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Espaço: representação bidimensional

 

01/08/2012

Autor e Coautor(es)
Andréa Senra Coutinho
imagem do usuário

JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Nelson V. F. Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Artes Arte Visual: Estruturas sintáticas
Ensino Médio Artes Arte Visual: Contextualização
Ensino Médio Artes Arte Visual: Estruturas morfológicas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

·         Observar o espaço circundante e perceber a organização espacial condicionada ao ponto de vista de cada um

·         Reconhecer as várias posições que o observador pode ocupar no espaço e seus efeitos visuais

·         Produzir um desenho a partir de uma das posições estudadas

Duração das atividades
04 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há

Estratégias e recursos da aula

Comece mostrando a imagem abaixo. Tente fazer uma cópia grande para que toda a sala possa ver ou faça cópias menores em maior número para que possam ser distribuídas na sala. Pergunte o que o grupo está vendo?

pontos de vista http://kikipedia.files.wordpress.com/2009/08/warchavchik_frames.gif

A mesma casa desenhada a partir de vários pontos de vista diferentes

Certamente o grupo dirá que é a mesma casa em vários ângulos. Complemente, então, que podemos dizer que são vários pontos de vista de um mesmo objeto.

 

Em seguida apresente a animação abaixo:

http://kikipedia.files.wordpress.com/2009/08/warchavchik-dentro.gif

E pergunte: O que faz nosso ponto de vista mudar? A resposta correta é “o ponto de vista irá mudar conforme mudamos de posição, conforme mudamos a direção do nosso olhar”. Mostre novamente os desenhos em vários ângulos da casa. (imagem acima)

 

Apresente, agora, a pintura de Dora Maar (1938) do artista Pablo Picasso e indague: o que aconteceu nessa pintura de Picasso? O que o artista fez com os pontos de vista?

Dora Maar

Pintura de Dora Maar do artista Pablo Picasso.

http://arrakis-melange.blogspot.com.br/2012/04/licao-de-pintura-pablo-picasso.html

É preciso que a turma perceba que nessa pintura, os pontos de vista foram agregados, ou seja, o artista não optou por apenas um ângulo, mas sobrepôs vários olhares sobre Dora Maar no mesmo suporte. Portanto, a pintura da mulher foi composta ora de perfil, ora de frente, daí a distorção da imagem. Essa foi uma prática muito comum entre os artistas cubistas que desejavam desconstruir a ideia de um único ponto de vista para a representação do espaço, dos objetos, das pessoas, subvertendo um dogma tradicional na pintura.

 

Apresente as imagens abaixo e peça que grupo identifique em que posição estava o espectador/observador:

1. cadeira Vista de baixo para cima

http://alissononi.files.wordpress.com/2008/05/cadeira.jpg

 

2. chinelos Vista de cima para baixo

http://desenhosdeobservacao.blogspot.com.br/2009/03/152-josenilson.html

 

3.composição Composição criada e pintada pelo artista Giorgio Morandi

http://mesquita.blog.br/wp-content/imagescaler/ef8da28b1e9d6f183ae96b479cfdfb0c.jpg

Chame atenção sobre a última imagem (3.) que é uma das pinturas do artista italiano Giorgio Morandi (1890-1964). Este artista ficou famoso por seus desenhos e pinturas de natureza-morta. Morandi reunia vários objetos do cotidiano, estudava o posicionamento dos mesmos, a relação de cada objeto no conjunto da composição, criando um espaço arquitetonicamente construído. Em seguida, definia um ponto de vista, um ângulo e se punha a desenhar o que estava organizado à sua frente. A proposta do trabalho prático seguirá o percurso do artista citado.

Portanto, peça ao grupo para fazer uma roda com as carteiras (ou então, utilize uma prancheta para apoiar a folha de papel onde será feito o desenho), no centro coloque uma mesa e disponibilize vários objetos cotidianos como garrafa, jarra, copo, xícaras, bule, entre outros. Também pode sugerir ao grupo que cada um traga um objeto de casa e assim, a partir desses objetos, organizar uma composição que será observada e desenhada por todos.

Veja abaixo uma sugestão para criar uma composição com elementos rotineiros como modelo para que o alunado possa desenhar:

ideia  http://dcist.com/attachments/dcist_heather/2009_0401_samplemorandi.jpg

 

Ressalte que cada aluno/a que compõe o círculo ocupa um lugar, portanto um ponto de vista. Isso significa que os desenhos resultantes desta atividade serão todos diferentes, pois cada um apresentará um ângulo. Sugira também que alguns alunos possam se sentar abaixo do nível da mesa onde estão os objetos e outros possam ocupar posições acima. Deixe que cada aluno/a decida em que posição prefere ficar, escolhendo o seu ponto de vista. Distribua papel pardo e com lápis comum será feito o esboço da composição. Terminados os desenhos/esboços, apresente o vídeo indicado abaixo que apresenta uma coleção de trabalhos de Morandi, não só para que o grupo conheça mais sobre a produção do artista, mas para que tenha também uma boa referência de cores, o que estimulará a expressividade de cada um/a.

http://www.youtube.com/watch?v=nvfH7OW8BW8

Durante a exibição, ressalte a combinação das cores feita pelo artista, por vezes uma escolha bastante sóbria e neutra, outras vezes com alguns elementos em cores fortes e destacadas. Sugira que o grupo utilize primeiro o nanquim (veja aula do portal, da mesma autora, com o título: Nanquim: a técnica do preto no branco http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40629) nos contornos do esboço e efeitos de sombras, em seguida, enriqueça o desenho utilizando giz de quadro em cores como branco, amarelo, azul, verde e outras. Lembre ao grupo que é importante trabalhar as figuras e o fundo. Oriente aos alunos e alunas que ao se utilizar giz de quadro no desenho, o pó pode se espalhar, portanto é preciso ir esfregando o dedo ou um pedaço de algodão para que o pigmento grude no papel pardo. É preciso cuidado, pois o pigmento não se fixa (logo não se pode arrastar a mão sobre o desenho que acaba por borrar). Se puder fixar os desenhos ao final, utilizem um fixador spray (verniz), mas esse produto precisa ser usado em áreas abertas e com boa circulação de ar (leia atentamente as orientações do frasco).

 

Os resultados são bastante satisfatórios, o que permite sugerir a turma uma montagem nos corredores ou em outro espaço, de uma exposição que dê visibilidade aos trabalhos. Lembrando que é importante colocar em cada trabalho a ficha técnica, ou seja, uma legenda com “título” (se o aluno quiser dar um nome ao trabalho, caso não queira, irá colocar “sem título”); nome do autor aluno/a; técnica (nesse caso, mista); turma; ano de execução. Peça ao grupo para pensar também em um título para exposição, como por exemplo, “Objetos imaginários” ou outro que a turma queira e que faça sentido com o estudo realizado.

Recursos Complementares

Mais sobre Giorgio Morandi: http://www.scielo.br/pdf/ea/v20n58/19.pdf

Avaliação

A participação e colaboração da turma são elementos importantes no processo de avaliação, no entanto, o resultado visual do desenho será o ponto mais relevante desta etapa. É importante avaliar o esboço, se não tiver adequado, sugerir alterações antes da etapa do nanquim. Em seguida, verificar a aplicação correta do nanquim e a utilização das cores do giz de acordo com as dicas técnicas explicitadas no texto. Avalie a escolha de cores na composição e no fundo, bem como a organização da exposição dos trabalhos.

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