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Depoimento: falando de mim

 

19/12/2011

Autor y Coautor(es)
Karen Alves de Andrade
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Prof. Dr. Luiz Prazeres

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: variação linguística: modalidades, variedades, registros
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 

·         Reconhecer o gênero depoimento nas suas práticas sociais;

·         Identificar os elementos prototípicos do gênero depoimento;

·         Diferenciar um depoimento pessoal de um depoimento em redes sociais.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 

  • Tipos de discurso.
  • Descrição
  • Narração.
Estratégias e recursos da aula

 

·         Computador/ internet (sala de informática)

·         Data show

·         Caixas de som

Aula 1:

 

Nesta sequência didática, trataremos do gênero depoimento. Para começar a falar no assunto, organize a turma em uma grande roda. Peça aos alunos que contem suas experiências sobre um dos temas a seguir:

 

  • Meu primeiro dia de aula.
  • A perda dos meus dentes de leite.
  • O primeiro amor da minha vida.
  • Um dia de grande tristeza.

 

Em seguida, explique aos alunos que, ao falarem de si mesmos, usando a 1ª pessoa do singular, estarão produzindo um texto que pode ser chamado de depoimento. Nessas aulas, trataremos de dois tipos distintos de depoimento. Entregue para eles cópias das seguintes definições e peça que identifiquem de que se trata e onde podem ser encontrados.

 

Definição 1:

 

O depoimento é um texto que narra fatos reais vividos por uma pessoa. Há, portanto, uma intenção pedagógica, a de ensinar algo aos leitores. Esse formato textual apresenta os elementos básicos da narrativa: sequências de fatos, pessoas, tempo e espaço. O narrador é sempre o protagonista. Verbos e pronomes são empregados predominantemente na 1ª pessoa. Os verbos oscilam entre o pretérito perfeito e o presente do indicativo. Emprega-se o padrão culto formal da língua.

 

Definição 2:

 

Muitas pessoas necessitam de escrever depoimentos para seus amigos e familiares, mas, às vezes, não estamos muito inspirados não é verdade?? Depoimento é uma ferramenta para deixar um recado público a um amigo, algo como uma declaração sua para alguém que você goste, uma expressão pública de carinho para todos verem.

 

Definições retiradas de: http://www.blogdefrases.com.br/2009/08/depoimentos-para-orkut-amizade-amor-e.html, http://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2011/05/como-escrever-e-enviar-depoimentos-no-orkut.html e http://www.portalsas.com.br/pdfs/lab_redacao/proposta1.pdf.

 

 

Agora, peça que identifiquem se os seguintes textos são exemplos que correspondem à definição 1 ou 2 de depoimento.

 

A)    Palavras podem conquistar muitas pessoas, mas o seu sorriso e o seu olhar são tão apaixonantes que nem uma palavra consegue descrever, seu jeito meigo, sua DELICADEZA faz com que você seja única, você é maravilhosa, linda, Inesquecível acredita ser palavra mais apropriada, um sonho para ser vivido acordado por toda vida. Quando tento te esquecer, mais penso em você. Azar de quem não te conhece. Sorte de quem pode passar um momento contigo. Você é como uma flor rara que se abre só por um instante e depois deixa de existir. Quem teve a chance de apreciar toda a sua beleza, teve sorte. A lua, as estrelas, quantas vezes olhei para elas por horas, pensando, imaginando, sonhando, buscando em algum lugar, alguém especial. Gostaria de gritar para todo mundo ouvir: e n c o n t r e i  a mulher mais linda do mundo!

 

http://www.orkutdepoimentos.com/

 

B)    Eu  me chamo Fabiano Dutra, tenho 31 anos , resido em Maracanau-Ce. Eu, 10 meses atrás pesava 137 kg, e tenho 1,61 de altura, e hoje peso 78 kg. Gostaria, além da satisfação, agradecer-lhes pelas ricas e valiosas informações que vocês, com a preocupação de orientar as pessoas sobre os riscos de regimes forçados e produtos que nada funcionam, tem para conosco. Parabéns pelo incentivo, que acho fundamental para quem quer perder peso, bem como os argumentos e a disposição das valiosas informações. Continuo seguindo uma alimentação balanceada e saudável sem tomar nenhum medicamento e com uma auto estima que nunca tive, minha meta é ficar com 70 kg.

