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Rompendo fronteiras com cartas: “Letras aventureiras”

 

22/09/2009

Autor e Coautor(es)
Fabiane de OLiveira Braga Felício
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Edna Maria Santana Magalhães

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Espera-se que os alunos ao final das aulas que aqui serão propostas, sejam capazes de:
1) (Re)conhecer as características do gênero carta e seus usos nos dias atuais.
2) identificar as características formais do gênero carta: elementos que a constituem, disposição gráfica desses elementos;
3) compreender o sentido nas mensagens escritas de que é destinatário direto ou indireto;
4) desenvolver pesquisas em grupos e/ou individualmente sobre o tema proposto ou que se deseja comunicar ao destinatário ou inteirar-se da temática apresentada pelo remetente;
5) desenvolver habilidades de busca de informações em suportes variados: internet, livros didáticos e/ou paradidáticos, revistas diversas, jornais , entrevistas, etc;
6) desenvolver a prática da revisão e da reescrita de textos redigidos e recebidos;
7) possibilitar a interação escrita com alunos de outras escolas, regiões ou para familiares que residem em outras cidades.

Duração das atividades
6 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Faça com os alunos um levantamento sobre as diversas formas de comunicação: antigas e atuais. Solicite que eles façam uma entrevista com alguns adultos e idosos para verificarem se a carta continua sendo uma forma de comunicação ou se as pessoas estão deixando de escrever e receber cartas e que outras formas de comunicação têm sido usadas para falar com pessoas a longa distância. Procure identificar os motivos que justifiquem as respostas dadas pelos alunos. Faça um painel com essas respostas (com papel Kraft, por exemplo) e guarde essas informações (elas poderão ser retomadas, caso o professor ache interessante). Dialogar com os alunos sobre os motivos da não escrita e das formas de comunicação usadas.
Faça um material impresso para ser entregue aos alunos com figuras de meios de comunicação, atuais e antigos, ou imprima em lâminas de retroprojetor ou crie um Power-Point.
Segue abaixo sugestão de um site onde poderão ser retiradas algumas figuras:

http://images.google.com/images?q=meios%20de%20comunica%C3%A7ao%20antigos%20e%20atuais&rls=com.microsoft:pt-br:IE-SearchBox&oe=UTF-8&sourceid=ie7&rlz=1I7SUNA_pt-BR&um=1&ie=UTF-8&sa=N&hl=pt-BR&tab=wi

                                                              (Acessado no dia 20/8/2009)

Estratégias e recursos da aula

Professor(a), para todas as aulas aqui propostas, é importante que você estimule bastante a participação oral dos alunos. O fim é que eles apresentem o seu conhecimento sobre o tema, as suas questões, o resultado de suas observações e discutam os temas propostos de forma produtiva. Você deve aproveitar todas as contribuições para sistematizar os conteúdos propostos.Neste conjunto de aulas, atente-se para a seleção vocabular, o uso da pontuação, o foco na estrutura organizacional do gênero em estudo, preparando-os para as atividades de escrita de textos. Aproveite ao máximo a curiosidade dos alunos.

1ª aula - Levantamento de dados sobre os conhecimentos prévios dos alunos:
Proposição de entrevista: definição dos sujeitos a serem entrevistados, tempo para realização da tarefa, processo de elaboração/seleção das perguntas.
Dividir os alunos em grupos de acordo com as preferências deles e pedir que redijam as perguntas que gostariam de fazer para os adultos.
Cada grupo apresentará as perguntas que redigiu, a professora anotará no quadro cada uma delas ,eliminando as repetidas.
Depois de todos serem ouvidos e as perguntas anotadas, faça com os alunos uma revisão delas. Observe o conteúdo de cada uma e busque saber, quando for o caso, a razão de o grupo tê-la proposta. Faça isso com todas.
Isso posto, faça com os alunos uma leitura do registro feito com o fim de verificar a clareza das perguntas escritas no quadro. Se necessário, instigue-os a propor uma redação mais enxuta e adequada ao gênero entrevista. Pode brevemente neste momento, explicar como uma entrevista se constrói e o seu objetivo.
Selecione, junto com os alunos, as perguntas que eles acharam mais interessantes. Se for necessário,peça a alguns que justifiquem a escolha. Insista para que não proponham um número grande de questões, mas que foquem aquelas que realmente atingirão o objetivo do trabalho: saber como as pessoas se comunicam e qual a frequência ou não do uso de cartas e as razões para isso.
Peça aos alunos que, se alguém tiver uma carta em casa que a leve, com autorização dos pais, para a próxima aula.


