• Desenvolver habilidades de leitura e de escrita;
• Compreender as características do gênero em estudo, bem como as principais ideias;
• Localizar informações no texto;
• Analisar informações com base em dados obtidos individualmente ou pelos grupos;
• Reconhecer o gênero textual: cartaz, texto jornalístico.
• Perceber as características dos gêneros estudados;
• Estruturar textos orais lógicos e com coerência de ideias;
• Fazer os registros em cadernos;
• Realizar debates;
• Conhecer o significado das palavras preconceito e discriminação;
• Desenvolver habilidades de ouvir, de falar, de interpretar e de expressar opiniões pessoais;
• Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos.

Aproximadamente 180 minutos – 3 atividades de 60 minutos cada uma.

Para a realização desta aula é necessário que já tenham sido trabalhadas com os alunos a leitura e escrita, através de diferentes estratégias, a fim de que sejam capazes de localizar e identificar os gêneros textuais. Consideramos importante ainda, que o aluno já possua noções básicas sobre a utilização do tablet e do programa Mozilla Firefox do laptop Classmate do Projeto Um Computador por Aluno - UCA.

1ª Atividade: Aproximadamente 60 minutos.

Professor, inicie sua aula chamando os alunos para fazerem a rodinha, comente sobre o tema da aula. Passe o vídeo da Turma Mônica que fala sobre discriminação racial. Você poderá projetá-los utilizando data show ou também, se a sua escola participar do Projeto UCA, auxilie os alunos a acessarem no laptop Classmate, a partir do caminho: (Metasys > Aplicativos > Internet >Mozilla Firefox).

 

Fonte: Sítio: “Youtube”. Discriminação Étnica. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=HVP4OtlI46Y>. Acesso em: 13 de nov. 2013.

 

Professor, após passar o vídeo comente sobre o respeito às etnias e leia para os alunos a história do livro “Ainda bem que tudo é diferente” escrito por Fábio Gonçalves Ferreira que vem ao encontro do assunto falado no vídeo.

 

Ainda bem que tudo é diferente.                                                                   Fábio Gonçalves Ferreira               Brincando de roda no quintal da casa de Pedro, estavam quase todas as crianças da classe. Todos debaixo de uma gameleira gigantesca, uma dessas árvores das quais se fazem colheres e gamelas. Encostado no tronco da árvore parecia cochilar o bisavô de Pedro, seu Juca.             De repente do nada Maneco gritou:             ___ Por que seu cabelo é tão esquisito, Pedro?             Todas as crianças se puseram a rir. Menos o Pedro, que entortou a cara e fez que ia chorar.             Ele não aguentava mais esse tipo de brincadeira!             Só porque o cabelo dele era de carapinha, enroladinho como rocambole e pretinho como jabuticaba.             ___ Porque tudo no mundo é diferente!             Disse com voz firme o seu Juca, que nem dormindo estava.             Sol é igual à Lua? Passarinho é igual a caracol? Pedra é igual à água?             O Felipe é como o Gabriel? O Pedro é como o Manoel? E a Ana é igual a mim?             Ah... Mas como é bonito um dia de Sol e como é linda uma noite de Lua cheia.   Como é bom tomar banho no rio encostado nas pedras, vendo caramujos e ouvindo passarinhos. Como é gostoso tomar suco de laranja, chupar manga depois de comer feijão gostoso que a mãe fez e tomar leite com chocolate, Não é bom?             E dormir, sonhar... desenhar e brincar com o Pedro, o Maneco, a Ana, o Chico e toda a turma.             Tudo no mundo é diferente, mas tudo tem sua importância, seu valor e sua belezura. O cabelo do Pedro é assim, o do Maneco é assado. A Ana é altona com cachos e o Chico é gordinho e loiro, mas todos gostam de todos, não é? E é isso que é bom!             Maneco vermelho de vergonha pediu desculpas a Pedro com um forte abraço e jurou que nunca mais faria brincadeiras sem graça. Seu Juca voltou a fechar os olhos, mas antes, em um cantinho da boca, ainda disse rindo um tiquinho:             ___ Se no mundo tudo fosse igual, seria tudo tão chato...             Já pensou suco de pedra, sonho de pedra e passarinho de pedra?

