25/11/2013
Eliana Dias e Lazuíta Goretti
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Literatura | Estudos literários: análise e reflexão |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: processos de interlocução |
Ensino Médio | Literatura | Outras expressões: letras de música, hip hop, quadrinhos, cordel |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Indicação de versão:
LISPECTOR, Clarice. Laços de família. São Paulo: Editora Rocco, 1998.
Para visualizar a capa da obra, acessar o sítio: http://www.infoescola.com/wp-content/plugins/related-products/images/lacos-de-familia-41.jpg. Acesso em: 23 nov. 2013.
Digitalizado, revisado e formatado por SusanaCap
Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0B8CgHMVEFuyON3lpb0kzSDVDVjQ/edit Acesso em 22 nov. 2013
Estratégias e recursos:
O objetivo da atividade é permitir a colocação dos alunos quanto sua sensação acerca da leitura do conto.
Partindo do pressuposto de que os alunos leram o conto “Laços de família”, de Clarice Lispector, a aula será iniciada por meio de uma dinâmica: todos os alunos receberão um pedaço de papel e um balão.
Imagens respectivamente disponíveis em:
http://www.juv.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/12/como-fazer-uma-estrela-de-papel02.jpg Acesso em: 22 nov. 2013.
http://alinemmarks.blogspot.com.br/2012/05/sacrificio-x-sacrificio.html Acesso em: 22 nov. 2013.
Cada aluno deverá escrever no pedaço de papel uma palavra que resuma sua sensação ao ler o conto. Após a escrita, cada aluno colocará no balão o pedaço de papel e o encherá de ar, amarrando-o. Ao sinal do professor todos os balões deverão ser lançados ao ar e, quando novamente o professor fizer o sinal, os alunos deverão cada um pegar um balão, preferencialmente que não seja o seu próprio. Com os balões em mãos, os alunos deverão sentar-se em círculo. Um aluno por vez deverá estourar o balão e ler em voz alta a palavra. O dono da palavra deverá identificar-se e justificar a escolha pelo vocábulo.
Professor, o objetivo da dinâmica é permitir que os alunos comentem livremente sobre suas impressões a respeito da leitura. A dinâmica com os balões fará com que eles sintam-se mais “soltos”, descontraídos para esse fim.
O objetivo da atividade é ver e discutir um trecho de uma entrevista de Clarice Lispector em 1977.
Os alunos, antes de propriamente trabalhar o conto, verão uma entrevista com a autora, Clarice Lispector, para conhecer um pouco da história dela. A entrevista deu-se em 1977,ano de sua morte.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9ad7b6kqyok Acesso em: 22 nov. 2013.
Questões para discussão oral e coletiva em sala:
Professor, a entrevista serve como mote para os alunos conhecerem não apenas a imagem da autora como também escutá-la, posicionando-se sobre perguntas diversas.
O objetivo é interpretar o conto “Laços de família”, de Clarice Lispector.
Como são muitas perguntas, a dinâmica para a atividade interpretativa será realizada, sob organização dos discentes em círculo, da seguinte maneira: cada aluno receberá uma folha xerocopiada, contendo perguntas interpretativas sobre o conto trabalhado. Uma caixa conterá números conforme quantidade de perguntas. Cada aluno sorteará um número que corresponderá a uma pergunta da folha. Esse mesmo aluno deverá responder oralmente à pergunta e, pela mediação do professor, toda turma poderá, caso queiram, intervir na resposta. Assim, todos os alunos participarão da atividade de interpretação acerca do conto e poderão expor suas opiniões e considerações.
Questões referentes ao conto “Os Laços de Família”, de Clarice Lispector.
