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UCA - Editorial versus Artigo de opinião

 

01/12/2011

Autor e Coautor(es)
LAZUITA GORETTI DE OLIVEIRA
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Conhecer o editorial e o artigo de opinião como gêneros da ordem do argumentar em suas especificidades.
  • Comparar dois gêneros discursivos da ordem do argumentar– editorial e artigo de opinião - identificando semelhanças e diferenças – quanto às  características formais e funcionais.
Duração das atividades
03 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • fazer distinção entre informação e opinião;
  • conhecer  a estrutura do texto argumentativo.
Estratégias e recursos da aula

 

  • utilização do laptop UCA;
  • utilização de vídeos do youtube;
  • atividades realizadas em grupo ou duplas de alunos;
  • utilização de textos, charges, imagens e vídeos veiculados na internet.

Aula 01 (50 minutos)

Opinar, argumentar, persuadir o outro ou ser persuadido faz parte do nosso cotidiano, é também uma forma de construir a cidadania e participar criticamente da vida em sociedade. Os discursos argumentativos, persuasivos podem se organizar em diferentes gêneros, nas mais variadas linguagens. O editorial e o artigo de opinião – tema desta aula - são importantes instrumentos democráticos, pois favorecem o debate aberto de ideias, fundamental para a construção da cidadania.

Atividade 01

I – Distinguir fato de opinião é fundamental para a produção de um texto dissertativo o qual se caracteriza pela apresentação e defesa de opiniões. Parativar o conhecimento prévio dos alunos  sobre o assunto, o professor deverá reproduzir para eles a cópia da charge abaixo.

ensinopúblico 

 Disponível em:

http://jestudante.blogspot.com/2011/06/charges-da-educacao-brasileira.html

II –  Charge é um gênero  discursivo presente  nos principais jornais e revistas de informação geral que circulam no país. Refere-se a fatos ocorridos em uma época definida, em um determinado contexto cultural, econômico e social, portanto, depende do conhecimento desses fatores para ser entendida.  Por seu caráter humorístico, a charge  pode também manifestar preconceitos e visões de mundo de forma implícita.

O professor deverá conversar com os alunos a respeito da charge,  perguntando a eles:

a. Qual é o tema abordado nesta charge?

b.  O problema  criticado na charge é atual? Esse problema afeta  as pessoas de maneira geral?

c. Há solução para esse problema? Explique.

d. Qual é  a opinião do chargista a respeito do acesso democrático à escola?

 

Atividade 02

I – O professor solicita aos alunos que, em dupla,acessem a página abaixo para fazerem a leitura do editorial seguinte.

EDITORIAL

educaçãonobrasil 

Disponível em:

http://emlugardeumacarta.blogspot.com/2011/02/para-51-da-populacao-educacao-no-brasil.html

Educação no Brasil

Erson Martins de Oliveira – APROPUC  - Associação dos Professores da PUC – SP

Um dos aspectos que refletem a situação educacional de um País é o acesso da população pobre à escola. A possibilidade que a juventude tem de estudar demonstra bem o quadro social e educacional. Dois fatores fundamentais estão interligados no que diz respeito ao jovem: emprego e estrutura do ensino. Quanto ao primeiro, temos as relações condicionantes no plano da economia capitalista: nível de emprego e exploração do trabalho (medida pela jornada de trabalho, produtividade e valor do salário). Quanto ao segundo – estrutura do ensino – é preciso verificar o lugar e o espaço ocupado pelos ensinos público e particular.

Analisemos alguns dados recentemente divulgados pelo Dieese. Os jovens entre 16 e 24 anos amargam com 45% do total de desempregados brasileiros. Número que corresponde a 25% da população economicamente ativa. Implicação para a educação: “a situação é pior entre as famílias de baixa renda. Em São Paulo, entre a parcela de 25% das famílias com maior renda familiar, 40% dos jovens estudam e trabalham e 59,2% só trabalham. Já entre 25% das famílias com menor renda, a proporção cai para 23,5% e 76,5%”. (Folha de São Paulo) É calamitoso o fato de a grande maioria não ter como estudar.

A mesma pesquisa comprova que não só o desemprego constitui obstáculo intransponível para o acesso aos estudos, mas também a exaustiva jornada de trabalho. Não é possível ir à escola trabalhando entre 39 e 44 horas semanais, como indica o estudo do Dieese. E aqueles que decidem enfrentar o sacrifício não têm como acompanhar as aulas e cumprir as exigências do ensino.
Até aqui estamos diante do nível médio. Em relação ao fundamental, tido como universalizado, o reflexo desse quadro social se observa no fenômeno do “analfabetismo funcional”. Mais de 50% não aprendem os fundamentos básicos da escrita e da leitura. Bem ou mal, 97% das crianças têm acesso à escola, mas a pobreza as acompanha aos quatro cantos da sala. Há ainda o analfabetismo, abarcando 12,6% da população (24 milhões).

