16/01/2014
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Física | Movimento, variações e conservações |
Objetivos da aula
Como se trata de uma atividade introdutória, não há conhecimentos prévios necessários à realização desta aula.
Fio de costura.
Massas de 100g e 200g,que podem ser suspensas em um suporte preso ao fio de costura.
Barbante.
Duas roldanas fixas nas extremidades de uma mesa
Um suporte fixo em uma das extremidades de uma mesa
Dinamômetro.
Nesta aula você receberá um conjunto de materiais para produzir um modelo de situações reais que envolvem o estiramento de cordas puxadas por um ou por dois cavalos. Na situação ilustrada na Figura 1, a corda é puxada por um cavalo que exerce o máximo da força de tração que ele é capaz de exercer. Nessas circunstâncias, a corda é levada ao seu limite ficando prestes a se romper. Note que na situação ilustrada pela Figura 1, uma das extremidades da corda está presa a um suporte, enquanto a outra extremidade é puxada pelo cavalo. O modelo dessa situação, a ser usado nesta atividade de laboratório é apresentado na figura 4. Nesse modelo, o cavalo é substituído por uma associação peso-roldana.
A situação ilustrada na Figura 1 será comparada com outra na qual a mesma corda tem ambas as extremidades puxadas por cavalos (ver figura 2) ou por associações peso-roldana que substituem esses cavalos (ver figuras 4 e 5). Por fim, as duas primeiras situações serão comparadas a uma terceira situação (ver figura 3), na qual dois cavalos atuam sobre uma extremidade da corda, enquanto a outra extremidade é fixada a um suporte. Deixamos por sua conta imaginar como seria a montagem de laboratório que corresponde a essa terceira situação. Todas essas figuras estão disponíveis em alta resolução nos links a seguir:
Há duas perguntas-chave que tentaremos responder ao modelar essas situações: 1o- se a força exercida por um único cavalo, esforçando-se ao máximo, estira a corda até o limite de sua ruptura (figura 1), o que ocorrerá com a mesma corda quando dois cavalos, idênticos ao primeiro, também se esforçando ao máximo, puxarem as extremidades da corda em sentidos opostos (figura 2)? 2o- considerando que dois cavalos atuam na corda nas situações mostradas nas figuras 2 e 3, podemos dizer que elas são equivalentes, em termos da força aplicada sobre a corda?
Mesmo que você julgue saber responder essas perguntas, nesta atividade, você terá de produzir respostas sustentadas por observações e medidas a serem realizadas com os materiais que se encontram ilustrados nas figuras 4 e 5: fio de costura, roldanas fixas nas extremidades de uma mesa, massas que podem ser suspensas em um suporte, dinamômetro.
Com esses materiais você poderá responder às duas perguntas-chave apresentadas acima. As roldanas permitirão que as forças de atração gravitacional, exercidas sobre cada massa suspensa, deem origem às forças horizontais que serão aplicadas sobre o fio e que são equivalentes às forças exercidas pelos cavalos mostrados nas figuras 1, 2 e 3.
Ao fazer as montagens mostradas nas figuras acima, as massas presas ao fio precisam ser abandonadas muito lentamente. Fazendo qualquer movimento brusco, corremos o risco de arrebentar o fio, mesmo antes do peso das massas alcançarem o valor que corresponde ao máximo de tensão suportada pelo fio. Para entender por que esse cuidado é tão importante, sugerimos que você compare duas diferentes técnicas para arrebentar um pedaço de corda, fio, barbante ou linha. Para utilizar a primeira técnica, prenda uma extremidade de um pedaço de barbante em cada mão e comece a esticar o barbante bem lentamente, até que ele se rompa. Se o barbante que você estiver usando for forte demais para ser arrebentado desse modo, você pode trocá-lo por outro mais fraco ou, então, utilizar a segunda técnica descrita a seguir. Essa técnica consiste em deixar o barbante, inicialmente, frouxo para depois puxar suas extremidades com a máxima rapidez que você conseguir. Mesmo se você tiver conseguido arrebentar o barbante com a primeira técnica, pegue outro pedaço de barbante idêntico e use a segunda técnica. Compare a dificuldade enfrentada para arrebentar o barbante usando as duas técnicas. Por que será que o puxão brusco exerça uma força maior sobre o fio?