 

http://www.emagrecasemdieta.kit.net/calorias_alimetos.html

 

C)    Quαndo α pessoα tem muitos defeitos, α gente enche α bocα pαrα fαlαr! A gente fαlα e nuncα αcαbα! Mαs quαndo α pessoα tem um monte de quαlidαdes e é umα pessoα que você αmα muito, você ficα sem pαlαvrαs, porque nenhumα pαlαvrα descreve o quαnto eu αmo você.

 

http://www.depoimentosprontos.xpg.com.br/em/depoimentos-para-irmao

 

D)    Eu, Gustavo,estudante da 8°série, sofri e sofro Bullying até hoje. Só por que sou emotivo, gosto de ficar no meu canto, gosto de fazer poemas.
Conversei com as professoras, elas me ajudaram nesse momento difícil da minha vida. Alguns dias, meses passaram, mas o pesadelo voltou a me atormentar. Conversei em casa, a minha mãe foi à escola, conversou com a diretora, professores,até que tudo voltou ao normal.

 

http://bullingnao.blogspot.com/2008/09/depoimentos.html

 

E)     Particularmente, eu contesto o rótulo de ex-alcoólatra, sabendo-se que alcoolismo não tem cura, isso agora é fato, reconhecido por vários órgãos, inclusive pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Prefiro ser realista e me auto-ajudar com a consciência de que sou alcoólatra, por isso mesmo não posso e não devo colocar álcool na boca, pois tal procedimento reativará novamente a doença e o caos voltará a minha vida. Muitos que conseguem parar de beber, voltam apoiados nesse titulo de ex-alcoólatra, achando estarem curados. Prefiro dizer a mim mesmo : Sou alcoólatra, mas não bebo mais.

 

http://vencendo-o-alcoolismo.blogspot.com/2011/04/depoimento-de-um-ex-alcoolatra.html

 

 

F)     Ahh…se você descobrisse o que eu sintoo por vocêê… A vidaaa faz sentidoo você me faz kerer viver. Tudoo que você pedisse iria buscar pra você.
A luaa, o mar e as estrelaas, mudo os meus planos pra poder te veer. E diigo mais: NADA teriaa valoor se não tivesse ao meu lado você… E se você me dissesse que não ker mais me ver, o meu corpo tremee todo soh de pensar em te perdeer. Mas eu não desanimariaa, mesmo que fosse me enloukeceeer, loucura maior seriaa aceitar viver sem vocÊ, poiis com você eu façoo do inferno o paraíisoo.

 

http://www.depoimentosprontos.xpg.com.br/em/depoimentos-para-namorada

 

Depois de identificar os tipos de depoimento, peça que os alunos registrem em seus cadernos as diferenças que podem ser percebidas entre eles.

 

Professor, certifique-se de que seu aluno perceba o uso da 1ª pessoa em ambos, mas com propósitos diferentes. No depoimento de relato, fala-se algo de sua própria vida, no de redes sociais, da vida de alguém querido. Chame a atenção, também, para o uso da linguagem. O depoimento de redes sociais é mais informal, utiliza-se de caracteres gráficos, repete letras para enfatizar sons, enquanto o de relato é escrito em norma padrão.

 

Aula 2:

 

Nesta aula, os alunos irão produzir modelos de depoimentos de redes sociais. A seguir estão alguns personagens. Os alunos deverão imaginar que eles são seus amigos em redes sociais e que acabaram de ser adicionados. Como de costume, o novo amigo deverá escrever um depoimento. Incentive a criatividade, mas sem sair dos padrões do gênero. Eles devem usar os personagens a seguir e, depois, criar outros em folhas de papel sulfite. As produções serão apresentadas para a turma.

 

 

 

 

 

Imagem disponível em: http://resultson.com.br/wp-content/uploads/2010/05/smile.jpg

 

Imagem disponível em: http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ0nLnF_RWkrXBsRna_5zKs1eyN2cDaiH4IoSlFL7k7R28h2-pE

 

 

Imagem disponível em: http://festasepresentes.files.wordpress.com/2011/11/monica.jpg

Imagem disponível em: http://forum.vodafone.pt/t5/image/serverpage/image-id/1147i2CC1B1369F7571FC/image-size/original?v=mpbl-1&px=-1

Professor, para tornar essa aula ainda mais interessante, leve seus alunos à sala de informática, a fim de  que eles escrevam testemunhos em redes sociais para seus colegas de classe.

