04/11/2008
José Eduardo Martins
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Física | Movimento, variações e conservações |
Desenvolvimento da atividade
Motivação / Introdução (10 min.)
Do ponto de vista físico o fenômeno da dilatação decorre do conceito de temperatura. A temperatura de um corpo pode ser dada como a medida do estado de vibração dos elementos que o constituem. Quanto maior a temperatura maior será o grau de vibração ou ainda, quanto menor a temperatura menor será grau de vibração.
Essa visão “microscópica” do conceito de temperatura explica com facilidade o fenômeno da dilatação; para tanto, basta que se faça a seguinte experiência de pensamento:
A uma temperatura (T1) os elementos constituintes de um corpo de volume (V1) tem um certo estado vibracional. Um aumento para uma temperatura (T2) acarretará um aumento nesse estado vibracional fazendo com que o espaço físico ocupado seja maior. O somatório de todos esses acréscimos de espaços se reverterá em um aumento da dimensão de corpo para (V2). A dilatação (ΔV) será a diferença entre (V2) e (V1).
Essa idéia pode ser simulada na sala de aula da seguinte forma: Peça para que os alunos se agrupem em um canto da sala de forma que ocupem a menor área possível. Para isso terão que ficar imóveis. Se todos ao mesmo tempo começarem a dançar de forma agitada, naturalmente a área que ocupam será ampliada.
Na sala de aula (20 min.)
A dilatação de um corpo pode ser vista em função das dimensões que se leve em consideração. A dilatação a que nos referimos nos parágrafos anteriores é dita dilatação volumétrica por levar em consideração as variações de volume. Além do estudo da variação do volume poderíamos investigar também a variação de área e do comprimento do corpo que seria respectivamente as dilatações superficial e linear. Por hora, iremos trabalhar apenas com essa última.
A dilatação linear (ΔL) de um corpo depende de sua dimensão inicial (L0), da variação de temperatura a que foi submetido (ΔT) além do tipo de material que o constitui e que se expressa através de um índice conhecido como coeficiente de dilatação linear(α). Matematicamente a relação entre essas variáveis pode ser expressa pela equação a seguir:
ΔL=L0 . ΔT . α (1)
O fenômeno da dilatação não é algo muito visível por ocorrer em proporções muito pequenas em relação ao corpo que a sofre. Em parte isso se deve aos pequenos valores de coeficiente de dilatação dos diversos materiais. A tabela a seguir relaciona os valores de alguns materiais conhecidos.
Substância | α (°C-1) |
Quartzo | 0,6 . 10-6 |
Vidro pirex | 3,2 . 10-6 |
Vidro comum | 9 . 10-6 |
Aço | 11 . 10-6 |
Concreto | 12 . 10-6 |
Ferro | 12 . 10-6 |
Cobre | 17 . 10-6 |
Alumínio | 22 . 10-6 |
Mercúrio | 60,7 . 10-6 |
Na sala de informática (20 min.)
Exercitaremos a nossa investigação da dilatação dos materiais através do Objeto de Aprendizagem do Labvirt denominado A ferrovia (fig. 01). Esse O.A. sugere a abordagem de um problema de engenharia que é a determinação do espaçamento mínimo dos trilhos em uma ferrovia em função do material que o constitui, de seu tamanho e da amplitude máxima de temperatura a que deverá estar sujeito.
Durante a utilização do O.A. explore as seguintes questões:
* O O.A. sugere o cálculo de dilatação com uma barra de ferro. No caso do empre go de outro material como proceder?
* Uma vez conhecido o valor da dilatação como determinar o tamanho máximo da barra em um dia quente?
* Se a distância deixada entre as barras de ferro for inferior à dilatação máxima o que poderá ocorrer?
* Se a distância deixada entre as barras de ferro for muito superior à dilatação máxima o que poderá ocorrer?
Figura 01 – A ferrovia. Disponível em: http://www.labvirt.fe.usp.br/simulacoes/fisica/sim_termo_ferrovia.htm
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