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UCA -Adjetivo e locução adjetiva

 

07/12/2011

Autor e Coautor(es)
NELI EDITE DOS SANTOS
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Aparecida Clemilda Porto

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: léxico e redes semânticas
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Formar adjetivos a partir de substantivos.

- Identificar, em textos, os substantivos que são qualificados por adjetivos.

- Escolher e utilizar adjetivos e locuções adjetivas para qualificar substantivos.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O aluno deve possuir noções de morfologia.

Estratégias e recursos da aula

 Atividade 1 - Motivação

Alunos dispostos em círculo.

Professor, inicie a aula repetindo a palavra "MAMBEMBE" com diferentes entonações, de modo que se aguce a curiosidade dos alunos. Trata-se de um termo  pouco comum atualmente: MAMBEMBE!!!! MAMBEMBE????  MAMBEMBE...

Em seguida, pergunte a eles se sabem o significado dessa palavra: O que será isso?

Se souberem, solicite a dois ou três alunos que anotem no quadro as hipóteses. Como complemento, apresente os seguintes conceitos:

MAMBEMBE: Adjetivo. Inferior; medíocre; ordinário, zambembe, má qualidade.

(Conceito adaptado do Novo Aurélio Século XXI, p. 1265)

 

ADJETIVO: palavra que modifica o substantivo, indicando qualidade, caráter, modo de ser ou estado.

(Conceito adaptado do Novo Aurélio Século XXI, p. 53)

Solicite aos alunos que, em seus cadernos, façam frases usando a palavra mambembe, de modo que ela continue tendo um significado pejorativo, de valor negativo. Escolha 5 alunos para lerem suas frases e faça as correções necessárias, caso eles não consigam atender ao que foi solicitado.

 

Atividade 2: Caracterizando situações.

Alunos continuam organizados em círculos.

Professor, apresente aos alunos as seguintes imagens e solicite a eles que as caracterizem usando adjetivos. Dois ou três alunos devem anotar no quadro os adjetivos que foram citados para caracterizar as imagens. 

 

2

Disponível em: <http://www.tesorosdelayer.com/exposiciones/html/EXPOSICION%20RECUERDOS%20DEL%20CIRCO/23%20LOS%20CLOWNS%20DEL%20CIRCO%20POBRE.jpg>. Acesso em 06 nov. 2011.

3

 Disponível em: <http://sp8.fotolog.com/photo/56/24/69/fredy/1241405160703_f.jpg>. Acesso em 06 nov. 2011.

 1

Imagem disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/_wifAmW9GO-0/TFS_Bq8CSfI/AAAAAAAAAOo/SSRORvI9Rk4/s1600/circo.jpg>. Acesso em 06 nov. 2011.

  5

 Imagem disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_3ks_BN1qPNE/S_kdGAJ17zI/AAAAAAAACG0/LWcQIcANsA0/s400/circo%5B1%5D.png>. Acesso em 06 nov. 2011 

6  

Disponível em: <http://www.vivasp.com/fotos/2004_10/2004,10,1307.jpg>. Acesso em 06 nov. 2011

Após a manifestação dos alunos em voz alta, vá ao quadro e, destacando os adjetivos anotados, desenvolva com eles uma reflexão no sentido de identificarem  adjetivos que remetem a caracterizações positivas/valorativas ou negativas/depreciativas. 

 

 Atividade 3 - Os adjetivos caracterizam substantivos.

Alunos organizados em duplas. 

Solicite aos alunos que leiam o texto "Pobre circo pobre", de Walter Rossignoli, disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3319803.

Após a leitura, oriente-os a selecionar, copiar e colar o referido texto em um arquivo de texto do programa Kword.

Trabalhando em seu texto, os alunos devem editá-lo marcando com a  cor azul todos os substantivos que aparecem acompanhados de adjetivos e locuções adjetivas; com a cor vermelha, eles devem destacar todos os adjetivos e locuções adjetivas que caracterizam os substantivos identificados. Apresente os exemplos abaixo destacados: 

 

Pobre  circo  pobre  (Walter Rossignoli)

       A pequena caravana mambembe chegou ao meu bairro e, em dois ou três dias, em um terreno baldio erguia-se a lona do circo. Para estreia, um fusca antigo, com modesto serviço de alto-falantes, anunciava o espetáculo imperdível a um precinho muito convidativo. Por dois reais assistia-se a quase duas horas de circo.

        Quem olhasse aquela lona pobre, aquela bilheteria em que uma moça loira com uma criança nos braços atendia o respeitável público, aquela entrada guarnecida pelo palhaço, humildemente trajado, ainda não a caráter (depois é que se descobriria que o porteiro era o palhaço), certamente pouco poderia esperar da apresentação.

         Entrei, com meus sobrinhos pequenos e poucas esperanças, assim como os amigos que lá encontrei, conduzindo a garotada ávida de diversão.

