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“A questão da antropofagia para os indígenas tupinambás”

 

22/10/2013

Autor e Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Vinicius Garzon Tonet; Anna Flávia Arruda Lanna; Mauro Mendes Braga;

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Memória
Ensino Médio História Cultura
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Migrações, cultura e identidades
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Ensino Médio História Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Nesta aula, o aluno terá a oportunidade de compreender aspectos relacionados à antropofagia entre os indígenas tupinambás que viviam no território que, posteriormente, viria a ser o Brasil. O presente estudo fará com que o aluno entenda como se dava o ritual antropofágico e quais eram suas características primordiais, bem como suas funções sociais, políticas, culturais e religiosas no ambiente das aldeias. É fundamental que o aluno compreenda, ao fim da aula, a importância da antropofagia para o universo cultural do tupinambá. Outro aspecto importante da aula é o estudo de como os colonizadores portugueses lidaram com o ritual em questão. O professor deverá, ainda, ressaltar que esse ritual teve um contexto específico para o seu surgimento e que não é mais praticado pelos indígenas em questão.

Duração das atividades
Seis aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Seria interessante que os alunos já tivessem estudado o movimento de expansão marítima realizado por Portugal, uma vez que um dos objetivos da aula é tratar das impressões europeias a respeito da antropofagia. Contudo, a aula pode ser dada de maneira independente das demais matérias.

Estratégias e recursos da aula

DESENVOLVIMENTO

 

1ª. AULA

 

O professor deverá introduzir o tema em uma aula expositiva, demonstrando aos alunos a multiplicidade de grupos indígenas em território brasileiro e a maneira como se relacionavam, explicitando a grande importância da guerra entre as diferentes aldeias. Ressaltar a grande variedade cultural e linguística dos índios é fundamental para que o aluno abandone preconceitos formulados sobre os habitantes originais do Brasil. Explicar as estruturas sociais observáveis com maior constância entre os Tupinambás e introduzir a temática do ritual antropofágico como fundamental para a atribuição de sentido à vida pelos índios. É importante que o aluno compreenda que a antropofagia tem funções sociais, religiosas, culturais e políticas. A antropofagia afirma o caráter de guerreiro do indígena, leva-o para a terra sem males, agrega a aldeia em torno de um ritual e define o líder de um grupo.

Na segunda parte da aula, o professor procederá à leitura do poema “I-Juca Pirama”, de Gonçalves Dias, disponível no endereço eletrônico abaixo, utilizado aqui como recurso artístico didático para demonstrar como o ritual agregava a aldeia e conferia sentido à vida de índios em um determinado contexto histórico. A leitura dramática do poema, principalmente se feita em conjunto, por toda a sala, proporciona a interdisciplinaridade com a Literatura e possibilita ao aluno uma experiência que, provavelmente, não faz parte de sua rotina.

Endereço eletrônico:http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/GoncalvesDias/IJucaPirama.htm

 

2ª. AULA

 

A segunda aula deverá ser focada na dissonância entre a visão sobre a antropofagia dos primeiros portugueses no Continente Americano e dos próprios Tupinambás, como apresentado na última aula. Para isso, o professor poderá utilizar recursos imagéticos e documentos de época que representam o modo como os europeus encaravam o ritual antropofágico e debater com a turma, em forma de seminário, as impressões de cada um. Há diferenças entre o olhar do europeu e o olhar indígena sobre a prática?

Sugiro a divisão da sala em dois grupos, um assumindo o olhar português e o outro, o olhar indígena, para que se possa, na aula seguinte, fazer um júri simulado a respeito da questão antropofágica. O professor deverá pedir a cada grupo que elabore um relatório escrito a partir das discussões, como preparação para o júri simulado a ser entregue na quarta aula.

- Imagem 1: Deglutição Eucarística

Disponível em: http://www.biblioteca.templodeapolo.net/pesquisar_mais.asp?area=Idade%20Moderna&Topo=

 

- Imagem 2: Antropofagia indígena brasileira

Disponível em: http://people.ufpr.br/~lgeraldo/imagensindios.html

- Trechos do livro Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/96332854/Hans-Staden-Viagem-Ao-Brasil-PDL

 

3ª. AULA

 

Júri simulado debatendo a questão da antropofagia. O professor deverá orientar os alunos nas suas interpretações e interferir se achar que os conteúdos apresentam lacunas.

Ao final desta aula, o professor deverá organizar a turma em grupos para que possa ser realizado um festival de teatro apresentado aos familiares e aos demais alunos da escola, na data correspondente à sexta aula. As peças deverão ter cenas curtas (até dez minutos cada) e, como temática central, o ritual antropofágico. Os grupos poderão abordar o tema de diversas perspectivas: seja do olhar português ante a “barbárie” ou da lógica virtuosa do ritual para a aldeia, na época em que era realizado.

Os alunos deverão elaborar um esboço da peça a ser apresentada, para a próxima aula, sempre com ajuda do professor.

 

4ª. AULA

 

Deverá conter as seguintes tarefas:

- Entrega dos relatórios da aula anterior;

- Preparação para o festival;

- Elaboração de roteiro;

- Escolha de figurino;

- Preparação de cenário;

- Ensaio.

 

Nesta aula os alunos deverão contar com a orientação do professor para a construção das pequenas peças.

 

5ª. AULA

Ensaio dos pequenos textos que deverão ser a base para a encenação das peças pelos alunos.

6ª. AULA

 

Apresentação das peças pelos alunos.

Recursos Complementares
Avaliação

O professor avaliará os relatórios, a participação no júri simulado, os roteiros e as apresentações dos grupos. Deverá considerar a consistência e coerência do roteiro com o tema proposto; contudo é fundamental que sejam avaliados a participação e o envolvimento do aluno com a disciplina, sobretudo no seminário e no júri, para que se possa valorizar o estudante que se dedica à matéria.

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