve apresentar aos alunos a reportagem para ser analisada “Por que é difícil dizer não às drogas”, publicada em uma edição especial da revista Veja em julho de 2003.

 

O professor utilizará a pausa protocolada para a leitura do texto, uma técnica que consiste na realização da leitura, interrompendo-a, por exemplo, a cada parágrafo, momentaneamente. A cada interrupção, o professor deve efetuar perguntas voltadas para a produção de inferências acerca das partes subsequentes do texto que está sendo lido.

 

Para localizar o texto, o professor pedirá que os alunos acessem o seguinte link: http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_034.html, para acompanharem a leitura do professor.

 

Por que é difícil dizer não às drogas

Quem usa drogas pela primeira vez não vê
os amigos se acabando nas sarjetas e não
acredita que vai ser um viciado

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As campanhas contra o uso de drogas e a exibição na televisão do efeito devastador que elas têm sobre a vida dos viciados deveriam ser suficientes para riscar esse mal da superfície do planeta. Não é o que acontece. Num desafio ao bom senso, um número enorme de adolescentes continua dizendo sim às drogas. Pesquisa recente mostrou que um em cada quatro estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública brasileira já experimentou algum tipo de droga, além do cigarro e das bebidas alcoólicas. A idade do primeiro contato com esse tipo de substância caiu dos 14 para os 11 anos em uma década. Tais dados sinalizam um futuro bem ruim. Quanto mais cedo se experimenta uma droga, maiores são os riscos de se tornar viciado. As pesquisas também revelam que a maioria dos jovens sabe que as drogas podem se transformar num problema sério. Mas isso não basta para mantê-los longe de um baseado ou de um papelote de cocaína.

Por que é assim? É claro que quem experimenta pela primeira vez não deseja virar viciado. Um estudo do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da Universidade de São Paulo (Grea) diz que a curiosidade é a motivação que leva nove em cada dez jovens a consumir drogas pela primeira vez. Em seguida vem o desejo de se integrar a algum grupo de amigos. No momento da iniciação das drogas, o adolescente não vê os amigos morrendo, sendo pressionados por traficantes nem se acabando nas sarjetas. Também é difícil perceber a importância que a droga pode assumir em sua vida no futuro. A maioria das drogas só provoca dependência depois de algum tempo de uso. Ou seja, quem entra nessa só percebe tarde demais que está num caminho sem volta. Apenas uma parcela dos usuários se torna dependente grave, do tipo que aparece nas novelas de TV. Apostar nesse argumento para usar drogas é uma loteria perigosíssima, porque ninguém sabe ao certo se vai virar viciado ou não.

Há alguns fatores que contribuem para que um jovem tenha maiores probabilidades de se viciar. O primeiro é genético. Já se provou que pessoas com histórico familiar de alcoolismo ou algum outro vício correm maiores riscos de também ser dependentes. Os demais estão relacionados com a personalidade. Adolescentes tímidos, ansiosos por algum tipo de reconhecimento entre os amigos, apresentam maior comportamento de risco para a dependência. Eles acreditam que as drogas os ajudarão a ser mais populares entre os colegas ou que serão uma boa maneira de vencer a travação na hora de se declarar e namorar, tarefa sempre complicada para quem é introvertido. Jovens inseguros, que sofrem de depressão ou ansiedade, costumam procurar as drogas como alívio para seus problemas. É ainda uma forma de mostrar aos pais que algo não vai bem com eles ou com a vida familiar. No extremo oposto, aqueles que parecem não ter medo de nada e que buscam todo tipo de emoções também correm grande risco de se envolver com drogas.