 

Professor, após a leitura do texto, converse com os alunos sobre o respeito que devemos ter com as diferenças e que cada um tem seu jeito de ser e de pensar. Questione os alunos sobre o que eles acham deste tema, como eles lidam com as diferenças. Proponha que os alunos façam a interpretação da história. Passe na lousa para os alunos terem o registro no caderno de História ou de Língua Portuguesa.

 

Interpretando o texto

 

Depois que lemos o texto e conversamos sobre o respeito que devemos ter por cada pessoa, faça as atividades abaixo:                 1        - Responda:   a)      Quais são os personagens do texto?   a)      Onde passa a história?   a)      Qual foi a reação de Pedro com a pergunta de Maneco?   b)      Qual a primeira fala de seu Juca, quando ouviu o que Maneco falou?             c) Numere os parágrafos no texto. Quantos são? ______________                  2.       Copie do texto: a)      A fala de Maneco. b)      O 15º parágrafo.

  

Professor, após os alunos responderem à interpretação, faça a correção coletiva, aproveite para observar se eles tiverem dificuldades em responder. Passe na lousa a “Atividade de casa” para os alunos fazerem uma pesquisa junto às famílias sobre o tema estudado.

 

Montando um painel de ilustrações

 

Professor, distribua para os alunos folhas de papel em branco para que façam a ilustração da história, momentos que mais marcaram. Depois, monte um painel com as ilustrações e exponha na sala ou nos murais da escola.

 

Fonte: Imagem da própria autora - Alunos ilustrando a história que ouviram, para exporem no mural da escola.

  

Vamos fazer um trabalho sobre o livro “Ainda bem que tudo é diferente”. Com a ajuda de sua família responda as perguntas abaixo:   a)      Será mesmo que se uma pessoa tem o cabelo diferente do seu não merece seu respeito?            ______________________________________________________   b)      Será que é ruim ser diferente?            ______________________________________________________   c)      Você é igual a todo mundo?           ______________________________________________________   d)     As coisas do mundo são iguais umas das outras?          ______________________________________________________   e)      Seus amigos são menos importantes por serem diferentes de você?         ______________________________________________________

 

2ª Atividade: Aproximadamente 60 minutos.

 

Professor, inicie sua aula pedindo que os alunos leiam as respostas das atividades de casa. Após eles apresentarem suas atividades proponha a leitura de um texto extraído de uma revista que trata do preconceito e discriminação, discuta com eles as semelhanças das temáticas entre os dois textos estudados; o texto jornalístico e a história do livro “Ainda bem que tudo é diferente”.

Fonte: CAVÉQUI, Márcia Paganini. A escola é nossa. Português. 4º Ano do Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione , 2007. p.112, 113, 114. (Coleção: A escola é nossa.). 

  

Professor, após a leitura do texto explique para os alunos o que é preconceito e discriminação, para que assim compreendam e entendam que há uma diferença entre as duas palavras.

 

Discriminação: O termo discriminação tem sua origem na palavra latina "discriminatio" e quer dizer separação ou distinção. A discriminação é um ato de cortar ou de separar. Diz-se que há discriminação social quando, num grupo ou numa sociedade, parte da população recebe tratamento diferente e desigual em relação aos restantes.   Preconceito: É uma postura ou ideia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. As principais formas são: preconceito racial, social e sexual.

Professor, para saber mais acesse o sítio disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/sociologia/preconceito.htm>. Acesso em: 12 de nov. 2013.

 

Professor, converse com os alunos sobre o texto lido e faça a interpretação oral com as seguintes questões:

 

•  O texto trata de preconceito. O que você entende sobre isso?
•  No final do texto, foi citado que é “importante aprender a aceitar os colegas de classe, do prédio ou da rua, independentemente das suas diferenças”. Você concorda com esse ponto de vista? Explique.

 

Professor, explique aos alunos que o texto que eles leram é uma reportagem, um texto jornalístico. Comente que uma reportagem sempre apresenta um título, são fatos reais, ou seja, com assuntos que realmente aconteceram. Caso você não tenha estudado com os alunos este gênero textual é interessante que você trabalhe sobre o mesmo.

