•   Elaborar o planejamento do Trabalho de Campo;

•   Expressar de forma clara e coerente;

•  Redigir relatório a partir de situação vivenciada;      

•  Utilizar as operações: adição, subtração, multiplicação ou divisão para resolver situações inerentes ao trabalho;

•  Conhecer aspectos relevantes da cultura indígena em seu cotidiano;

•  Identificar alguns povos indígenas oriundos de diferentes regiões do Brasil.

Professor, é necessário que o aluno esteja inserido  no processo de alfabetização, que reconheça palavras e seja  capaz de expor seu pensamento através da linguagem oral além de conhecer as quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão. É importante também que os alunos tenham desenvolvido noções sobre a utilização de recursos do Classmate como:  navegar com o Mozilla Firefox, utilizar o KWord, e a webcam.

Alguns recursos que vamos utilizar:

• Caderno;
• Lápis de escrever e de cor;
• Classmate.  

1º MOMENTO – APROXIMADAMENTE 60 MINUTOS.

INTRODUZINDO O TEMA

Para a realização de um trabalho de campo é preciso, primeiramente, que os alunos estejam motivados para buscar novos conhecimentos sobre o tema trabalhado. Isto poderá ocorrer a partir de diferentes conteúdos ou temas, tais como: um estudo sobre animais (ida ao zoológico, fazenda, canil, dentre outros), plantas (visita a horta, pomares, fazendas, dentre outros) ou  o município (explorando o bairro) onde localiza a escola ou ainda relativo a datas comemorativas como dia do índio, por exemplo, (vista ao museu do índio). Para esta aula, o tema escolhido foi em relação aos povos indígenas, entretanto as metodologias utilizadas (como relatórios, pesquisas, dentre outros) podem aplicar-se a outros temas, conforme a necessidade de sua sala de aula.

Propomos um trabalho sobre índios, pois consideramos que muitos ainda carregam os estereótipos e crenças equivocadas sobre esse povo. Além disso, a lei 11. 645/08, que modifica a Lei n^o 10.639, de 9 de janeiro de 2003,  acrescenta a obrigatoriedade de incluir no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Assim, essa aula abordará as contribuições sócio-culturais dos povos indígenas, com apoio da atividade "trabalho de campo", na construção de conhecimentos práticos referentes a temática.

Independente do tema, inicie a aula com uma roda de conversa, para instigar dúvidas e curiosidades sobre o assunto.

Para isso, num primeiro momento, organize os alunos em uma roda de conversa e questione-os: “O que vocês sabem sobre os índios?”

Geralmente, as respostas giram em torno de estereótipos como: som (uuuuuuu), vive na floresta, fica pelado, dentre outros.

Posteriormente, solicite que digam se conhecem alguma contribuição que os povos indígenas deram para a nossa cultura.

Anote todas as hipóteses levantadas pelos alunos, para serem confirmadas ou não, em um próximo momento.

Depois, solicite que utilizem seus laptops e acessem com auxílio do Mozilla Firefox [Metasys>Aplicativos>Multimídia>WxCam] o  vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=HA_0X2gCfLs&feature=related . Ele mostra, de forma geral, o que muitas pessoas pensam sobre os índios e o que os índios pensam sobre eles mesmos e sobre as outras pessoas. Nele, pessoas das tribos Krenak, MG; Kaxinawá, AC; Ashaninka, AC; Yanomami, RR; Pankararu, PE e Kaingang, SC,

Finalize este momento elaborando um quadro com os nomes das tribos e seus locais de origem. Como os nomes indígenas não são comuns para os alunos, explique-lhes que são escritos desta forma por ter origem na cultura indígena. Isto poderá ser feito em uma cartolina e ser fixada na sala.

VEJA UM EXEMPLO:

2º MOMENTO – APROXIMADAMENTE 60 MINUTOS.

TRABALHANDO A GEOGRAFIA

Antes da aula: providencie um globo terrestre ou, de preferência, um mapa do Brasil.

Retome o quadro fixado na sala, explorando novamente o nome e o local de origem de cada tribo.

Posteriormente, com sua ajuda, solicite que encontrem no mapa a localização dos Estados citados _ Minas Gerais (MG), Acre (AC), Roraima (RR), Pernambuco (PE) e Santa Catarina (SC).

Tendo em vista que a localização geográfica é algo abstrato para as crianças menores, a sugestão é que, construa com os alunos, a partir de um passeio pela escola um mapa da escola, para que possam visualizar como ocorre o registro do espaço percorrido  por meio de mapas. Esta construção poderá acontecer a partir dos seguintes passos:

- Elabore um roteiro de visitação, onde passarão, em qual momento;

- Solicite que os alunos levem seus netbooks e fotografem, com o auxílio do WxCam, a webcam, localizada na área de trabalho ou acessada pelo caminho [Metasys>Aplicativos>Multimídia>WxCam].

- Por fim, em um papel grande, como a cartolina, construa com eles o mapa, enfatizando conceitos lógico-matemáticos como em cima/embaixo; longe/perto; esquerda/direita; na frente/atrás; dentre outros.

Depois, explore com eles o mapa, perguntando:

-Onde está a nossa sala?

- Onde está o pátio?

- Onde lanchamos?

- Dentre outras perguntas que contemple os espaços físicos da sua escola.

3º MOMENTO – APROXIMADAMENTE 60 MINUTOS.

