25/10/2011
BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO
Professor Dr. Luiz Prazeres
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Antes de iniciar a aula sobre o tema, o professor deverá apresentar o conceito geral de parágrafo. É necessário frisar a importância das considerações iniciais de um texto ao evidenciar a unidade temática/ argumentativa, a exposição/ definição da ideia-núcleo e do percurso – ainda que não muito sistematizado ou marcadamente obrigatório – de introdução, de desenvolvimento e de conclusão do que se quer abordar dentro de um parágrafo. Esse itinerário serve de roteiro, produção e manutenção do caráter objetivo definido para o tema apresentado.
O professor pode solicitar aos alunos que comentem sobre o que eles concebem como parágrafo final de um texto. Para acionar o bate-papo, o professor deve direcionar as seguintes questões:
A)Quais as propriedades podem ser encontradas nessa etapa de escrita de um texto argumentativo ?
B)Toda conclusão é um resumo do que foi apresentado?
C) Posso concluir um texto argumentativo utilizando perguntas?
É válido ressaltar que, ainda que as atividades abordem o parágrafo final, faz-se necessário o professor trabalhar a conclusão associada ao sentido global do texto. Assim, recomenda-se em algumas atividades a leitura integral da referência mencionada.
Etapa 1 – A conclusão: uma porta de saída
Nesta atividade serão abordados alguns aspectos constituintes do parágrafo introdutório em textos dissertativos em geral.
Além de retomar ou resumir a ideia/ assunto desenvolvido, a conclusão de um texto dissertativo deve, em geral, oferecer um argumento distintivo em relação ao foco proposto e, dependendo do gênero a ser produzido, deve convencer o leitor a refletir sobre aquele determinado ponto de vista.
1.1 O resumo
O professor deve observar que, costumeiramente, os alunos tendem a finalizar o texto dissertativo-argumentativo por meio de um resumo do que foi desenvolvido ou optam por inserir algum elemento que destoa do conjunto abordado ou que inaugura uma outra discussão para o tema, pois desloca o foco retratado para outro contexto.
Sem ter a pretensão de ser exclusivamente um resumo – aliás, não é apropriado reduzir integralmente o conteúdo da tese ou a afirmativa que se defendeu ao longo do texto – a conclusão dissertativa pode contar inicialmente com esse recurso para criar um vínculo com o que foi desdobrado e para manter o leitor “conectado” ao tema/ ao ponto de vista ou, até mesmo, para endossar ou encaminhar a conclusão para o argumento/ posicionamento final.
Ao mencionarem o resumo como recurso para uma interpretação mais proficiente de um texto – e que também podem ser aplicado à escrita – Platão e Savioli (2006), afirmam:
"Resumir um texto significa reduzi-lo ao seu esqueleto essencial [...] O resumo é, pois, uma redução do texto original, procurando captar sua ideias essenciais, na progressão e no encadeamento em que aparecem no texto.
Quem resume deve exprimir, em estilo objetivo, os elementos essenciais do texto. Por isso, não cabem, num resumo, comentários ou julgamentos ao que está sendo condensado."
SAVIOLI, Francisco Platão; Fiorin, José Luiz Fiorin. Para entender o texto: leitura e redação. 16.ed. São Paulo: Ática, 2006. p.420.
1.2 – Elementos coesivos: uso de marcadores conclusivos
Como modalizadores discursivos, os conectores conclusivos (“assim”, “portanto”, “logo”, “dessa maneira”, etc), oferecem à abertura ou ao decorrer do desenvolvimento do parágrafo conclusivo direcionamentos semânticos à unidade que se quer estabelecer.
1.3 – Uso de perguntas
O uso de perguntas nos título, no parágrafo introdutório oferta um direcionamento facilitador para a delimitação do tópico frasal ou do tema a ser dissertado. Esse recurso, num artigo de opinião, por exemplo, é um elemento significativo para se questionar ideias já estabelecidas (segundo o senso comum ou elaboradas ao longo da produção), além de convidar o interlocutor a compartilhar dessa indagação.
