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Qual o tipo de texto? A análise textual de alguns gêneros

 

19/09/2011

Autor e Coautor(es)
WALLESKA BERNARDINO SILVA
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Identificar gêneros, sua função social e sua esfera de circulação.
  • Apontar as características composicionais de gêneros, com ênfase nas sequências textuais.
  • Relacionar características composicionais - predominância de sequências textuais -  à função social do gênero.
Duração das atividades
1 aula de 100 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Gênero textual.
  • Sequências textuais.
Estratégias e recursos da aula

Estratégias:

  • análise e reflexão de textos;
  • atividade em duplas;
  • exposição oral.

Recursos:

  • folhas xerocopiadas;
  • projetor.

 

Aula

Atividade 1

 

A aula iniciará pela distribuição xerocopiada aos alunos de diferentes gêneros textuais. A primeira atividade consiste na leitura silenciosa do texto, a identificação do gênero, seu objetivo e a identificação da esfera social na qual o gênero pode ser encontrado. Por exemplo, o gênero Classificados tem por objetivo descrever objetos, lugares, imóveis, serviços para serem ofertados, alugados ou comprados. Geralmente, encontramos classificados em jornais, revistas ou em páginas da internet. Esse gênero é direcionado a pessoas que têm interesse pela compra ou aluguel ou oferta de bens e serviços.

A) (canção)

Disparada

(Geraldo Vandré e Theo de Barros)

Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar.
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar.

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu.

Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei.

Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é
diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto prá enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar.

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo
houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de
seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que
eu.

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei.

http://letras.terra.com.br/geraldo-vandre/46166/

 

B) (crônica)

"Ao lado do meu prédio construíram um enorme edifício de apartamentos. Onde antes eram cinco românticas casinhas geminadas, hoje  instalaram-se  mais de 20 andares. Da minha sala vejo a  varandas (estilo mediterrâneo) do novo monstro. Devem distar uns 30 metros, não mais.    
E foi numa dessas varandas que o facto se deu."    
(Mário Prata. 100 Crônicas. São Paulo: Cartaz Editorial, 1997)

http://www.marioprataonline.com.br/obra/cronicas/minha_vizinha_divina.htm

C) (classificados)

Fazenda com 52 hectares, localizada em Diogo de Vasconcelos/MG, a 140 km de Belo Horizonte e a 170 km de Contagem

- Área com mata linda;
- Nascentes com quedas de água, totalmente virgens;
- Sem Benfeitorias;
- Ideal para Hotel Fazenda ou mesmo para sítio de lazer;
- Aceita-se imóvel em Contagem-MG, se for de maior valor bem avaliado o proprietário volta à vista;
- Ideal ainda para reserva legal ou compensação ambiental, a lei permite que a compensação da reserva legal seja feita em outra área, mesmo distante em outros municípios;

- Tenho mais fotos do imóvel!

http://www.bomnegocio.com/minas_gerais/grande_belo_horizonte/fazenda_52_hectares_em_diogo_de_vasconcelos_mg_8227946.htm?ca=31_s

 

D) (artigo de informação científica)

Pilates

Ana Margarida

Trabalho sobre a modalidade desportiva Pilates, realizado no âmbito da disciplina Educação Física 11º ano.

 

INTRODUÇÃO

Neste trabalho, vou falar sobre a modalidade desportiva Pilates. Vou explicar o que é, como surgiu, quem criou esta modalidade e o porquê desta criação.
Escolhi este tema, porque desconhecia esta modalidade, e obtive alguma curiosidade para a conhecer.

O que é PILATES?

Pilates é um método de alongamento e exercícios físicos que se utilizam do peso do próprio corpo na sua execução. É uma técnica de movimento, composta por exercícios profundamente baseados na anatomia humana, capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade e a força muscular, melhorar a respiração, corrigir a postura e prevenir lesões.

Quem criou o PILATES?