BRINCANDO COM A LINGUAGEM

Para instigar os alunos a conhecerem sobre como é a língua indígena e, ao mesmo tempo, mostrar que ela não está distante de nós, a sugestão é iniciar este momento com um vídeo de crianças cantando em um dialeto indígena, músicas conhecidas pelos nossos alunos, como “atirei o pau no gato” e outras. As crianças falam em seu idioma, o Guarani kaiowá. Para isso, poderão utilizar o seus laptops por utilizando Mozilla Firefox [Metasys>Aplicativos>Multimídia>WxCam] e acessarem:

http://www.youtube.com/watch?v=XQLuX-vtrLE&feature=results_video&playnext=1&list=PL144A0A1BCB627870

Finalmente, mostre que algumas palavras do nosso vocabulário, têm  origem indígena como urubu, Piracicaba, siriema, abacaxi, maracujá, jacaré, paca, tamanduá, arara, dentre outras.

Com o auxílio de sítios como http://pibmirim.socioambiental.org/linguas-indigenas vocês poderão montar um dicionário, que permite aos alunos observarem o quanto o nosso vocabulário possui heranças indígenas e qual o significado de cada palavra.

Após acessar o sítio, entre no link  “Conheça palavras indígenas que foram incorporadas no vocabulário brasileiro”, conforme figura:

Fonte: http://pibmirim.socioambiental.org/linguas-indigenas

4º MOMENTO – APROXIMADAMENTE 60 MINUTOS.

SERÁ QUE AS CONTRIBUIÇÕES SE RESTRINGEM AS LINGUAGENS?

Inicie este momento suscitando dúvidas nos alunos sobre outras contribuições que vieram dos povos indígenas.

Pergunte ainda o que acham de conhecerem mais sobre a cultura dos povos indígenas como: características, contribuições, como estão hoje, dentre outros aspectos relevantes.

Depois, sugira uma visita a um museu indígena ou, se não possuir museus em sua cidade, uma fazenda que possua artefatos de origem indígena. Isso por que, é importante que os alunos tenham contato com materiais vindos desses povos, uma vez que o tema é abstrato e, muitas vezes, acreditam que a cultura indígena está muito distante de nós.

Para um maior envolvimento com o passeio, deixe que opinem e participem do planejamento. Faça o registro na lousa para que eles anotem no caderno, estimulando assim o ato de escrever, a partir de uma escrita contextualizada.

EXEMPLO DE PLANEJAMENTO DA VISITA:

Veja algumas fotos dos alunos na visita ao MUNA, o museu do índio, realizado pelos alunos da ESEBA/UFU em 2010.

Fonte: acervo da autora- Fotos do Trabalho de Campo ao Museu do índio- MuNa- alunos da Eseba-Escola de Educação Básica-UFU -2010

Lembre-se: solicite que os alunos levem folhas e papel para anotações e seus netbooks, para que possam registrar com fotos a visita. Para isso, diga que acessem a webcam de seus computadores, presente na área de trabalho ou em [Metasys>Aplicativos>Multimídia>WxCam].

5º MOMENTO – APROXIMADAMENTE 60 MINUTOS.

SOCIALIZANDO O TRABALHO

Num primeiro momento, reúna as fotos feitas pelos alunos e exiba com auxílio de um projetor de mídia. Depois, solicite que digam fatos marcantes desta visita, tais como: o que mais gostaram, curiosidades que aprenderam, o que não gostaram, dentre outros.

Professor, solicite que os alunos ditem para que você, escreva na lousa e elabore um texto coletivo. Neste, poderá constar aspectos que extrapolem a visita como a ida e volta ou o planejamento, por exemplo.

Após a criação deste pequeno texto, que pretende trabalhar coesão, lógica e organização temporal-espacial solicite que  copiem no caderno e ilustrem com um desenho.

6º MOMENTO – APROXIMADAMENTE 60 MINUTOS.

AMPLIANDO AS POSSIBILIDADES DO TRABALHO DE CAMPO

Professor, é comum que os temas sejam trabalhados em diferentes áreas de conhecimento. No tema sobre os índios, trabalhamos: História e Língua Portuguesa, mas, para um maior enriquecimento do trabalho, a Matemática também poderá ser inserida, sobretudo após a realização de um trabalho de campo.

VEJA ALGUMAS SUGESTÔES:

PROBLEMATOTECA:

 7º MOMENTO – APROXIMADAMENTE 60 MINUTOS.

FINALIZANDO O TEMA

Após o trabalho sobre o tema “índios”, retome a pergunta feita no 1º momento, “O que vocês sabem sobre os índios?”. Provavelmente, agora que puderam explorar o tema sob muitos aspectos e em diferentes conteúdos, somadas ao trabalho de campo, as respostas serão diferentes daquelas faladas anteriormente.

Novamente, anote tudo o que os alunos disserem, mas desta vez na lousa. Crie um quadro comparativo sobre “O que sabíamos sobre os índios” e “O que sabemos agora”. Confronte as hipóteses e observe o quanto construíram de conhecimentos a respeito do tema. Esta estratégia contribuirá muito na avaliação da sua aula.

Dicionário Tupi: http://www.redebrasileira.com/tupi/

Dicionário Guarani: http://www.redebrasileira.com/guarani/

Curiosidades das línguas indígenas:  http://pibmirim.socioambiental.org/linguas-indigenas

Professor, na perspectiva de uma avaliação contínua e processual, em todos os momentos é possível que você, observe o interesse, a participação e se novos conhecimentos estão sendo produzidos. Além disso, o quadro comparativo do 7º momento será também um grande aliado, mostrando para as próprias crianças tudo o que aprenderam, socializando os conhecimentos e valorizando a aprendizagem. Para este momento, observe também quais alunos não falaram, instigando-os a expor seus conhecimentos construídos, mesmo que apresentem um pouco de timidez. Por fim, quanto ao trabalho de campo, verifique se foi significativo.