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UCA - O índio na cultura brasileira

 

28/09/2011

Autor e Coautor(es)
Rodrigo Santos de Oliveira
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Prof.Dr.Luiz Prazeres

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Analisar vários textos e imagens que discutem a múltipla representação do índio na cultura brasileira.
  • Comparar vários perfis traçados sobre o índio e analisar o processo de aculturação ao qual esse “representante” nacional foi submetido.
  • Criar uma videoaula sobre uma população indígena brasileira.
Duração das atividades
2 a 3 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O professor pode iniciar a aula com o debate em torno da data comemorativa atribuída ao dia do índio e questionar o porquê da existência da data. O que é comemorado? Uma “independência” / respeito em relação à “emancipação” cultural dessa população? Ou mera celebração e exaltação vazia de uma figura alegórica / folclórica nacional?

 

O professor pode solicitar que os alunos procurem – no Google – o possível surgimento dessa data e as várias representações, de diferentes épocas, em relação aos perfis retratados de várias comunidades indígenas.

Estratégias e recursos da aula

Etapa 1 – Índio: símbolo de bravura e cartão postal

O objetivo desta atividade é apresentar como as concepções do índio, segundo a estética romântica, serviram para divulgar a imagem cartão-postal, exótica e idealizada em relação à população indígena circunscrita num cenário exuberante. Conforme salientou o crítico Antonio Candido:

 

"Acentuando tendências que vinham do século XVIII, quando se instalou o culto da sensibilidade, os românticos chegaram ao subjetivismo sentimental mais indiscreto e consideraram a expansão confidencial como indício de nobreza do ser. No limite das duas coisas (o particular da terra, o particular do ser), aparecia o índio como símbolo privilegiado, que encarnava o país no que este possuía de mais autêntico, podendo assim receber por transferência as expansões mais nobres da alma.

Função paralela deve ter sido exercida pela exaltação da natureza. Com efeito, na falta de uma ilustre tradição local, que permitisse evocar paladinos e varões sábios desde a Antiguidade (como ocorria na Europa), a natureza brasileira entrou de certo modo em seu lugar como motivo de orgulho, passando a substituir a grandeza e a beleza que se desejaria ter tido no passado histórico. No Brasil não tinha havido batalhas memoráveis, nem catedrais, nem divinas comédias, – mas o Amazonas era o maior rio do mundo, as nossas florestas eram monumentais, os nossos pássaros mais brilhantes e canoros... [...] Essa natureza mãe e fonte de orgulho funcionou como correlativo dos sentimentos que o brasileiro desejava exprimir como próprios, não apenas na poesia patriótica e intimista, mas também na narrativa em prosa, invadida pela sua presença por vezes indiscreta, mas considerada chave para definir o específico local."

 

CANDIDO, Antonio. O romantismo no Brasil. 2.ed. São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP, 2004. p.79-81.

 

Outra função estereotipada que foi atribuída ao índio está associada à imagem do herói, dotado de força e bravura. O professor apresentará o seguinte poema de Gonçalves Dias e destacará como esses ideais representam uma herança familiar e como a morte, durante algum combate, é vista como algo ínfimo diante do próprio ato de lutar e do caráter destemido / ufanista em ser guerreiro.

 

1.2

Canção do tamoio

I

Não chores, meu filho;

Não chores, que a vida

É luta renhida:

Viver é lutar.

A vida é combate

Que os fracos abate,

Que os fortes, os bravos

Só pode exaltar.

II

Um dia vivemos!

O homem que é forte

Não teme da morte;

Só teme fugir;

No arco que entesa

Tem certa um presa,

Quer seja tapuia,

Condor ou tapir.

III

O forte, o cobarde

Seus feitos inveja

De o ver na peleja

Garboso e feroz;

E os tímidos velhos

Nos graves concelhos,

Curvadas as frontes,

Escutam-lhe a voz!

IV

Domina, se vive;

Se morre, descansa

Dos seus na lembrança,

Na voz do porvir.

Não cures da vida!

Sê bravo, sê forte!

Não fujas da morte,

Que a morte há de vir!

V

E pois que és meu filho,

Meus brios reveste;

Tamoio nasceste,

Valente serás.

Sê duro guerreiro,

Robusto, fragueiro,

Brasão dos tamoios

Na guerra e na paz.

