14/12/2011
Giandréa Reuss Strenzel
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Educação Física | Conhecimentos sobre o corpo |
Educação Infantil | Movimento | Coordenação |
Ensino Fundamental Inicial | Matemática | Números e operações |
Educação Infantil | Matemática | Números e sistemas de numeração (contagem; notação e escrita numéricas e operações) |
As crianças a partir dos quatro anos de idade poderão:
As três aulas sugeridas aqui são propostas para os professores que trabalham com crianças a partir dos quatro anos de idade, pois, além de elas exigirem maior mobilidade motora e trabalho em grupo, em todas as brincadeiras, as crianças precisarão ficar com os olhos vendados.
Aula 1 – Trilha secreta
Materiais necessários:
Em um espaço ao ar livre, o professor estica e fixa a corda de modo que ela fique na altura das mãos das crianças. A corda pode ser fixada em árvores, postes, brinquedos do parque ou outros lugares nos quais o professor avalie ser possível, portanto, ele deve planejar com antecedência o lugar, pensando em desafiar as crianças, garantindo o bem-estar delas, em realizar movimentos diferenciados através do sentido do tato e a passagem delas pela trilha tranquilamente. O objetivo desta atividade é formar um percurso com a corda que desafie as crianças a caminharem segurando-se na corda, utilizando apenas as mãos e os pés para alcançar o final da trilha. Porém, no meio do caminho, as crianças encontrarão alguns obstáculos, os quais, por estarem com os olhos vendados, elas não conseguirão ver, mas apenas tocá-los. São eles: esponja molhada, palha de aço, massa de modelar, fios de lã e outros materiais que o professor ache interessante fixar na corda.
A trilha secreta, como é chamada esta proposta, deve ter um início e um fim e não deve ser vista pelas crianças enquanto estiver sendo montada e, portanto, todos os participantes deverão chegar ao local do desafio já com os olhos vendados. O elemento surpresa é necessário para o sucesso e uma maior vivência da atividade.
A brincadeira não deve ser realizada com todas as crianças ao mesmo tempo, e precisa contar com a presença de outros adultos, além do professor, pois os adultos responsáveis terão que mediar durante todo o momento de passagem de cada criança pela trilha até que elas cheguem ao final, tirando a venda dos olhos e, enfim, enxergando os materiais nos quais elas colocaram a mão durante o percurso.
Aula 2- Abismo
Materiais necessários:
Em um espaço ao ar livre, o professor estica as duas cordas. Uma das cordas será o ponto de partida da brincadeira e a outra será o limite máximo a que as crianças podem atingir, para não cair no “abismo” (como abismo, é considerado o espaço que sobrou depois da segunda corda). O objetivo desta brincadeira é caminhar entre as duas cordas com os olhos vendados e tentar parar com os dois pés o mais próximo possível do começo do “abismo” (segunda corda estendida no chão), do contrário, caso a criança passe a segunda corda com um pé ou com os dois pés, ela cairá no “abismo”.
Sugiro que o professor divida o grupo de crianças em duas equipes, decretando como vencedora aquela em que os componentes menos caírem no abismo. Atenção, os integrantes da equipe não devem ajudar o companheiro que está vendado, pois ele é quem deve decidir sozinho qual rumo tomará e em que lugar irá parar.
Essa proposta é interessante para as crianças adquirirem noção de espaço.
Durante a brincadeira, o professor deve mediar a caminhada da criança vendada, evitando que ela caminhe para um local distante e bata em algum obstáculo no caminho.
Aula 3- Chute ao gol
Materiais necessários:
Em uma quadra poliesportiva ou em um espaço amplo ao ar livre, no qual possa ser colocada uma trave de futebol, o professor divide o grupo em duas equipes. Uma equipe chutará a bola primeiro, enquanto a outra terá seus integrantes se revezando para atuar como goleiro. Após todos os integrantes participarem, as equipes trocarão de função.
O objetivo da brincadeira é fazer o maior número de gols com os olhos vendados e, por isso, a criança que estiver chutando ao gol poderá ser auxiliada pelos componentes de sua equipe, que, por sua vez, poderão falar a direção em que o chutador deverá jogar a bola, emitindo comandos como “direita”, “esquerda”, “forte”, “fraco”, “no centro”, “chuta”, “pára”, “espera”, entre outros, combinados anteriormente entre eles.
No momento de cada jogada, o goleiro não precisa ficar com os olhos vendados.
Durante a brincadeira, o professor, em conjunto com as crianças, deve anotar os gols efetuados para que, após este momento, o registro da pontuação possa ser utilizado com as crianças, a partir do qual elas poderão fazer a contagem e trabalhar com algumas operações aritméticas sugeridas pelo professor.
As crianças deverão ser avaliadas pela participação nas propostas e pelas estratégias utilizadas para alcançar os objetivos das brincadeiras. É importante ver como cada criança se comportou com os olhos vendados: Tentaram espiar? Conseguiram ou não caminhar com segurança? Trabalharam em equipe?
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