No entanto, é necessário ter cautela ao lançar muitas perguntas ao final do texto, pois elas podem desencadear a imprecisão, o desvio temático e a falta de clareza da tese final ou transparecer o “improviso canastrão” do autor apressado em concluir o texto. Entretanto, a pergunta pode ser bem sucedida se for expressa de maneira irônica, retórica ou como convite à reflexão do leitor para efeito finalizador.
Etapa 2 – A conclusão em reportagens e textos de divulgação científica
Nesta atividade, o professor abordará a diversidade apresentativa de um parágrafo conclusivo em um texto dissertativo, segundo elementos presentes em gêneros textuais de divulgação científica e em reportagens.
Alguns gêneros textuais – como a notícia e a reportagem, por exemplo – não possuem a obrigatoriedade de expor alguma tese ou ponto de vista de maneira assertiva, bem delineada ao demarcar o posicionamento do autor sobre o tema.
Com o objetivo de apresentar aos alunos uma conclusão de reportagem que está menos comprometida com um desfecho argumentativo distintivo e expressivamente pessoal, o professor sugerirá aos alunos que eles assinalem e que discutam os tópicos a seguir:
A) Por que é utilizado o recurso da pergunta na introdução e na conclusão.
B) Quais são as expressões e termos informais? O que justifica o uso dessa modalidade no texto.
C) Quais palavras/ expressões são usadas para substituição da palavra “perfeccionista” ao longo do texto. Por que elas são utilizadas?
(É interressante resgatar a importância da retomada temática no parágrafo de desenvolvimento e a necessidade de se utilizar termos equivalentes ao assunto ou ideia-núcleo para evitar a repetição e progressão argumentativa).
D) Qual o recurso/ efeito argumentativo é utilizado pela autora para concluir o texto?
2.1
Doença do nosso tempo
Mariana Sgarioni
Você deve estar pensando: gente teimosa e turrona existe desde que o mundo é mundo. Por que só agora se percebeu que isso é um transtorno de personalidade que deve ser tratado? Porque a vida nunca foi tão difícil para os perfeccionistas.
Até poucas décadas atrás, o ritmo mais lento da vida – e do trabalho – dava espaço a que o sujeito cabeça-dura se ocupasse com suas obsessões e fosse especialista nelas. Um afinador de pianos podia demorar semanas para devolver o
instrumento ao cliente, pois seu trabalho dependia somente de talento, aptidão e treinamento. Mas as coisas mudaram: surgiram artefatos eletrônicos que, se não substituem perfeitamente o trabalho de um ouvido absoluto, tornam o serviço bem mais rápido e com um resultado aceitável para a maioria dos mortais. Pior para os afinadores perfeccionistas, inventaram pianos eletrônicos que nunca precisam ser afinados.
Em resumo: a pessoa precisa saber se adaptar, coisa dificílima para um perfeccionista. “Vivemos numa era em que as vidas social, profissional e afetiva exigem flexibilidade”, afirma Geraldo Possendoro. “Quem não é flexível fica para trás e sofre de ansiedade.”
Além disso, a era da informação rápida e fácil – mas nem sempre confiável – é o inferno dos perfeccionistas porque os obriga a elevar os próprios padrões de exigência. Até meados da década de 1990, um jornalista que quisesse escrever sobre afinação de pianos precisaria se desdobrar para achar fontes especializadas de informação. Qualquer besteira escrita passaria em branco para a maioria dos leitores – só os perfeccionistas teriam disposição para correr atrás dessas fontes. Hoje, qualquer tipo de informação – de afinação de pianos a disfunções intestinais do bagre africano – estão disponíveis na internet para o jornalista, seu chefe e todos os leitores (ai, Jesus!).