VI

Teu grito de guerra

Retumbe aos ouvidos

D’imigos transidos

Por vil comoção;

E tremam d’ouvi-lo

Pior que o sibilo

Das setas ligeiras,

Pior que o trovão.

VII

E a mão nessas tabas,

Querendo calados

Os filhos criados

Na lei do terror;

Teu nome lhes diga,

Que a gente inimiga

Talvez não escute

Sem pranto, sem dor!

VIII

Porém se a fortuna,

Traindo teus passos,

Te arroja nos laços

Do inimigo falaz!

Na última hora

Teus feitos memora,

Tranquilo nos gestos,

Impávido, audaz.

IX

E cai como o tronco

Do raio tocado,

Partido, rojado

Por larga extensão;

Assim morre o forte!

No passo da morte

Triunfa, conquista

Mais alto brasão.

X

As armas ensaia,

Penetra na vida:

Pesada ou querida,

Viver é lutar.

Se o duro combate

Os fracos abate,

Aos fortes, aos bravos,

Só pode exaltar.

 

Site: http://www.revista.agulha.nom.br/gdias01.html

 

ÍNDIO

http://marceloevelin.wordpress.com/category/eckhout-cabinet/

 

Etapa 2 – O índio e sua face aculturada

O objetivo desta etapa é demonstrar de que maneira, ao longo da história brasileira, o índio foi influenciado pela cultura urbana e dominante.

 

O professor solicitará que todos os alunos acessem o poema a seguir. Pode ser discutido o aspecto histórico colonial que o poema alude e ser solicitado que os alunos apontem qual o proposital “erro” de português contido no poema de Oswald de Andrade.

 

2.1

Erro de português

Oswald de Andrade

 

Quando o português chegou

Debaixo duma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena! Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português

http://www.releituras.com/oandrade_tupi.asp

 

2.2

índio

http://ziraldo.blogtv.uol.com.br/2010/04/12/a-charge-no-tempo--a-integracao-no-indio

 

O professor enviará por e-mail a charge do Ziraldo e pedirá para os alunos identificarem quais elementos linguísticos e culturais caracterizam o índio. É válido também que o professor contextualize a charge, que foi publicada no ano de 1974 no Jornal do Brasil. Para a contextualização, é necessário abordar como, nesse período, a chamada cultura de massa ou de consumo estava em alta e como o símbolo da Coca-cola era potencialmente legitimado nesse circuito.

 

2.3

Um índio

Caetano Veloso

 

Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante

De uma estrela que virá numa velocidade estonteante

E pousará no coração do hemisfério sul

Na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena

E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida

Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

 

Virá

Impávido que nem Muhammad Ali

Virá que eu vi

Apaixonadamente como Peri

Virá que eu vi

Tranquilo e infalível como Bruce Lee

Virá que eu vi

O axé do afoxé Filhos de Gandhi

Virá

 

Um índio preservado em pleno corpo físico

Em todo sólido, todo gás e todo líquido

Em átomos, palavras, alma, cor

Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico

Do objeto-sim resplandecente descerá o índio

E as coisas que eu sei que ele dirá, fará

Não sei dizer assim de um modo explícito

 

Virá

Impávido que nem Muhammad Ali

Virá que eu vi

Apaixonadamente como Peri

Virá que eu vi

Tranquilo e infalível como Bruce Lee

Virá que eu vi

O axé do afoxé Filhos de Gandhi

Virá

 

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos

Surpreenderá a todos não por ser exótico

Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto

Quando terá sido o óbvio.

http://www.caetanoveloso.com.br/sec_discogra_letra.php?language=pt_BR&id=312

 

Para a leitura da composição de Caetano Veloso, os alunos, em grupos, deverão identificar:

a) Como a canção relê a figura indígena segundo a representação Romântica? Quais expressões e adjetivos reiteram e negam essa concepção?

b) Como a figura do herói é descrita por Caetano Veloso?

c) Quais figuras emblemáticas (personalidades, entidades) são associadas ao índio? Os alunos deverão pesquisar no Google que são/ foram: os Filhos de Gandhi, Peri, Muhammad Ali e Bruce Lee.

d) Por que a canção chama-se “Um índio” e não “Índio” ou “O índio”? O que o artigo indefinido “um” assinala?

 

Etapa 3 – O índio segundo a sua própria voz

O objetivo desta etapa é considerar as expressões coletivas oriundas das narrativas orais inseridas e registradas no universo da cultura letrada.