O melhor jeito de dizer não às drogas é entender que ninguém precisa ser igual ao amigo ou repetir padrões de comportamento para ser aceito no grupo. É por isso que a prevenção em casa funciona melhor que os anúncios do governo. "Dá para fazer uma boa campanha doméstica sem falar necessariamente em droga", diz o psiquiatra Sérgio Dario Seibel, de São Paulo. Em outras palavras: é natural o adolescente repelir reprimendas e conversas formais sobre esse assunto. Imediatamente fecha a cara e os ouvidos a quem lhe diz em tom grave: "Precisamos conversar sobre drogas", seja o pai, a mãe, seja o governo ou qualquer instituição. A situação ainda é pior quando o pai bebe todo dia sob o pretexto de relaxar ou quando está nervoso e deprimido. Ele pode passar para o filho a ideia de que a bebida é um poderoso aliado para enfrentar obstáculos. A mãe que toma comprimidos para dormir também está dando ao filho a falsa ideia de que as substâncias químicas garantem a felicidade. Daí a ele achar natural usar drogas é apenas um passo.

 

   

Elas fazem muito mal

Muita gente acredita que o consumo esporádico de drogas não faz mal. Errado. Todas as drogas são de alto risco: prejudicam a saúde, perturbam os estudos e alteram o humor para pior. E ninguém sabe de antemão se vai ou não se tornar um viciado.

 

ÁLCOOL

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Provoca cirrose e hepatite alcoólica, hipertensão, problemas cardíacos. Causa danos cerebrais e provoca perda de memória. Leva à dependência física, com graves crises de abstinência e, em grandes doses, provoca coma.

 

MACONHA

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Causa apatia e perda de motivação, prejudica a memória e o raciocínio. Estudos mostram que quem fuma maconha está mais sujeito a sofrer de insuficiência cardíaca e esquizofrenia.


COCAÍNA

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O risco de overdose é alto, o que pode levar à morte. O uso contínuo causa degeneração muscular, perda do desejo sexual, alucinações e delírios. Uma em cada cinco pessoas que experimentam a droga se torna dependente.

 

ECSTASY

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Induz a ataques de pânico e ansiedade. Provoca danos nas células nervosas, o que leva à depressão crônica.

             
                   

Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_034.html.

Acesso em: 08 jun.2011.

 

             Logo após a leitura com uso da técnica pausa protocolada do texto, o professor deve comentá-lo, em geral com os alunos, ressaltando todos os pontos da análise para frisar a apreensão e o entendimento deles sobre as informações apresentadas a respeito do consumo das drogas. Para isso, basta recorrer aos pontos mais importantes do texto, a fim de ponderar e sintetizar as questões propostas pela reportagem.

 

Atividade 02

 

            Após a discussão oral da reportagem com os alunos, o professor apresentará algumas questões a serem respondidas em sala sobre a leitura do texto (caso o tempo não seja suficiente, os alunos podem terminar em casa e entregar na próxima aula). Essa atividade, que contempla algumas questões já discutidas, tem por objetivo reforçar o conteúdo abordado e auxiliar a o aprendizado alunos.

          

Disciplina: Língua Portuguesa                                                                                                                                                          Data: ___/___/___

Texto

“Por que é difícil dizer não às drogas”

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Roteiro de Questões

Orientações:O trabalho deverá ser realizado com base na leitura do texto. Deverá ser feito individualmente para ser corrigido com o professor em sala de aula.

  1. Segundo o texto, as campanhas educativas contra as drogas são suficientes? Por quê?

  2. Em média, qual a porcentagem de estudantes que já utilizou algum tipo de droga, excluindo o álcool e o cigarro?

  3. Com que idade os jovens em geral tem o primeiro contato com a droga? Por que esse primeiro contato é tão arriscado?

  4. Segundo o texto, a maioria dos jovens tem consciência das trágicas consequências do consumo de drogas. Então, por que continuam consumindo?

  5. Quais são os principais motivos que levam os adolescentes a consumirem drogas?

  6. Como acontece geralmente o primeiro contado do adolescente com a droga?

  7. Os jovens acreditam que nunca se tornarão viciados. O que os leva a pensar dessa forma?

  8. De acordo com o texto, há dois fatores que levam o adolescente ao vício. Que fatores são esses? Explique-os.

  9. Por que adolescentes muito tímidos ou extrovertidos demais procuram as drogas?

  10. Segundo o texto a melhor alternativa para dizer não a drogas é a prevenção. Como ela pode ser feita?

  11. Qual a importância da família nesse processo de prevenção? Que exemplo a família não deve dar? Por quê?

 

 

             Os alunos devem responder às questões utilizando o programa ‘BROffice’ do Linux (equivalente ao Microsoft Word) durante um determinado tempo. O professor deve estipular esse tempo, de acordo com o andamento da turma, para que os alunos façam as atividades individualmente. Enquanto isso, ele deve ir às carteiras não só para auxiliá-los no que for possível, como também para verificar o desempenho individual na execução da tarefa solicitada.

