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Interpretando e retextualizando o conto “Laços de Família”, de Clarice Lispector

 

25/11/2013

Autor e Coautor(es)
WALLESKA BERNARDINO SILVA
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Lazuíta Goretti

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Literatura Estudos literários: análise e reflexão
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Ensino Médio Literatura Outras expressões: letras de música, hip hop, quadrinhos, cordel
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Descrever e justificar sua sensação acerca da leitura do conto “Laços de família”.
  • Discutir um trecho de uma entrevista de Clarice Lispector, em 1977.
  • Interpretar o conto “Laços de família”, de Clarice Lispector.
  • Parafrasear, por meio de retextualização, o conto “Laços de família”.
Duração das atividades
300 minutos ou três aulas de 100 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • ·         Paráfrase.
  • ·         Noção básica de retextualização.
  • ·         Conhecimento do gênero história em quadrinhos.
  • ·         Leitura prévia do conto “Laços de família”, de Clarice Lispector.

Indicação de versão:

LISPECTOR, Clarice. Laços de família. São Paulo: Editora Rocco, 1998.

Para visualizar a capa da obra, acessar o sítio:  http://www.infoescola.com/wp-content/plugins/related-products/images/lacos-de-familia-41.jpg. Acesso em: 23 nov. 2013.

  • Existe uma versão digital disponível pelo Projeto Democratização da Leitura.

Digitalizado, revisado e formatado por SusanaCap

Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0B8CgHMVEFuyON3lpb0kzSDVDVjQ/edit Acesso em 22 nov. 2013

Estratégias e recursos da aula

Estratégias e recursos:

  • Tiras de papéis;
  • balões;
  • computador e internet;
  • projetor;
  • discussão oral e coletiva;
  • atividades individuais e ou em duplas;
  • produção de uma história em quadrinhos.

 

Módulo 1

Atividade 1

O objetivo da atividade é permitir a colocação dos alunos quanto sua sensação acerca da leitura do conto.

 

Partindo do pressuposto de que os alunos leram o conto “Laços de família”, de Clarice Lispector, a aula será iniciada por meio de uma dinâmica: todos os alunos receberão um pedaço de papel e um balão.

       

Imagens respectivamente disponíveis em:

 http://www.juv.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/12/como-fazer-uma-estrela-de-papel02.jpg   Acesso em: 22 nov. 2013.

http://alinemmarks.blogspot.com.br/2012/05/sacrificio-x-sacrificio.html Acesso em: 22 nov. 2013.

 

Cada aluno deverá escrever no pedaço de papel uma palavra que resuma sua sensação ao ler o conto. Após a escrita, cada aluno colocará no balão o pedaço de papel e o encherá de ar, amarrando-o. Ao sinal do professor todos os balões deverão ser lançados ao ar e, quando novamente o professor fizer o sinal, os alunos deverão cada um pegar um balão, preferencialmente que não seja o seu próprio. Com os balões em mãos, os alunos deverão sentar-se em círculo. Um aluno por vez deverá estourar o balão e ler em voz alta a palavra. O dono da palavra deverá identificar-se e justificar a escolha pelo vocábulo.

 

Professor, o objetivo da dinâmica é permitir que os alunos comentem livremente sobre suas impressões a respeito da leitura. A dinâmica com os balões fará com que eles sintam-se mais “soltos”, descontraídos para esse fim.

 

Atividade 2

O objetivo da atividade é ver e discutir um trecho de uma entrevista de Clarice Lispector em 1977.

 

Os alunos, antes de propriamente trabalhar o conto, verão uma entrevista com a autora, Clarice Lispector, para conhecer um pouco da história dela. A entrevista deu-se em 1977,ano de sua morte.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9ad7b6kqyok Acesso em: 22 nov. 2013.


