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Refletindo a pirâmide etária brasileira por meio da análise e discussão da sua representação gráfica – Parte 1

 

19/09/2013

Autor e Coautor(es)
LEONARDO DONIZETTE DE DEUS MENEZES
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Éderson de Oliveira Passos, Antomar Araújo Ferreira, Angela Cristina dos Santos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Fundamental Final Matemática Tratamento da informação
Ensino Médio Matemática Análise de dados e probabilidade
Ensino Médio Matemática Tecnologia para a matemática
Ensino Médio Geografia Organização e distribuição mundial da população
Ensino Fundamental Final Geografia Estado, povos e nações
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos, conforme habilidade H26 da matriz de referência de Matemática e suas Tecnologias do ENEM;
  • Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas, conforme habilidade H4 da matriz de referência de Matemática e suas Tecnologias do ENEM;
  • Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas, conforme habilidade H14 da matriz de referência de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
Duração das atividades
2 a 3 horas/aulas (50 minutos cada)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Leitura e interpretação de gráficos;
  • Acessar, navegar e explorar recursos online na Internet.
Estratégias e recursos da aula

Recursos Materiais

  • Computadores com acesso à Internet.
  
 
Professor, inicialmente, para motivar os alunos a realizarem as atividades sugeridas, suscite o seguinte questionamento: 

 

– O que é uma pirâmide?

 

Comentário: Permita que os alunos exponham seus pontos de vista, a expectativa é que eles relacionem a palavra “pirâmide” às construções egípcias e/ou aos poliedros.

 

Questione ainda:

 

– O que é uma pirâmide etária? Ou pirâmide populacional?

 

Comentário: Permita que os alunos exponham seus pontos de vista. Caso necessário, oriente os alunos a realizarem uma busca na Internet quanto à definição do termo. Espera-se que os alunos cheguem a uma definição próxima à de que: Pirâmide etária é uma representação gráfica da distribuição populacional dos sexos masculino e feminino por idades em que o desenho piramidal depende do percentual de pessoas em cada faixa etária. Nela, o eixo vertical representa as idades e, o horizontal, os valores absolutos ou percentuais correspondentes a cada uma das faixas etárias segundo o sexo (MASUMECI, 2005).

 

Em seguida, solicite que os alunos acessem o endereço: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/default.php?cod1=0&cod2=&cod3=0&frm=piramide>. Acesso em: 8 set. 2013. Nele é possível gerar a visualização gráfica de dados estatísticos sobre a população brasileira, inclusive a pirâmide etária atual, conforme ilustração a seguir (Figura 1).

 

Figura 1: Pirâmide etária atual.
Pirâmide etária atual

           

Nesse mesmo endereço é possível alterar para o ano 2000 a visualização gráfica da pirâmide etária brasileira. Para isso, solicite que os alunos alterem o ano de referência, no campo indicativo do ano, conforme destacado na figura a seguir (Figura 2).

 

Figura 2: Pirâmide etária referente ao ano 2000.
Pirâmide etária referente ao ano 2000

 

Comentário: Aconselha-se ao professor orientar os alunos a gerarem a visualização gráfica das duas pirâmides etárias em duas janelas de visualizações distintas. Para isso, os alunos podem abrir o navegador de Internet duas vezes, gerando, assim, duas janelas diferentes para poderem acessar o endereço indicado e gerarem as visualizações gráficas. Enquanto em uma janela se exibe o gráfico referente aos dados de 2010, na outra, os alunos devem alterar o ano e aguardar que o site gere o gráfico referente aos dados de 2000.

 

Após completar o processo de visualização, julga-se importante que o professor instigue os alunos a analisarem características dos gráficos. Para isso, recomenda-se a realização da sequência de questionamentos a seguir:

 

– Quais diferenças são percebidas entre a pirâmide etária atual e a do ano 2000?

 

Comentário: Permita que os alunos exponham seus pontos de vista, a expectativa é que eles percebam, por exemplo, que a pirâmide de 2010 possui a base menor do que a de 2000 ou que a pirâmide de 2010 possui o topo mais largo do que a de 2000. Ou ainda, que a pirâmide de 2010 é mais convexa que a anterior.

 

Aconselha-se ao professor a realização de outros questionamentos, tais como:

 

– O número de crianças nascidas em 2010 é maior ou menor do que em 2000?

 

– O que ocorreu, quanto ao gênero, com o número de nascimentos ao longo dos anos?

 

Quando nasceram mais meninos?

 

Quando nasceram mais meninas?

