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UCA: Leitura/recital de poesias de autores consagrados na escola

 

24/10/2011

Autor e Coautor(es)
MARTA PONTES PINTO
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Despertar o gosto pela leitura poética;
  • analisar ações de declamadores;
  • conhecer biografia e poemas de inúmeros poetas; ;;;
  • explorar os recursos poéticos utilizados nos poemas;
  • estimular os alunos a se apresentarem em recital.
Duração das atividades
04 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Características de um poema.
  • Figuras de linguagem.
Estratégias e recursos da aula
  • Uso da internet.
  • Leituras, ensaios e preparação para um recital.

Atividades

Atividade 1

 

Para iniciar a atividade, o professor convidará os alunos a acessarem os links abaixo para assistirem aos vídeos. Deverão observar entonação, clareza e simplicidade utilizadas por declamadores.

Cada aluno utilizará seu laptop UCA para a tarefa.

grupo de alunos no laptop

http://roteironews.blogspot.com/2011/03/maria-bethania-queria-r-600-mil-pra.html

http://www.youtube.com/watch?v=XGnwyOHHEa0&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=q_4OvOWJEOc&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=T8RuDSuLLVw&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=LkYkp3ZsmJQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=m5pPZWQiArc&feature=related

 

Atividade 2

 

Para essa atividade, o professor dividirá a turma em quatro grupos e indicará a cada grupo a leitura de um dos textos relacionados abaixo e que poderão ser obtidos por download e salvos em uma mídia, ou o professor distribuirá fotocópias ou solicitará que acessem os poemas pela internet em seus laptops.  Deverá levar os alunos para o pátio onde poderão se exercitar em voz alta se dirigindo a uma plateia imaginária. Deverão explorar as características dos textos. Os poemas são:

  • Morte e vida Severina de João Cabral de Melo Neto
  • Vou-me embora pra Pasárgada de Manuel Bandeira
  • O trem de ferro de Manuel Bandeira
  • Negra Fulô de Jorge de Lima. 

 

: Nega Fulô; Vou-me               Pasárgada  

itrem de ferro           Negrinha

 Imagens disponíveis em:

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&sugexp=kjrmc&cp=10&gs_id=x&xhr=t&q=nordestinos&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&biw=1366&bih=557&

wrapid=tljp1319481414374018&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi#um=1&hl=pt-BR&tbm=isch&sa=1&q=caipira+picando+fumo&oq=caipira+&aq=1&

aqi=g10&aql=1&gs_sm=c&gs_upl=52728l58921l0l61214l18l16l0l0l0l4l515l4023l2-5.5.1.1l13l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=6fc930c1baf73367&biw=1366&bih=557 

 http://www.google.com.br/imgres?q=pas%C3%A1rgada&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1366&bih=557&tbm=isch&tbnid=7uE8qsx_mfiGzM:&imgrefurl=http://uivodaloba.

blogspot.com/2010/10/vou-me-embora-para-pasagarda.html&docid=YI4Eouy8hvgPaM&w=500&h=375&ei=4iyKTqjwAs6gtwfKuJBH&zoom=1&iact=hc&vpx=1060&vpy=243&dur

=406&hovh=194&hovw=259&tx=112&ty=130&page=4&tbnh=155&tbnw=212&start=48&ndsp=11&ved=1t:429,r:4,s:48

http://www.google.com.br/imgres?q=pas%C3%A1rgada&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1366&bih=557&tbm=isch&tbnid=cASqbQn2V22F8M:&imgrefurl=http://poemasesonetos.arteblog.com.br/70/&docid=6RyF2EZY5u3NcM&w=525&h=750&ei=4iyKTqjwAs6gtwfKuJBH&zoom=1&iact=hc&vpx=1124&vpy=168&dur=31&hovh=268&hovw=188&tx=154&ty=109&page=3&tbnh=162&tbnw=112&start=37&ndsp=11&ved=1t:429,r:10,s:37http://www.google.com.br/imgres?q=pas%C3%A1rgada&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1366&bih=557&tbm=isch&tbnid=7uE8qsx_mfiGzM:&imgrefurl=http://uivodaloba.blogspot.com/2010/10/vou-me-embora-para-pasagarda.html&docid=YI4Eouy8hvgPaM&w=500&h=375&ei=4iyKTqjwAs6gtwfKuJBH&zoom=1&iact=hc&vpx=1060&vpy=243&dur=406&hovh=194&hovw=259&tx=112&ty=130&page=4&tbnh=155&tbnw=212&start=48&ndsp=11&v http://www.associacaospmpf.com.br/index.php?opcao=13 