Foi criado em 1920, pelo alemão Joseph Pilates (1880-1967).

Como surgiu PILATES?

Joseph Pilates sofria, durante a infância, de raquitismo, asma e febre reumática. Tais acontecimentos levaram-no a interessar-se pelo estudo de anatomia e fisiologia humana e fundamentos de medicina oriental. Através do seu trabalho e para evitar passar o resto da vida dependente de uma cadeira de rodas, desenvolveu cerca de 500 exercícios que o ajudaram, bem como aos seus seguidores, a levar uma vida longa e sã.

Como foi criado o PILATES?

Teve influências, como o yoga, zen budismo, artes marciais e exercícios praticados pelos antigos gregos e romanos.

Pensando no início de “mente Sã e corpo São”, Joseph criou uma actividade física, que é baseada em seis princípios básicos: respiração, concentração, controlo, alinhamento, centralização e integração de movimentos. Quando é bem executada e orientada, não traz impactos prejudiciais para as articulações, ligamentos e musculatura. Qualidade de vida, consciência corporal, respeito e integração plena corpo-mente são o foco desse método.
Um bocadinho da sua história, uma curiosidade…

Pilates também inventou muitas máquinas para fazer exercícios.

Para a criação desses aparelhos, ele aproveitava partes dos amortecedores dos carros alemães. Isto durante a 1ª Guerra Mundial, após o fim da guerra e com a Europa toda destruída, ele mudou-se para Nova York, onde aperfeiçoou as suas técnicas e as suas máquinas.

Onde é aplicado?

É aplicado por profissionais de educação física e fisioterapeutas, através de aulas que usualmente têm a duração de 1 hora em aparelhos próprios ou no solo.

Em que consiste este método?

É um conjunto de exercícios controlados, pausados e metódicos, através dos quais se exercitam todos os músculos do corpo. Proporciona elasticidade e flexibilidade (possibilita movimentos mais harmoniosos), define e tonifica o corpo e ajuda-nos a conhecê-lo melhor. Para além disso, actua também ao nível psíquico, melhorando o autoconhecimento e diminuindo os níveis de ansiedade e stress.

Como beneficia a saúde?

É ideal para fortalecer os músculos das costas e, desta forma, evitar contracturas. É também um excelente exercício de fisioterapia para qualquer tipo de problemas ou deficiência física. Mas não é necessário ter uma doença concreta para praticar Pilates: faz bem a qualquer pessoa e, para além disso, ajuda a equilibrar a mente.


CONCLUSÃO

Com este trabalho, concluí que para praticar este desporto é essencial flexibilidade. Foi criado por um senhor (Joseph Pilates), que sofria de uma doença, e este ganhara interesse em estudar a anatomia e fisiologia. Desde então criou esta modalidade.

http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/educfisica/11pilates.htm

E) (receita)

Ingredientes

Massa

2 unidade(s) de cenoura picada(s)
2 xícara(s) (chá) de açúcar
3 unidade(s) de ovo
1 xícara(s) (chá) de óleo de soja Sadia
2 xícara(s) (chá) de farinha de trigo
1 colher(es) (sopa) de fermento químico em pó Royal

Cobertura

2 colher(es) (sopa) de margarina Qualy Sadia
4 colher(es) (sopa) de água
4 colher(es) (sopa) de chocolate em pó
4 colher(es) (sopa) de açúcar

 

Modo de preparo

Massa

Bata os quatro primeiros ingredientes da massa no liquidificador . Em seguida, misture a farinha de trigo e o fermento em pó.
Asse em fôrma tipo para pudim, média, untada e polvilhada com farinha de trigo, em forno a 150°(médio).

Cobertura

 Leve a margarina ao fogo até derreter. Misture os demais ingredientes, mexendo até soltar da panela. Faça furinhos no bolo de cenoura com o garfo e jogue a cobertura ainda quente.

