- Aprender os movimentos básicos do salto em distância;

- As crianças aprenderão a construir, em parceria com seus colegas, um objeto para o grupo brincar;

- Perceber o corpo em relação ao tempo/espaço em que  realiza o movimento do salto em distância;

- Familiarizar-se com os animais dos rios e mares.

Para o desenvolvimento da primeira etapa da aula, as crianças deverão ter noção da utilização de tesoura, cola e tintas. Já para o desenvolvimento da segunda etapa, terão que ter noções de corridas, saltar e pular.

Essa proposta de aula está dividida em três etapas. A primeira etapa envolve a confecção dos animais marinhos para serem utilizados nas demais etapas da aula. Sugere-se que essa etapa seja realizada com as crianças a partir dos 4 ou 5 anos, que consigam recortar sozinhos os animais aquáticos, ou com o auxílio do professor.

Para o momento do "salto em distância" e suas variações (segunda e terceira etapas), sugere-se que a aula seja vivenciada com crianças a partir dos três anos, ou seja, aquelas que consigam realizar pequenos saltos ou transpor a corda sozinhos ou com o auxílio do adulto, com segurança.

Os animais marinhos confeccionados primeiramente podem ficar disponíveis a outros grupos de crianças com idades diferentes, para vivenciarem o momento do salto em distância e suas variações (segunda e terceira etapas).

Etapa 1:

Vamos fazer uns peixes de rio e do mar “bem perigosos” para nós brincarmos?  

Duração: em torno de 30 minutos

Material: papelão, tinta guache, pincéis, tesouras infantis, rolhas, lantejoulas, conchas do mar, etc.

Proposta: na roda com as crianças, o professor propõe confeccionar uns "peixes perigosos" para brincar em um rio. Pode ser uma conversa sobre aqueles que as crianças conhecem da cultura local ou mesmo uma breve pesquisa sobre os peixes de rio e mar. A partir da pesquisa, cada criança deverá confeccionar um peixe, ou animal que vive no meio líquido, utilizando os materiais disponíveis anteriormente. A pesquisa pode ser feita a partir da consulta a gravuras de livros e revistas ou nos sites indicados nos recursos complementares, bem como o professor poderá sugerir os animais aquáticos mais conhecidos, como a baleia, o tubarão, os golfinhos, o jacaré, a piranha entre outros.

Etapa 2: saltando em distância

Primeiro Momento “Vamos saltar juntos um rio com peixes perigosos?”

Material: de 06 a 08 metros de corda, dependendo do grupo de crianças; peixes confeccionados na primeira etapa da aula.

Duração: 50 minutos 

Local: parque, pátio ou quadra. Recomenda-se que o local seja agradável.

Proposta: no local já organizado, o professor inicia um alongamento bem humorado e uma conversa sobre o que vai acontecer neste momento, naquele local e com os animais aquáticos confeccionados. Apresenta para as crianças todos os peixes feitos e num tom de desafio e motivação propõe ao grupo brincar de atravessar um rio fundo com vários peixes perigosíssimos!

O local escolhido será dividido em duas partes, em torno de 10 metros para cada lado, no mínimo. No meio (5 metros para cada lado) colocaremos as cordas estendidas e paralelas uma à outra, a uma distância de 20 cm entre elas. Esse é o local onde ficarão os peixes que as crianças fizeram e esta largura entre as cordas representará a largura inicial do rio.

A brincadeira consiste em organizar as crianças sentadas de um dos lados do rio e ao sinal deverão levantar rapidamente, correr e saltar o rio e sentar-se no outro lado, aguardando o próximo comando do professor. Nesse momento deve-se ter atenção e uma combinação para que todas as crianças respeitem a regra, evitando que as crianças se choquem. É fundamental que o professor faça uma demonstração prévia e combine as regras pedindo a ajuda às próprias crianças, para facilitar a compreensão do movimento e a segurança da proposta. À medida que as crianças vão se familiarizando  com o movimento, o professor vai aumentando o espaço entre as cordas, conseqüentemente aumentando a largura do rio...

Ex: “ ...choveu, choveu, choveu e o rio encheu, encheu, encheu e ficou mais largo ... vamos ver quem consegue saltar com o rio mais cheio?!.”

Segundo Momento:  “ Vamos saltar o rio perigoso um de cada vez?”

Após as experiências em conjunto, o professor combina com as crianças que o próximo momento será realizado individualmente. E um a um, ao comando do professor, cada criança vai sendo chamada a dar o seu salto em distância. Nesse momento a distância entre as cordas deve ser readequada para que haja possibilidade de todos conseguirem saltar. Depois de alguns saltos, o professor deve espaçar a distância entre as cordas. Ao perceber que há diferenças  entre as crianças com relação às possibilidades individuais, o professor pode deixar uma parte do rio mais larga e outra mais estreita para que as crianças escolham o local onde elas conseguem transpor.

Foto 1- Criança saltando em distância.
  

http://www.vivaterra.org.br/peixes_salgada.htm

http://www.vivaterra.org.br/peixes_doce.htm

O professor faz uma roda ao final da brincadeira e nela convida o grupo para um alongamento inspirado no mesmo exercício do início da etapa dois. No decorrer dos alongamentos, o professor conversa sobre os saltos, os desafios de cada um em particular e do  grupo como um todo. Dos movimentos do salto em distância em relação à corrida, etc. Ao final, solicita às crianças que se coloquem em relação a aula vivenciada: o que gostaram ou não, aprenderam, etc.

Nos registros da aula, o professor avalia se as crianças: reagiram bem diante do proposto, como: com coragem, vergonha, medo, etc. Conseguiram transpor diferentes saltos em distância, como se relacionaram diante do espaço físico e dos materiais, como reagiram diante das diferentes distâncias.