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UM SANDUÍCHE E A HISTÓRIA DE SUA DIGESTÃO

 

27/08/2009

Autor y Coautor(es)
Delma Faria Shimamoto
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Claudia Regina M. G. Fernandes

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Ciências Naturais Ser humano e saúde
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno poderá aprender o trajeto dos alimentos no tubo digestório e as transformações que sofrem para serem aproveitados pelo organismo.

Duração das atividades
2 aulas (50 minutos cada)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Noções básicas de anatomia e fisiologia do Sistema Digestório.

Obs: As aulas que compõem UM SANDUÍCHE E A HISTÓRIA DE SUA DIGESTÃO deverão anteceder a aula DECOMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS já publicada no Portal.

Estratégias e recursos da aula

AULA N. 1: PREPARANDO UM SANDUÍCHE

I.Divisão de tarefas:
Organize com a sala uma atividade na qual os alunos prepararão um lanche. Esclareça que precisa da ajuda deles.
Divida a sala em grupos para que cada grupo se responsabilize por um item do sanduíche:
Pão, maionese, alface, tomate, fatias de presunto, fatias de mussarela, refrigerantes e suco de limão. Reforce que o sanduíche tem uma variedade saudável de nutrientes: carboidratos (pão), gordura (maionese, presunto), proteínas ( presunto, mussarela), fibras e sais minerais (alface, tomate).

II. Sugestões:
1.Verifique o número de alunos na sala e calcule aproximadamente a quantidade dos itens que será necessária para a confecção dos sanduíches ou mini-sanduíches.
2. O professor deverá disponibilizar os itens em recipientes para que cada aluno prepare o seu sanduíche, esclarecendo que cada sanduíche deverá conter apenas uma porção do item escolhido.
3. Caso haja dificuldades os itens poderão, por exemplo, serem assim disponibilizados: as fatias de presunto e mussarela podem ser partidas ao meio ou em quatro partes, partir o pão, picar a alface e o tomate em pedaços menores, entre outros. A adequação será feita de acordo com a realidade de cada escola ou sala de aula. Não é objetivo desta atividade saciar a fome dos alunos e sim observar os hábitos na higienização das mãos, dos alimentos e na composição da sua dieta.
4. No caso de total impossibilidade para a realização desta aula, o professor poderá explorar oralmente com a turma, alguns dados sobre este lanche, tais como: quem gosta, por que gosta, como prepara, o que compõe o sanduíche da sua preferência, entre outros.

III.Observe com atenção:
Os alunos lavam as mãos antes de preparar o sanduíche?
Os alunos utilizam as mãos ou os utensílios para se servirem dos itens?
Quais itens são mais selecionados para compor o sanduíche dos alunos?
Que tipo de bebida os alunos preferem: refrigerante ou suco?
Os alunos fazem uso do guardanapo para comer o sanduíche e limpar boca e mãos?

IV. Atividade proposta:
Após o lanche e a limpeza do espaço no qual foi confeccionado e servido o sanduíche promova uma discussão com os alunos sobre as observações feitas durante a atividade desde o seu início até a limpeza do ambiente. Registre-as juntamente com os alunos.