2ª aula - Apresentando o gênero carta: estrutura, conteúdo, funções a que se destina, como ela é enviada...
Para sua segurança, caso os alunos não tragam cartas de casa, providencie uma e reproduza-a em transparência , Xerox, mimeógrafo ou digitalize-a. Faça o mesmo com o envelope.
Se os alunos trouxerem cartas, divida-os em pequenos grupos de forma que haja uma carta para cada grupo.
Antes da leitura do conteúdo, peça que digam o que eles veem na folha (que elementos compõem uma carta: local e data, saudação ou vocativo, o corpo do texto, uma despedida, assinatura).
Pergunte se nas cartas que os alunos levaram todas têm a mesma estrutura ou não. O que difere? Por quê? Como? A ausência de um dos elementos composicionais interfere na compreensão do conteúdo? De que forma isso se dá? Como esse problema poderá ser resolvido? (Anote sempre as contribuições dos alunos e os incentive a aprender a fazer anotações do que acham importante.)
Leitura do conteúdo das cartas: Qual o assunto principal? Que outros assuntos aparecem? Como eles foram apresentados?

Chamar a atenç ão para a linguagem informal do texto: q ue elementos linguís ticos (palavras, expre ssões, formas de tratamento do destinatário...) e não linguísticos (assunto/conte údo do texto) comprov am isso?

Pode-s e desafiar os alu no s a escolherem uma das cartas analisadas e m cada grupo e pedir q ue eles a reescrevam , mas se dirigindo a uma outra pessoa (não tão próxima). Que mudan ças seriam feitas? P or quê?

Estim ular os alunos a lerem em seus textos e a com entarem, cada leitura f eita: Para quem foi escrita a carta? Como ela deveria se r escrita? Sugerir q ue o grupo anote as contribuições dos colegas e depois redija nova versão, incorporando ao que foi proposto.  
Como o foco aqui são cartas pessoais, nada impede que seja falado sobre outros tipos de correspondências comerciais e por que elas diferem da s pessoais. Como é o uso da linguagem? Como se constrói o conteúdo? A concisão e brevidade da correspondência comercial.Como as cartas chegam ao destinatário?


É necessário discutir com os alunos sobre: selos, taxas de postagem, CEP, tipos de envelopes utilizados para postagem de cartas e o  tempo gasto entre a postagem e o recebimento pelo destinatário. Retomar o uso dos termos destinatário/remetente, a importância de se escrever cada um desses no lugar correto do envelope e por que isso deve ser  feito.
1- Selos: explique sobre as taxas pagas, inclusive que cartas manuscritas e que pesem até 10 g, o valor pago é R$0,01. Você poderá deixar como sugestão para os alunos, o site oficial dos Correios e o link abaixo, onde eles poderão encontrar tudo sobre Filatelia, que é a arte de colecionar selos.

                        http://www.correios.com.br/selos/prod_filatelicos/filatelia.cfm

                                                             (Acesso feito dia 20/8/2009)

2- Ao trabalhar o CEP, aproveite a oportunidade e fale sobre as siglas. Informe aos alunos que eles poderão encontrar o CEP de qualquer logradouro no site dos correios, link sugerido abaixo, da folha on line e que há disponível nas agências dos Correios um livro para consulta.

