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O modo indicativo nos textos de diversos gêneros textuais

 

14/09/2011

Autor y Coautor(es)
Karen Alves de Andrade
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Luiz Prazeres

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

·         reconhecer os verbos no modo indicativo;

·         utilizar o modo indicativo para exprimir fatos e afirmações;

·         entender e identificar o modo indicativo em diversos gêneros;

·         reconhecer por que certos gêneros privilegiam o modo indicativo em sua composição.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

·         Classes de palavras

·         Verbos

·         Gêneros textuais

Estratégias e recursos da aula

·         Computador/ internet (sala de informática)

·         Data-show

·         Caixas de som

Aula 1:

O professor deverá levar os alunos à sala de informática para pesquisar respostas às seguintes questões:

  1. O que é e para que serve o modo indicativo?
  2. Que tempos verbais compõem o modo imperativo?
  3. Dê exemplos de verbos, na primeira pessoa do singular, em cada um dos tempos indicativos.

Vários gêneros textuais utilizam tempos do indicativo em sua composição linguística. Em geral, os verbos desse modo são utilizados em textos que expressem fatos e informações certas. Um deles é o texto autobiográfico. O professor deve reproduzir o texto para os alunos:

 

..das saudades que não tenho

Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim, somados, o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...

Morava numa cidade pequena do interior de Minas, enfeitada de rezas, procissões, novenas e pecados. Cidade com sabor de laranja-serra-d’água, onde minha solidão já pressentida era tomada pelo vigário, professora, padrinho, beata, como exemplo de perfeição.
(...) Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe cantou cantigas de ninar para me trazer o sono. Mesmo nascendo com 57 anos estava aos 60 obrigado ainda a ser criança. E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos. Gostar da mãe e seus suspiros de desventuras.

(...) Tive uma educação primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me autorizava a comer ou não mais um doce nas festas de aniversário. Comer com a boca fechada, é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber elogios pelo filho contido que ele tinha. E cada dia eu era visto como a mais exemplar das crianças, naquela cidade onde a liberdade nunca tinha aberto as asas sobre nós.

Mas a originalidade de minha mãe ninguém poderá desconhecer. Ela era capaz de dizer coisas que nenhuma mãe do mundo dizia, como por exemplo: – Você, quando crescer vai ter um filho igual a você. Deus há de me atender, para você passar pelo que eu estou passando. – Mãe é uma só. (...)

(Bartolomeu Campos Queiroz, em Abramovich, Fanny (org.) – “O mito da infância feliz”. Summus, São Paulo, 1983).

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/portugues/autobiografia-como-contar-a-sua-propria-vida.jhtm

 

Bartolomeu Campos conta sobre seu nascimento e infância, mas, ao contrário da maioria dos textos autobiográficos, por seu teor literário, foca não aquilo que teve, mas o que não teve.

Os alunos deverão pegar lápis de 3 cores diferentes e cria uma legenda para os tempos passado, presente e futuro. Em seguida, com auxílio do professor, eles deverão, conforme a legenda, pintar os verbos do texto e responder às seguintes questões:

1.     Que tempo verbal, passado, presente ou futuro foi mais utilizado no texto?

2.     Por que você acha que isso acontece?

3.     Que relação a presença marcante desse tempo verbal mantém com o gênero textual?

O professor deverá solicitar aos alunos que, em conformidade com o texto lido, redijam seu próprio texto contando aquilo que não fez parte de suas vidas, pelo menos por enquanto. Depois de revisados os textos, a turma organizará um livro de “auto-não-biografias” da turma.

 

Aula 2:

Nessa aula, o professor deverá trazer para os alunos, ou pedir que eles tragam de casa, notícias de jornal ou revista, como a apresentada a seguir:

Inscrições para vestibular da Unicamp estão abertas

Prazo vai até 23 de setembro; taxa de inscrição é de R$ 128.
Serão 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp.

 Vestibular da Unicamp (Foto: Raul Zito/G1)

A Univesidade Estadual de Campinas (Unicamp) abrirá nesta segunda-feira (22) as inscrições para o vestibular 2012. O prazo vai até o dia 23 de setembro. As inscrições deverão ser feitas pela internet, em formulário disponível no site da Comissão de Vestibular (Comvest). Serão oferecidas 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp (Faculdade de Medicina e Enfermagem de São José do Rio Preto). A taxa de inscrição é de R$ 128.

O manual do candidato estará disponível para consulta e impressão na página eletrônica da Comvest. A primeira fase será realizada em 13 de novembro e a segunda fase nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 2012.

Disponível em: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/08/inscricoes-para-vestibular-da-unicamp-estao-abertas.html (adaptado)

 

A pós a leitura do texto, o professor deverá solicitar, novamente, que os alunos façam uma legenda para os tempos verbais passado, presente e futuro, utilizando três diferentes cores. Em seguida, como no texto autobiográfico, eles deverão responder às questões:

1.     Que tempo verbal, passado, presente ou futuro foi mais utilizado no texto?

2.     Por que você acha que isso acontece?

3.     Que relação a presença marcante desse tempo verbal mantém com o gênero textual?

O professor deverá, em seguida, solicitar que, observando as características do texto dado, os alunos escrevam uma notícia para circular no jornal mural da escola. Essa notícia deve comunicar os alunos sobre o lançamento do livro de “auto-não-biografias”, elaborado pela turma, e da tarde de autógrafos que acontecerá com o lançamento.