 

Criança indígena

http://indigena-grupo.blogspot.com/2010_06_01_archive.html

 

3.1

“Ailton Krenak nasceu no Vale do rio Doce, Minas Gerais, em 1954. Os Krenak registravam uma população de cinco mil pessoas no início do século XX, número que se reduziu a 600 na década de 1920 e a 130 indivíduos em 1989. Na época, Ailton pressagiou: ‘se continuar nesse passo, nós vamos entrar no ano 2000 com umas três pessoas.’  Felizmente isso não aconteceu. Contando com esforços também do próprio Ailton, os Krenak fecharam o século com 150 pessoas. Com 17 anos Ailton migrou com seus parentes para o estado do Paraná. Alfabetizou-se aos 18 anos, tornando-se a seguir produtor gráfico e jornalista. Na década de 1980, passou a se dedicar exclusivamente à articulação do movimento indígena. Em 1987, no contexto das discussões da Assembléia Constituinte, Ailton Krenak foi autor de um gesto marcante, logo captado pela imprensa e que comoveu a opinião pública: pintou o rosto de preto com pasta de jenipapo enquanto discursava no plenário do Congresso Nacional, em sinal de luto pelo retrocesso na tramitação dos direitos indígenas. Em 1988 participou da fundação da União das Nações Indígenas (UNI), fórum intertribal interessado em estabelecer uma representação do movimento indígena em nível nacional, participando em 1989 do movimento Aliança dos Povos da Floresta, que reúnia povos indígenas e seringueiros em torno da proposta da criação das reservas extrativistas, visando a proteção da floresta e da população nativa que nela vive. Nos últimos anos, Ailton se recolheu de volta à Minas Gerais e mais perto do seu povo. Atualmente, está no Núcleo de Cultura Indígena, ONG que realiza desde 1998 o Festival de Dança e Cultura Indígena, idealizado e mantido por Ailton Krenak, na Serra do Cipó (MG), evento que visa promover o intercâmbio entre as diferentes etnias indígenas e delas com os não-índios.”

 

Biografia retirada do blog do jornalista: http://ailtonkrenak.blogspot.com/ . (Adaptação).

 

O professor pode selecionar trechos e apresentar para os alunos - em data show ou arquivo enviado por e-mail – a concepção de tempo relacionada aos rituais e às percepções de mundo segundo a tradição Krenak, conforme proferiu Ailton Krenak numa conferência:

 

http://books.google.com.br/books?id=p4cWAtriFyUC&pg=PA201&lpg=PA201&dq=antes+o+mundo+n%C3%A3o+existia+ailton+krenak&source=bl&ots=dvgBY6FWnM&sig=hO8m7XqDND-G0f7uBqwfPEEUc6Q&hl=pt-BR&ei=mGNxTqfTH8LagQeQlcyNBQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CCkQ6AEwAg#v=onepage&q=antes%20o%20mundo%20n%C3%A3o%20existia%20ailton%20krenak&f=false

 

Ritual de agradecimento de integrantes da comunidade Krenak: http://www.youtube.com/watch?v=8P0Bpn9rpw4

 

Nessa etapa, o professor pedirá aos alunos que, em grupo, selecionem alguma narrativa da página a seguir e que apresentem em arquivo power-point os traços culturais da população indígena segundo o que foi abordado por Ailton Krenak.

 

Arquivo para pesquisa: http://www.pucsp.br/pos/lael/lael-inf/teses/Maria_carmo.pdf

 

3.2

Para a leitura do conto da tribo Kaxinawá, que será enviado por e-mail aos alunos, deverão ser sublinhados ou assinalados em vermelho elementos linguísticos (em relação à oralidade), recursos narrativos e elementos de caracterização temporal e espacial propostos por Ailton Krenak.

 

O Sapo Encantado

Tua Yuxibu é o sapo, o canoeiro, o que mais tem. Ele sempre canta no verão. Vai desovar na praia. E as pessoas comem este sapo.

A história começa assim: tinha um homem que ficou encantado de Tua Yuxibu. O nome desse homem era Ixã.

Ixã caçava no mato e nunca encontrava a caça. Não matava nada! Os filhos começavam a chorar muito. Queriam comer caça. Ixã via as pessoas pegando aquele sapo e foi pegar também para poder comer. Ele fez isso umas cinco vezes. Um dos sapos se encantou

numa pessoa e foi falar com ele:

─ Ixã, o que que você vai fazer?