         Empoleirei-me numa daquelas tábuas apenas sobreposta à haste de metal e me preparei para a generosidade dos aplausos.

        Enquanto assistia ao número de malabarismo, pude ver que algumas cordas, certamente as que seriam usadas pelos trapezistas, estavam emendadas. Isso me preocupou, pois, em uma eventual queda, o artista poderia atingir um de nós. Sugeri a alguns amigos que as crianças ficassem nos lugares mais altos, distanciando-se do perigo que os artistas ofereciam.

        O malabarista, para minha surpresa, se saiu maravilhosamente bem e recebeu calorosos aplausos. Depois é que descobri que ele era também o porteiro, que seria também o palhaço e até participaria do número do trapézio. Mas onde ele se superou mesmo foi como palhaço, nos fazendo soltar o riso com um número de humor muito engraçado. O palhaço ainda protagonizou outra cena humorística, contracenando com a moça loira, aquela da bilheteria, e com os dois trapezistas, àquela altura transformados em atores coadjuvantes.
 

        A moça loira também se desdobrou; além de atriz, preparou o algodão-doce da criançada e ainda fez uma dança aérea numa daquelas cordas que preocupariam o observador menos exigente. Aliás, toda a estrutura do circo era muito humilde, muito pobre, e era bonito e emocionante ver a garra daqueles artistas populares para ganhar a vida nos divertindo. Por um momento viajei pela plateia e contei os presentes, que proporcionariam uma féria de pouco mais de cem reais. Me pego fazendo contas e vejo que eles ganhariam tão pouco para nos divertir, correndo riscos, muitos riscos naquele picadeiro de terra, protegido por pedaços de plástico esburacados e sujos.

        Felizmente, não foram muitos os números de trapézio; acredito que eles mesmos, além de não muito preparados para o espetáculo de voos ainda que pequenos (um deles era bem gordinho!), não confiavam nas condições do circo.

         Na saída, não me furtei a um cumprimento a dois dos artistas que se despediam de nós.

         - Obrigado o senhor por ter vindo, disse um deles.

        Nós todos é que devíamos agradecer. Eu particularmente me flagrei refletindo muito no idealismo que devia ser tocar um empreendimento daqueles. É certo que havia muito de necessidade, pois eram pobres e viviam do circo. Eles tinham talento, mas não tinham incentivo, não tinham patrocínio. Mereciam ser amparados, pois levavam o divertimento e, assim, estavam afastando as crianças de tanta forma de delinquência. Mas com aquela féria! Se fosse sempre assim, como fariam?

        Soube depois que durante a temporada houve alguns dias em que o circo se encheu, mas o bilhete estava pela metade do preço.

        Algum tempo depois, foram tentar outro público, em outro bairro, em outro terreno baldio. Só deu tempo para uma apresentação. À noite, uma tempestade destruiu a lona, jogou toda a estrutura no chão e fez ruir um sonho de sobrevivência com a alegria de um circo pobre.

 Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3319803>. Acesso em 06 nov. 2011.

 

 Atividade 4: Os adjetivos e a manifestação de ideias, sentimentos e valores

Professor, oriente os alunos a, ainda em duplas, responderem às seguintes questões:

Compreensão do texto:

1. O cronista utiliza vários substantivos para descrever as pessoas e as coisas que compõem o circo. Cite 5.

2. Para caracterizar as pessoas e as coisas do circo, o cronista utiliza vários adjetivos. Cite 5.

3. Na primeira atividade, vimos que o termo "mambembe", segundo o dicionário, tem um valor negativo, pejorativo. E no texto "Pobre circo pobre"? Qual o valor do termo "mambembe"?

4. Observe o seguinte trecho: "Aliás, toda a estrutura do circo era muito humilde, muito pobre, e era bonito e emocionante ver a garra daqueles artistas populares para ganhar a vida nos divertindo." Considerando essa frase, podemos concluir que o cronista usou adjetivos para valorizar positivamente ou negativamente o circo e seus artistas?

5. O que nos permite afirmar que o adjetivo "mamulengo", nessa crônica, não significa "inferior"?

 

Para a correção das respostas e sua socialização, divida a sala em dois grupos. No primeiro grupo, as duplas vão ler suas respostas e, uma a uma, o segundo grupo vai avaliar se concorda com as respostas dadas, se tem algo a acrescentar ou se considera as respostas incorretas. Desse modo, os próprios colegas vão ajudar a tornar as respostas o mais completas possível.

Recursos Complementares

Sugiro a aula intitulada "O adjetivo e a locução adjetiva na construção do texto", de Lazuíta Goretti de Oliveira. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28348>. Acesso em 06 nov. 2011.

Avaliação

Para avaliar o aproveitamento do aluno, observe a maior ou menor dificuldade deles para identificar adjetivos e locuções adjetivas. Sobretudo nas atividades com o texto "Pobre circo pobre", verifique se os alunos conseguem captar que os adjetivos e locuções adjetivas são veiculadores de valores.

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