 

Para saber mais acesse o sítio: “Info Escola. Textos jornalísticos”. Disponível em: <http://www.infoescola.com/redacao/textos-jornalisticos/>. Acesso em: 13 de nov. 2013.

 

Após fazer uma explanação sobre textos jornalísticos faça a interpretação do texto, passe na lousa ou distribua cópias para que os alunos tenham o registro no caderno.

 

Interpretação escrita           1)      Lemos um texto jornalístico, onde podemos encontrar este tipo de texto?   _______________________________________________________________           2)      Para qual faixa de idade esse texto foi escrito? Como você descobriu?           3)      Você sabe dizer como é chamada a pessoa que escreve uma reportagem? Em sua opinião, esse profissional pode inventar os acontecimentos que escreve? Por quê?          4)      Nas reportagens, é comum aparecer à transcrição da fala de pessoas. Sublinhe, na reportagem lida, uma fala.          5)      De acordo com o que estudamos sobre textos jornalísticos vamos comparar os textos “Ainda bem que tudo é diferente” e “Aprendendo com as diferenças”. Para isso complete o quadro com os nomes desses textos. Narra acontecimentos criados pela imaginação de alguém.   Narra acontecimentos reais, que realmente ocorreram.     Apresenta personagens, isto é, seres imaginários criados pelo escritor.   Apresenta pessoas que realmente existem.

  

Professor, após os alunos concluírem as atividades, faça a correção coletiva. Em seguida proponha-lhes um debate sobre o tema que está sendo estudado, é interessante que você crie situações para que eles interajam e participem do debate.

 

Vamos fazer debate

 

Professor, para realização do debate é importante que os alunos conheçam sobre o assunto que foi tratado, no caso, preconceito e discriminação.

Explique-lhes que no debate são expostas formalmente e organizadas as ideias de cada um.

Organize a turma em círculo para a realização do debate.

Escolha alguém de cada grupo para ser eleito como o moderador da discussão.

Combine algumas regras para que o debate ocorra dentro da normalidade.

 

O que é moderador?

 

Professor, moderador é a pessoa responsável por manter a organização do debate, controlando o tempo que cada pessoa tem para falar, dizendo de quem é a vez de opinar etc. Quando o aluno quiser falar, levante a mão. Dessa maneira, o moderador saberá de quem é a vez de falar primeiro. Oriente os alunos que é importante aceitar a opinião de cada um, como também mudar de ideia.

 

Fonte: Sítio: “EMEF. Socorro Aragão. Debate”. Disponível em: < http://emefsocorroaragao.blogspot.com.br/>. Acesso em: 13 de nov. 2013.

 

Professor, depois do debate, reflita sobre a atividade realizada junto com os alunos. Questione-os se eles procuraram expor as opiniões de maneira clara e objetiva. Se houve respeito às opiniões dos colegas quando divergiram e por fim peça a opinião deles sobre o que acharam do debate, se vale à pena fazer outros como este.

 

3ª Atividade: Aproximadamente 60 minutos.

 

Professor, inicie a aula convidando os alunos a ouvirem a música “Direitos da criança” de autoria de Toquinho. Se preferir distribua cópias da música para que todos possam acompanhar.

Fonte: Sítio: “Youtube”. Direitos da criança. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Si4EuTqTjCw>. Acesso em: 12 de nov 2013.

 

Crianças, iguais são seus deveres e direitos.
Crianças, viver sem preconceito é bem melhor.
Crianças, a infância não demora, logo, logo vai passar,
Vamos todos juntos brincar.

Meninos e meninas,
Não olhem cor, nem religião, nem raça.
Chamem os quem não tem mamãe,
Que o papai tá lá no céu,
E os que dormem lá na praça.

Meninos e meninas,
Não olhem raça, religião nem cor.
Chamem os filhos do bombeiro,
Os dois gêmeos do padeiro
E o caçula do doutor.

Crianças, a vida tem virtudes e defeitos.
Crianças, viver em harmonia é bem melhor.
Crianças, a infância não demora, logo, logo vai passar,
Vamos todos juntos brincar.

