Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR AULA
 


NEM MELHOR NEM PIOR: SOMOS IGUAIS E DIFERENTES

 

21/08/2009

Autor e Coautor(es)
Marta Regina Alves Pereira
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Liliane dos Guimarães Alvim Nunes; Lucianna Ribeiro de Lima; Gláucia Costa Abdala Diniz; Fátima Rezende Naves Dias.

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- As diferenças entre meninos e meninas, homens e mulheres não podem ser usadas para menosprezá-los.
- A diferença entre as pessoas é algo valioso, necessário e deve ser estimulado.

Duração das atividades
2 aulas de50 min
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Estratégias e recursos da aula

COMENTÁRIOS PARA AS/OS PROFESSORAS/ES:

Todas as vezes que nós julgamos que os meninos são naturalmente mais desorganizados que as meninas ou que as meninas são mais dóceis que os meninos nós estamos praticando o sexismo. Se reagimos prontamente ao ver um menino empurrando uma menina e fingimos não perceber quando o oposto acontece, da mesma forma estamos sendo sexistas. A questão é que essa forma de lidar com a suposta realidade das coisas já está tão enraizada em nossa cultura que muitas vezes, mesmo sem querer, contribuímos para sua manutenção. Na escola, o sexismo aparece escancarado nas relações interpessoais, nos livros didáticos, nas aulas de educação física, nos livros de literatura, nas brincadeiras durante o recreio, enfim, em todas as formas de interação presentes. Combater o sexismo contribui para transformar as relações entre meninos e meninas, homens e mulheres no sentido de torná-las mais igualitárias.
Sexismo: é o preconceito relacionado ao sexo.

ESTRATÉGIA:

Como aquecimento para a aula, lance a seguinte pergunta para as crianças: Por que os meninos crescem mais que as meninas?

A intenção é provocar um estranhamento e obrigar as crianças a buscarem argumentos que confirmem, neguem ou relativizem a afirmação contida na pergunta. O importante aqui é que as crianças considerem os argumentos dos/as colegas e se posicionem concordando ou discordando deles.

Após um tempo de discussão, escolha um menino e uma menina para virem à frente da sala. Estimule os/as demais colegas a compararem as duas crianças estabelecendo semelhanças e diferenças entre elas. Faça um registro no quadro para que possam ler depois e observar se apareceram mais semelhanças ou mais diferenças. Se as semelhanças foram em número maior converse sobre o quanto na verdade somos todos mais parecidos uns com os outros, do que diferentes. Se as diferenças se sobressaíram procure refletir com a turma se essas diferenças atrapalham ou contribuem para o relacionamento entre as duas crianças em questão.

Ouça os argumentos das crianças, contra argumente, questione, ajudando-as a perceberem as vantagens das diferenças em um relacionamento. Quando sentir que a proposta já foi bem explorada ou que a turma perdeu o interesse pela atividade, proponha uma outra ação:
- Diga às crianças que vocês vão agora trabalhar com a imaginação. Peça para imaginarem-se em um grupo de 6 amigos, três meninos e três meninas, que foram fazer um passeio numa reserva florestal e se perderam. Não sabem como voltar para encontrar os adultos que organizaram o passeio. Cada um deverá identificar uma habilidade pessoal que poderia ser utilizada para conseguirem passar a noite na floresta. Diga as crianças: pode ser, por exemplo, que você sobe facilmente em uma árvore. Isso seria útil nesta situação? Se julgar que sim, então escolha isso para fazer. Cada criança só poderá escolher uma forma de ajudar. Entregue um pedaço de papel e peça que cada uma anote o que pode fazer.

Peça agora às crianças que formem grupos de 6 e cada uma lê para os/as colegas o que pensou em fazer para passarem a noite na floresta. O grupo deverá organizar todas as ações que fariam se estivessem juntos e anotá-las numa folha de papel. Assinar e entregar para a/o professora/or.
. Professora/or essa atividade pode ser interrompida aqui caso não possam continuar. Não há prejuízo algum se for necessário prosseguir com a aula em outro momento.

Continuando: Relembre com ajuda das crianças a atividade iniciada anteriormente, inclusive lembrando algumas falas das crianças. Informe que vocês irão finalizá-la.
Retome a formação dos grupos, entregue a folha de papel com as ações que eles listaram na aula anterior. Cada grupo irá ler o que listou para os/as demais colegas (socialização).
Professora/or, agora, juntamente com as crianças, façam uma apreciação de ca da grupo. Qual deles tem mais chance de passar a noite na floresta da melhor forma e por que. Provavelmente, o que irão concluir é que onde apareceram habilidades diferentes, somando esforços para resolver a situação, maior a chance de alcançar o objetivo. Exatamente como na situação contada no texto "Nada de pânico", que segue abaixo: (entregue um texto para cada criança).
Leia o texto você mesma/o ou convide algumas crianças para fazer a leitura em voz alta enquanto os/as demais acompanham.

Nada de pânico

Jéssica, Caio, Bruno, Paulo e Juliana se perderam numa floresta. Faz três horas que tentam achar o lugar marcado para se encontrar com seus pais. Depois de um momento de pânico, Caio sugere:
- Vamos manter a calma. Não chegaremos a lugar nenhum esta tarde. Se continuarmos andando, ficaremos cansados e sem energia. Acho melhor a gente parar e acampar aqui mesmo. Mas não sei muito bem o que fazer para passar uma noite tranquila.
- Eu sei – diz Jéssica. - Fiz um curso de sobrevivência na selva. Deve servir para alguma coisa. Vamos pegar galhos e gravetos para acender uma fogueira e construir um abrigo. E devemos dormir todos juntos, um encostado no outro.
- Ainda bem que eu sempre carrego um isqueiro e um canivete suíço. Assim, não vamos ficar na mão - diz Bruno.
Juliana, que estuda numa escola de circo, se propõe a subir numa árvore e pegar alguns galhos. Paulo aprendeu com seu pai, que é botânico, a reconhecer plantas comestíveis e resolve procurar algumas, para que a turma não morra de fome. E parece que também ouviu um barulho de água perto dali. Talvez possa encher o cantil.
(Fonte: livro da coleção Cara ou Coroa: Filosofia para crianças. Título do volume: Os meninos e as meninas de Brigitte Labbré e Michel Puech. São Paulo: Scipione, 2004).

Avaliação

- Pergunte aos/as alunos/as que conclusões podem ser tiradas após a realização desta atividade.
- Questione os/as alunos/as como cada um dos personagens da história contribuiu com o grupo. Procure refletir se houve ações mais importantes do que outras, ou ainda se as ações feitas pelos meninos da historia poderiam ser feitas pelas meninas e vice-versa. Por exemplo, se o fato de Juliana ser menina a ajuda ou a atrapalha a subir em árvores. Enfim, retome a reflexão sobre sexismo e discuta com os/as alunos/as as diferentes contribuições que cada personagem trouxe para o grupo naquela situação.

Opinião de quem acessou

Sem estrelas 0 classificações

  • Cinco estrelas 0/0 - 0%
  • Quatro estrelas 0/0 - 0%
  • Três estrelas 0/0 - 0%
  • Duas estrelas 0/0 - 0%
  • Uma estrela 0/0 - 0%

Denuncie opiniões ou materiais indevidos!

Sem classificação.
REPORTAR ERROS
Encontrou algum erro? Descreva-o aqui e contribua para que as informações do Portal estejam sempre corretas.
CONTATO
Deixe sua mensagem para o Portal. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.