Mais fácil que mudar esse mundo é tentar amolecer a cabeça dura dos perfeccionistas. Mas como? A psicóloga americana Alice Provost propôs um exercício para o grupo que estudou na universidade – uma série de regras que tinham por objetivo livrar essas pessoas de suas próprias regras mentais. Elas eram mais ou menos assim: termine o expediente na hora certa; não chegue ao trabalho antes da hora estabelecida; faça todas as pausas a que tem direito; deixe a mesa bagunçada; determine um número de tentativas para concluir o trabalho e, em seguida, entregue o que tiver. “Parecem coisas banais, porque aquilo que alguns deles consideram fracasso é algo para o que a maioria das pessoas não dá a mínima importância”, diz. Depois pergunte: você foi castigado? A universidade deixou de funcionar? Você está mais feliz? Segundo a professora, os cobaias perceberam que se preocupavam demais com bobagens. “Todos ficaram surpresos porque tudo continuava funcionando”.
Disponível em:
http://pimentaroxa.blogspot.com/2008/12/doena-do-nosso-tempo-mariana-sgarioni.html
2.2
Para o texto a seguir, o professor fará uma análise conjunta com os alunos sobre o assunto desdobrado e sobre as relações estabelecidas entre os parágrafos (sobretudo o de introdução e o de conclusão).
Abaporu em trânsito
O homem que se fez antropófago
Felipe Fortuna
Foi numa tarde de quarta-feira que o Abaporu decolou do Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, rumo a Brasília. Era a terceira vez que deixava a Argentina, agora a pedido do governo brasileiro. Símbolo maior da Antropofagia, a corrente estética do modernismo teorizada por Oswald de Andrade, o quadro de Tarsila do Amaral faz parte do acervo do Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires, o Malba. Quem o comprou, em 1995, foi o empresário argentino Eduardo Costantini, por 1,5 milhão de dólares – uma bagatela, se for considerada uma oferta recente, recusada, de 40 milhões de dólares.
Até 5 de maio, o Abaporu estará na exposição “Mulheres, Artistas e Brasileiras”, montada no 2º andar do Palácio do Planalto. Em tupi-guarani, a palavra junta aba (homem), pora (gente) e ú (comer), “homem que come gente”. Mas isso não assusta a mignon Cintia Mezza, gestora do acervo do Malba, que acompanhou o quadro na viagem e pousou com ele em Brasília. Sua maior preocupação no desembarque era encontrar o quadro – que estava num engradado de madeira – são e salvo. Um empregado da empresa especializada em transporte de obras de arte lhe explicou que o Abaporu chegava embrulhado em papel glassine, amparado por bordas de isopor e espuma. Um agente de segurança com 26 anosde experiência comandou a escolta – um grupo de sete batedores – no transporte do quadro até o Planalto.
(a imagem faz parte da reportagem e não possui referência específica)
Assim partiu o comboio que protegia o antropófago dos perigos de um assalto e, quem sabe, de um acidente de trânsito. O visitante e a escolta estacionaram às 23h47 em frente à rampa do Palácio, ao lado da qual havia um grupo de cinegrafistas para registrar a saída do quadro de dentro do caminhão. O caixote com a obra de Tarsila do Amaral subiu a rampa com solenidade, acompanhado de sua atenta e pequenina protetora, de seguranças e de funcionários do cerimonial. Ao chegar ao topo, virou à esquerda e, atravessando as salas de exposição com obras de outras artistas brasileiras – Anita Malfatti, Beatriz Milhazes, Tomie Ohtake e Mariannita Luzzati –, a tela foi finalmente colocada em frente ao lugar de destino.
Mas só na manhã de sexta-feira o Abaporu foi tirado do caixote. Havia ainda 24horas antes da visita de Suas Excelências, os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama. Cintia Mezza, ao lado dos curadores da Fundação Armando Alvares Penteado, acompanhou com apreensão a abertura: um a um os parafusos foram desenroscados e trabalhadores com luvas de feltro retiraram o quadro do seu cercado.
Surgiu então o Abaporu e suas molduras grossas e douradas, e foi colocado com cuidado em cima de uma mesa de pano preto. A acompanhante argentina começou então um minucioso exame da tela, marcando as imperfeições, as perdas de tinta, as ondulações e as avarias num relatório que classificou de “confidencial”. Acendeu uma lanterna de luz branca dirigida para a superfície da tela de 1928 e marcou no relatório, com caneta hidrográfica, os novos pontos de deterioração.
