21/06/2013
Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Médio | História | Poder |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Relações de poder e conflitos sociais |
Ensino Médio | História | Cultura |
Ensino Médio | História | Memória |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Trabalho e relações sociais |
Ensino Médio | História | Trabalho |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Atividades produtivas e as relações sociais |
Ensino Médio | História | Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade |
Ensino Médio | História | Sujeito histórico |
Ensino Médio | Sociologia | Estrutura e estratificação social: a questão das desigualdades sociais |
Estratégias:
Recursos:
O objetivo deste módulo é estimular os alunos a refletirem sobre os impactos da colonização portuguesa no Brasil, para os povos indígenas que habitavam o território em 1500, através de músicas que tratem do tema.
Para esta atividade sugerimos as duas músicas indicadas abaixo. Confira as informações básicas e os links para acesso aos vídeos e letras das mesmas:
Música 1: Pindorama
Vídeo disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=raZJL2H1zs8
Acesso em 15/06/2013
Pindorama
Letra: Luiz Tatit e Sandra Peres
Intérprete: Palavra Cantada
(Terra à vista!) Pindorama, Pindorama Pero Vaz, Pero Vaz |
Para as índias, para as índias |
Letra disponível em: http://www.bibliotecadeletras.com.br/musica/123853/Pindorama
Acesso em 15/06/2013
Música 2: Chegança
Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=vIwP2TsKee4
Acesso em 15/06/2013
Chegança
Álbum: Madeira que cupim não rói
Antônio Nóbrega
Sou Pataxó, Mas de repente |
Letra disponível em: http://www.vagalume.com.br/antonio-nobrega/cheganca.html
Acesso em 15/06/2013
Orientações para a atividade com as músicas:
I - Música Pindorama
Por que a música se chama Pindorama?
Na interpretação da música “Pindorama” é possível observar que algumas estrofes são cantadas em português de Portugal e não em português do Brasil. Analisando bem a letra dessas estrofes, qual seria o objetivo dos autores com a utilização deste recurso?
Qual é o tema central da música Pindorama?
II- Música Chegança
Sobre quem a letra da música fala? (Observe a primeira estrofe e que é utilizada a primeira pessoa para identificar o sujeito da história apresentada na letra).
A música faz distinção entre dois momentos diferentes da história do “Brasil”. Quais são eles? Caracterize-os a partir das informações contidas na letra da música. Indique as estrofes que se referem a cada um dos dois momentos.
Explique o que você entendeu sobre a seguinte parte da última estrofe: “E assustado dei um pulo lá da rede, pressenti a fome, a sede, eu pensei: ‘vão me acabar’. Me levantei de borduna já na mão. Aí senti no coração, o Brasil vai começar”.
Procure o significado da palavra borduna.
III– Sobre as duas músicas
Podemos dizer que ambas permitem discutir a visão dos indígenas sobre a chegada dos portugueses? Justifique.
Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas: "que tragédia é essa que cai sobre nós"?
Que tragédia é essa que cai sobre todos nós? É o que pergunta Milton Nascimento na belíssima canção "Promessas do sol":
Você me quer forte Você me quer belo Você me quer justo |
Ouça a música com os alunos acessando o link no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=a_DsDttfZhY&feature=player_embedded
Acesso em 15/06/2013
Oriente os alunos a observarem o arranjo da música e os instrumentos que a compõem.
Converse com os alunos sobre a letra da música e pergunte a eles: é possível relacioná-la à situação dos povos indígenas no contato com os portugueses? Explique.
Pergunte aos alunos: O que as três músicas têm em comum?
As conclusões sobre a interpretação das músicas devem ser anotadas pelos alunos no caderno.
