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O Movimento de Ação Revolucionária (MAR)

 

26/09/2011

Autor e Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Médio História Poder
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Compreender o papel da resistência das organizações armadas no movimento de luta contra a Ditadura Militar.

- Entender as formas de ações do MAR contra a Ditadura Militar.

- Identificar as ideias e mapear a composição social do MAR.

Duração das atividades
Três aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

A Ditadura Militar no Brasil entre 1964 a 1985.

Estratégias e recursos da aula

Introdução

Em 1964, o governo João Goulart foi interrompido por um Golpe Civil-Militar que instaurou uma ditadura que perdurou até 1985, colocando em prática uma política de supressão das liberdades públicas, com o fim das garantias constitucionais, censura e tortura. As forças de oposição de esquerda eram formadas por ex-sargentos expurgados das Forças Armadas, que se aglutinaram em torno de Leonel Brizola, e por uma série de dissidências que cindiram o Partido Comunista Brasileiro (PCB). O Movimento de Ação Revolucionário (MAR) nasceu em 1969, dentro da Penitenciária Lemos de Brito, no Rio de Janeiro. Surgiu da união entre: ex-militantes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), que era formado por sargentos, cabos e marinheiros presos por ocasião da Guerrilha do Caparaó, com sindicalistas, estudantes e intelectuais.

 

Primeiro momento

 

Desenvolvimento

O professor iniciará a aula oferecendo a todos os alunos um panorama sobre a Ditadura Militar brasileira, por meio da exibição de um vídeo explicativo, duração de 29 minutos, que se encontra disponível em: 

 

 

 

O segundo passo será a leitura individual do texto disponível no site http://portal.mj.gov.br/sedh/biblioteca/livro_direito_memoria_verdade/livro_direito_memoria_verdade_sem_a_marca.pdf  (página 482), que oferece um panorama geral sobre o Movimento de Ação Revolucionário (MAR). Os alunos deverão seguir o seguinte roteiro:

- O grupo que compunha o MAR;

- As ações realizadas pelo MAR;

- As propostas políticas;

-  A Guerrilha de Angra dos Reis.

 

Segundo momento

A partir das informações do artigo lido anteriormente, em especial os dados sobre as ações armadas e as ideias do grupo, os estudantes irão interpretar as imagens a seguir em uma análise oral, utilizando fotografias como fontes de pesquisa e informação histórica. O professor deverá incentivar os estudantes: primeiro, a destacarem personagens, cenário, legendas e objetos presentes nas imagens; segundo, a cruzarem as informações do artigo com a os dados das imagens.

 

Penitenciária Lemos Brito

 

Penitenciária Lemos Brito. Local: Rio de Janeiro. Data: março de 1969. Fonte:  Revista Veja, 4 jun. 1969.

 

OLAS

 

Fidel Castro discursa durante a Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS). Data: 1967. Local: Cuba. Fonte: RISTUM, 2003. DVD.

 

Antônio Prestes de Paula

 

Antônio Prestes de Paula, líder da fuga dos membros do MAR da Penitenciária Lemos Brito. Data: janeiro de 1963. Fonte: Revista Veja, 4 jun. 1969.

 

Material subversivo

 

Dinheiro e material considerado subversivo apreendido em poder de militantes do MAR, na Rua Paissandu. Local: Rio de Janeiro. Data: outubro de 1969. Fonte: Acervo Última Hora/AESP. 

 

Terceiro momento

Tendo como base as informações do texto sobre a Guerrilha de Angra dos Reis, os estudantes irão ouvir e interpretar a canção Charles Anjo 45, de autoria de Jorge Ben e lançada em 1969. A canção era uma homenagem ao ex-marinheiro Avelino Capitani, que escapou do cerco ferido, subiu em um morro do Rio de Janeiro e foi ajudado pelos moradores. “Charles Anjo 45” era o seu codinome. Charles porque era louro como um europeu. Anjo louro. Anjo porque em uma das penitenciárias foi atendido por um grupo de estagiárias de assistência social que o apelidaram de anjo loiro. E 45 porque era a pistola que ele usava.

O professor deverá incentivar o debate oral sobre a letra da música, com base nos seguintes pontos: quem Charles protegia? A que Herói ele era comparado? Quais as suas características morais? Onde ele tirou “férias”? A volta de Charles está relacionada a que tipo de celebração?

Como os alunos não têm acesso às informações sobre quem foi o verdadeiro “Charles Anjo 45”, o professor deverá levar os alunos a aproximar a figura do malandro da música à figura do guerrilheiro herói, no que ambos têm em comum conforme a canção: coragem, senso de justiça e luta contra a desigualdade.

 

Site que contém a canção: http://letras.terra.com.br/jorge-ben-jor/46642/

 

Conclusão

Os alunos deverão ser incentivados a perceber como se deu a resistência armada contra a Ditadura Militar, por meio do estudo da organização Movimento de Ação Revolucionário (MAR), compreendendo sua formação, composição, ações e ideias. 

Recursos Educacionais
Nome Tipo
Regime Militar Vídeo
Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados na sua capacidade de analisar a fonte iconográfica, na sua desenvoltura no debate e na acuidade crítica em relação à canção, como suporte de valores do mundo político. Deverão ser avaliados quanto à sua interpretação de fontes históricas impressas, assim como na apresentação das suas conclusões. 

Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • jaqueline lazzzaron, Escola Municipal Anibal Lopes da Silva , Paraná - disse:
    jaqueline_lazzaron@hotmail.com

    05/07/2013

    Cinco estrelas

    Onde vc teve acesso a imagem do revolucionário Antonio Prestes de Paula? Eu o conheci pessoalmente em 1996 e gostaria de reunir mais material sobre ele. Poderia ajudar por favor? Muito Obrigada!!!


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