É bem visível, mesmo nas reproduções, a mancha esbranquiçada que se encontra no metatarso do antropófago. À direita de quem olha, ela aparece indisfarçável e sua restauração constitui, nas palavras de Cintia Mezza, “um desafio”. A gestora não sabe quando e em que circunstâncias a mancha se formou, mas a tela já tinha o problema quando foi vendida ao seu atual dono. Quando comentaram que o antropófago parecia “branco demais” para um brasileiro nativo e selvagem, a argentina sorriu e, em seu socorro, veio o curador da FAAP, José Luis Hernández Alfonso. Ele explicou que, de fato, o quadro foi oferecido por Tarsila do Amaral, em 11 de janeiro de 1928, a seu marido, Oswald de Andrade, que completava 38 anos. Impressionado com a tela, o escritor chamou o poeta Raul Bopp a sua casa, e lhe disse que a imagem parecia “o homem plantado na terra”. Envolvidos pelos temas nacionais, buscaram no dicionário do padre Ruiz de Montoya um título indígena que pudesse servir à obra. E encontraram abaporu. Assim, o quadro não nasceu antropófago; ele se fez antropófago.
Dilma Rousseff ciceroneou Obama pelos salões da exposição. Falou sobre a Semana de Arte Moderna, o Manifesto Antropófago e, também, sobre o detalhe de que um quadro tão significativo estivesse num museu da Argentina. Segundo a imprensa argentina, Barack Obama, que só visitou o Brasil, o Chile e El Salvador pelo seu passeio na América Latina, teria dito à presidente: “É um quadro genial. Seria preciso conversar com Cristina Kirchner para trazê-lo de volta ao Brasil.”
[...]
O presidente americano, Michelle e Dilma tiraram uma foto em frente ao Abaporu. Seria o momento de lembrar as palavras de Oswald de Andrade no manifesto que o quadro inspirou: “Só a antropofagia nos une. Expressão mascarada de todos os tratados de paz. Tupy or not tupy, that is the question.”
Texto disponível em:
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-55/esquina/abaporu-em-transito
É válido ressaltar o teor mais informativo do texto que, por um lado, se compromete a noticiar o empréstimo provisório de um quadro representativo da arte brasileira, mas que pertence a um museu da Argentina. Por outro, é explicado de maneira contextual aspectos históricos e culturais relativos à tela “Abaporu”.
Esse marcador é típico do gênero de divulgação científica, no que se refere ao ato discursivo de informar a não especialistas/ ao público em geral aspectos informativos básicos para o desdobramento/ entendimento do tema. Por isso, faz-se necessário o professor salientar que, além de conter duas ou mais tipologias, um texto também pode ser constituído por hibridismos entre os gêneros.
Além de discutir os marcadores contextuais do texto e solicitar a pesquisa no Google sobre os intertextos (a imagem da tela “Abaporu”, quem foi Tarsila, etc). É válido sugerir aos alunos que eles identifiquem no parágrafo de introdução, a crítica sutil do autor feita ao ato de se vender uma obra ícone da cultura brasileira a um outro país, discurso que retoma uma discussão histórica em torno da exportação da riqueza brasileira para Portugal e para outros países.
Como critério comparativo, pode ser solicitado aos alunos identificação reelaborada da crítica no parágrafo de conclusão. Esta ocorre segundo uma citação de outro ícone do Modernismo brasileiro: Oswald de Andrade. É válido notar como Felipe Fortuna utiliza o recurso de resgate temático (a frase que inspirou o quadro de Tarsila) e modifica a crítica inicial feita por ele. O uso da citação fao fim do texto – “Só a antropofagia nos une. Expressão mascarada de todos os tratados de paz. Tupy or not tupy, that is the question.” –alude tanto ao encontro dos representantes das nações envolvidas (além dos Estados Unidos) em torno de um ícone pictórico da antropofagia brasileira, mas também revela o ato de mascar a comunhão pacífica entre os representantes dos países mencionados.
Etapa 2 – Identificação dos elementos constituintes de um parágrafo conclusivo
O professor enviará aos alunos uma lista de exercícios para que eles identifiquem os elementos constituintes do parágrafo de conclusão e, caso ocorra, a identificação da ideia-núcleo (confirmação/ elaboração da tese) apresentada. Os alunos podem marcar os parágrafos com cores definidas para cada item. A atividade pode ser feita em dupla.