AULA N. 2.: ESTUDO DO TEXTO: A DURA JORNADA DE UM SANDUÍCHE


A DURA JORNADA DE UM SANDUÍCHE

           A boca avança sobre o sanduíche. Os dentes cortam o pão e rasgam o recheio. A mordida marca a largada do percurso que o alimento fará por um tubo com cerca de nove metros de comprimento, na maior parte cheio de curvas. Alguns obstáculos diminuirão a velocidade dessa travessia que deverá durar entre doze e quatorze horas. O importante, porém, é que no final da jornada, as moléculas do sanduíche estarão quebradas em porções suficientemente pequenas para permitir que elas penetrem nas células do corpo humano e sejam aproveitadas. Por isso, o sistema digestório é relativamente longo porque ao percorrê-lo essas moléculas têm tempo para se tornarem menores.
         A princípio, os ingredientes, juntos, são triturados na boca, por 32 dentes, nos adultos, ou apenas 20, nas crianças. Os músculos envolvidos na mastigação são tão fortes que, com um único movimento, poderiam quebrar a dentição. Uma mordida só não deixa ninguém banguela porque os dentes são enervados e nos dão a sensibilidade que regula a força aplicada em uma mordida. Enquanto a mastigação prossegue, a língua se move para todos os lados, ajudando assim a misturar o pedaço de sanduíche com a saliva.
         O líquido produzido pelas glândulas salivares espalhadas pela boca é 99,5 % comp osto de água e irá h idratar o bocado do sanduíche, transformando-o em uma papa fácil de ser engolida. A saliva ainda contém enzimas que são substâncias químicas que decompõem os alimentos. Diariamente, uma pessoa produz cerca de 1,2 litro de saliva que passeia por entre as gengivas, realizando uma limpeza constante.
        Durante a mastigação, o paladar determina se há necessidade de saliva extra. Se o sanduíche estiver salgado demais, haverá pouca salivação, gerando sensação de sede. Mas, se acompanhando o sanduíche, a pessoa tomar alguns goles de limonada haverá saliva à vontade, estimulada pelo gosto ácido que, por isso, costuma receber o adjetivo refrescante.
Por causa do amido, um tipo de carboidrato contido no pão, a quebra química do sanduíche começa ainda na boca, graças a uma enzima salivar, conhecida como amilase salivar. A molécula de amido pode ser descrita como um longo colar, cujas contas, seriam glicose. A amilase salivar não irá separar conta por conta, mas quebrará esse cordão em diversos pedaços, criando maltoses.
        O tempo que o sanduíche permanece na boca, sendo esmagado entre os dentes, depende da vontade de cada um. Mas, quanto mais triturada a comida mais fácil de ser engolida. A deglutição é um momento crítico, quando o alimento atravessa o cruzamento entre o sistema digestório e o respiratório, na faringe, um tubo muscular com cerca de 12 centímetros, na altura da garganta. Se o sanduíche pegar a via errada, na direção dos pulmões, ele logo será expulso por um jato de ar, no fenômeno do engasgo. Os pulmões não suportam elementos estranhos. Para evitar isso, ao mesmo tempo em que a língua joga o alimento para trás, pressionando-o contra o céu da boca, um osso chamado hióide sobe, fechando a laringe, no caminho exclusivo do ar.
        Da faringe, o bolo alimentar segue para o esôfago, o tubo de aproximadamente 25 centímetros que vai do pescoço ao tórax. É uma pista de alta velocidade, por onde os líquidos passam em um único segundo; os alimentos sólidos demoram no máximo oito segundos. O ritmo acelerado não é mérito da força da gravidade, tanto que o sanduíche pode ser engolido quando alguém está de cabeça para baixo: a proeza se deve aos movimentos peristálticos, existentes em todo sistema digestório, que empurram o alimento na direção certa.
        O sanduíche alcança, enfim, o estômago. Se essa bolsa, de formato variável, estiver vazia, parecerá pequena como um pêssego, com espaço para guardar o conteúdo de meia xícara de chá. Mas o estômago é campeão em elasticidade, aumentando até quarenta vezes de tamanho – nas mulheres, perde apenas para o útero, que tem o triplo dessa capacidade. Estufado, o estômago pode armazenar 2 litros de alimento. Nele, os líquidos fazem uma pequena parada, de poucos minutos. O sanduíche, porém, ficará ali durante duas a seis horas, sendo sovado como uma massa de pão, com movimentos em todos os sentidos, a cada quinze ou vinte segundos.
        A estada do sanduíche no estômago poderá ser atrasada, se ele chegar misturado com refrigerante ou qualquer outra bebida gaseificada. O gás carbônico da bebida reagirá com o ácido clorídrico, componente do suco gástrico secretado por glândulas na parede estomacal. A combinação atrapalha a tarefa da víscera, que fica cheia de gases. O próprio estômago não sai queimado porque é revestido por uma camada protetora de muco. Quando surgem falhas nesta proteção, aparecem feridas – as úlceras.
        Diariamente, o estômago fabrica cerca de 2 litros de suco gástrico, no qual se encontra também uma enzima, a pepsina, que inicia a quebra das proteínas, o principal ingrediente do queijo e do presunto do recheio do sanduíche. A pepsina divide a proteína em peptonas, moléculas ainda muito grandes para a absor ção. Embora seja o p ersonagem mais famoso do sistema digestório, é apenas isso que o estômago faz.
        Logo depois, ele deixa sair uma amostra dessa pasta de sanduíche pelo chamado piloro, uma passagem estreita, sempre entreaberta. Essa pequena colherada vai pra o duodeno, um trecho de 18 centímetros na entrada do intestino delgado, que tem 6 metros. Esse é por excelência, o órgão da digestão. Faz sentido: é a única parte do sistema digestório que trabalhará com todos os ingredientes do sanduíche ao mesmo tempo, incluindo a gordura da maionese, que, até então, continuava do mesmo jeito que entrou pela boca.
        No duodeno, células especiais analisam o serviço que o intestino terá pela frente, avaliando a proporção de cada grupo de nutrientes. Como a quebra das gorduras é mais demorada, se o sanduíche tiver muita maionese, o intestino liberará substâncias que ordenarão ao estômago segurar a sua carga. Obedecendo a esse comando químico, o piloro se fecha. Só quando todo o alimento no intestino já estiver pronto para a absorção, o duodeno permitirá a entrada de um segundo bocado e assim por diante. A gordura então acaba freando a velocidade da trajetória do bolo alimentar, daí a sensação que as pessoas têm de estômago pesado quando comem, por exemplo, uma feijoada.
        O intestino, enrolado como um caracol fabrica o suco intestinal (entérico) que juntamente com o suco pancreático (produzido pelo pâncreas, uma glândula que fica fora do intestino, logo abaixo do estômago) são lançados no duodeno para completar o trabalho da digestão. Assim em aproximadamente 4 horas ocorrerá a quebra da maltose em glicose e estas pequeninas moléculas de glicose atravessarão os microscópicos vasos capilares das células intestinais, caindo na circulação sanguínea.
        A mesma estratégia destes sucos digestivos é utilizada com as peptonas que são decompostas em aminoácidos que serão absorvidos pelas células intestinas e conduzidos, por meio do sangue, às células de todo o corpo.
A gordura, porém, é um capítulo à parte. O problema é que, na digestão, tudo acontece em meio líquido e a gordura não se dissolve em água. Daí a importância da bile, produzida no fígado, que também é lançada no duodeno. Em primeiro lugar, a bile reparte uma gota de gordura em inúmeras gotículas, o que facilita o trabalho dos sucos pancreático e entérico. Desse modo a gordura é decomposta em glicerol e ácidos graxos que serão absorvidos pelas vilosidades intestinas e por meio da circulação chegarão às células para serem por elas aproveitados.
        A etapa final do intestino mede cerca de 1 metro: é o intestino grosso. Em uma ou duas horas, ele absorve não só a água que se bebe como os cerca dos 9 litros de sucos diversos que o sistema digestório despejou na trajetória do alimento. Nesse momento, o organismo traga as vitaminas e os sais minerais que estavam, principalmente, na alface e no tomate do sanduíche. Restará assim o chamado bolo fecal, que o sistema digestório mandará para fora do organismo – uma mistura de tudo o que não foi absorvido.
        O sanduíche ainda levará 10 a 12 horas, antes de ser transformado em energia dentro de cada célula do corpo humano. Na verdade, uma pessoa ingere hoje o combustível que irá gastar amanhã. Ainda assim, a glicose, de todos os nutrientes, é o que se transforma mais rapidamente em energia. Por isso, os músculos preferem usar da glicose quando precisam realizar um movimento repentino, como o dos primeiros passos de uma marcha. A gordura, no entanto, é uma fonte de energia mais eficiente, embora demore mais para ser acionada. Depois de algum tempo caminhando, os músculos abandonam a glicose, para consumirem gordura. Os aminoácidos, por sua vez, serv em como matéria-prima para o organismo cons truir suas próprias proteínas. Elas se transformam em energia somente quando não há glicose ou gordura disponível.
(Texto adaptado da Revista Superinteressante - dez/1990)


