01/12/2011
Dalânea Cristina Flôr
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
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Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Práticas de leitura |
Educação Infantil | Movimento | Expressividade |
Educação Infantil | Arte Visual | O fazer artístico |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Falar e escutar |
Educação Infantil | Natureza e sociedade | Objetos e processos de transformação |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Práticas de escrita |
- Aprender a colecionar objetos, seriando-os por critérios estabelecidos em grupo, ou pelo professor.
- Conhecer artistas que fizeram obras de arte sobre memória e coleções.
- Narrar suas experiências/vivências por meio de objetos que colecionaram.
- Constituir um repertório estético de imagens, poesias, objetos e músicas.
Sugere-se que as crianças já tenham a prática de colecionar objetos como figurinhas, pedras, retalhos, folhas secas etc. Crianças de 5 a 6 anos.
1° momento:
Organizar um espaço aconchegante com almofadas e um tapete. Convidar as crianças para escutarem a história: O Colecionador de Segredos, de André Neves e Márcia Silva. O Colecionador de Segredos é um livro que conta a história de Beto, um menino que não sabia o que colecionar. O livro mostra ao leitor a riqueza contida nas coisas simples da vida. "A lei do país onde Beto morava dizia que todos tinham de começar a colecionar alguma coisa quando completassem doze anos de idade", mas Beto não sabia o que queria colecionar. Os autores nos contam, brilhantemente, como ao longo de nossas vidas colecionamos coisas.
O Colecionador de Segredos. Autores: Márcia Cristina Silva e André Neves. Imagem disponível em: www.brinquebook.com.br/livro.php?id=202
Após contar a história e explorar alguns elementos do enredo, o professor pode brincar com as crianças de Caixa da memória. Trata-se de uma brincadeira que pode ser realizada tendo como palavras-chave diversas temáticas, neste caso a intenção é que as crianças se lembrem de palavras da história. Modo de brincar: em roda, cada criança terá que dizer uma palavra e/ou objeto que foi mencionado na história contada. Várias rodadas são realizadas sedo que as crianças não podem repetir o que já foi dito. Permanece no jogo quem não repetir.
Depois da realização da brincadeira, lançar as seguintes questões: Como nós fazemos para lembrar as coisas? Lembramos de tudo o que fazemos ou nos contam? Por que lembramos de umas coisas e outras esquecemos? (registrar a fala das crianças)
Combinar com as crianças uma atividade para casa com a ajuda das famílias. Um desafio: Cada família irá, juntamente com seu filho, lembrar tudo o que fizeram nas férias do ano anterior. Organizar as informações na forma de um pequeno livro. (folha A4 dobrada ao meio). Além do livro, poderão trazer objetos que auxiliem a contar a experiência.
2° Momento: Cada criança irá apresentar as memórias das férias passadas. (Dependendo da quantidade de crianças, esse momento terá que ser dividido em dois dias). Questões norteadoras: Lembramos de tudo o que vivemos? Por que nossos objetos pessoais nos ajudam a contar histórias? O que significa a palavra memória? O que significa a palavra coleção? O que é (ou que faz) um colecionador?
Aproveitar a oportunidade para conversar com as crianças sobre alguns artistas que fizeram exposições sobre a temática da memória e coleção. Trazer algumas imagens para o grupo. (No Brasil, artistas como Rosângela Rennó, Virgínia de Medeiros, Paulo Gaiad, Mabe Bethônico, Élida Tesler, Lótus Lobo, Farnese de Andrade, Nelson Leiner, Mario Ramiro e Adriana Boff, Fabiana Rossarola, Walmor B. Correa, Oriana Duarte, entre tantos outros, fazem ou fizeram da apropriação e da prática de colecionar os elementos estruturais de suas respectivas poéticas.)
Afinidades Eletivas, Rosângela Rennó, 1990:
Inspirada no romance homônimo de Goethe, a autora mineira empregou negativos na montagem de um grupo de diversas combinações de casais. Foto: Divulgação. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/cameras-acao-477063.shtml?page=all
Diversos materiais fotográficos sobre PVC e moldura de madeira, instalação da Bienal. Rosângela Rennó, 2010. Disponível em: http://estadao.br.msn.com/cultura/artigo.aspx?cp-documentid=26685266
Paulo Gaiad, Atestado da loucura (III) – 2005. Disponível em: http://www.coresprimarias.com.br/ed_6/masc_p.php
3º momento:
Propor a confecção de uma ‘caixa de memória’ ou ‘ caixa de guardados’ para colecionarmos nossos objetos especiais. Cada criança fará a sua. O professor poderá solicitar que tragam de casa uma caixa de sapatos ou outra caixa similar, para que possam pintar e decorar. Organizar um espaço com retalhos de tecidos de diferente tamanhos, guache, cola colorida, cola branca, tesoura sem ponta, papéis coloridos de diferentes tamanhos e texturas, para que as crianças escolham como decorar sua caixa.
4º momento:
Depois das caixas prontas, cada criança irá levar para casa e trazê-la para a instituição toda segunda-feira para compartilhar sua coleção de objetos e memórias com os colegas. O professor poderá algumas vezes propor a socialização coletiva dos objetos e guardados e, em outros, dividir a turma em pequenos grupos para que durante a semana sempre tenha uma criança narrando suas memórias, além de socializar sua coleção de objetos e histórias. As crianças também podem registrar por meio do desenho ou escrita os objetos de sua caixa e dos colegas. Combinar uma grande exposição sobre suas memórias.
NDI-UFSC. Caixa da memória. Ano 2009. Foto do acervo pessoal.
NDI-UFSC. Caixa de memórias. Gil e suas lembranças. Criança de 5 anos. Ano 2009. Foto do acervo pessoal.
NDI-UFSC. Desenhando os objetos da caixa de memórias. Crianças de 5 anos. Ano 2009. Fotos do acervo pessoal.
Biografia de Paulo Gaiad: Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=3006&cd_idioma=28555&cd_item=1
GARCEZ, Luciane Ruschel Nascimento .Imagem-Movimento: Memória e esquecimento na obra de Paulo Gaiad. 2009. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/eneimagem/anais/trabalhos/pdf/Garcez.pdf
Leitura de apoio: RIBEIRO, Virgínia Cândida.Apropriação na arte contemporânea: colecionismo e memória. Disponível em: http://www.anpap.org.br/anais/2008/artigos/075.pdf
A avaliação será processual e levará em conta os objetivos elencados e as seguintes questões: De que modo crianças e famílias se envolveram? Em que situações as crianças demonstraram interesse e conhecimentos referentes ao tema? Adquiriam o hábito de colecionar objetos? Fazem referência a algum dos artistas trabalhados? De que modo narram suas experiências/vivências pessoais? Ao longo do processo, as crianças constituíram um repertório estético de imagens, poesias, objetos e músicas?
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