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ARTE CONTEMPORÂNEA: “OS MOBILES DE CALDER”

 

15/09/2009

Autor e Coautor(es)
Soraia Cristina Cardoso Lelis
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Apreciação significativa em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Conhecer a produção poética visual de Alexander Calder na linguagem dos móbiles, também conhecidos como esculturas móveis;
 Trabalhar a apreciação de imagens de obra, com enfoque em obras instalacionais de artistas contemporâneos;
 Produzir plasticamente no contexto das instalações, à luz do referencial teórico-plástico estudado.

Duração das atividades
•Sete aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Incursões pelo Banco de Dados/Acervo da sala ambiente de artes, onde estão livros de arte, portifólios de artistas, reprodução de imagens de obras, folders e catálogos de exposições – para apreciação e apropriação teórico-plástica (especialmente obras de autoria dos artistas Mondrian e Miró);
• Trabalhos de campo em museus e galerias que contemplam a Arte Contemporânea na linguagem plástica das Instalações;
• Exercícios de leitura/recepção de obras e imagens de obras;
• Diálogo com artistas da cidade que trabalham com a linguagem da instalação - em seus ateliês ou na visita destes à escola.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1
 Programar a aula no Laboratório de Informática da escola, visando a pesquisa em torno da vida e da produção poética do artista Alexander Calder (Filadélfia,1898 – Nova York, 1976);
 Explorar com os alunos as obras que pertencem ao acervo plástico de Calder, presentes nos sites visitados;
 Solicitar que registrem no caderno ou salvem em disquete ou CD, os aspectos importantes/relevantes encontrados na pesquisa e seus respectivos sites (referência bibliográfica) de forma objetiva, para subsidiar as discussões posteriores. Ex1: O norte-americano Alexander Calder (1898-1976) entrou para a história da arte como o criador da escultura móvel, os famosos móbiles, que o tornou um expoente do modernismo internacional. Sua produção transita pelos EUA, Europa e também pelo Brasil do pós-guerra; Ex 2: Imagens de obras e sua identificação:

Calder - Blue Fish, s/d (Detalhe)

Calder - Móbile, 1931 (Detalhe)

Disponível em:

<http://www.revistamuseu.com.br/naestrada/naestrada.asp?id> Acesso em: 29 maio 2008.

Móbile é um termo latino que se refere a móbil (movimento). Nas artes visuais, a noção é empregada para nomear esculturas, em geral abstratas, composta de materiais leves, suspensos no espaço. As peças, movimentadas pelo ar, se caracterizam pelo equilíbrio, leveza e harmonia. Também conhecido como escultura móvel. (Disponível em

<http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=4627>

 Acesso em: 12/08/2009)


 Encerrar a aula, socializando as informações obtidas com todo o grupo e recolhendo os dados para construção de um power-point referencial para as reflexões da próxima aula.

Aula 2
 Aula teórica:
*Discutir com o grupo o que é Arte Contemporânea. Sugestão:
Arte contemporânea - “Os balanços e estudos disponíveis sobre arte contemporânea tendem a fixar-se na década de 1960, sobretudo com o advento da arte pop e do minimalismo, um rompimento em relação à pauta moderna, o que é lido por alguns como o início do pós-modernismo. Impossível pensar a arte a partir de então em categorias como "pintura" ou "escultura". Mais difícil ainda pensá-la com base no valor visual, como quer o crítico norte-americano Clement Greenberg (1909 - 1994). A cena contemporânea - que se esboça num mercado internacionalizado das novas mídias e tecnologias e de variados atores sociais que aliam política e subjetividade (negros, mulheres, homossexuais etc.) - explode os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. As novas orientações artísticas, apesar de distintas, partilham um espírito comum: são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à natureza, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. As obras articulam diferentes linguagens - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc -, desafiando as classificações habituais, colocando em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. Interpelam criticamente também o mercado e o sistema de validação da arte”.
(Enciclopédia Itaú Cultural – Artes Visuais Disponível em <http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=354>

Acesso em: Julho/2007)

 Descrever A POÉTICA VISUAL DE CALDER, visando a conhecer o artista e o seu repertório plástico na apreciação de i magens de obras de sua autoria, com apresentação de power-point em projetor multimídia. Ex: (Acervo Soraia Lelis)


ALEXANDER CALDER (Filadéfia,1898 – Nova Iorque, 1976.
- ESCULTOR
- ARTISTA PLÁSTICO
- FAMOSO PELOS SEIUS MÓBILES E STABILES
- CONSIDERADO O PAI DOS MÓBILES

 Criar um ambiente de troca e reflexão em torno das obras apresentadas, questionando:
• Que linguagem artística o artista Alexander Calder pesquisava?
• Como o artista ficou conhecido mundialmente no meio artístico?
• Que tipo de material Calder usava em seus móbiles?
• Quais são as características das peças criadas pelo artista?
• Você concorda com as nomenclaturas: esculturas móveis, esculturas flutuantes, esculturas aéreas para definir a poética do artista? Por que?
• Existe uma proximidade/diálogo da poética de Calder com as obras do repertório de Mondrian e Miró. Em quais aspectos plásticos isso é perceptível?

 Pedir aos alunos que tragam na próxima aula, uma garrafa pet vazia de coca-cola (lavada e sem o rótulo) para desenvolvimento de uma proposta artística.