ESTRATÉGIAS E RECURSOS:

I.Orientações:
1.O texto deverá ser entregue individualmente ao aluno.
2.O professor propõe uma leitura dinâmica do texto. Cada aluno lê até um ponto final.
3.Recomeça-se a leitura mais devagar, propondo aos alunos grifarem as palavras desconhecidas e nomear aos parágrafos.

II Atividades propostas:
1.Retire 5 informações do texto que são novidades para você.
2.Registre pelo menos 2 atitudes que foram praticadas por você na atividade da aula anterior e que, segundo o texto, não são aconselháveis.( Por exemplo: mastigar rápido, tomar refrigerante durante a refeição, entre outros).
3.Explique com suas palavras por que o organismo prefere usar a glicose e não a gordura quando precisa produzir energia.
4.Como é feita a digestão dos sais minerais e vitaminas presentes na alface e no tomate do sanduíche?
5.Escreva com suas palavras um conceito para digestão.

6.Construir um esquema do sistema digestório (tubo digestório e glândulas anexas) consultando o vídeo disponibilizado a seguir. 

Sistema digestório

Recursos Educacionais
Nome Tipo
Sistema digestório Animação/simulação
Avaliação

VERIFICANDO O QUE VOCÊ APRENDEU.......
Construir uma história em quadrinhos ou um poema com rimas que repasse informações que foram veiculadas pelo texto.

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