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LEITURA: UNI DUNI TÊ, O SORVETE QUEM ESCOLHE É VOCÊ

 

02/12/2009

Autor e Coautor(es)
Maria Auxiliadora Cunha Grossi
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UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberlândia

Aparecida Clemilda Porto

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua oral: valores, normas e atitudes
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

a) formar-se leitor por meio da prática sistemática de leitura de textos poéticos; b) interagir com os diferentes grupos da comunidade escolar; c) aprender a declamar textos de maneira a vocalizá-los, obtendo conhecimentos como: altura e tom de voz, ritmo, pausas, expressão corporal; d) desenvolver habilidades de leitura por meio da expressão oral individual e coletiva; e) desenvolver uma “escuta encantada e sensível” por meio da leitura de poemas.

Duração das atividades
5 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O conteúdo a ser desenvolvido não requer conhecimentos prévios, pois considera-se que os alunos já ouvem histórias e vivenciam a audição/leitura de textos poéticos antes mesmo de ingressarem na escola.

Estratégias e recursos da aula

1) Bibliografia – Banco de Dados de Literatura.

Os sites seguintes poderão orientar o professor sobre publicações, resenhas e comentários de livros sobre a Literatura Infanto-juvenil. São portais com links de interesse para a Literatura Infanto-Juvenil e a Literatura Brasileira.

Acesse os links: www.dobrasdaleitura.com.br
www.amigosdolivro.com.br
www.literaturabrasileira.ufsc.br

2) Pesquisa a diferentes bibliotecas e livrarias.

Aula 1

Atividade 1: Leitura individual de textos poéticos

O professor deve, previamente, preparar o espaço da biblioteca, buscando apoio do bibliotecário para fazer uma seleção prévia do acervo de diferentes livros de literatura, dentre eles os de poema. O espaço também deve ser organizado de maneira a propiciar um ambiente agradável para a leitura. Em uma banca ou mesa, dispõem-se livros de poemas e narrativas poéticas para público diverso e que possam interessar aos alunos. Esta primeira atividade será para conhecimento da bibliografia disponível.

Aula 2
Atividade 1

Seleção dos textos/ Criação de uma bibliografia

Em grupos de cinco alunos, na biblioteca, os alunos deverão selecionar textos que julgarem interessantes para serem lidos em voz alta e/ou declamados; trocar opiniões e comentários com os colegas sobre os textos escolhidos, adequando os temas e textos às faixas etárias; manifestar suas escolhas quanto a declamar textos para crianças, ou para os jovens e/ou adultos. Tais escolhas, no entanto, não excluem a possibilidade de que determinado texto, considerado mais apropriado ao público infantil, possa ser declamado para os jovens e/ou adultos, e vice-versa.


Aula 3

Atvidade 1

Motivação: Como declamar, contar histórias? O que eu preciso saber?

Para motivar a leitura e possibilitar o amadurecimento do grupo no que diz respeito à tarefa de falar textos em público, o professor pode contar histórias e declamar poemas para os alunos, fazendo com que eles se posicionem em situação de ouvintes. Pode convidar também alguém da escola, ou a contadora de histórias da biblioteca, uma pessoa da comunidade escolar que tenha experiência com contação de histórias ou declamação de poemas, ou mesmo algum profissional da área que possa falar os textos para os alunos. O objetivo é que os alunos experimentem e conheçam técnicas de contação e declamação, e que dialoguem com essas pessoas para tomarem conhecimento de procedimentos e performances como:

a) a colocação, a altura, a intensidade e o timbre da voz;
b) a projeção da voz no texto;
c) a projeção da voz em direção ao público;
d) as diferenças entre o texto lido e o texto falado;
e) a expressão do corpo na leitura.

Além de tomarem conhecimento destas questões, outras orientações podem ser propostas pelos contadores e declamadores, tais como:

a) contar história ou declamar um poema é o mesmo que fazer teatro?
b) como estabelecer estes limites?
c) podemos adaptar o texto? Ou devemos ser fiéis a ele?
d) como contar lendo?
e) como contar sem ler?
f) mostrar a ilustração enquanto conta a história quebra o ritmo?
g) devo utilizar recursos ao contar histórias, como ilustrações, fantoches, música, instrumentos musicais?

Estes momentos interativos vão respondendo a essas questões. Declamar um texto envolve importantes interações do leitor com a obra e com o ouvinte. O texto, por si, não pode garantir uma receptividade satisfatória, sendo fundamentais as maneiras como o texto é comunicado.

Aulas 4 e 5

Ativ idade 1 - Atividades d e leitura: Interação c om o público

Fei ta a seleção, os tex tos são lidos em sala de aula. Os alunos começam o contato com o público declamando textos para as diferentes séries, durante o horário das aulas. Alunos de 8º. ano declamam para os de 7º; estes para os de 6º. e estes para os de 5º. E, assim, vai-se criando uma rede de declamadores que prepara para falar textos, desenvolvendo a prática da leitura coletiva, socializada.
À medida que vão lendo os textos, os alunos vão se familiarizando com eles, seja pelo tema, ou pela melodia, pelo ritmo ou pela força das palavras que exigem uma fala mais expressiva, mais gestual, ou seja mesmo pelo romantismo de alguns textos e, ainda, pelo fato de o texto escolhido apelar para a atenção do ouvinte, chamando- o a um diálogo. Enfim, as razões da escolha podem abranger desde o interesse pelos temas propriamente ditos até a relação afetiva emissor/texto, que, muitas vezes, torna a fala quase que uma conversa com o ouvinte. Alguns alunos optam por ler poemas infantis e também contar histórias para as crianças dos anos iniciais. Outros preferem contar histórias e declamar poemas para os 1os, 2os e 3os anos. Assim, o gosto pela leitura de poemas e narrativas infantis vai crescendo. Outras interlocuções serão criadas: alunos que declamam para alunos, que declamam para as cozinheiras da escola, que declamam para os professores, que declamam para as secretárias, que declamam para os funcionários, formando, assim, uma grande rede de declamadores, dentro da escola. Abaixo, seguem fotos que ilustram o trabalho de declamação de poesias na escola.

Alunos declamam poesias para as cozinheiras

Poesias são declamadas na reunião de professores

Alunos do 8º ano declamam na sala da Direção

             

      Crianças da Educação Infantil ouvem histórias                                  

No Espaço Cultural, aluna do 8º ano conta histórias

Eco-pilotagem: poesias nos corredores

(Estas aulas foram geradas a partir de um Projeto de Leitura desenvolvido, durante o ano de 1997, com a execução dos trabalhos por duas turmas de 8º ano. Referências completas sobre a pesquisa, cf. (GROSSI, Maria Auxiliadora Cunha. Elementos para uma pedagogia do poético: métodos e práticas para uma comunicação dos sentidos. Dissertação de Mestrado. ECA/USP – 1999)

Avaliação

Esta proposta inclui amplas possibilidades de avaliação que vão desde observar o desempenho do aluno nas atividades de leitura e vocalização dos textos, da expressão oral e corporal, até a sistematização e reorganização das etapas das atividades.

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 1 classificações

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Opiniões

  • Rosinei, Prefeitura Municipal de Curitiba , Paraná - disse:
    rosineizagonel@gmail.com

    21/08/2011

    Cinco estrelas

    Excelente iniciativa e evidente paixão pelo ensino: elementos fundamentais para o sucesso com os estudantes adolescentes. Só quem tem experiência com essa faixa etária sabe o quanto é preciso fazer e amar o que se faz, para conseguir o interesse dos alunos e, principalmente , bons resultados. Parabéns!


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