Aula 3

O professor deverá escolher e levar para a sala de aula uma  entrevista, como a que segue, em que haja uma introdução descritiva acerca do entrevistado. O professor não precisará trabalhar toda a entrevista, mas apenas a apresentação do entrevistado.

 

*NOVA ESCOLA Fev. 2011* -Língua Portuguesa

Cristina Zahar (novaescola@atleitor.com.br)

Entrevistado: Roger Chartier: "Os livros resistirão às tecnologias digitais" Especialista
em história da leitura afirma que a Internet pode se transformar em aliada
dos textos por permitir sua divulgação em grande escala


O francês Roger Chartier - é um dos mais reconhecidos historiadores da
atualidade. Professor e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências
Sociais e professor do Collège de France, ambos em Paris, também leciona na
Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja o mundo proferindo
palestras.

Sua especialidade é a leitura, com ênfase nas práticas culturais da
humanidade. Mas ele não se debruça apenas sobre o passado. Interessa-se
também pelos efeitos da revolução digital. “Estamos vivendo a primeira
transformação da técnica de produção e reprodução de textos e essa mudança
na forma e no suporte influencia o próprio hábito de ler”, diz.

Disponível em: http://leituraselivros.wordpress.com/2011/02/08/roger-chartier-os-livros-resistirao-as-tecnologias-digitais/ (adaptado)

 

Mais uma vez os alunos deverão fazer a legenda e marcar os verbos com as cores dos tempos verbais correspondentes. Em seguida responder às perguntas:

1.     Que tempo verbal, passado, presente ou futuro foi mais utilizado no texto?

2.     Por que você acha que isso acontece?

3.     Que relação a presença marcante desse tempo verbal mantém com o gênero textual?

Como atividade de escrita, os alunos deverão escolher um membro da família, elaborar perguntas para serem feitas a essa pessoa, abordando a data de nascimento, cidade natal, memórias de infância, medos, hobbes...

O aluno, em casa, deverá fazer a entrevista com a pessoa escolhida e redigi-la, inclusive a apresentação do entrevistado, como no texto lido.

O professor poderá aproveitar para ressaltar o uso do tempo presente em textos que se utilizem da tipologia descritiva.

Recursos complementares:

Avaliação: Na quarta aula o professor deverá solicitar aos alunos que registrem em seus cadernos suas conclusões acerca do uso dos tempos verbais respondendo:

  1. Em que situações é normalmente utilizado o tempo presente?
  2.  Em que situações é normalmente utilizado o tempo passado?
  3. Em que situações é normalmente utilizado o tempo futuro?

 

Após corrigir as questões, o professor deve listar no quadro nomes de diferentes gêneros, como horóscopo, notícia, publicidade, conto e outros gêneros aos quais os alunos já estejam familiarizados. Em seguida, deve conduzir a sala em uma discussão que leve os alunos a perceberem que o texto biográfico e a notícia são gêneros que priorizam o uso do modo indicativo, por tratar de ações reais, que de fato ocorreram no passado. Utilizando a entrevista feita pelos alunos com seus familiares, o professor deve propor, finalmente:

1) a produção da biografia do entrevistado, para ser entregue a ele como presente de agradecimento. 

Professor, caso os alunos não estejam muito familiarizados com o gênero biografia, selecione algumas, como as que seguem, para serem lidas e discutidas com eles. 

 

 

Biografia de Monteiro Lobato

 

Nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Em homenagem ao seu nascimento, neste dia comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil.

Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusto Lobato. Seu nome verdadeiro era José Renato Monteiro Lobato, mas em 1893 o autor preferiu adotar o nome do pai por desejar usar uma bengala do pai que continha no punho as iniciais JBML.

Juca, apelido que Lobato recebeu na infância, brincava em companhia de suas irmãs com legumes e sabugos de milho que eram transformados em bonecos e animais, conforme costume da época. Uma forte influência de sua própria experiência reside na criação do personagem Visconde de Sabugosa.

Ainda na infância, Juca descobriu seu gosto pelos livros na vasta biblioteca de seu avô. Os seus prediletos tratavam de viagens e aventuras. Ele leu tudo que lá existia, mas desde esta época incomodava a ele o fato de não existir uma literatura infantil tipicamente brasileira.

Um fato interessante aconteceu ao então jovem Juca, no ano de 1895: ele foi reprovado em uma prova oral de Português. O ano seguinte foi de total estudo, mergulhado nos livros. Notável é o interesse de Lobato escritor no que diz respeito à Língua Portuguesa, presente em alguns de seus títulos. É na adolescência que começa a escrever para jornaizinhos escolares e descobre seu gosto pelo desenho.