Para aprofundar a discussão sobre os primeiros contatos entre portugueses e indígenas e sobre as ações e reações de ambos no processo que culminou com a escravização dos últimos, proponha aos alunos a leitura, interpretação e debate dos textos abaixo:
Texto 1 - A outra história do descobrimento do Brasil Carlos Fausto (...) Os portugueses, por sua vez, passaram a buscar escravos cada vez mais longe da costa. As famosas bandeiras paulistas e os bandeirantes são os representantes mais conhecidos desse processo de colonização violenta do interior, que levou não ao povoamento do Brasil, como se costuma dizer, mas a seu despovoamento, matando e escravizando dezenas de milhares de índios. Entre 1580 e 1640, as expedições paulistas concentraram-se na captura dos Guarani - que viviam no interior dos atuais estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - para forçá-los a trabalhar na lavoura. Com o esgotamento dessa fonte de mão de obra, os paulistas voltaram-se para a região dos rios Araguaia e Tocantins, que já vinham explorando irregularmente desde o começo daquele século. As mortes causadas pelas doenças serviam de combustível às expedições de escravização. Criava-se um círculo vicioso: a falta de mão de obra indígena nas imediações das vilas aumentava as ações de escravização no interior; a escravização expunha cada vez mais as populações indígenas às epidemias; com as epidemias, tornava-se necessário a realização de novas expedições no interior. Foi assim que o Brasil foi sendo despovoado. Ali, onde havia uma população indígena numerosa, foram-se criando vazios populacionais, territórios livres para serem ocupados pelos colonizadores. Confira o texto completo em: http://www.gtclovismoura.pr.gov.br/arquivos/File/ceert/EF1_guiaideias2.pdf Acesso em 15/06/2013 |
Questões para responder e debater 1. Os alunos devem ler o texto completo no link indicado acima e responder as questões propostas. 2. O autor do texto considera um absurdo falar de “descobrimento do Brasil”. Que argumentos ele utiliza para justificar o seu posicionamento? Você concorda com ele? Justifique. 3. Quais foram os primeiros povos indígenas com os quais os portugueses tiveram contato quando chegaram ao Brasil? Onde se localizavam? 4. Quem eram os jesuítas? Segundo o autor do texto, qual foi o papel deles na colonização do Brasil? 5. O que aconteceu com os índios que habitavam a costa do litoral brasileiro e que foram os primeiros a manter contato com os portugueses? 6. De acordo com o autor, qual foi o significado das bandeiras e dos bandeirantes para os indígenas que viviam no interior do Brasil? Antes de responder a questão, busque o significado do termo bandeiras. 7. Para o autor, os bandeirantes foram responsáveis não pelo povoamento, mas pelo despovoamento do Brasil. O que ele quis dizer com isto? Explique. |
Texto 2 - Povos Indígenas no Brasil Maria Regina Celestino de Almeida O Regimento de Tomé de Souza já trazia a primeira manifestação de uma política indigenista. Iniciava-se a política de aldeamentos, cuja função era a de reunir os índios aliados em grandes aldeias próximas aos núcleos portugueses. Ali estabelecidos, inicialmente sob a administração dos jesuítas, iriam se tornar súditos cristãos para garantir e expandir as fronteiras portuguesas na colônia e servir aos colonos, missionários e autoridades, mediante trabalho compulsório num sistema de rodízio e pagamento irrisório. Os inimigos, vencidos nas chamadas guerras justas, serviriam à colônia na condição de escravos. Nessas condições, vários grupos étnicos do Brasil integrados à colônia, na condição de escravos ou de aldeados, misturavam-se entre si e com outros segmentos da sociedade colonial nas fazendas, engenhos, lavouras e aldeamentos nos quais desempenhavam diferentes papéis. Convém ressaltar que este processo de inserção dos índios à sociedade envolvente (colonial e depois imperial), através de guerras, acordos e aldeamentos manteve-se até o século XIX. Confira o texto completo em: http://bndigital.bn.br/projetos/redememoria/pindigenas.html Acesso em 15/06/2013 |
Questões para responder e debater 1. Os alunos devem ler o texto completo no link indicado acima e responder as questões propostas. 2. De acordo com a autora, quais os primeiros povos que tiveram contato com os portugueses? Como foi esse contato? 3. O que significa a palavra tapuia e como os europeus a utilizaram? 4. Como a autora caracteriza a conquista do território pelos portugueses? 5. Como a autora caracteriza formas de utilização do trabalho indígena pelos portugueses? 6. Quais as diferenças entre indígenas escravizados e aldeados? Procure informações sobre os aldeamentos e sobre o papel dos jesuítas no processo de dominação dos povos indígenas, pelos portugueses, no Brasil colonial. Sugestão de texto: Os jesuítas no Brasil. Link para acesso: http://bndigital.bn.br/redememoria/ciajesus.html |
Dando continuidade às discussões, oriente os alunos a observarem atentamente o mapa abaixo:
http://www.revista.vestibular.uerj.br/questao/busca-questao-imprimir.php?aseq_disciplina=5
Roteiro para a atividade:
a. Após a observação atenta do mapa pelos alunos, pergunte a eles sobre o que ele trata. Para que respondam a questão, oriente-os a ler e associar o texto da legenda à representação feita no mapa.
b. Chame a atenção dos alunos para as datas das expedições e seus respectivos séculos (XVI, XVII e XVIII). A partir da observação, questione: o que as datas indicam a respeito do trabalho escravo indígena no Brasil colonial? Foi um sistema de exploração de mão de obra de curta duração, como afirmam muitos manuais didáticos? Justifique.
c. Professor, a partir da leitura do mapa, discuta com os alunos:
As expedições destinadas ao apresamento de indígenas interferiram no processo de colonização da América portuguesa, ocasionando:
Questões da letra b adaptadas de: http://www.revista.vestibular.uerj.br/questao/busca-questao-imprimir.php?aseq_disciplina=5
c. Após a aula expositiva acerca dos itens acima citados, os alunos devem anotar as suas conclusões sobre o tema no caderno.
