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A Ação Libertadora Nacional (ALN)

 

01/11/2011

Autor e Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Poder
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

-Compreender o papel da resistência das organizações armadas no movimento de luta contra a Ditadura Civil-Militar.

- Conhecer as características da organização armada Ação Libertadora Nacional (ALN).

- Entender as formas de ações da ALN contra a Ditadura Civil-Militar.

- Perceber como representações diversas do líder da ALN, Carlos Marighela, foram construídas de formas diferentes em diversas épocas e por agentes distintos.

Duração das atividades
Três aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 

A Ditadura Civil-Militar no Brasil entre 1964 a 1985.

Estratégias e recursos da aula

Introdução

 

Em 1964, o Governo João Goulart foi interrompido por um Golpe Civil-Militar que instaurou uma ditadura que perdurou até 1985, colocando em prática uma política de supressão das liberdades públicas, com o fim das garantias constitucionais, com a censura e a tortura. A Ação Libertadora Nacional (ALN) surgiu em 1967, por ocasião das divergências entre militantes comunistas de São Paulo e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), em torno da questão sobre qual a melhor forma de resistir à Ditadura. A expulsão de Carlos Marighela das fileiras do PCB teve como consequência o fato de que boa parte das bases em São Paulo se desligou do partido e seguiu Marighela na criação da ALN. A organização se tornou o mais importante agrupamento armado na luta contra a Ditadura.

 

Primeiro momento

 

Desenvolvimento

O professor iniciará a aula, proporcionando aos alunos a leitura individual de um texto que oferece um panorama geral sobre a ALN. O texto (páginas 469-470) encontra-se disponível no site:

http://portal.mj.gov.br/sedh/biblioteca/livro_direito_memoria_verdade/livro_direito_memoria_verdade_sem_a_marca.pdf  (acesso em: 10 out. 2011).

 

Os alunos deverão seguir o seguinte roteiro, que servirá como base para um debate envolvendo a todos:

- Como nasceu a ALN;

- Que ideias orientaram a formação e a trajetória da ALN;

- Os tipos de ações políticas realizadas pela ALN; e

- As causas do fim da ALN.

 

Segundo momento

 

Desenvolvimento

 

Em seguida, os alunos deverão ler um documento interno da ALN, de autoria de Carlos Marighella, intitulado “Quem Samba fica, quem não sabe vai embora”, ficando atentos aos dois últimos parágrafos. Texto disponível em:

http://www.marxists.org/portugues/marighella/1968/12/samba.htm. (Acesso em: 10 out. 2011.)

 

Depois, irão ouvir a canção “Quem samba fica”, de autoria de Jamelão e Tião Motorista, interpretada pelo primeiro. Canção disponível em:

http://letras.terra.com.br/jamelao/594871/. (Acesso em: 10 out. 2011.)

 

Por fim, cada aluno irá escrever um texto no qual desenvolverá um argumento discutindo como Carlos Marighella pinça a frase “Quem Samba fica, quem não sabe vai embora”, retirando-a do seu contexto original (a letra da canção) e dando um novo sentido para a mesma, inserindo a frase no contexto das suas ideias sobre a luta armada contra a Ditadura.  Ou seja, qual o sentido da frase “Quem Samba fica, quem não sabe vai embora”, a partir da interpretação construída por Marighela no documento em que ele escreveu para os companheiros da ALN?  

O professor deverá pontuar dois aspectos principais a serem observados pelos estudantes: a decisão de ficar no País durante a Ditadura Civil-Militar e a opção pelo enfrentamento armado contra o regime. 

 

Terceiro momento

 

Desenvolvimento

 

Carlos Marighella foi a principal liderança no combate armado à Ditadura Civil-Militar. A proposta aqui parte da ideia de se recuperar e compreender algumas das diferentes visões referentes ao guerrilheiro e ao homem Marighella. Visões essas, construídas por diferentes sujeitos (pessoas, instituições, meios de comunicação e grupos), em contextos históricos diferentes.  Os alunos serão divididos em quatro grupos. Cada grupo irá trabalhar e interpretar uma das quatro representações (cartaz da repressão, matéria jornalística, depoimento de correligionário e música) e apresentar o resultado aos demais colegas. Todos os grupos deverão fixar-se nas questões: quem é o Marighella apresentado?  Como ele é definido e caracterizado? Que posturas e valores são atribuídos a ele?