 

Aula 3:

 

Nesta aula, focaremos o depoimento de relato. Esse gênero inicia-se com uma apresentação, que identifica a pessoa que passou pela situação narrada. Algumas vezes, são usadas apenas as inicias do nome da pessoa para evitar constrangimentos. Para treinar esse aspecto, cada aluno deverá produzir uma ficha com as seguintes informações:

 

foto

Agora, peça que os alunos tragam de casa informações e que pesquisem no laboratório de informática sobre o bullying nas escolas. Esse tema atual tem sido comentado em todo o mundo e, provavelmente, muitos já sofreram alguma situação em que tenha sofrido ou praticado  alguma brincadeira de mau gosto.

 

Um site que informações bem interessantes sobre o assunto é: http://www.minhavida.com.br/familia/materias/12927-saiba-identificar-e-combater-o-bullying-nas-escolas.

 

Em equipes, utilizando as informações selecionadas, os alunos deverão produzir um cartaz explicativo sobre o bullying. Professor, aproveite para conversar com os alunos a respeito da seriedade desse tema. Os cartazes, depois de apresentados pelos alunos, podem ser pregados na escola.

 

http://iserj.net/wp-content/uploads/2010/03/crying.jpg

 

 

Apresente, ainda, para os alunos, os seguintes vídeos sobre o tema:

 

 

video

 

Aceso em: http://www.youtube.com/watch?v=ZFn1jUo6HR8

 

video

 

Aceso em: http://www.youtube.com/watch?v=6R38MtEiIC4&feature=related

 

Professor, há diversos outros vídeos sobre o assunto que podem ser vistos pelos alunos. Leve-os ao laboratório, para que assistam alguns deles e anotem informações importantes.

 

Ainda que diversos artigos e reportagens foquem o perigo do bullying nas escolas, há quem diga que existe um exagero no tratamento dessa questão. Reproduza para os alunos o seguinte texto, publicado na Folha de São Paulo, que apresenta um posicionamento diferente sobre o bullying.

 

A banalização do bullying, por Rosely Sayão

Enviado por luisnassif, ter, 10/05/2011 - 13:34

Da Folha

Bullying não é nada disso

Além de banalizar o conceito, o que mais conseguimos ao abusar desse termo? Alarmar os pais.

Há muita gente que não aguenta mais ouvir falar de bullying. O assunto é tema de reportagens nos jornais diários de todos os tipos, nas revistas semanais, nas prateleiras das livrarias, nas bancas de revistas, na internet etc.

Já conseguimos esvaziar o sentido dessa palavra e seu conceito de tanto que a usamos e de tanto fazer associações indevidas com o termo.

Basta um pequeno drama ou uma grande tragédia acontecer, envolvendo jovens, que não demora a aparecer a palavra mágica. Agora, ela serve para quase tudo.


Além de banalizar o conceito, o que mais conseguimos com o abuso que temos feito dele? Alarmar os pais com filhos de todas as idades.

Agora, a preocupação número um deles é evitar que o filho sofra o tal bullying. O filho de quatro anos chega em casa com marca de mordida de um colega? Os pais já pensam em bullying. A filha reclama de uma colega dizendo que sempre tem de ceder seu brinquedo, ou o filho diz que tem medo de apanhar de um colega de classe? Os pais pensam a mesma coisa.

Alguns deram, por exemplo, de reclamar que a escola que o filho frequenta tem, no mesmo espaço, estudantes de todas as idades e dos vários ciclos escolares.

Então agora vamos passar a considerar perniciosa a convivência entre os mais jovens porque há diferença de idade entre eles? Decididamente, isso não é uma boa coisa.

As crianças e os jovens aprendem muito, muito mesmo, com o convívio com seus pares mais novos e mais velhos. Ter acesso a alguns segredos da vida adulta pelas palavras de outra criança ou de um adolescente, por exemplo, é muito mais sadio e interessante do que por um adulto. Um exemplo? A sexualidade.

Outro dia ouvi um diálogo maravilhoso entre uma criança de uns dez anos e um adolescente de quase 16. O assunto era namoro. Em um grupo, os mais velhos comentavam suas façanhas beijoqueiras com garotas. A criança ""pelo que entendi, ele era irmão de um dos mais velhos"" passou a participar da conversa querendo saber detalhes do que ele chamou de beijo de língua e ameaçou começar a também contar suas vantagens.

