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Vamos escorregar numa montanha com um tapete de papelão e depois fazer uma escalada?

 

25/10/2011

Autor e Coautor(es)
GILBERTO LOPES LERINA
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FLORIANOPOLIS - SC NDI UFSC

Giandréa Reuss Strenzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Educação Infantil Movimento Coordenação
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- As crianças irão aprender a construir, em parceria com seus colegas, um objeto para o grupo brincar;
- Poderão brincar com o “tapete de papelão” construído, em diferentes espaços interagindo com o objeto de diferentes formas, com os colegas do grupo ou outros grupos de crianças;
- Experimentar diferentes movimentos, de escorregar, e de subir a "montanha";

- Perceber o corpo em relação ao tempo/espaço no momento em que realizam os movimentos.

Duração das atividades
A aula deve ser dividida em duas etapas. Cada etapa poderá ter entre 20 a 60 minutos. Importante o professor perceber o interesse das crianças podendo ultrapassar ou diminuir o tempo programado.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

A criança que participar dessa brincadeira deverá saber utilizar cola e ter noções básicas de subida em escalada. 

Estratégias e recursos da aula

Essa aula tem duas etapas. Na construção do tapete de papelão (primeira etapa), sugere-se que seja pensada para grupos de crianças a partir dos 3 anos, para que possam participar seja nas idéias ou na construção propriamente dita, do tapete de papelão. 

Para a segunda etapa da aula (a descida da montanha com o tapetão) sugere-se que sejam convidados os grupos de crianças menores (a partir dos oito meses) para que possam desfrutar desse momento. Para essa variação da brincadeira, é importante que cada bebê desça a montanha escorregando no colo de um adulto.

O  tapetão construído por um determinado grupo de crianças pode ser disponibilizado para outros grupos em diferentes dias, para que cada grupo com idades diferentes ou grupos mistos, possam usufruir da brincadeira.

É importante considerar sempre a segurança e o bem estar de cada criança no momento da descida da "montanha". A seguir, cada etapa da aula será descrita.

 

Etapa 1 – Construção do tapete de papelão

Material: - Caixas de papelão grandes e de texturas consistentes que deverão ser trazidas pelas crianças num esquema de mutirão com as famílias.

                  - Cola branca para papel, o suficiente para união das partes do tapete de papelão.

Duração: de 15 a 30 minutos, podendo ultrapassar este tempo dependendo do objeto a ser confeccionado.

Local: sala ou local amplo em que o tapete de papelão possa ficar estendido no chão para a colagem e para o período de secagem. Dependendo das condições climáticas, em torno de 12 horas, no mínimo. O ideal é que se faça a colagem em um ambiente e deixe secar de um dia para o outro, com pesos em cima das partes que foram coladas.

Proposta: propor ao grupo que construa um tapete de papelão. O tamanho vai depender do local onde escorregarão. O professor reúne o grupo e comenta sobre a escalada nas montanhas, mostra o site e em seguida, convida o grupo para fazer uma aventura: escalar uma montanha. A seguir, comenta sobre escaladas e a problemática de como descer da montanha: "o que faremos?" E então propõe: "vamos construir um tapete para escorregar na montanha?" E assim, a aventura inicia...

Após a desmontagem das caixas de papelão, prepará-las para serem coladas. Utilizar as abas das caixas para a colagem, uma sobreposta a outra no mesmo sentido, numa posição que favoreça o deslizar. Portanto, o sentido de colagem das peças deve ser no fluxo da descida das crianças.

Quanto ao tamanho do tapete de papelão, deve forrar toda a descida do declive do solo e ter uma sobra de mais ou menos 2 metros ao final, como uma área de escape onde as crianças podem se levantar. Portanto, será importante calcular o tamanho do tapete para adequá-lo ao local. A construção do “tapetão” deverá ser organizada pelos adultos, de forma que cada criança participe da sua construção, seja nas idéias ou mesmo contribuindo na colagem das peças. Após a colagem, cada criança fará um pequeno tapete com tamanho suficiente para sentar e segurar uma pequena aba com as mãos no momento da descida.