Aos 16 anos perde o pai e aos 17 a mãe. A partir de então, sua tutela fica a encargo do avô materno, o Visconde de Tremembé. Formou-se em Direito pela faculdade de seu estado, por vontade do avô, porque preferia ter cursado a Escola de Belas-Artes. Esse gosto pelas artes resultou em várias caricaturas e desenhos que ele enviava para jornais e revistas.

Casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de março de 1908. Do casamento vieram os quatro filhos: Edgar, Guilherme, Marta e Rute.

Em 1918 lançou Urupês, e o êxito fulminante desse livro de contos colocou-o numa posição de vanguarda. Neste mesmo ano, vendeu a fazenda e transferiu-se para São Paulo, onde inaugurou a primeira editora nacional: Monteiro Lobato & Cia. Até então, os livros que circulavam no Brasil eram publicados em Portugal. Por isso, as iniciativas de Lobato deram à indústria brasileira do livro um impulso decisivo para sua expansão.

Preocupado com o desenvolvimento econômico do país, chegou a fundar diversas companhias para a exploração do petróleo nacional.. O fracasso dessa iniciativa deu-lhe assunto para um artigo: O Escândalo do Petróleo. Já sob o Estado Novo, sua persistência em abordar esse tema como patriota autêntico valeu-lhe três meses de prisão.

Faleceu em São Paulo, no dia 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, por causa de um derrame.

Disponível em: http://www.graudez.com.br/litinf/autores/lobato/biografia.htm

 

Biografia de Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci nasceu em Anchiano,  perto de Vinci, a 15 de Abril de 1452. Era filho do notário Piero di Antonio da Vinci e de uma camponesa, Catarina.

No ano do seu nascimento, o seu pai casou com uma mulher muito mais nova, Albiera di Giovanni Amadori. Leonardo foi separado da mãe aos 5 anos de idade e, a partir de então, passou a viver com o pai. 

Leonardo cresceu no campo o que poderá justificar o seu amor pela natureza. Teve uma grande paixão por cavalos que, mais tarde, foram objecto de magníficos estudos.

Em 1469, Leonardo mudou-se para Florença onde iniciou a sua aprendizagem em pintura no atelier do célebre pintor florentino Andrea del Verrocchio (1436-1488).    

Em 1472 iniciou investigações anatómicas. Elaborou então inúmeros desenhos e esquemas do corpo humano. A figura ao lado é um exemplo desse trabalho.

O seu primeiro desenho, intitulado Desenho da paisagem do Vale do Arno, é datado de 1473.

Até 1480, produziu uma série de quadros pequenos, como a Madona com Cravo, aMadona Benois e, possivelmente, também a Anunciação.  Em 1482, mudou-se para Milão e ofereceu os seus serviços como engenheiro, escultor e pintor a Ludovico Sforza (1451-1508). 

De 1483 até 1486, juntamente com Ambrogio e Evangelista de Predis, aceitou e executou a encomenda de uma pintura de altar: A Virgem dos Rochedos.

De 1487 até 1488, trabalhou como arquitecto no atelier da Catedral de Milão.

Em 1489, Leonardo planeou um tratado de anatomia com base numa grande colecção de desenhos anatómicos que havia realizado a partir de observações e dissecações humanas e animais.

De 1489 até 1494, trabalhou na estátua equestre de Francesco Sforza em Milão. Nesse mesmo período pintou os Retrato de Cecilia Gallarani e de Lucrezia Crivelli.

De 1495 até 1498, Leonardo entregou-se à pintura de A Última Ceia encomendada por Ludovico Sforza.

Em 1500, regressou a Florença e iniciou aquele que seria o seu período mais produtivo como pintor. Na primavera desenhou um croquis para a A Virgem e o Menino com Stª Ana, cuja pintura a óleo só será concluída em 1510.

Em 1501, trabalhou num pequeno quadro da Virgem com o Menino conhecido comoMadona del Fuso.

Em 1502, viajou por Itália com Cesar Borgia como arquitecto e engenheiro. Neste altura, desenhou mapas e outros tipos de representações geográficas.

Em 1503, regressou a Florença e iniciou o retrato de Lisa del Giocondo, esposa de Francesco del Giocondo. Nesta altura começou a pintura mural da Batalha de Anghiari.

 

Disponível em:

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/davinci/biografia.htm

 

2) a produção de uma notícia que conte o ilustre nascimento da pessoa entrevistada.

 

* Professor: lembre-se também de avaliar as “auto-não-biografias” escritas pelos alunos  na aula 1. Verifique o uso dos tempos do indicativo e o empenho dos alunos na tarefa.

Recursos Complementares
Avaliação

 

Além do registro das respostas o professor deve avaliar as produções de texto realizadas em cada aula, focando sempre no tempo verbal trabalhado. Procure perceber se seus alunos já reconhecem a importância dos tempos verbais do modo indicativo nos diferentes gêneros a partir da leitura de seus textos e das discussões em sala. O lançamento do livro e a tarde de autógrafos também devem ser realizados e avaliados. Lembre-se de avaliar, além do uso adequado do modo indicativo, o empenho e o desenvolvimento processual do aluno.

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