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&cp=4&gs_id=e&xhr=t&q=ful%C3%B4&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&biw=1366&bih=557&wrapid=tljp13176786

7440506&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi#um=1&hl=pt-BR&tbm=isch&sa=1&q=negra+bonita&oq=negra&aq=2&aqi=g10&aql=&gs_sm=c&gs_upl=

103803l112617l2l116189l20l18l0l0l0l7l422l4307l2-3.9.1l13l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=ac96c486afffcb2b&biw=1366&bih=557

 

OBS: Transcrevemos os textos abaixo para melhor organização da proposta.

 

Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto

     — O meu nome é Severino,  

não tenho outro de pia. 

Como há muitos Severinos, 

que é santo de romaria,  

deram então de me chamar 

Severino de Maria 

como há muitos Severinos 

com mães chamadas Maria, 

fiquei sendo o da Maria 

do finado Zacarias.  

  

Mas isso ainda diz pouco:  

há muitos na freguesia,  

por causa de um coronel  

que se chamou Zacarias  

e que foi o mais antigo  

senhor desta sesmaria.

 

Como então dizer quem fala  

ora a Vossas Senhorias?  

Vejamos: é o Severino  

da Maria do Zacarias,

Mas isso ainda diz pouco:  

se ao menos mais cinco havia    

com nome de Severino  

filhos de tantas Marias  

mulheres de outros tantos,  

já finados, Zacarias,  

vivendo na mesma serra  

magra e ossuda em que eu vivia.   

 

Somos muitos Severinos 

iguais em tudo na vida:  

na mesma cabeça grande  

que a custo é que se equilibra,  

no mesmo ventre crescido   

sobre as mesmas pernas finas  

e iguais também porque o sangue,  

que usamos tem pouca tinta.   

 

E se somos Severinos  

iguais em tudo na vida,  

morremos de morte igual,  

mesma morte severina:  

que é a morte de que se morre  

de velhice antes dos trinta,  

de emboscada antes dos vinte  

de fome um pouco por dia  

(de fraqueza e de doença)  

é que a morte Severina,  

ataca em qualquer idade,  

e até gente não nascida).

   

Somos muitos Severinos  

iguais em tudo e na sina:  

a de abrandar estas pedras  

suando-se muito em cima,  

a de tentar despertar  

terra sempre mais extinta,   

a de querer arrancar  

alguns roçado da cinza.  

 

Mas, para que me conheçam  

melhor Vossas Senhorias  

e melhor possam seguir  

a história de minha vida,  

passo a ser o Severino  

que em vossa presença emigra. 

Disponível em: http://www.culturabrasil.org/joaocabraldemelonetoo.htm

 

 Vou-me embora pra Pasárgada - João Cabral de Melo Neto

 

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconsequente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcaloide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada. 

 

Disponível em: http://www.releituras.com/mbandeira_pasargada.asp

 

Trem de Ferro   - Manuel Bandeira

Café com pão

Café com pão

Café com pão

 

Virge Maria que foi isso maquinista?

 

Agora sim

Café com pão

Agora sim

Voa, fumaça

Corre, cerca

Ai seu foguista

Bota fogo

Na fornalha

Que eu preciso

Muita força

Muita força

Muita força

Oô...

Foge, bicho

Foge, povo

Passa ponte Passa poste

Passa pasto

Passa boi

Passa boiada

Passa galho

Da ingazeira

Debruçada

No riacho

Que vontade

De cantar!

Oô...

 

Quando me prendero

No canaviá

Cada pé de cana

Era um oficiá

Oô...

Menina bonita

Do vestido verde

Me dá tua boca

Pra matar minha sede

Oô...

Vou mimbora vou mimbora

Não gosto daqui

Nasci no sertão

Sou de Ouricuri

Oô...

 

Vou depressa

Vou correndo

Vou a toda

Que só levo

Pouca gente

Pouca gente

Pouca gente...  

 

Disponível em: http://www.mpbnet.com.br/musicos/tom.jobim/letras/trem_de_ferro.htm

 

 Essa negra Fulô! - Jorge de Lima

Ora, se deu que chegou

(isso já faz muito tempo)

no bangüê dum meu avô

uma negra bonitinha,

chamada negra Fulô.