É interessante eles aplicarem todos os recursos estruturais da etapa 1 e que leiam todo o texto com o objetivo de compreender o desdobramento proposto pelos autores, bem como observarem:
a) A relação do título com alguma palavra ou ideia núcleo do parágrafo final;
b) O percurso – ainda que não sistematizado ou compulsório – das etapas internas de introdução, desenvolvimento e conclusão no parágrafo final;
c) Os marcadores de formalidade e informalidade e os efeitos semânticos que eles produzem em relação ao assunto e ao modo estilístico de abordá-lo;
d) Os marcadores coesivos utilizados na conclusão.
e) Os elementos implícitos/ explícitos que o argumento final ou a defesa da tese revelam.
f) A relação entre a tese inicial apresentada e o argumento final defendido.
2.1
Diga não à Aids e à propaganda preventiva
Graziela Aleixo
[...]
Chega de gastar dinheiro público em campanhas sem resultado. Será que cada um não é adulto o suficiente para saber o que é certo ou errado? Quando isso acabar, talvez as coisas se normalizem e os três conceitos voltem a ter vida própria em separado.
Texto na íntegra, disponível em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/diga-nao-a-aids-e-a-propaganda-preventiva
2.2
Bastidores dos filmes "Harry Potter" serão abertos aos fãs
Julie Jammot
[...]
John Richardson, o diretor de efeitos especiais para todos os filmes do Harry Potter e vários do James Bond, utilizou menos tecnologia digital do que poderíamos imaginar: os atores montaram em verdadeiras vassouras... eles mesmos utilizaram aparelhos de simulação de vôo. "Quando os atores eram pequenos e leves, nós apenas fixamos selas de bicicleta nas vassouras", contou. "Depois, para conseguir mais estabilidade, fabricamos selas únicas, moldadas nas nádegas em posição de vôo de cada ator que decolou".
Texto na íntegra, disponível em:
2.3
Vida de índio: prós e contras
Roberto Pompeu de Toledo
[...]
Pesaram-se inocentemente os prós e contras da vida de índio, até aqui, e de repente... De repente, percebe-se que não se está falando de índio. Está-se falando do ser humano. Da trajetória humana. Da condição humana. As questões aqui postas, de alcance tão existencial quanto político, dizem respeito ao conjunto da humanidade. Como conciliar uma vida que seja leve e solta e ao mesmo tempo provida dos confortos materiais? Como levar uma existência descompromissada como na selva mas pautada pelos rigores da higiene e com acesso aos antibióticos de última geração? Como conviver em harmonia com o grupo, sem briga ou competição, e ao mesmo tempo se realizar como indivíduo? Como se integrar em mística comunhão com os rios e as florestas sem abrir mão de estar igualmente em comunhão com a internet? Eis a questão, para cada um e para todos – uma questão que se faz presente de cada singular projeto existencial a cada proposta de reforma social.
Texto na íntegra, disponível em:
http://veja.abril.com.br/100500/pompeu.html
2.4
Turista enfrenta 'via-crúcis' e abandono na capital do Maranhão
Carolina Costa
[...]
Com a capital do Estado vivendo um martírio, haja fé para crer que esse dinheiro se converterá em uma cidade mais piedosa com seus moradores e que não mais excomungue seus turistas.
Texto na íntegra, disponível em:
2.5
A força do pilates
Rachel Costa
[...]
Além disso, ele contribui para manter o peso. O trabalho muscular aumenta a massa magra no corpo que, por sua vez, potencializa o consumo calórico do organismo. Na prática, quer dizer que ganhar músculos (e para isso o Pilates é muito válido) aumenta a quantidade de calorias consumidas pelo corpo para manter-se, pois as células musculares gastam mais energia para funcionar do que as células de gordura. Mais uma das qualidades do Pilates.
