21/10/2013
Eliana Dias; Lazuíta Goretti de Oliveira.
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Falar e escutar |
Educação Infantil | Arte Visual | O fazer artístico |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Práticas de escrita |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Práticas de leitura |
Conhecimentos básicos de leitura, escrita e desenho.
Recursos:
As crianças trazem para o exterior sua compreensão acerca do meio em que vivem – sociedade, família, escola, amigos – por meio da imitação criativa. Nesses momentos, podem assumir o papel de mãe, tia, irmão, pai, madrasta, assim como praticar atos morais de coragem, medo, tristeza, alegria, dor e reorganizar suas compreensões e impressões acerca desses elementos, segundo os ensinamentos de Vigotski.
Nos contos aparecem seres encantados e elementos mágicos pertencentes a um mundo imaginário com o qual todas as crianças se encantam. Por meio da linguagem simbólica dos contos, a criança pode construir uma ponte de significação entre o mundo exterior e seu mundo interior, aprendendo valores, refletindo sobre suas ações, desenvolvendo seu senso crítico, sua criatividade e sua expressão.
Assim, fazer uso dos contos e da imaginação das crianças no dia a dia da sala de aula é um momento de alegria que traz satisfação a toda a turma.
A proposta deste momento de aula é a leitura do conto popular da Dona Baratinha, escrito por Ana Maria Machado.
Assim, escolha um ambiente agradável para se ouvir uma história – sugestões: debaixo de uma árvore, na sala de aula, na biblioteca - fique a vontade nesta escolha.
Se sua escola não tem o livro, aqui está um site que oferece uma lista de vários locais que o vendem.
http://bemrapido.buscape.com.br/prod_unico?idu=1853225205 . Acesso em: 19 out 2013.
Caso a aquisição do livro não seja possível, ele se encontra disponível na internet no modelo PDF.
http://static.schoolrack.com/files/5458/316972/historia-da-dona-baratinha1.pdf . Acesso em: 19 out 2013.
Imagens disponíveis em: http://encantamentosdaliteratura.blogspot.com.br/2010/03/dona-baratinha-ana-maria-machado.html. Acesso em: 19 out 2013.
Diga às crianças que hoje ouviremos um conto.
O que é conto?
É uma obra de ficção, ou seja, não aconteceu de verdade, que cria um universo de seres e acontecimentos, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador e personagens. Os personagens do nosso conto serão a Dona Baratinha e seus possíveis maridos – boi, cavalo, cachorro, bode, carneiro, gato, galo, papagaio e o ratinho.
Conte a história da Dona Baratinha. Depois conduza as crianças a pensarem sobre a história, faça questionamentos como:
No segundo momento da aula serão realizadas atividades escritas de interpretação de texto. Abaixo há algumas sugestões; escolha de acordo com o nível de alfabetização em que seus alunos se encontram e faça as cópias necessárias.
Imagem disponível em: http://brunoeefgustavobarroso.blogspot.com.br/2013/07/livro-historia-da-dona-baratinha-e.htm. Acesso em: 19 out 2013.
Imagem disponível em: http://brunoeefgustavobarroso.blogspot.com.br/2013/07/livro-historia-da-dona-baratinha-e.html. Acesso em: 19 out 2013.
Imagem disponível em: http://brunoeefgustavobarroso.blogspot.com.br/2013/07/livro-historia-da-dona-baratinha-e.html. Acesso em: 19 out 2013.
Procure perceber neste momento se as crianças compreendem e conseguem realizar a interpretação do conto popular da Dona Baratinha.
O processo de construção da linguagem escrita é constituído de várias etapas, entre as quais um dos pressupostos para esta conquista é o desenho. Na medida em que o desenho da criança evolui, evolui também seu pensamento acerca dos signos, ou seja, estabelece-se o entendimento além da linguagem oral.
A proposta do desenho com interferência é que as crianças o completem, desenhando a partir do fragmento da ilustração colada sobre o suporte.
Depois que os alunos ouviram a história e realizaram as atividades de interpretação de texto, peça-lhes que retratem a história na folha abaixo. No meio da folha cole um laço de fita, como da imagem abaixo:
Imagem disponível em: http://www.viacertanet.net/wp-content/uploads/2013/06/lacos-de-fita-3.jpg. Acesso em: 19 out 2013.
Este é o modelo de folha para desenho com Interferência:
Imagem criada pela formadora no Paint.
Depois de colar o laço deverá ficar assim:
Imagem criada pela formadora no Paint.
Quando a Dona Baratinha resolveu que iria se casar com o Senhor Ratinho, como os animais da floresta foram avisados do casamento?
Conduza a resposta para que as crianças lembrem-se da importância de um convite e quais são os dados que deverão estar presentes no convite.
Que tipo de convite – de casamento, de aniversário, para um lanche ou para um jantar, etc.
Preencha o convite abaixo com os alunos
Imagem criada pela formadora no Paint.
Para enviar os convites a Dona Baratinha deverá fazer uma lista de convidados. Solicite aos alunos que façam a lista de convidados do casamento.