Caso o material construído seja disponibilizado a outros grupos de crianças, é importante que o professor combine antes com as crianças de que forma esse material será disponibilizado, se será somente daquele grupo em particular ou usufruído por todas as crianças da escola. Nesse momento, o professor poderá combinar também de que forma os outros grupos de crianças serão convidados para brincarem no tapetão.

 

Tapete de Papelão

Foto 1- Sentido de colagem do papelão. Frisos e sobreposição das

partes de papelão.

 

Etapa 2- Escorregar na montanha com o tapete de papelão

Material: tapetão de papelão confeccionado pelo grupo, tapete individual de cada criança, corda com metragem o suficiente para, se possível, ser amarrada para ajudar na subida das crianças dando um tom de escalada na "montanha".

Duração: de 30 a 60 minutos.

Local: gramado em declive na Instituição de Ensino ou nos arredores da instituição; ou num parque ou bosque mais próximos onde o grupo possa fazer um passeio.

É interessante que o professor faça um reconhecimento do local onde irá propor a brincadeira. Esse pode ser dentro ou fora da Instituição de Ensino e pode ser pesquisado em conjunto com as crianças, por meio de passeios nas redondezas. O local escolhido deve ter inclinação tal que o tapete de papelão possa forrar a descida da "montanha", propiciando um deslizar das crianças a uma velocidade agradável e desafiante, porém segura. 

Ao encontrar o local adequado para escorregar, o professor deve testá-lo e definir previamente as estratégias de organização do espaço, além de estar atento à segurança do local. Para a execução da proposta, recomenda-se a participação de mais um adulto, além do professor.

Proposta: ao chegar no local onde será desenvolvida a brincadeira, será importante que o professor faça uma rodada de conversas e combinações com as crianças no sentido da segurança da brincadeira, dos cuidados entre os amigos, por exemplo:

“Quando um amigo está no tapete o outro não pode descer, pois poderão se chocar”;

“Quando subirem devem fazê-lo ao lado do tapete, pelo gramado e não por cima do tapete”.

É fundamental que o professor faça uma demonstração prévia do movimento pretendido para que as crianças entendam a maneira de melhor desfrutarem a proposta. As crianças vão descer sentadas em seus pequenos tapetes de papelão sobre o tapetão. Quando chegarem ao final e levantarem do tapetão é que poderá escorregar a próxima criança. E assim sucessivamente .

À medida que as crianças vão se familiarizando com a brincadeira, o professor poderá sugerir alternativas de descidas e escaladas na “montanha”. É interessante sugerir descidas e subidas de mãos dadas, de trenzinho, um ajudando o outro, com intuito de  promover o espírito de cooperação e ajuda mútua entre os colegas.

A forma como propomos a brincadeira deve ser percebida. Pitadas de bom humor, estímulos desafiantes com palmas, com torcidas e etc., são “ferramentas” que nos trazem bons resultados, no que diz respeito à participação e interação do que propomos, nessas faixas etárias. 

 

crianças e papelão  

Foto 1- Crianças escorregando no tapete de papelão.

Recursos Complementares
Avaliação
 

Ao final da brincadeira o professor propõe um alongamento ao ar livre, se inspirando nos animais (gato e cachorro). Pode sugerir um relaxamento com os olhos fechados para escutar e identificar os sons do ambiente. Após, propõe uma rodada de conversa com as crianças a respeito da construção em conjunto, da importância da escolha do lugar e do cuidado com os colegas, o cuidado com a natureza, fala sobre o lixo e os recicláveis, entre outras reflexões que possam parecer necessárias.

No que diz respeito a avaliação da aula, o professor deverá avaliar como as crianças reagiram à construção do brinquedo em grupo; aos movimentos de subida e descida de cada criança e suas dificuldades; a interação entre as crianças nos momentos de descida da "montanha". Avalia o conhecimentos das crianças sobre questões ambientais. Caso a segunda etapa da proposta tenha sido vivenciada com grupos de diferentes idades, cada professor pode avaliar como foi a participação do seu grupo com outros grupos, se foi positiva ou não, como as crianças reagiram diante de crianças diferentes do seu grupo. Para o grupo que construiu o tapete de papelão, o professor pode avaliar como foi o empréstimo do material a outros grupos.

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