1) Relacione o título do conto com o enredo da narrativa, de modo a justificar a sua pertinência ou não com a história. 2) Quando “a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido se tornara o bom genro” – p. 94 – como a autora, a partir desse trecho, elucida as relações familiares? 3) Qual o sentido do diminutivo “mulherzinha” referindo-se à Severina? (p. 95) 4) Por que Catarina “Felizmente nunca precisava rir de fato quando tinha vontade de rir”? 5) A condição de estrabismo de Catarina auxilia ou não no processo que autora utiliza para descrever emoções dessa personagem? Justifique sua resposta tirando excertos do texto. 6) Qual a sua interpretação para “antes do casamento projetava serem sogra e genro modernos”? (p. 95) 7) Qual o momento no texto que permite o início da tensão entre a opacidade cotidiana e o instante liberador? 8) Qual a figura de linguagem utilizada no período “Catarina fora lançada contra Severina, numa intimidade de corpo há muito esquecida, vinda do tempo em que se tem pai e mãe”? (p. 96) 9) Considerando o trecho “Quando a mãe enchia-lhes os pratos obrigando-os a comer demais, os dois se olhavam piscando em cumplicidade e a mãe nem notava”, qual a relação existente entre Catarina, sua mãe e seu pai? 10) Interprete: “Ninguém mais pode te amar senão eu, pensou a mulher rindo pelos olhos; e o peso da responsabilidade deu-lhe à boca um gosto de sangue. Como se ‘mãe e filha fosse vida e repugnância. Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso”. (p. 97) 11) Qual a possível interpretação para o trecho “Parecia-lhe que deveriam um dia ter dito assim: sou tua mãe, Catarina. E ela deveria ter respondido: e eu sou tua filha”. (p. 97) 12) No texto, na página 97, há uma passagem em que a aparência é privilegiada. Identifique-a. Depois, faça um paralelo da aparência versus o homem moderno. 13) Interprete: “Sem a companhia da mãe, recuperara o modo firme de caminhar: sozinha era mais fácil”. (p. 98) 14) Qual a expressão na página 99 que confirma Severina como responsável pelo modo diferente de Catarina encarar a vida? 15) Qual a relevância social da frase “A tarde de sábado sempre fora sua” endereçada a Antônio? (p. 99) 16) Como você entende o uso das aspas junto ao pronome ela, na página 99, no 2º parágrafo? 17) “Era a primeira vez que ele dizia ‘mamãe’ nesse tom e sem pedir nada”. Qual era o tom que o menino utilizou pra referir-se à mãe? 18) O que é constatado em: “Fora mais que uma constatação: mamãe!”? 19) “A mulher inesperadamente riu de fato para o menino, não só com os olhos”. Linguisticamente, a expressão destacada admite qual sentido? No que isso contribui para a caracterização de Catarina? 20) Dê uma interpretação para a frase: “quebrado um invólucro”, na página 100. 21)
Podemos afirmar que há implicações sociais e ideológicas nesses trechos? Quais são? 22) Qual a relação ideológica evidenciada pelo trecho da página 101 “Mais tarde seu filho, já homem, sozinho, estaria de pé diante desta mesma janela, batendo dedos nesta vidraça: preso”? Essa relação é positiva ou negativa? Por quê? 23) A cotidianidade e consequente previsão de atos são evidências comuns nos contos clariceanos. Na página 101, há um trecho que comprova essa característica. Identifique-o. 24) Interprete: “Viviam tão tranquilos que, se se aproximava um momento de alegria, eles se olhavam rapidamente, quase irônicos” (p. 102). 25) Por que o marido de Catarina se sentira frustrado quando a vira andar de mãos dadas com o filho? (p. 102) 26) Por que Antônio decidira ir ao cinema depois do jantar com Catarina? O que isso reflete para o momento libertador que a personagem sentira? 27) Qual dos sentidos é mais destacado pela autora para caracterizar a personagem Catarina? Retire trechos que comprovem a sua resposta. 28) A narrativa desse conto pode ser considerada intimista e introspectiva? Explique o porquê. |
O objetivo é parafrasear, por meio de retextualização, o conto “Laços de família”.
Para parafrasear o conto, o professor pedirá que os alunos retextualizem-no, passando-o da modalidade escrita da língua para a modalidade verbo-imagética, ou seja, do texto eminentemente verbal, os alunos terão de parafraseá-lo, utilizando-se da imagem e do verbal, por meio do gênero história em quadrinhos.
A atividade poderá ser feita em duplas e, caso os alunos tenham domínio de alguma editor online de histórias em quadrinhos, que sejam estimulados a criarem a história em quadrinhos virtualmente.
Depois de terminados, os quadrinhos deverão ter circulação social, seja por meio dos impressos em murais na escola ou digitalizados e publicados online, seja virtualmente, no blogue da turma ou afins.
Algumas sugestões de sítios para construção virtual de quadrinhos:
Disponível em: http://www.bitstrips.com/ Acesso em: 22 nov. 2013.
Disponível em: http://www.pixton.com/br/. Acesso em: 22 nov. 2013.
Os alunos, nessa proposta, serão avaliados com base na capacidade interpretativa do conto “Laços de família”, de Clarice Lispector. Para tanto, o roteiro interpretativo de perguntas bem como a paráfrase e retextualização do conto mostrarão se o objetivo da proposta foi contemplado.
Cinco estrelas 1 classificações
Denuncie opiniões ou materiais indevidos!
04/05/2015
Cinco estrelasMuito boa proposta de aula! A preparação a partir da entrevista da autora, a leitura, a socialização das impressões do conto... Parabéns