Trabalho com o vídeo "Uma outra história", da série "Índios no Brasil"
Os professores indígenas do Acre produziram uma cartilha intitulada "História Indígena", a qual divide a História do Brasil em quatro períodos: o tempo da maloca, o tempo da correria, o tempo do cativeiro e o tempo dos direitos. O vídeo abaixo, da série "Índios no Brasil", de curta duração (17 min.), apresenta em linhas gerais, entre outras questões, o conteúdo da cartilha, caracterizando cada um dos tempos da História do Brasil sob o ponto de vista dos indígenas do Acre. Confira o link para acesso ao vídeo no Portal do Professor:
O vídeo também pode ser acessado no link indicado abaixo:
http://www.videonasaldeias.org.br/2009/video.php?c=49
Acesso em 15/06/2013
a. Durante a reprodução do vídeo, os alunos devem ouvir atentamente as características principais de cada período da história do Brasil, segundo a concepção dos índios do Acre.
b. Oriente os alunos a observarem com atenção os desenhos produzidos pelos índios para cada tempo, ressaltando as diferenças entre eles.
c. Em seguida, os alunos devem completar o quadro abaixo, redigindo uma explicação que caracterize cada período focalizado, a partir das ideias apresentadas no vídeo, como no exemplo:
Os tempos da História para os povos indígenas do Acre | Características de cada tempo |
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O tempo da correria é o tempo da chegada dos portugueses. Eles o denominam de correria por representar a fuga dos índios que foram forçados a "dar o seu lugar para os brancos". Na memória dos índios do Acre, o tempo da correria é também aquele dos abusos contra as mulheres indígenas e das doenças trazidas pelos colonizadores. |
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d. Após o término da atividade, promova a socialização, entre os alunos, das características destacadas em cada tempo da história indígena. O professor deve coordenar a atividade, esclarecendo dúvidas e tecendo as suas próprias considerações sobre o tema.
1. Derrubada do pau-brasil em ilustração da Cosmografia Universal de André Thevet, 1575 |
2. Detalhe do mapa "Terra Brasilis" (Atlas Miller,1519), atualmente na Biblioteca Nacional de França. |
1. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe2x0AF/historia-brasil.
2. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/linhadotempo/epocas/1511/exploracao-do-pau-brasil-e-escambo
Links acessados em 15/06/2013
Orientações:
a. Divida os alunos em duplas.
b. Peça aos alunos para observarem atentamente as imagens 1 e 2, fazendo uma descrição, por escrito, de cada uma delas.
c. Pergunte: É possível relacionar a primeira imagem à segunda? Justifique.
3. Apresamento de índios. Jean-Baptiste Debret. |
4. Índios Atravessando um Riacho (O Caçador de Escravos). Jean-Baptiste Debret. http://www.masp.art.br/masp2010/acervo_detalheobra.php?id=217 |
5. http://multirio.rio.rj.gov.br/historia/modulo01/esc_indigena.html |
Links acessados em 15/06/2013
d. Continuando o trabalho de leitura e interpretação, peça aos alunos para observarem atentamente as imagens 3, 4 e 5, fazendo uma descrição do que veem em cada delas, por escrito.
e. Em muitos manuais didáticos, falar em escravo no Brasil colonial na maioria das vezes é uma referência quase que exclusiva aos africanos e, muitas vezes, é reforçada a ideia de que a escravidão indígena foi pontual e não durou muito. O que as imagens revelam sobre esta questão?
Atenção! Retome a questão b do módulo 2, atividade 2, relacionando-a às ideias centrais das imagens, conforme o questionamento feito no item "e" desta atividade.
f. Promova a socialização das respostas das duplas para os demais colegas.
Nome | Tipo |
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Uma outra história [Índios no Brasil] | Vídeo |
Para alunos e professores:
Os bandeirantes. http://historiadesaopaulo.wordpress.com/bandeirantes/
A noção de guerra justa no Brasil Colônia. http://maracristan.wordpress.com/2013/04/28/a-nocao-de-guerra-justa-no-brasil-colonia/
Escravidão indígena. http://www.brasilescola.com/historiab/escravidao-indigena.htm
Abolição da escravidão indígena: 1680 ou 1755? http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/historia/0036.html
Vídeo nas aldeias. Catálogo. http://www.videonasaldeias.org.br/2009/video.php
Para os professores:
A Companhia de Jesus e a questão da escravidão de índios e negros. http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/materia03/
Todos os links foram acessados em 15/06/2013
O professor deve observar se os objetivos propostos na aula foram efetivamente alcançados pelos alunos, tendo em vista as estratégias desenvolvidas e os recursos utilizados. Assim, poderá avaliar os alunos nas atividades de leitura e interpretação das diferentes fontes trabalhadas em cada módulo. Ao final, poderá solicitar que os alunos produzam um texto dissertativo sobre a temática geral abordada na proposta.
Cinco estrelas 2 classificações
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24/04/2015
Cinco estrelasGostei muito da atividade. Bastante rica, com várias possibilidades de trabalho. Parabéns.
28/05/2014
Cinco estrelasRico em informações e de fácil entendimento. Parabéns.