                          http://www.correios.com.br/servicos/cep/cep_loc_log.cfm

                                                                (Acesso feito dia 20/8/2009)


3- Envelopes: leve para sala alguns envelopes para mostrar aos alunos, diferenciando principalmente, os envelopes com as siglas RPC (Recomendados pelos Correios) e os envelopes com tarjas verdes e amarelas ( que devem ser usados para as correspondências internacionais) conforme modelo da figura abaixo:

http://imagenes.solostocks.com.br/envelope-aereo-180 79n0.jpg

     ( Acesso feito dia 9/9/ 2009 )

Dica:&nbs p;O texto abaixo poderá ser usado com os alunos antes ou após a entrevista. O autor faz  uma comparação entre as cartas, que  eram o maior meio de c omunicação entre ami gos e namorados nos tempos passados, e as modernidades tecnológicas.

Vendo a imagem você sabe que é um envelope de carta, pois não? Uma espécie de embalagem que pode até ser de cor branca(mais moderno e com jeitão oficial, empresarial), mas me refiro ao tradicional que seria branco (meio amarelado porque possuía pequenas listras azuladas por dentro para garantir certa opacidade por fora e o sigilo da correspondência), com bordas listradas diagonalmente em branco, verde e amarelo, alguns possuíam quadrinhos onde se escrevia o Código de Endereçamento Postal (CEP, que já foi apenas CP) e num cantinho, impresso, um retângulo azul com a expressão "via aérea" e à francesa, "par avion", em letras brancas. Chique, não?

A pergunta é mais que básica porque algum leitor com menos de trinta anos pensará: que coisa, sei o que é sim! Mas se a pergunta for: Você já usou isto?, aí a coisa muda.

Se você já escreveu uma carta sabe do que falo. Digo uma carta de verdade, daquelas escritas em papel (de preferência com 'pauta' ou linhas se preferir), com caneta, depois dobrou (dobradura de papel de carta é um detalhe à parte) e encaixou no envelope, colou um ou mais selos e levou aos correios para postagem, certamente sabe que essa é uma cena do passado. Aliás, ainda sobrevive com os dias quase contados para acabar.

Fui um escrevedor de cartas. Cartas longas! Fiz amigos por correspondência (uma espécie de ORKUT ou MSN dos anos 70), escrevi cartas para amigos reais, para parentes, e escrevi cartas apaixonadas, cartas de amor! Você sabe o que é isso? Escrever uma carta pra alguém e passar uma semana, quinze dias esperando uma resposta? O carteiro passar todo dia e ante aquela expectativa de ouvi-lo gritar da porta "correio!" e você correr pra abrir o envelope com cuidado, desdobrar a carta e ler de um fôlego só, tentando lembrar sobre o que tinha escrito, perguntado, comentado, etc., e que estava ali sendo respondido... e novamente dito e perguntado...

Recebi cartas de mesmo teor em todos os sentidos. Cartas longas, curtinhas, perfumadas, com lembrancinhas, em papel especial, cheias de desenhos, personalizadas, carimbadas com beijos...

Saudosismo? Não sei, mas, como já disse alguém, o passado não volta, ou águas passadas não movem moinhos, coisas do gênero. Não lamento o progresso nem as vantagens enormes do presente. Imagine o futuro sem celular ou internet! Confesso que, vez por outra, tenho vontade de escrever cartas, de colocar ali as minhas impressões digitais, minha letra no papel, o tempo congelado em que se escreve, a notícia em suspenso, a conversa que você sabe que ficará registrada e se o (a) destinatário (a) for cuidadoso (a), um dia aquilo ainda poderá ser lido novamente. Cá pra nós (e o povo da rua, como diríamos lá em Juazeirinho) eu confesso que ando achando que águas passadas movem moinhos sim! A depender das águas e dos moinhos! Nos tempos modernos águas movem turbinas. Imagine alguém perturbado por uma espécie de tentação para uma espécie d'El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha'...

Mas sobre as cartas, acho uma grande invasão de privacidade o povo ficar publicando correspondência de quem já morreu, mas figuras importantes da história têm suas vidas devassadas pelo ímpeto fofoqueiro do povo em querer saber o que o sujeito disse pra fulana, pro fulano, em mil oitocentos e não sei quanto... eu mesmo já me interesse por coisas do gênero. Nossa!

Fico imaginando o que guardaremos de nossas correpondências pro futuro. O que ficará? Alguns emails gratuitos já resolveram um problema enorme de espaço de armazenamento, o que nos obrigava a ficar apagando tudo de tempos em tempos. Que tempos, hein! O que você faz de sua correspondência?