O primeiro grupo deve, inicialmente, procurar entender o significado da representação do personagem no cartaz através de uma discussão interna ao grupo. Depois, o grupo deve apresentar o resultado do debate interno, exibindo a imagem para os demais grupos e interpretando o cartaz levando em conta suas figuras e seus dizeres.

O segundo grupo, deve ler a matéria da Revista, anotar os principais pontos relacionados a representação construída na reportagem sobre o personagem Marighella. Em seguida, o grupo deve realizar um debate interno sobre a reportagem. Por fim, o grupo deve apresentar para os outros grupos o resultado da discussão, oralmente.

O terceiro grupo, deve ler o depoimento que o escritor Jorge Amado fez sobre Marighella, anotar os principais pontos relacionados a representação construída no texto a respeito do personagem. Em seguida, o grupo deve realizar um debate interno sobre o texto. Por fim, o grupo deve apresentar para os outros grupos oralmente o resultado da discussão.

O quarto grupo, vai escutar o Rap “Marighella”, acompanhar a letra, anotar os principais pontos relacionados a representação construída no Rap a respeito do personagem e depois realizar um debate interno sobre a canção. Finalmente, os demais grupos devem ouvir o rap. Em seguida, o  quarto grupo deve apresentar para os outros grupos o resultado da discussão de forma oral.

 

Antes de mais nada, os estudantes lerão um pequeno texto com sua biografia resumida.

 

Carlos Marighella

Carlos Marighella. S.D. Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_SZiytnNZRM4/TCd7w8pEXmI/AAAAAAAAAQg/JUbgyZwPbPk/s1600/fotocapa.jpg (ilustrativa)

 

Link texto: http://www.carlos.marighella.nom.br/vida.htm (acesso em: 10 out. 2011).

 

Grupo 1: Cartaz da repressão política(Marighela é o primeiro da esquerda para direita, de cima para baixo).

Terroristas

Cartaz Terroristas procurados. S.D Fonte:  http://virtualiaomanifesto.blogspot.com/2009/10/bacuri-o-guerrilheiro-brasileiro.html (Acesso em: 10 out. 2011.)

 

Grupo 2: Matéria da Revista Veja (edição 62, 12 nov. 1969) sobre a morte de Marighela. 

 

Capa Veja

Revista Veja (edição 62, 12 nov. 1969) sobre a morte de Marighella. Data: 1969. Fonte: http://tudocabe.blogspot.com/2009/11/um-porreta.html (ilustrativa)

 

Site Revista Veja: http://www.veja.com/acervodigital/home.aspx. Acesso em: 10 out. 2011.

(Instruções: os alunos irão acessar o site por meio do link acima; em seguida, procurar pelo ano de 1969, depois procurar pela edição no. 62, datada de 12 de novembro de1969, clicar na edição e, finalmente, pesquisar as páginas 22 a 31.)

 

Grupo 3: “Reconhecido em vida e na morte.” Depoimento escrito feito pelo escritor Jorge Amado, sobre o seu amigo Marighella, e lido por ocasião do sepultamento dos restos mortais de Marighella, em Salvador, no ano de 1979.

Fonte: http://www.carlos.marighella.nom.br/sobre.htm. ( Acesso em: 10 out. 2011.)

(Instruções: após clicar no link, os alunos irão procurar pelo texto de Jorge Amado no lado esquerdo do site. Após encontrá-lo, é só clicar no mesmo.)

 

Grupo 4: RAP “Marighella”, cantado pelo grupo Racionais MC’S.  

 

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Sh66AcD3o6k.  (Acesso em: 10.10.2011.)

Conclusão

Os alunos deverão ser incentivados a perceber como se deu a resistência armada contra a Ditadura Civil-Militar, por meio do estudo da organização Aliança Libertadora Nacional (ALN), compreendendo sua organização, suas ações e idéias e estudando sua principal liderança.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados na sua capacidade de analisar a fonte iconográfica, na sua desenvoltura no debate e na acuidade crítica em relação à canção, como suporte de valores do mundo político. Deverão ser avaliados quanto à sua interpretação de fontes históricas impressas, assim como na apresentação das suas conclusões. Deverão ser avaliados, ainda, em sua capacidade de interpretar e escrever textos, assim como na criatividade na apresentação do trabalho em grupo.

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