Quanto à possibilidade dos jovens de chegarem à universidade, os dados anteriores falam por si. Apenas 4,1 milhões estão matriculados no ensino superior. Desse número irrisório, 2,9 milhões se acham nas privadas. As universidades públicas não passam de 224 estabelecimentos; em contrapartida as particulares detêm 1.789. Pela estrutura econômica e de classe, está previsto o acesso ao ensino superior apenas aos filhos da burguesia e parte dos da classe média, que constituem a maioria dos estudantes universitários. Ocorre que centenas de milhares de jovens de classe média não têm como pagar e não têm como ingressar na universidade pública, barrados que são pelo vestibular. Um agravante: a classe média chegou ao topo da ascensão e se encontra ladeira abaixo.

Criou-se um mercado de ensino e um ensino-mercadoria. Estamos diante da infraestrutura econômica condicionando inexoravelmente a supraestrutura educacional, de forma a manter a maioria dos jovens sem estudo e a rebaixar o nível cultural das massas.

Dessa realidade, destacam-se as seguintes tarefas: 1. Defender o ensino público, defendendo o fim do ensino privado; constituir um sistema estatal único, laico e científico; 2. Defender o vínculo da escola com a produção social, de forma a permitir a real unidade entre teoria e prática; 3. Defender a relação entre emprego e escola; nenhum jovem desempregado, nenhum jovem fora da escola; jornada de trabalho compatível com o estudo.

Disponível em:

http://www.apropucsp.org.br/jornal/590_j01.htm

 

II – Após a leitura oral do texto realizada pelo professor, os alunos, em dupla, deverão responder às questões propostas.

1. Editorial é um gênero discursivo cuja intenção é apresentar e defender a opinião de um determinado veículo de comunicação diante de fatos ou idéias.

a.Transcreva do primeiro parágrafo a frase que apresenta  o ponto de vista defendido pelo Jornal Semanal da APROPUC.

b.Quais são os fatores que interferem no acesso da população pobre à escola?

 

2. O posicionamento do jornal fundamenta-se em fatos  reais? Justifique.

 

3. Releia o último do parágrafo.

O que o jornal propõe para o acesso democrático à educação?

 

4. Um editorial é um gênero discursivo que se organiza como um discurso argumentativo/persuasivo.

 Continue identificando no texto os elementos característicos desse tipo de discurso:

a. Introdução/ ancoragem: ( forma de introduzir o leitor no assunto a ser tratado)

Um dos aspectos que refletem a situação educacional de um País é o acesso da população pobre à escola.

b. Tese / Proposição: (  posição a ser defendida sobre um determinado assunto o fato)

Dois fatores fundamentais estão interligados no que diz respeito ao jovem: emprego e estrutura do ensino.

c. Argumentação: ( recursos ou procedimentos utilizados pelo autor para fundamentar ou sustentar a tese apresentada)

d. Conclusão. ( síntese com base  no que foi exposto na argumentação)

 

Aula 02 (50 minutos)

 

Atividade

I- O professor solicita aos alunos que acessem a página abaixo para fazerem a leitura do artigo de opinião “Volta às aulas” de Stephen Kanitz.

Volta às aulas

voltaàsaulas 

Disponível em:

http://radiocolegiounitau.blogspot.com/2011/07/volta-as-aulas.html

Jamais esquecerei o meu primeiro dia de aula na Harvard Business School. No dia anterior recebemos 90 páginas descrevendo três problemas administrativos que haviam ocorrido anos atrás em empresas verdadeiras. Tínhamos 24 horas para tomar uma série de decisões, utilizando as mesmas informações disponíveis da diretoria da época. Era um problema por matéria, 3 matérias por dia.

O primeiro caso do dia tratava-se de uma empresa controlada por dois irmãos, bem sucedida por trinta anos, até o dia em que um deles se desquitou e casou com uma moça vinte anos mais jovem. Esse pequeno fato desencadeou uma série de problemas que afetava o desempenho da empresa. Nós éramos os consultores que teriam de sugerir uma saída.

No primeiro dia, na primeira aula, o professor entrou na sala e simplesmente disse:
- Sr. Kanitz, qual é a sua recomendação para esse caso?

- Por que eu ?

As aulas a que eu estava acostumado em toda a minha vida de estudante consistiam num bando de alunos ouvindo pacientemente um professor que dominava as nossas atenções pelo resto do dia. Simplesmente, naquele fatídico dia, eu não estava preparado quando todos viraram suas atenções para mim - e, pelo jeito, eu é que teria de dar a aula.