           

            Quando todos terminarem, o professor fará uma correção coletiva à frente da sala, pedindo a alguns alunos que leiam suas respostas para encontrar as possibilidades de se responder corretamente a cada questão. É muito importante que o professor se atente à desenvoltura deles durante o processo de leitura. Essa é uma grande oportunidade de avaliar os alunos nesse quesito.

 

Observação:

            A atividade deverá ser postada no blog da turma para que os alunos tenham livre acesso a ela, não só dentro de sala como também em casa. Se a turma ainda não tiver seu próprio blog, ele deverá ser feito e atualizado passo a passo pelo professor e pelos alunos. No blog, deverão ser colocados todos os textos, vídeos e imagens discutidos durante as aulas, bem como os comentários e impressões dos alunos a respeito deles.

           

Passo a Passo

Fazendo o Blog da Turma

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Caso o professor não saiba criar o blog para a turma, ele seguirá os passos do seguinte vídeo retirado do site youtube.

 

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Como criar um blog. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=2V5a2m30n3A.

Acesso em: 17 mar. 2011.

 

             

Recursos Complementares

Sugestão de livros para o professor:

  • Drogas na escola: prevenir educando, Wanier Ribeiro;

  • Drogas na escola: alternativas teóricas e práticas, Julio Groppa Aquino;

  • Juventude e Drogas: anjos caídos, Içami Tiba.

 

Sugestões de livros para os alunos:

     

Sugestão de filmes sobre o assunto:

  • Bicho de sete cabeças;

  • Requiem para um sonho;

  • Christiane F;

  • Tropa de Elite;

  • Meu nome não é Johny;

  • Diário de um adolescente.

 

Sugestão de sites sobre o assunto:

Avaliação

            As avaliações ocorrerão de forma processual, ao longo de todas as atividades ministradas, as quais contemplam o desenvolvimento das habilidades de leitura, de escrita e de expressão oral.

 

            Os alunos frequentemente terão oportunidade de participar de discussões para que o professor perceba o desenvolvimento da capacidade interpretativa de cada um deles, apresentada por meio da oralidade. Nesse momento, o professor deverá estar alerta para o processo de argumentação dos alunos, visando à pertinência e à relevância das informações apresentadas. Em outras palavras, nessas situações, o professor deve perceber, portanto, como cada aluno tem avançado na produção e fundamentação do próprio texto oral.

 

            As atividades escritas a serem feitas serão avaliadas de acordo com o nível de entendimento individual do aluno, de forma a considerar a aquisição processual dessa habilidade. O professor deve observar se, nos textos, os alunos abordaram adequadamente:

 

·  O conteúdo relativo ao tema e ao objetivo de cada questão proposta, item mais importante e essencial;

·  A seleção de argumentos, que devem ser pertinentes e relevantes à temática apresentada;

·  Os processos de coesão e coerência textual, responsáveis pelo encadeamento lógico-discursivo do texto;

·  O registro da língua utilizado, visto que os alunos devem ser capazes de utilizar o registro mais adequado à situação comunicativa apresentada.

           

            A correção dos trabalhos ressaltará a participação de todos, tanto na apresentação, quanto na colaboração e dedicação da turma, levando em conta o grau de desenvoltura de cada aluno em suas respostas. Nesses momentos, o professor terá a oportunidade de avaliar a originalidade e a capacidade de interação dos alunos. Por isso, ele deve se atentar ao envolvimento de cada um deles, lembrando que dele depende, em grande parte, o sucesso de todo o trabalho.

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