Texto na íntegra, disponível em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/164519_A+FORCA+DO+PILATES
Etapa 3 – Produzindo uma conclusão para um texto já escrito
O professor selecionará o seguinte texto e o enviará aos alunos por e-mail ou postado na plataforma Moodle, caso seja utilizado esse recurso em sala. Será solicitado que eles escrevam uma conclusão segundo os pressupostos anteriormente estudados acerca do parágrafo final dissertativo e que considerem a coesão/ coerência alinhavada aos elementos desdobrados pelo autor.
É importante que o parágrafo final contenha um posicionamento argumentativo do aluno em relação à ideia-núcleo desenvolvida.
A falsa ciência que criminaliza o videogame
Christopher J. Ferguson
Em países como EUA e Coreia do Sul, os esforços para regulamentar videogames voltaram. O argumento: games contribuiriam para o comportamento agressivo de jovens. Esses esforços podem ser bem-intencionados. Mas estão baseados em pesquisas realizadas com falhas básicas.
Se ouvem falar de estudos que ligam games a agressividade, muitos pais devem imaginar seus filhos batendo nos outros por aí. Eles não sabem que agressões físicas raramente são analisadas em pesquisas científicas. Nos estudos, o comportamento é testado com atividades como estourar balões ou preencher letras que faltam em palavras (pra ver em que os participantes estão pensando).
Além disso, algumas pesquisas são direcionadas. Um dos estudos de referência na área foi publicado em 2000 por professores da Iowa State University e do Lenoir Rhyne College, nos EUA. Nele, jovens ouviam um barulho - detonado por outro competidor - quando perdiam em um jogo. Quatro métodos foram usados para descobrir se os participantes se irritavam com aquilo. Só em um desses métodos a irritação apareceu. Mas os pesquisadores se concentraram nele, porque se aplicava à tese do estudo. E ignoraram o resultado negativo dos outros 3.
Quando usadas medidas válidas de agressão, e considerada a influência de família e comunidade nos jovens, o efeito dos games não se comprova. E, mesmo que ignorássemos as falhas das pesquisas, os resultados encontrados são irrelevantes. Os estudos indicam que games causam aumento de entre 0 e 2,5% no nível de agressividade. É pouco. Ou seja, no debate sobre violência, um lado defende que o efeito dos jogos é nenhum, e o outro defende que é quase nenhum. Ainda assim, pesquisadores difundem a ideia de que games geram o mesmo risco para a sociedade que ameaças de saúde pública, como o cigarro.
[...]
Texto na íntegra, disponível em:
http://super.abril.com.br/ciencia/falsa-ciencia-criminaliza-videogame-573477.shtml
Etapa 4 – Revisando introduções de textos dissertativos
O professor selecionará alguns exemplos dos alunos sobre a conclusão produzida na etapa anterior e verificará o cumprimento dos critérios aplicativos da Etapa-1.
Em seguida, o material será encaminhado aos autores distintos dos originais, com o objetivo de que cada aluno avalie por escrito (em um texto descritivo e dissertativo de 10 a 12 linhas) os critérios aplicados sobre o parágrafo de conclusão, somados aos itens avaliativos presentes na Etapa-2.
O texto do colega, seguido do comentário do aluno responsável, deve estar contido em um só arquivo e será enviado por e-mail ao professor ou postado na plataforma Moodle.
GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 22.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2002.
SAVIOLI, Francisco Platão; Fiorin, José Luiz Fiorin. Para entender o texto: leitura e redação. 16.ed. São Paulo: Ática, 2006.
Alguns sites para busca de textos:
http://www.ufmg.br/online/arquivos/021082.shtml
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-60
http://super.abril.com.br/superarquivo/
http://www.blogdacompanhia.com.br/
As avaliações ocorrerão de forma processual, ao longo de todas as atividades ministradas, as quais contemplam o desenvolvimento das habilidades de leitura crítica, participativa, pesquisa e produção textual. Porém é necessário:
Quatro estrelas 2 classificações
Denuncie opiniões ou materiais indevidos!
28/10/2014
Quatro estrelasmuito bom
03/02/2013
Cinco estrelaso professor com esse passo a passo prevalece a aprendizagem eficaz.