─ Eu ando querendo pegar sapo para comer.

O sapo encantado de gente falou assim:

─ Ah, você veio me pegar para comer? Eu vou dar uma arma para caçar outro animal, porque você está acabando conosco. Já somos pouquinhos e você ainda come a gente. Vou lhe dar uma arma para caçar.

Então o sapo pegou uma palheta daquelas que existiam antigamente, do próprio encantado. Uma palheta para fazer um tipo de mingau. Mandou botar água no fogo e também mexer a água com a palheta.

lxã mesmo quem mexeu. Apareceu carne, peixe de todo tipo. Ele deu para os filhos comerem.

Foi indo, foi indo, foi indo.., até que o Ixã desapareceu. Desapareceu num poço bem grande!

─ Ele tinha um filho, um rapaz já crescendo, que começava a botar roçado. Botou o roçadinho dele, trabalhando no sol. Era só ele mesmo quem botava roçado. A mãe dele começou a reclamar:

─ Ah, meu filho, tinha seu pai e seu pai desapareceu lá no poço e justamente agora. Eu vou até lá no poço ver se encontro ele!

A mãe desceu lá no poço e gritou pelo Ixã, que era o marido dela:

─ Ixã, vem trabalhar com seu filho, que ele está sofrendo sozinho!

─ Eu vou amanhã. Vou com o pessoal. Pode aprontar de manhãzinha, fazer o quebrajejum, que eu já vou chegar.

─ Quando no outro dia deu uma base de oito horas, a mulher de Ixã olhou no caminho. De lá vinha um monte de gente, toda qualidade de peixes encantados de gente. Ela  andou eles subirem. E quando chegaram numa sala bem grande, que era a casa de antigamente, a mulher perguntou:

─ Quantas pessoas têm? Quem mais ainda vai aparecer?

─ Aquele monte de gente encantada que veio ajudar o filho dela no roçado desconfiou da mulher e saiu correndo. No que correram, a mulher agarrou o marido dela, que era encantado de sapo. Pedia para ele não ir junto.

─ Nessa hora, o marido virou uma mutuca bem azulzinha. Quando a mulher quis pegar o marido encantado, a mutuca escapuliu da mão dela. E assim é até hoje...

 

Site: http://www.pucsp.br/pos/lael/lael-inf/teses/Maria_carmo.pdf

 

Etapa 4 – Construindo uma videoaula

Para esta etapa, os alunos pesquisarão mitos, lendas, rituais, sobre alguma comunidade indígena e planejarão uma videoaula sobre o material coletado (fotos, vídeos, elementos lexicais de origem indígena presentes na língua portuguesa brasileira, textos orais ou transcrições feitas a partir da linguagem da população escolhida).

 

Os textos pesquisados e respectivos links serão enviados por e-mail ao professor, que fará as devidas correções ortográficas e estilísticas. O grupo elegerá um representante para ser o apresentador do conteúdo estudado e produzido. Essa atividade pode ser divulgada numa perspectiva jornalística (telejornal ou programa que tenha como foco a reportagem). O material será filmado, avaliado pelo professor e postado no YouTube.

 

Como postar vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=cpDxbWLEq_0&feature=related

Recursos Complementares

Sobre Ailton Krenak: http://ailtonkrenak.blogspot.com/

 

Sobre a publicação da obra Shenipabu Miyui: http://www.ufmg.br/boletim/bol1282/pag4.html

 

Sobre algumas heranças da cultura indígena e sobre algumas comunidades indígenas no Brasil: http://indigena-grupo.blogspot.com/2010_06_01_archive.html

 

Sobre a população Kaxinawá: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300008

 

PRADO, Paulo; CALIL, Carlos Augusto. Retrato do Brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira. 9. ed. Sao Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Avaliação

As avaliações ocorrerão de forma processual, ao longo de todas as atividades ministradas, as quais contemplam o desenvolvimento das habilidades de leitura crítica/ participativa, pesquisa e criação. Porém é necessário:

  • Observar e avaliar a contribuição e participação dos alunos no que se refere à interpretação e debate acerca dos textos estudados.
  • Observar as inferências produzidas a partir da leitura dos textos que criticam a aculturação forçada.
  • Avaliar as possíveis respostas elaboradas pelos alunos (etapa 2).
  • Avaliar a construção, adequação temática e ética da exibição do video produzido.
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