_ Agora que já sabemos como fazer um convite teremos que fazer a lista de convidados do casamento! (Faça a lista junto com as crianças no quadro.)
Fale sobre a ordem alfabética que foi utilizada para fazer a lista e sobre o porquê devemos fazer listas para os convites ou para outras atividades na vida cotidiana. Sem a lista podemos nos esquecer-nos de convidar alguém, ou de algum item importante! Lembre da lista de materiais escolares, das listas de compras no supermercado (coisas que pertencem ao cotidiano das crianças).
Imagem criada pela formadora no Paint
Inicie com as seguintes perguntas:
Qual era a comida preferida do Senhor Ratinho da História da Dona Baratinha?
Quem sabe o que tem na feijoada? Ou no caldo de feijão?
Juntamente com as crianças liste os ingredientes no quadro e questione sobre como é feito o caldo. Assim, aborde a estrutura de uma receita, que deve ter ingredientes e modo de preparo.
Aplique as atividades abaixo:
Imagem disponível em: http://pedagogasdapaz.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html. Acesso em: 19 out 2013.
Assista ao vídeo abaixo com os alunos. Neste vídeo, a história é contado por Vovó Tata e é uma versão diferente da apresentada aos alunos.
Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=FRvLgeUEVMc. Acesso em: 19 out 2013.
Depois, questione:
Leia também esta versão que está disponível no link abaixo:
http://valarteehabilidade.blogspot.com.br/2013/07/varias-pecas-teatrais-dona-baratinha.html. Acesso em: 19 out 2013.
DONA BARATINHA
Era uma vez, no tempo em que os bichos falavam, uma baratinha muito trabalhadeira. Ela gostava de manter sua casinha sempre limpa e em ordem. Um dia, ela estava varrendo a casa, quando encontrou, atrás da porta, três moedas de ouro. Mobiliou de novo a casa inteira e ainda sobrou dinheiro. Quando já não sabia mais o que comprar, Dona Baratinha guardou o resto do dinheiro dentro de uma caixinha. Agora que estava rica e elegante, que tinha uma casa com mobília novinha e um lindo enxoval guardado no baú, Dona Baratinha achou que estava na hora de se casar. À tardezinha, vestiu as roupas mais bonitas, fez um belo penteado com um lindo laço de fita e, toda perfumada, foi para a janela esperar os pretendentes. Ela cantava:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O primeiro a aparecer foi o cavalo, o animal mais elegante da cidade. Ao ver Dona Baratinha na janela, toda bonita e perfumada, o cavalo a cumprimentou com educação, e ela aproveitou para cantar:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
- Oh! Tão linda senhorita, claro que quero!
- Diga primeiro, cavalo, como é que você faz quando dorme?
O cavalo se preparou, estufou o peito e deu um relincho tão forte que Dona Baratinha, assustada, respondeu:
- Deus me livre de tal noivo, relinchando dessa maneira. Terei sustos o dia todo e medo a noite inteira!
Triste, de orelhas caídas, lá se foi o cavalo, afastando-se pela estrada. Dali a pouco, Dona Baratinha viu aproximar-se, com passos lentos, um boi. Ela cantou sua música.
-“Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”
- Muuuuuu! Eu quero me casar com a Senhora Dona Baratinha!
- Deus me livre de tal noivo! Que barulho assustador! E lá se foi, desiludido, o pobre boi. Depois do boi, apareceu o cachorro. O candidato era valente, esperto, alegre, mas ela não deixou de lhe fazer a mesma pergunta.
- Diga primeiro, cachorro, como é que você faz quando dorme?
_ Au, au, au!
- Não, não e não! Desse jeito não conseguirei dormir. E ali ficou ela mais um tempão, debruçada na janela, cantando sua canção. De repente, viu desfilar à sua frente um charmoso gato branco.
- Que belo gato! – disse ela
E cantou para ele:
-“Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”
E o gato disse: - Que maravilha de senhora, claro que aceito.
- Diga primeiro, gato, como é que você faz à noite ao dormir?
O gato soltou um miado tão fino que Dona Baratinha até tremeu de susto.
- Deus me livre de tal noivo, miando dessa maneira! Dona Baratinha ficou desanimada. Não aceitou nenhum dos bichos como noivo. Já estava quase desistindo da idéia de arranjar um noivo, quando viu Dom Ratão virar a esquina. Ele vinha todo elegante. Assim que passou debaixo da janela, Dona Baratinha resolveu fazer mais uma tentativa e cantou sua canção:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O rato, ouvindo, respondeu rapidamente: - Oh! Linda, maravilhosa e perfumada senhora, claro que aceito. Então, ela lhe pediu que mostrasse como era o barulho que ele fazia à noite. O rato fez para a futura noiva ouvir o seu “Qui... qui... qui...” suave. Dona Baratinha apreciou a voz do rato e foram, então, combinar a data do casamento. Providenciaram tudo – convites, enfeites, trajes – e marcaram o casamento para dali a dois dias. Dona Baratinha e Dom Ratão contaram com a ajuda de vários parentes e amigos.