 

Comentário: Permita que os alunos exponham seus pontos de vista, a expectativa é que eles percebam que o número de nascimento diminuiu, conforme apontam os dados oficiais, “o número de nascimentos no País reduziu de 3,2 milhões em 2000 para 2,8 milhões em 2010, confirmando a tendência de queda da natalidade na década” (BRASIL, 2012, p. 15). Porém, no nascimento, o número de meninos é maior do que o número de meninas.

 

– Em relação ao gênero, masculino ou feminino, a partir de que idade invertem-se os números?

 

Quando há mais mulheres do que homens?

 

– Em sua opinião, quais fatores influenciam a redução no número de homens em relação ao número de mulheres, já a partir dos 15 a 29 anos?

 

Comentário: Permita que os alunos exponham seus pontos de vista, a expectativa é que eles percebam que o número de mulheres iguala-se ou torna-se maior que o de homens já a partir da faixa etária entre 20 e 24 anos em ambas as pirâmides etárias. Para justificar esse fenômeno, o professor pode citar estudos que apontam que:

Ao longo de toda a última década, foi observada maior proporção de óbitos entre homens do que entre mulheres na faixa etária adulta, especialmente até os 29 anos de idade. Diversos estudos mostram que as causas externas de mortalidade (acidentes e violências) são extremamente importantes entre os adultos, especialmente para homens jovens (BRASIL, 2012, p. 186).

 

Comentário: O professor pode, ainda, solicitar que os alunos realizem uma busca na Internet sobre as taxas de acidentes e morte entre os jovens e compare os dados segundo os gêneros masculino e feminino. Assim, espera-se que os alunos encontrem notícias com um número maior de taxas de mortalidade entre jovens do sexo masculino do que do sexo feminino.

 

– Quanto ao topo da pirâmide etária, quais diferenças são percebidas entre os gráficos dos anos 2000 e 2010?

 

– Na terceira idade, com relação ao gênero, há mais mulheres ou homens idosos?

 

Comentário: Permita que os alunos exponham seus pontos de vista, a expectativa é que eles percebam que “o envelhecimento da população é um fenômeno mundial. Em 2020, pela primeira vez na história da humanidade, o número de pessoas com 65 anos ou mais superara o de crianças com idade igual ou inferior a 5 anos” (BRASIL, 2012, p. 211). Outra consideração que deve ser feita é que

As mulheres vivem mais do que os homens, e esta diferença imprime uma importante característica as populações envelhecidas, que e a sua feminização. [...] No Brasil, as mulheres ao nascer esperam viver 7,6 anos a mais do que os homens. [...] Essas diferenças entre sexos são devidas a uma combinação de fatores biológicos, ambientais e comportamentais (BRASIL, 2012, p. 211-212).

 

Como atividade final, solicite que os alunos produzam um texto dissertativo sobre o assunto estudado (pirâmide etária), abordando as estimativas e projeções sobre o envelhecimento e feminização da população brasileira, as taxas de natalidade e mortalidade entre os jovens, considerando as características de idade segundo o gênero.

 

Comentário: Os questionamentos para análise das pirâmides populacionais são apenas sugestões. Vale ressaltar que outras possibilidades podem ser exploradas pelo professor, assim, abordar questões sobre diferenças regionais, ou ainda, explorar notícias que abordem questões quanto ao envelhecimento da população, expectativa de vida, taxa de natalidade, mortalidade infantil, incidência e taxa de mortalidade violenta de jovens e assim, comparar com o gráfico, a fim de constatar a veracidade das notícias.

 

 

 ENRIQUEÇA SUA AULA

 

Acredita-se que a presente proposta possa ser mais bem explorada se for trabalhada de forma interdisciplinar com professores de Geografia e de Ciências abordando, por exemplo, questões envolvendo a saúde, o aumento da expectativa de vida, os fatores que influenciam a caracterização demográfica de uma população, entre outras.

 

 

Referências

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.

 

MASUMECI, Leonarda. Matemática, primeira série, ensino médio: fichas de matemática e cidadania. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2005 (Multicurso. Coleção completa, v.8). 

Recursos Complementares

Recomenta-se, ainda, como leituras complementares aos professores, os seguintes textos:

 

  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. Os capítulos individuais da publicação estão disponíveis em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Fev/21/>. Acesso em: 8 set. 2013.

 

 

Avaliação

Recomenda-se no processo de avaliação que o professor observe o interesse, a motivação e o envolvimento dos alunos na realização das atividades, na discussão e emissão de opinião durante os questionamentos propostos.

O professor pode, ainda, adotar como critério avaliativo formal a elaboração textual dos alunos que pode, ainda, ser socializado oralmente com a turma.

É importante que todo o processo avaliativo possibilite ao professor perceber se os objetivos pretendidos inicialmente foram alcançados e quais as mudanças necessárias a serem adotadas em situações semelhantes posteriores para que os objetivos sejam conseguidos.

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