- Desafiar as crianças a explorar diferentes modos de brincar e se relacionar esteticamente com o parque. 

- Experimentar diferentes materiais na produção de elementos estéticos durante as brincadeiras a serem desenvolvidas no parque.

- Propiciar situações significativas para o desenvolvimento da imaginação e criatividade durante as brincadeiras no parque.

As proposições serão mais significativas se as crianças estiverem pesquisando e/ou estudando sobre brinquedos e brincadeiras infantis e/ou familiaridade com as mais diversas linguagens artísticas. Faixa etária: Crianças de 4 a 6 anos.

1° momento:

Em uma conversa na roda – o professor irá conversar com as crianças para listarem o que lembram que tem no parque e/ou pátio da instituição. Anotar no quadro ou em um cartaz. Depois desafiá-las a pensar sobre como poderiam melhorar aquele local. Dividir a sala em dois grupos e sugerir uma avaliação do parque ou pátio da instituição em dois momentos distintos: primeiro observar o parque quando estiver vazio, ou seja, nenhum grupo brincando ali e segundo observar com a presença de crianças brincando. Que objetos ou brinquedos têm nesse local? Que objetos outros grupos levam para enriquecer suas brincadeiras? Que objetos nós podemos levar para transformar nosso parque em um lugar de arte? Depois da avaliação, cada grupo irá apresentar suas observações. (anotá-las no caderno de registro ou bloco de notas).

 2º Momento:

Propor a utilização de diferentes objetos e/ou brinquedos para transformar o parque em um lugar de arte. O que temos na sala e que poderíamos levar para enriquecer nossas brincadeiras no parque? O professor também poderá levar para o parque elementos como lenços, tecidos, CDs, cordão, bambolês, tapetes etc., para fazer cabanas ou pendurá-los nas árvores transformando esse espaço num outro cenário, revelando que os locais de brincadeira podem ultrapassar os brinquedos fixos. Poderemos passar esse dia no parque, com o intuito de brincar, lanchar, ouvir histórias.

NDI-UFSC. Arte no parque. Ano 2009. Fotos do acervo pessoal.

3° Momento:

Construir com as crianças um labirinto no parque. Materiais necessários: TNT, 10 cabos de vassouras divididos em dois ou varetas cortadas no mesmo tamanho. Depois o labirinto pronto, explorá-lo junto com as crianças. O professor também poderá aproveitar a oportunidade para contar o mito do Minotauro.

O Minotauro é um dos personagens mais conhecidos da mitologia grega. Segundo o mito, o Minotauro era um ser com cabeça e cauda de touro e corpo de homem que habitou um labirinto na ilha de Creta. O Minotauro teria nascido quando seu pai, futuro rei de Creta, fez um pedido ao deus dos mares, Poseidon. O pedido foi que ele, Minos, queria ser rei de Creta. Poseidon disse então que enviaria a Minos um touro dos mares e que esse animal deveria ser sacrificado como oferenda. Quando o touro surgiu dos mares, Minos não teve coragem de sacrificar o animal, pois o achou muito lindo. Substituiu-o por um de seus touros esperando que Poseidon não notasse a diferença. Porém, Poseidon percebeu que fora enganado e decidiu castigar Minos. Decidiu não lhe tirar o trono. Poseidon fez com que a mulher de Minos, Pasífae se apaixonasse pelo touro, sendo que dessa união nasceu o minotauro. Com medo e desprezo pelo “filho” de sua esposa, porém sem coragem para matá-lo, Minos mandou construir um labirinto abaixo de seu castelo para prender o Minotauro. .(disponível em: http://www.infoescola.com/mitologia-grega/minotauro/).

NDI-UFSC. O labirinto. Ano 2009. Fotos do acervo pessoal.

4º Momento:

O professor poderá conversar com outros professores da instituição para realizarem um planejamento coletivo – promovendo a interação com outros grupos, com objetivo de trazer para o parque/pátio a experimentação de algumas linguagens artísticas (teatro, dança, literatura, pintura, escultura etc.). Após esse momento, promover o encontro com os grupos incentivando-os a explorarem os materiais e a participarem das atividades propostas.

NDI-UFSC. Arte no parque. Ano 2011. Fotos do acervo pessoal.

 NDI-UFSC. Arte no Parque. Desenhando na argila. Ano 2011. Fotos do acervo pessoal.

NDI-UFSC. O Espelho e Eu. Bianca aos 5 anos. Ano 2011. Fotos do acervo pessoal.

 DAY, Giseli; BROERING, Vânia. TRIERWEILLER, Pricilla Cristine. O espaço das linguagens artísticas no Núcleo de Desenvolvimento Infantil – NDI/UFSC: Em busca do olhar estético-crítico de crianças e professores(as). Educasul 2009.

NDI Cotidiano: http://ndicotidiano.wordpress.com/page/3/

Arte no Muro: http://artenomurondi.blogspot.com/p/como-nasce-este-projeto.html

A avaliação tomará como base os registros e a documentação feita pelo professor ao longo do processo. Levará em conta os objetivos elencados e a participação das crianças. Em que momentos expressam e/ou revelam que as questões trabalhadas foram ou não significativas?