 

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

 

Ó Fulô! Ó Fulô!

(Era a fala da Sinhá)

Vai forrar a minha cama

pentear os meus cabelos,

vem ajudar a tirar

a minha roupa, Fulô!

 

Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!

(Era a fala da Sinhá)

vem me ajudar, ó Fulô,

vem abanar o meu corpo

que eu estou suada, Fulô!

vem coçar minha coceira,

vem me catar cafuné,

vem balançar minha rede,

vem me contar uma história,

que eu estou com sono, Fulô!

 

Essa negra Fulô!

Essa negrinha Fulô!

ficou logo pra mucama

pra vigiar a Sinhá,

pra engomar pro Sinhô!

 

Essa negra Fulô!

 

Essa negra Fulô!

 

"Era um dia uma princesa

que vivia num castelo

que possuía um vestido

com os peixinhos do mar.Entrou na perna dum pato

saiu na perna dum pinto

o Rei-Sinhô me mandou

que vos contasse mais cinco".

 

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

 

Ó Fulô! Ó Fulô!

Vai botar para dormir

esses meninos, Fulô!

"minha mãe me penteou

minha madrasta me enterrou

pelos figos da figueira

que o Sabiá beliscou".

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

 

Ó Fulô! Ó Fulô!

(Era a fala da Sinhá

Chamando a negra Fulô!)

Cadê meu frasco de cheiro

Que teu Sinhô me mandou?

Ah! Foi você que roubou!

Ah! Foi você que roubou!

 

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

 

O Sinhô foi ver a negra

levar couro do feitor.

A negra tirou a roupa,

O Sinhô disse: Fulô!

(A vista se escureceu

que nem a negra Fulô).

 

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!

Cadê meu lenço de rendas,

Cadê meu cinto, meu broche,

Cadê o meu terço de ouro

que teu Sinhô me mandou?

Ah! foi você que roubou!

Ah! foi você que roubou!

 

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

 

O Sinhô foi açoitar

sozinho a negra Fulô.

A negra tirou a saia

e tirou o cabeção,

de dentro dêle pulou

nuinha a negra Fulô.

 

Essa negra Fulô!

Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!

Cadê, cadê teu Sinhô

que Nosso Senhor me mandou?

Ah! Foi você que roubou,

foi você, negra fulô?

 

Essa negra Fulô!

 

Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/jorge.html#essanegra 

 

Sugestões para mais atividades com os textos:

 

" Morte e Vida Severina": os alunos vão se revezando na leitura assumindo o personagem. Se conseguirem fazer sotaque de nordestino será ótimo.

 "Vou-me embora para pasárgada": os alunos também se revezarão assumindo o personagem. Deverão assumir o ar de felicidade que um condenado tem ao conseguir a liberdade.

"O trem de ferro": o grupo deve perceber que é um texto onomatopaico e lê-lo como tal.

Em "A Nega Fulô" os alunos assumirão o papel do narrador.

 

Quando todos estiverem prontos, o professor pedirá que se apresentem para a classe.

 

  • Professor, você pode repetir essa atividade em todas suas turmas. Mas, para o recital final, sugerimos que devem ser utilizados os textos da próxima atividade. 

 

Atividade 3

 

Os alunos, individualmente, acessarão o site: 

http://www.oocities.org/br/edterranova/famosos.htm

 

Neste endereço, encontrarão biografia e poemas de inúmeros poetas. Escolherão um dos autores, lerão a biografia, farão uma síntese (digitada no Kword) e selecionarão um poema para memorizar.

Uma cópia da síntese deverá ser entregue ao professor via e-mail ou impressa.. A apresentação será para todos, alunos e professor.

 

Atividade 4

 

RECITAL DE POESIAS

 

  • Professor, organize uma apresentação em alto nível.
  • Os poemas deverão ser acompanhados por um fundo musical e os alunos poderão ir atrás de figurinos para caracterizar os personagens. Reúna os melhores de cada turma e apresente para os pais,

para  os alunos de toda a escola.

 

 

Recursos Complementares
Avaliação

Professor, esteja atento e avalie a participação de seus alunos em cada uma das atividades, inclusive a atividade escrita.

 No Recital, observe se os alunos:

  • estão desinibidos;
  • estão interessados;
  • decoraram as poesias;
  • fizeram as entonações adequadas, etc.
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