A bicharada recebeu o seguinte convite: NA IGREJINHA DA PRACINHA, NUMA BELA CERIMÔNIA, NO DIA 7, ÀS 10 HORAS, DONA BARATINHA E DOM RATÃO VÃO SE CASAR. ESTÃO TODOS CONVIDADOS. APÓS A CERIMÔNIA, HAVERÁ UMA BELA COMEMORAÇÃO, COM COMES E BEBES E UM DELICIOSO CALDO DE FEIJÃO.
Ah, o caldo de feijão! Ele transformou a vida de Dom Ratão. Vou contar a vocês o que foi que aconteceu. Logo de manhã, Dom Ratão foi direto para a casa da noiva. Sentou-se no sofá e ficou observando Dona Baratinha que, toda agitada, preparava um banquete delicioso para a festa de casamento. Acontece que Dom Ratão era muito comilão. Cada vez que a alguém passava à sua frente carregando alguma coisa gostosa, os olhos dele ficavam arregalados de gula. Ela estava preparando pratos tão deliciosos e do fogão vinha um cheiro tão agradável que a cada minuto Dom Ratão achava mais difícil resistir e continuar sentado no sofá. Até que, de repente, Dona Baratinha tirou da despensa, bem no focinho do noivo, um enorme pedaço de toucinho defumado. Esse era o prato preferido de Dom Ratão. Ele ficava louco quando via toucinho à sua frente. Acabou chegando a hora do casamento, e Dom Ratão não teve outro jeito senão dar o braço à noiva e sair para a igreja. No meio do caminho, entretanto, teve uma grande ideia. Virando-se para Dona Baratinha, disse:
- Esqueci as minhas luvas! É melhor você ir à frente que eu a alcanço depois.
Mal entrou na casa da noiva, foi diretamente para o fogão. Tão desesperado estava, com tanta gula, que se debruçou sobre a panela de feijão tentando apanhar o cobiçado pedaço de toucinho. Ao subir naquela altura, Dom Ratão ficou zonzo, escorregou... e bum! Caiu dentro da panela de feijão. Na igreja, a noiva e os convidados esperavam impacientes. Vendo que o noivo não aparecia, resolveram ir atrás dele. Correram até a casa e se cansaram de tanto procurar. Dom Ratão não estava em lugar nenhum. De repente, alguém gritou:
- Dom Ratão caiu na panela de feijão!
Foi aquela confusão: Dona Baratinha desmaiada e a bicharada desesperada! Com dois garfos, os cozinheiros suspenderam Dom Ratão pela cauda e ele saiu todo sujo de feijão. O guloso, porém, teve sorte, pois o feijão não estava muito quente. Ele saiu pingando feijão, todo sem graça e com muita vergonha. Dona Baratinha ficou muito triste. Ela chorava sem parar. Foi amparada por alguns convidados. Dom Ratão voltou à sala e pediu perdão a Dona Baratinha. Os amigos intercederam em favor dela, afinal ele tinha defeitos, mas tinha muitas qualidades também, e, assim, acabaram convencendo Dona Baratinha a perdoar o noivo.
A história não acabou...
Passada a tristeza Dona Baratinha voltou para a janela e, numa manhã ensolarada. Passou por ali o senhor Baratão.
- Olá Dona Baratinha. Quer casar comigo?
Dona Baratinha ficou animada, mas, antes de responder, perguntou:
- O senhor gosta de feijoada?
- Não, de jeito nenhum...
- Então, eu quero!
Acredite... desta vez houve casamento.
Agora Dona Baratinha e o Senhor Baratão esperam viver felizes... para sempre.
____ FIM____
Converse com os alunos sobre os diferentes finais que ouviram da história da Dona Baratinha e pergunte:
Proponha que os alunos criem um novo final para este conto!
E após a criação do novo final proporcione um momento de leitura dos diferentes desfechos.
Imagem criada pela autora da aula no Paint.
Sites que falam sobre o tema:
http://valarteehabilidade.blogspot.com.br/2013/07/varias-pecas-teatrais-dona-baratinha.html. Acesso em 19 out 2013.
http://aninhablaka.blogspot.com.br/2009/05/atividades-dona-baratinha.html. Acesso em 19 out 2013.
http://luisamatte.blogspot.com.br/2011/06/dona-baratinha.html. Acesso em 19 out 2013.
http://proluzinha.blogspot.com.br/2010/11/dona-baratinha.html. Acesso em 19 out 2013.
http://tudoporamaravida.blogspot.com.br/2009/10/teatro-de-fantoches-dona-baratinha.html . Acesso em 19 out 2013.
http://alfabetizandocomfantasia.blogspot.com.br/2009_07_01_archive.html. Acesso em 19 out 2013.
Durante as aulas, o professor deverá observar se as crianças:
Quatro estrelas 2 classificações
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08/09/2015
Cinco estrelasEXCELENTE!!!!!!!!!!!!!!!!
05/02/2014
Quatro estrelasparabéns!!! estamos trabalhando com o projeto "justiça e escola",essa sequencia didática veio de encontro ao que estava procurando. coordenadora da alfabetização e letramento