 

http://cybercook.terra.com.br/bolo-de-cenoura.html?codigo=1481

 

F) (editorial)

“Violência de servidores da USP”

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, hoje (10/06), editorial “Violência de servidores da USP”. Leia, a seguir:

Com apoio de alunos vinculados a micropartidos de esquerda radical, servidores da Universidade de São Paulo (USP) voltaram a ocupar as dependências da reitoria, na Cidade Universitária, sob a justificativa de exigir reajustes salariais com base nos mesmos porcentuais concedidos aos professores e evitar o desconto dos 36 dias em que estão em greve. Os docentes tiveram um aumento de 6% em maio, outro de 6,57% em junho. Os servidores foram reajustados em 6,57% e defendem o direito à isonomia salarial.

Depois de agirem com extrema violência, quebrando portões de aço, portas de madeira, janelas e até derrubando paredes da reitoria com golpes de marreta, eles classificaram como “ato de violência” a decisão do reitor João Grandino Rodas, que está no cargo há quatro meses, de cortar o ponto dos grevistas e de não depositar os vencimentos de mil servidores que estão parados desde o dia 5 de maio.

“Greve com pagamento de salário é férias”, afirma Rodas, repetindo o que já foi dito várias vezes pelo ex-líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Essa foi a terceira invasão na gestão de Rodas. As outras duas foram no recém-reformado Centro de Vivência dos alunos, que estava ocupado no dia de sua posse, e na Coordenadoria de Assistência Social, no início de maio.

A greve dos servidores e a ocupação da reitoria, entre os meses de maio e junho, já se tornaram uma triste rotina na maior instituição pública de ensino superior do País. Os líderes sindicais são sempre os mesmos. Os protestos ocorrem com regularidade gregoriana e, invariavelmente, envolvem o recurso a invasões e à violência.

Também o roteiro do protesto é sempre igual. A estratégia é depredar instalações da reitoria, agredir moralmente o reitor, fazer piquetes para impedi-lo de entrar em seu gabinete e esperar o cumprimento da reintegração de posse pela Polícia Militar (PM), com autorização judicial, para então denunciar a “violência” dos dirigentes universitários e acusar o governo estadual de recorrer à força para acabar com a “autonomia” da USP.

A rotina de depredação, além de incompatível com a democracia, nega o espírito universitário

“Cortaram os salários e deixaram pessoas morrendo de fome. Nossa medida de força é uma resposta ao corte de salários pelos dias parados”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp), Magno de Carvalho, defendendo um tipo de greve em que os grevistas podem tudo, menos correr riscos de qualquer sanção.

“Se o reitor chamar a PM, terá de assumir as responsabilidades”, afirma Carvalho, que é conhecido por suas bravatas e por seu comportamento autoritário. Os ativistas de que se serve são membros de minorias intolerantes, de escassa representatividade, que não respeitam as mais elementares regras de convívio social, desafiam acintosamente a ordem jurídica e procuram intimidar quem não cede às suas pressões e não repete o mantra do “participacionismo”.

A depredação da reitoria este ano teve, porém, uma novidade: a utilização de máscaras pelos vândalos. Eles as utilizaram para não ser identificados, evitando com isso o risco de serem processados judicialmente por dano ao patrimônio público. Esse é um cuidado que tomam os meliantes que conhecem a legislação civil e penal.

Em entrevistas e artigos, o reitor da USP tem dito que a instituição pertence à comunidade, que a sustenta por meio de impostos, e que não pode ser apropriada pelos servidores, conforme suas conveniências políticas, ideológicas e corporativas. Tem afirmado, também, que os recursos orçamentários disponíveis devem ser aplicados em projetos pedagógicos e em pesquisas, e não na ampliação das despesas de custeio – especialmente com a folha de pagamento.