Espero que ninguém resolva mexer nas minhas velhas cartas quando eu ficar velhinho ou mesmo depois que eu for "envelopado". Aliás, tou desconfiado que isso vai acontecer mais dia, menos dia. Minha esperança é que demore bastante! Até lá, espero arranjar tempo pra fazer uma visita ao passado de correspondências amarrotadas pela ação do tempo, mas que não embotam as histórias nem as vivências maravilhosas dessas sensações que, para além da afetividade, eram também táteis, sensoriais mesmo.

Já o teclado e a tela...

http://images.google.com/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_s6_cIo6T0w0/SgIYpSeSuLI/AAAAAAAAAOw/CLnu5d13p7g/s400/envelope%2Bantigo.jpg&imgrefurl=http://rangeljunior.blogspot.com/2009/05/cartas.html&usg=__cJ5Ta3FU0-7ZD2PYDks0AQCXDSA=&h=238&w=400&sz=28&hl=pt-BR&start=14&um=1&tbnid=mBcpD8yW-AyEgM:&tbnh=74&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3Denvelope%2Bpara%2Bcartas%26hl%3Dpt-BR%26rls%3Dcom.microsoft:pt-br:IE-SearchBox%26rlz%3D1I7SUNA_pt-BR%26sa%3DG%26um%3D1

                                               (site acessado dia 9/9/2009)

*Solicite para a próxima aula dois envelopes de carta e o endereço completo de cada um .

Proposta: um envelope os alunos irão preencher e o outro será para colocar a carta que ele enviará para um col ega de sala.


3ª aula Faça no quadro um envelope e preencha-o com o seu endereço como remetente e o da escola como destinatário. Ressalte com os alunos a importância sobre os dados serem redigidos de forma correta. Em seguida, peça que os alunos sentem-se em duplas e subscrevam os envelopes trocando endereço com o colega que senta ao seu lado. Solicite a troca de envelopes e a correção dos dados preenchidos. Em seguida , faça um sorteio entre todos os alunos, para saber quem será seu destinatário. Todos deverão receber uma carta, portanto, atente-se para os alunos que, porventura, tiverem faltado nessa aula, colocando o nome de quem faltou no sorteio.
Faça a proposta da escrita da carta. Incentive-os a escreverem sobre o que eles gostam de fazer, suas preferências, sua família e outras coisas do gênero.

Alerte-os para a não escrita de coisas que possam causar constrangimentos e/ou ofensas, pois isso não será permitido quando você fizer a revisão das cartas ao final do processo.
Peça os alunos que troquem as cartas entre si e leiam com atenção para perceberem se o texto do colega está claro, bem redigido, com correção ortográfica, informações bem articuladas e claras. Deixe que eles discutam a escrita entre eles.
Devolvidos o texto ao seu redator, peça que passe a limpo sua escrita, fazendo as correções sugeridas pelo colega.
Recolha as cartas para que você as leia e aponte, se ainda houver, correções a serem feitas. Deixe claro para os alunos o objetivo de sua leitura e os cuidados que eles deverão ter com os textos que serão enviados.


4ª aula Entr egue as cartas e peça que os alunos façam a reescrita de acordo com as ano tações que você fez. Peça que preencham o envelope com o endereço do seu destinatário atentando para a escrita correta dos dados. Recolha as cartas e lembre-os de que cada carta não poderá ultrapass ar 10 g p ara ser ca racterizada como Carta Social e assim pagarem apenas R$ 0,01. Mostre um exemplo dis so.