Logo a turma adolescente reagiu, e um deles falou que ele era muito criança para entrar no assunto. E um outro disse, sem mais nem menos: "Agora você está na idade de ouvir essas coisas e não de fazer, está entendido?". O menor calou-se e ficou prestando a maior atenção à conversa dos maiores, sem intervir.

Imaginei a cena se tivesse acontecido com o garoto de dez anos e adultos. Não seria nada difícil que eles dessem atenção ao menino, que quisessem saber e fornecer detalhes a respeito das intimidades que podem acontecer num encontro entre duas pessoas. Muito melhor assim do jeito que foi, não é verdade? Com a maior simplicidade, o garoto foi colocado em seu lugar de criança e nem se importou com isso, mas, mesmo assim, pôde participar como observador da conversa dos mais velhos.

Conflitos, pequenas brigas, disputas constantes acontecem entre crianças e jovens? Claro. Sempre aconteceram e sempre acontecerão.

Mas esses fatos, na proporção em que costumam acontecer, não podem ser nomeados como bullying. Fazer isso é banalizar o tema, que é sério. Aliás, isso tudo acontece sem ultrapassar os limites das relações civilizadas se há adultos por perto. Essa é nossa questão de sempre, por falar nisso.

O verdadeiro bullying só acontece em situações em que os mais novos se encontram por conta própria, sem a companhia e a tutela de adultos, sem ainda ter condições para tal.

Caro leitor: se você tem filhos, não os prive da companhia de colegas diferentes no comportamento, na idade etc.

Esses relacionamentos, mesmo conflituosos, são verdadeiras lições de vida para eles que, assim, aprendem a criar mecanismos de defesa, a avaliar riscos e, principalmente, a reconhecer as situações em que precisam pedir ajuda.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

Disponível em: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-banalizacao-do-bullying-por-rosely-sayao

Agora, depois e fazer seus alunos conhecerem dois diferentes posicionamentos sobre o tema, organize-os em roda. Utilize um objeto para mediar a discussão. Apenas poderá falar quem o tiver na mão. Escreva no quadro a seguinte pergunta? Bullying: existe ou não nas escolas?

Peça que os alunos registrem os argumentos que acharem mais importantes. Depois, divida-os em equipes para produzirem um vídeo. Esse vídeo deve expressar a opinião deles sobre o bullying, além de alertar os telespectadores de que, bullying ou não, algumas brincadeiras podem magoar e até ferir colegas, por isso, deve-se sempre visar a boa convivência.

 

Aula 4:

 

Reproduza e entregue para os alunos uma cópia do fragmento a seguir, publicado no site da Revista Capricho. A reportagem também pode ser lida na íntegra no site http://capricho.abril.com.br/blogs/diganaoaobullying/.

 

depoimento          

 

Após a leitura do depoimento, comente com os alunos os elementos do relato feito pela leitora da revista.

Levante, ainda, questões sobre a situação relatada. Procure fazer com que os alunos avaliem a gravidade da situação vivida pela garota.

 

Agora é a vez dos alunos. Escreva no quadro a seguinte proposta de produção:

 

Vocês já sabem que brincadeiras inadequadas são um problema sério e que elas ocorrem principalmente com crianças e adolescentes em fase escolar. Muitos de nós já sofremos ou praticamos uma brincadeira de mal gosto em algum momento sem nem nos darmos conta do que estávamos fazendo. Escreva agora o seu depoimento, contando alguma situação desagradável vivida ou praticada por você. Caso não se lembre de nenhuma situação, imagine como seria e escreva-a. Lembre-se das características necessárias à escrita de um depoimento. Os textos produzidos serão descaracterizados, ou seja, serão retirados os nomes dos autores, reproduzidos e colados nos murais da escola. Certamente os relatos de vocês irão chamar a atenção para essa questão e, quem sabe, até desestimular aqueles que praticam essa ação. Mãos a obra!

Recursos Complementares
Avaliação

 

A avaliação deverá ser feita de forma processual. O professor deve atentar para a qualidade das pesquisas realizadas pelos alunos e para a seleção de informações. Todos os textos produzidos pelos alunos devem ser corrigidos, possibilitando a revisão de algum ponto que não tenha ficado suficientemente claro para os alunos. Dê uma atenção especial para o depoimento de relato. Verifique a pertinência das informações e as características do gênero estudadas.

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