Uma coisa é a greve, enquanto mecanismo de reivindicação de salários. Outra, muito diferente, é o recurso à violência e o acintoso desprezo à legalidade como instrumento de mobilização e protesto. Além de ser incompatível com a democracia, a truculência do Sintusp é a negação do espírito universitário.

http://www.usp.br/imprensa/?p=912

 

G) (conversa de telefone)


por Mario Persona

:cool: — Alô, gostaria de falar com algum especialista do ensino.
— Sim, pode falar comigo.
— Seu nome?
— Máximo Escolástico Cursino.
— Ok, seu Máximo Esco... Xiii... já esqueci...
— Pode me chamar pelo apelido, Mec.

— Está bem, seu Mec, o assunto é o seguinte. Eu lecionava marketing para uma turma de Administração de Empresas e agora...
— Não vai poder mais lecionar. É isso?
— Puxa, você está por dentro mesmo, hein? É verdade o que estão dizendo por aí?
— É. Você não é administrador formado e registrado no conselho?

http://www.mariopersona.com.br/cafe/archives/00000108.htm

 

Atividade 2

Após a identificação de cada gênero, os alunos deverão listar, por escrito, as características composicionais que se correlacionam com a função social do gênero. Por exemplo, na conversa telefônica, o objetivo é manter a interlocução. Assim, o que se tem é alternância de turnos, perguntas, respostas, um tema direcionador, abertura da conversa, fechamento da conversa etc. Já, no editorial, o objetivo é opinar sobre um dado assunto. Logo, o que se vê é o uso de argumentos para defender um ponto de vista. Na receita, o objetivo é ensinar alguém a preparar um prato de comida. Dessa forma, necessariamente, a receita terá os ingredientes e o modo de preparo. O texto que compõe a receita é marcado pelo uso de imperativos, já que se não se fizer da maneira que se ensina, não há receita.

Atenção: professor: não exija do aluno nenhum conhecimento técnico para tratar das marcas composicionais do gênero. Deixe-o comentar sobre a composição da maneira como ele vê o gênero em funcionamento. Isso facilitará a identificação das estruturas que compõem os textos em geral.

 

Após a primeira identificação, o professor trocará os textos entre duplas de alunos e dará um tempo para que a dupla troque ideias e impressões sobre as características composicionais listadas.

 

Atividade 3

Chegou o momento de as duplas apresentarem ao restante dos colegas, por meio de exposição oral, suas impressões acerca do gênero estudado. Para cada texto trabalhado, é interessante que ele seja exposto à sala por meio de projeção para facilitar a discussão e o esclarecimento de dúvidas.

Atenção: professor, aproveite o momento para trabalhar as pistas linguísticas de cada sequência textual. Se você reparar, os gêneros elencados na atividade 1 dessa aula correspondem à predominância de uma sequência textual, a saber: A) narrativa; B e C) descritiva; D) expositiva; E) injuntiva; F) argumentativa e G) dialogal.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos serão avaliados pelo seu desempenho no que tange à identificação do gênero, sua função social, sua esfera de circulação e suas características composicionais. A maneira mais evidente de perceber o aprendizado do aluno nesse contexto é observar se o aluno sabe distinguir um gênero do outro, como e por que o faz.

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 2 classificações

  • Cinco estrelas 1/2 - 50%
  • Quatro estrelas 1/2 - 50%
  • Três estrelas 0/2 - 0%
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Opiniões

  • Iêda Francisca Lima de Farias, EM JOAO GOMES DE TORRES , Rio Grande do Norte - disse:
    iedalf@gmail.com

    16/11/2012

    Cinco estrelas

    Parabéns. Gostei muito da sua atividade. Tomei a liberdade de referenciá-la em minhas propostas de trabalho, por ser muito rica em detalhes.


  • rosana rodrigues, colegio pedro brandão , Mato Grosso - disse:
    donarosanaenf@yahoo.com.br

    24/10/2011

    Quatro estrelas

    gostei bastante do material, sanou minhas duvidas de como trabalhar esse material.


Sem classificação.
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