1

Questões para discussão oral e coletiva em sala:

  • Por que ela não se define como profissional, mas como amadora?
  • Como é a história de Clarice Lispector voltada para a literatura infantil?
  • O que vocês acham sobre a fala de Clarice quanto à resposta sobre comunicar com adulto “quando eu comunico com adulto, estou comunicando com o mais secreto de mim mesma... Aí é difícil! (...) O adulto é triste e solitário!”?
  • O que vocês acharam da autora e de seus posicionamentos, nesse pequeno trecho da entrevista?

 

Professor, a entrevista serve como mote para os alunos conhecerem não apenas a imagem da autora como também escutá-la, posicionando-se sobre perguntas diversas.

 

Módulo 2

Atividade 1

O objetivo é interpretar o conto “Laços de família”, de Clarice Lispector.

 

Como são muitas perguntas, a dinâmica para a atividade interpretativa será realizada, sob organização dos discentes em círculo, da seguinte maneira: cada aluno receberá uma folha xerocopiada, contendo perguntas interpretativas sobre o conto trabalhado. Uma caixa conterá números conforme quantidade de perguntas. Cada aluno sorteará um número que corresponderá a uma pergunta da folha. Esse mesmo aluno deverá responder oralmente à pergunta e, pela mediação do professor, toda turma poderá, caso queiram, intervir na resposta. Assim, todos os alunos participarão da atividade de interpretação acerca do conto e poderão expor suas opiniões e considerações.

 

Questões referentes ao conto “Os Laços de Família”, de Clarice Lispector.

1) Relacione o título do conto com o enredo da narrativa, de modo a justificar a sua pertinência ou não com a história.

2) Quando “a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido se tornara o bom genro” – p. 94 – como a autora, a partir desse trecho, elucida as relações familiares?

3) Qual o sentido do diminutivo “mulherzinha” referindo-se à Severina? (p. 95)

4) Por que Catarina “Felizmente nunca precisava rir de fato quando tinha vontade de rir”?

5) A condição de estrabismo de Catarina auxilia ou não no processo que autora utiliza para descrever emoções dessa personagem? Justifique sua resposta tirando excertos do texto.

6) Qual a sua interpretação para “antes do casamento projetava serem sogra e genro modernos”? (p. 95)

7) Qual o momento no texto que permite o início da tensão entre a opacidade cotidiana e o instante liberador?

8) Qual a figura de linguagem utilizada no período “Catarina fora lançada contra Severina, numa intimidade de corpo há muito esquecida, vinda do tempo em que se tem pai e mãe”? (p. 96)

9) Considerando o trecho “Quando a mãe enchia-lhes os pratos obrigando-os a comer demais, os dois se olhavam piscando em cumplicidade e a mãe nem notava”, qual a relação existente entre Catarina, sua mãe e seu pai?

10) Interprete: “Ninguém mais pode te amar senão eu, pensou a mulher rindo pelos olhos; e o peso da responsabilidade deu-lhe à boca um gosto de sangue. Como se ‘mãe e filha fosse vida e repugnância. Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso”. (p. 97)

11) Qual a possível interpretação para o trecho “Parecia-lhe que deveriam um dia ter dito assim: sou tua mãe, Catarina. E ela deveria ter respondido: e eu sou tua filha”. (p. 97)

12) No texto, na página 97, há uma passagem em que a aparência é privilegiada. Identifique-a. Depois, faça um paralelo da aparência versus o homem moderno.

13) Interprete: “Sem a companhia da mãe, recuperara o modo firme  de caminhar: sozinha era mais fácil”. (p. 98)

14) Qual a expressão na página 99 que confirma Severina como responsável pelo modo diferente de Catarina encarar a vida?

15) Qual a relevância social da frase “A tarde de sábado sempre fora sua” endereçada a Antônio? (p. 99)

16) Como você entende o uso das aspas junto ao pronome ela, na página 99, no 2º parágrafo?

17) “Era a primeira vez que ele dizia ‘mamãe’ nesse tom e sem pedir nada”. Qual era o tom que o menino utilizou pra referir-se à mãe?