Dica: Ag e nda r uma visita a uma agê ncia de correios soli citando que um funcionário da agência possa receber os alunos para explica r sobre a postagem e cami nhos das correspondênc ias. Interessante que, após essa visita, os al unos possam acessar as in formações nos sites dos correios e conheçam mais sobre essa importante empresa e os serviços que são oferecidos on-line.
       &nbs p;                                              http://www.correios.com.br/

                                                   (Acesso feito dia 16/9/2009)

5ª aula Prepare a turma para a excursão. Faça um levantamento das dúvidas, instigue a curiosidade dos alunos. Pergunte se eles sabem qual o procedimento empregado pelos Correios desde o recebimento de uma correspondência do remetente, ao envio , a té a sua entrega nas mãos ou na casa do destinatário (triagem, postagem, malotes, via terrestre, marítima e aérea) dentre outras. Ao retornar à sala de aula, forme grupos solicitando deles o registro das informações coletadas na agência dos Correios. Solicite um relator de cada grupo. À medida em q ue cada relator fizer suas colocações, anote no quadro e vá acrescen tando os dados novos fornecidos pelos outros relatores. Dessa forma, o professor será de capaz de perceber o que foi aprendido efetivamente até esse processo.

6ª aula  Na medida em que as cartas forem chegando a seus destinatários, fazer uma discussão com o grupo sobre as ocorrências que aparecerem: extravio, endereço escrito errado, carta que voltou ao remetente, atraso e outros.

Recursos Complementares

Acredito que essas aulas trarão grandes oportunidades de se romperem barreiras territoriais e virtuais, portanto, o professor poderá continuar o processo fazendo com que os alunos troquem correspondências com alunos, autoridades, celebridades e outras pessoas de outras cidades, estados e até países. Por que não pensar na escrita de uma carta coletiva ou individual sobre alguma coisa que eles achem interessante na escola, algum problema que queiram resolver, deflagrar uma campanha entre os colegas de outras turmas... Pense em possibilidades. (Não se esqueça de incentivar, ao longo de todo o processo, a discussão, a reescrita dos textos, o cuidado com a escrita clara, objetiva e de acordo com as normas de ortografia e de estruturação textual.) 
Sugiro também, que o professor ilustre as aulas com o filme “Central do Brasil” ou trechos dele. No filme, a personagem Dora (Fernanda Montenegro) escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil.  Explorar com o alunos a importância que a escrita assume mesmo para as pessoas que são analfabetas e o papel dos escribas para tornar mais amena a vida dos que estão distantes de seus entes queridos. Há também um filme "Nunca te vi, sempre te amei" que explora a comunicação por e-mails entre duas pessoas rivais nos negócios, mas que, se conhecem por e-mails, e acabam descobrindo que se amam.

Avaliação

Acompanhar os alunos em todo o processo de produção das cartas, o preenchimento dos envelopes (quando o fizerem sozinhos), avaliar em que medida a atividade está sendo significativa ou não para eles,quais as dificuldades encontradas e por que elas acontecem. Todo o processo deverá se acompanhado bem de perto para que sejam feitas intervenções adequadas ao aprendizado necessário.
Na produção de texto deles, avaliar como os alunos usam os recursos de coesão e de coerência gramatical; parágrafos, fechamento do texto e se conseguiram perceber quais são as especificidades que caracterizam o gênero carta pessoal.
Observar se houve uma autonomia progressiva na produção escrita dos textos ao longo do projeto e, por fim, destacar se houve uma aproximação maior entre os colegas após essa interação.
É interessante pedir aos alunos que pensem o que aprenderam sobre esse conteúdo escolar. Retome os objetivos propostos inicialmente . Após esse relato sobre as experiências e a avaliação de sua execução, peça aos alunos que façam pequenos textos, pode ser em dupla, trios ou como desejar,avaliando os problemas e/ou dificuldades que encontrarem ao longo do processo e sugerindo (COMO SE FOSSEM PROFESSORES) estratégias de superação.

O confronto de posições é importante para que percebam diferentes possibilidades de viver, avaliar e solucionar problemas.
Esses textos podem ser discutidos em sala e o mais importante: o resultado dessa interlocução possibilitará ao professor (re)pensar a sua prática e as escolhas pedagógicas que faz. Ao aluno, poderá auxiliar na percepção de que a sua participação numa aula é fundamental para a construção do diálogo com o professor e os colegas e de novos saberes. O espaço/tempo da aula torna-se dinâmico, com sujeitos envolvidos numa proposta real de trabalho:escrever e ler com fins de comunicação e interação social.

Opinião de quem acessou

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