Meninos e meninas,
O futuro ninguém adivinha.
Chamem os quem não tem ninguém,
Pois criança é também
O menino trombadinha.

Meninos e meninas,
Não olhem cor nem raça ou religião.
Bons amigos valem ouro,
A amizade é um tesouro
Guardado no coração.

 

Professor, após ouvir a música com os alunos, fale sobre os direitos que as crianças têm e que devem ser respeitados. Apresente alguns destes direitos através de um cartaz, ou projetando com no data show ou utilizando os laptops do Projeto UCA, acessando a internet. Leia cada direito com os alunos e explique cada um para que eles possam entender. Veja a sugestão de material que você pode também distribuir para seus alunos.

 

Fonte: CAVÉQUI, Márcia Paganini. A escola é nossa. Português. 4º Ano do Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione , 2007. p.120. (Coleção: A escola é nossa.). 

  

Elaborando cartaz

 

Professor, após fazer a leitura dos cartazes com os alunos proponha que eles elaborem cartazes para divulgar os direitos das crianças para a comunidade escolar.  Divida a turma em duplas ou trios, providencie cartolina, pincel, revistas para recortar imagens se os alunos quiserem e caso sua escola tenha na biblioteca o ECA Estatuto da Criança e do adolescente, para que os alunos possam pesquisar. Para ajudá-los nesta atividade, apresente algumas orientações de como vocês poderão proceder.

•  Cada grupo da turma deverá escolher um dos direitos citados ou criados para produzir seu cartaz. Você professor também poderá sortear entre os grupos os direitos;
•  O cartaz poderá ser ilustrado com desenhos ou imagens recortadas de jornais ou revistas;
•  O texto do cartaz deverá ser escrito com letra grande e bem legível, para melhor visualização;
•  O cartaz deverá ter o título do trabalho, os nomes dos autores, a turma e a data de sua realização.
• Depois que os cartazes estiverem prontos, a turma pode expô-los no mural da escola para que assim todos possam ser conscientizados sobre os direitos humanos.

 

Brincando de fazer arte

 

Professor, para consolidar esta aula proponha aos alunos a construção do fantoche do personagem Pedro do livro “Ainda bem que tudo é diferente”. Você poderá aproveitar a exposição dos cartazes para também expor os fantoches que forem confeccionados pelos alunos. Veja o texto instrucional abaixo.

 

Material necessário:

 

• 1 saco de papel;
•  Lã preta ou esponja de aço;
•  Papel colorido;
• Canetinha preta e vermelha.

Fonte: Imagem da própria autora. Alunos construindo o fantoche do personagem Pedro.

 

Professor, nesta aula foi abordado mais especificamente a discriminação racial, mas você também pode abordar a discriminação social, a exclusão de pessoas ditas especiais. Cabe a escola desenvolver no aprendiz atitudes de respeito e tolerância às diferenças. Nesse sentido, é importante discutir com os alunos que ser diferente não significa ser superior ou inferior, mas apenas diferente. Este é um tema amplo que pode ser tratado de forma interdisciplinar.

Para o professor.

Fonte: Sítio: “Ensinar a aprender. Plano de aula diferenças”. Disponível em: <http://www.ensinar-aprender.com.br/2009/12/plano-de-aula-diferencas.html>. Acesso em: 13 de nov. 2013.

Fonte: Sítio: “Youtube”.  Educação Inclusiva. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=nisvNAzYjzU>. Acesso em: 13 de nov. 2013.

Fonte: Sítio: “Revista Nova Escola. Não é preconceito”. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-428197.shtml>. Acesso em: 13 de nov. 2013.

Professor, a avaliação deverá acontecer no decorrer do processo, observando a participação dos alunos na leitura e na escrita e se: compreenderam as características dos gêneros textuais estudados; houve interesse e organização deles no momento das produções; interagiram com os colegas no momento da exposição como também nos trabalhos coletivos; fizeram os registros no caderno. As respostas dos alunos devem ser vistas como um processo de construção do conhecimento, mas com uma visão crítica, por isso é importante à valorização do trabalho do aluno, seus avanços e suas dificuldades. Registre suas observações em seu caderno de plano de aula para orientar o seu planejamento.