18) O que é constatado em: “Fora mais que uma constatação: mamãe!”?

19) “A mulher inesperadamente riu de fato para o menino, não só com os olhos”. Linguisticamente, a expressão destacada admite qual sentido? No que isso contribui para a caracterização de Catarina?

20) Dê uma interpretação para a frase: “quebrado um invólucro”, na página 100.

21)

  • “Porque o sábado era seu, mas ele queria que sua mulher e seu filho estivessem em casa enquanto ele tomava o seu sábado”. (p. 100)
  • “Apartamento de um engenheiro. E sabia que se a mulher aproveitava da situação de um marido moço e cheio de um futuro  - desprezava-a também”. (p. 101)
  • “Via preocupado que sua mulher guiava a criança e temia que neste momento em que ambos estavam fora de seu alcance ela transmitisse a seu filho... mas o quê?” (p. 101)
  • “Mas e eu? E eu?” (p. 101)

Podemos afirmar que há implicações sociais e ideológicas nesses trechos? Quais são?

22) Qual a relação ideológica evidenciada pelo trecho da página 101 “Mais tarde seu filho, já homem, sozinho, estaria de pé diante desta mesma janela, batendo dedos nesta vidraça: preso”? Essa relação é positiva ou negativa? Por quê?

23) A cotidianidade e consequente previsão de atos são evidências comuns nos contos clariceanos. Na página 101, há um trecho que comprova essa característica. Identifique-o.

24) Interprete: “Viviam tão tranquilos que, se se aproximava um momento de alegria, eles se olhavam rapidamente, quase irônicos” (p. 102).

25) Por que o marido de Catarina se sentira frustrado quando a vira andar de mãos dadas com o filho? (p. 102)

26) Por que Antônio decidira ir ao cinema depois do jantar com Catarina? O que isso reflete para o momento libertador que a personagem sentira?

27) Qual dos sentidos é mais destacado pela autora para caracterizar a personagem Catarina? Retire trechos que comprovem a sua resposta.

28) A narrativa desse conto pode ser considerada intimista e introspectiva? Explique o porquê.

 

Atividade 3

O objetivo é parafrasear, por meio de retextualização, o conto “Laços de família”.

 

Para parafrasear o conto, o professor pedirá que os alunos retextualizem-no, passando-o da modalidade escrita da língua para a modalidade verbo-imagética, ou seja, do texto eminentemente verbal, os alunos terão de parafraseá-lo, utilizando-se da imagem e do verbal, por meio do gênero história em quadrinhos.

 

A atividade poderá ser feita em duplas e, caso os alunos tenham domínio de alguma editor online de histórias em quadrinhos, que sejam estimulados a criarem a história em quadrinhos virtualmente.

 

Depois de terminados, os quadrinhos deverão ter circulação social, seja por meio dos impressos em murais na escola ou digitalizados e publicados online, seja virtualmente, no blogue da turma ou afins.

 

Algumas sugestões de sítios para construção virtual de quadrinhos:

 

2

Disponível em: http://www.bitstrips.com/ Acesso em: 22 nov. 2013.

 

 

 

3

Disponível em: http://www.pixton.com/br/.  Acesso em: 22 nov. 2013.

 

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos, nessa proposta, serão avaliados com base na capacidade interpretativa do conto “Laços de família”, de Clarice Lispector. Para tanto, o roteiro interpretativo de perguntas bem como a paráfrase e retextualização do conto mostrarão se o objetivo da proposta foi contemplado.

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 1 classificações

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Opiniões

  • Maria Clarete Torres Dias, Maria Clarete Torres Dias , Bahia - disse:
    maria-clarete@hotmail.com

    04/05/2015

    Cinco estrelas

    Muito boa proposta de aula! A preparação a partir da entrevista da autora, a leitura, a socialização das impressões do conto... Parabéns


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