Esse sistema é conhecido por ensino centrado no aluno e não no professor. Tanto é que, minha grande frustração foi ter os melhores professores de administração do mundo, mas que ficavam na maioria das aulas, simplesmente calados. Curiosamente, falar em aula era uma obrigação, e não o que em geral acontece em muitas escolas secundárias brasileiras, em que essa atitude é passível de punição.

Outra descoberta chocante foi constatar, que a maioria dos famosos livros de administração de nada serviam para resolver aquele caso. Nenhum capítulo de Michael Porter trata especificamente de 'problemas de desquites em empresas familiares', um fato mais comum nas empresas do que se imagina.

A maioria das decisões na vida é de problemas que ninguém teve que enfrentar antes, e sem literatura pré-estabelecida. Estamos sozinhos no mundo com nossos problemas pessoais e empresariais. Quão mais fácil foi a minha vida de estudante no Brasil, quando a obrigação acadêmica era decorar as teorias do passado de Keynes, Adam Smith e Peter Drucker, como se fossem livros de auto-ajuda para os problemas do futuro.

Durante dois anos, estudamos mais de 1.000 casos ou problemas dos mais variados tipos: desde desquites, brigas entre o departamento de marketing e o financeiro, greves, governos incompetentes, fusões, cisões, falências e até crises na Ásia. Isto nos obrigava a observar, destilar as informações relevantes, ignorar as irrelevantes, ponderar as contradições, trabalhar com vinte variáveis ao mesmo tempo, testar alternativas, formar uma decisão e expô-la de forma clara e coerente.

Estavam ensinando por meio de uma metodologia inédita na época (1972), o que poucas escolas e faculdades fazem até hoje: ensinar a pensar.

Em nada adianta ficar ensinando como outros grandes cérebros do passado pensavam. Em nada adianta copiar soluções do passado e achar que elas se aplicam ao presente.

Num mundo cada vez mais mutável, onde as inter-relações nunca são as mesmas, ensinar fatos e teorias será de pouca utilidade para o administrador ou economista de hoje.

Ensinar a pensar também não é tão fácil assim. Não é um curso de lógica, nem uma questão de formar uma visão critica do mundo achando que isto resolve a questão. Sair criticando o mundo, contestando as teorias do passado forma uma geração de contestadores que nada constrói, que nada sugere.

Minha recomendação ao jovem de hoje é para que se concentre em uma das competências mais importantes para o mundo moderno: aprender a pensar e a tomar decisões.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)

Editora Abril, Revista Veja, edição 1636, ano 33, nº 07, 16 de fevereiro de 2000, página 21

Disponível em:

http://www.kanitz.com/veja/harvard.asp

II – Após a leitura do texto, os alunos, em dupla, deverão responder às questões propostas.

1. No artigo “Volta às aulas”, Stephen Kanitz aborda as seguintes questões:

  • Para garantir a sobrevivência no mundo moderno, o homem precisa aprender a pensar.
  • A escola deverá levar  o estudante a  pensar  e a observar a realidade em que vive para tomar decisões.

Comprove com passagens do texto as afirmações acima.

2. Assim como o editorial, o artigo de opinião se organiza como um discurso argumentativo/persuasivo.

Identifique os elementos do discurso argumentativo, no artigo de Kanitz.

a. Introdução / ancoragem; b. Introdução / tese; d. Conclusão

3. As ideias defendidas em um artigo de opinião são de total responsabilidade do autor. Por essa razão, o autor deve ter primar pela  veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final – escritos em primeira pessoa.  Isso pode ser verificado no texto lido? Justifique.

 

 Aula 03 (50 minutos)

 

Atividade

 

O professor deverá apresentar aos alunos a seguinte proposta de atividade a ser realizada em grupo.

Monte um quadro para ser exposto no Kpresenter, comparando os gêneros estudados – editorial e artigo de opinião.

Procure explicitar os elementos seguintes: finalidade do gênero; perfil dos interlocutores; suporte/veículo; estrutura e linguagem.

 

Para ampliar as informações sobre o assunto, acessem os seguintes sites para consulta:

http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/artigo-opiniao.htm

http://www.brasilescola.com/redacao/o-editorial.htm

Recursos Complementares

Os alunos poderão ampliara as informações sobre os gêneros estudados, acessando as páginas:

a. Argumentação  e linguagem dissertativa

http://www.youtube.com/watch?v=o7lR6zcLHcQ&feature=related

b. Artigo de opinião

http://www.youtube.com/watch?v=Cna8P66iCfc&feature=related

Avaliação

A partir das atividades desenvolvidas, os alunos  poderão ser avaliados pontualmente sobre o tema – editorial versus artigo de opinião.  Para isso, o professor deverá observar a participação deles durante as atividades realizadas em dupla e em grupo, verificando principalmente se eles conseguiram identificar a estrutura formal do texto argumentativo presente na organização desses gêneros, apontando suas semelhanças e diferenças.

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