Aula 3
 Conversar com os alunos sobre a vida e a produção poética de Alexander Calder (duas aulas teóricas anteriores), colhendo as impressões e os apontamentos do grupo a respeito de forma, equilíbrio, leveza, harmonia, espaço, cor, dimensão, o caráter/aspecto lúdico da produção, os materiais utilizados.
 Propor uma construção a partir das garrafas pet de coca-cola trazidas. Primeiramente individual, na questão do “fazer” e coletivamente na “montagem/criação” da instalação aérea.
 Embebidos pelas obras de Alexander Calder, os alunos construirão uma instalação aérea, a partir das suas produções poéticas, pendurando as cumbucas pet com fios de nylon em cabides plásticos em composição ora bípdica ora trípdica, para a qual buscar-se-à a contextualização no equilíbrio trazido pelo repertório plástico do artista em questão.
 Materiais a serem utilizados: garrafa pet, fio de nylon, cabides, tesoura, estilete, tinta acrílica várias cores, pincéis finos (nº 6 - 8), lápis, borracha, papel sulfite, vasilhas com água, papel toalha e caneta preta para uso em plástico ou transparências (retroprojetor).
 Passos da proposta:
• Os alunos deverão elaborar um desenho qualquer com lápis sobre uma tira de papel sulfite (largura da garrafa por 5 cm de altura) – o professor poderá optar por algum tema específico em estudo, no caso das imagens apresentadas, os alunos pesquisavam sobre o “contexto urbano”;
• Cortar a garrafa pet com estilete a 6 cm da linha horizontal que divide o bojo na base da garrafa;
• Com a tesoura, recortar na vertical, exatamente em cima das linhas verticalizadas desenhadas/vincadas na garrafa, arredondando as pontas de cada gomo formado;
• Dobrar esses gomos na altura da linha horizontal na base da garrafa, formando uma cumbuca ou casulo.

Momento da aula – turma 4º Ano 2008/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Aula 4
 Retomando os passos da aula anterior, pedir os alunos para que abram o casulo de forma a receber o desenho (tira de papel) no seu interior;

• Contornar o desenho pelo lado de fora (exterior) transferindo-o para o casulo, com a caneta preta para retroprojetor;

Processo Criativo – Aluna 4º Ano 2008/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

• Retirar o desenho de papel e deixar secar o desenho feito com a caneta preta para retroprojetor.

Aulas 5
 De mão do casulo construído anteriormente, trabalhar o desenho com a pintura em tinta acrílica pelo lado de dentro do casulo, cuidando para não sujar a transparência da garrafa pet.

Processo Criativo – Aluno 4º Ano 2008/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Aula 6
 Proposta: Atividade Coletiva – Montagem de instalação
*Amarrar fio de nylon de diferentes tamanhos em cada casulo e montar a instalação de forma que cada aluno escolha a posição e a altura do seu trabalho na composição da Instalação coletiva. Os móbiles indviduais se transformarão em instalação aérea coletiva (dois a dois / três a três – dípticos ou trípticos) dispostos em cabides plásticos.

Instalação Casulos Urbanos, 2008 – Alunos 4º Ano ESEBA-UFU/2008
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Detalhe Instalação Casulos Urbanos, 2008 – Alunos 4º Ano ESEBA-UFU/2008
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Aula 7
 Fazer uma retrospectiva com o grupo, contemplando todos os passos, do teórico ao vivencial (produção plástica);
 Convidar os alunos à visitação do espaço onde montaram a instalação;
 Conversar sobre as dificuldades/facilidades no desenvolvimento do trabalho, remetendo sempre ao referencial teórico-plástico que deu suporte a essa unidade.
 Realizar apreciação estética do trabalho poético, pontuando questões já discutidas como: forma, equilíbrio, leveza, harmonia, espaço, cor, dimensão, o caráter/aspecto lúdico da produção, os materiais utilizados.
 Propor um desenho de observação individual: Os alunos à frente da instalação aérea c onstruída, realizarão o registro gráfico da produção coletiva, usando giz de cera e papel canson A4.

Recursos Complementares

Alguns conceitos importantes:

• Díptico – pintura ou outra obra de arte consistindo em duas partes, ligadas geralmente por dobradiça, que se voltam uma para a outra como as páginas de um livro. (CHILVERS, Dicionário Oxford de Arte. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p 155)

• Instalação - A instalação procura criar um ambiente que traduza a idéia artística, utilizando-se, para isso, muitas vezes, de recursos cênicos (A Metrópole e a Arte, São Paulo: Prêmio/Banco Sudameris, 1992, p.120).

• Móbile - (art. plást.) – escultura móvel, geralmente abstrata, composta de elementos suspensos perfeitamente equilibrados que se movimentam com a passagem do ar. O americano Alexander Calder fez os primeiros móbiles em 1933; Hoje este tipo de escultura está amplamente divulgado, tendo se transformado, em muitos casos, em peça de decoração. (Coleção Arte no Brasil, Abril Cultural, 19º Fascículo, São Paulo: 1979)

• Poética ou Poiésis – palavra grega que se refere à poética; ao saber fazer; habilidade principalmente manual associada ao conhecimento da produção. (Mila Chiovatto – VII Encontro de Ações e Reflexões no Ensino de Arte, Uberlândia, 24/10/2007).
- Dimensão poética das produções em Artes Visuais. (Soraia Lelis)

• Stabiles - sólidas esculturas fixas. (Disponível em

http://colinadascores.blogspot.com/2009/05/calder-e-poesia-do-mobile.html

 Acesso em: 12/08/2009)

Avaliação

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.


Recursos educacionais
Nome                                                              Tipo
Projetor multimídia                                         Teórica
Apreciação de imagem de obras                      Teórica
Desenho de memória  e de observação            Prática
Pintura em Acrílica                                          Prática
Montagem de Instalação                                  Prática

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