Para que o modelo seja mais realista é conveniente que você identifique, previamente, a tensão máxima suportada pelo fio de costura a ser usada nos nossos modelos. Você recebeu de seu professor massas de 200 g, 100 g e 50 g, além de um dinamômetro graduado em Newtons que permite medir a força peso a ser aplicada sobre o fio a partir de uma associação de várias dessas massas presas a um mesmo suporte. Utilizando esses materiais e fazendo uma montagem semelhante àquela ilustrada na Figura 4, identifique a tensão máxima ou tensão de ruptura suportada pelo fio de costura.
O modelo da situação ilustrada na Figura 1 foi utilizado na exploração anterior para permitir a identificação do limite de ruptura do fio de costura utilizada neste laboratório. Na hora de produzir o modelo da situação ilustrada na figura 2, nós sugerimos que as cargas sejam soltas nas duas extremidades da mesa, de forma sincronizada, e muito lentamente, de modo a evitar que qualquer arranque seja produzido sobre o fio. Se o fio arrebentar, repita o procedimento e tome mais cuidado ao abandonar as cargas, observando, tanto a suavidade da operação, quanto a sincronia no ato de soltar as cargas dos dois lados da mesa. Se você tomar os cuidados necessários e o pedaço de fio não for mais frágil que aquele utilizado no Passo 2, as duas cargas colocadas nas duas extremidades do fio poderão ser iguais à carga máxima que o fio suportou na situação em que uma de suas extremidades estava presa a um suporte fixo. Você havia previsto esse resultado? Consegue explicá-lo?
A avaliação deve ser consistente com o que propõem os objetivos de aprendizagem descritos no item “O que o aluno poderá aprender com esta aula”. Alguns exercícios de lápis e papel similares aos que apresentamos a seguir podem ser usados tanto para transferir a responsabilidade aos estudantes pelo uso dos conhecimentos construídos ao longo da aula, quanto para identificar eventuais dificuldades de compreensão dos conceitos e relações que estruturam a atividade.
Para esticar um fio e, ao mesmo tempo, mantê-lo em repouso, são necessárias duas forças iguais e opostas aplicadas em suas extremidades. Assim, dizer que a força de tensão em um fio em repouso é igual a, por exemplo, 10 Newtons, equivale a dizer que o fio está submetido a um par de forças iguais a 10 N, aplicadas em suas duas extremidades. Com base nessa afirmação, identifique os agentes responsáveis pelas forças que provocam o estiramento da corda nas situações descritas pelas figuras 1, 2 e 3.
Na atividade 2, nós comparamos duas técnicas para arrebentar um fio. Nessa ocasião, notamos que a facilidade para romper o fio não é a mesma nas duas situações. Quando puxamos o fio de modo a aumentar lenta e gradualmente a força exercida sobre ele, o fio exerce uma força sobre cada uma de nossas mãos igual àquela que as mãos exercem sobre ele. Essa força, progressivamente maior, atua tempo suficiente para deformar, mais e mais, o cabo de vassoura no qual as extremidades do fio foram amarradas a pele e os músculos das mãos. Se o fio for resistente nós iremos sentir dor. Na segunda técnica, nós aumentamos brusca e violentamente a força exercida sobre o fio. Assim, nós imprimimos uma aceleração enorme sobre o fio. Para criar essa grande aceleração, o puxão produziu sobre o fio uma enorme força de tensão. Uma força de mesma intensidade atuou em nossas mãos, mas isso ocorreu durante um intervalo de tempo muito pequeno, que foi insuficiente para deformar a pele e os músculos de modo significativo, a ponto de provocar desconforto ou dor. Considerando essa análise da situação, você diria que a diferença entre os dois modos de arrebentar o fio pode ser compreendida com a ajuda da 2ª Lei de Newton (F = m . a)?
A figura disponível neste link <pontociencia.org.br/galeria/#/content/Fisica/Mecanica/Analise%20de%20interacoes%20em%20um%20fio%20sob%20tensao.jpg> apresenta uma análise das interações entre um fio e os corpos a ele conectados. O círculo tracejado no lado esquerdo dessa figura focaliza a interação entre o fio e o suporte no qual ele foi amarrado. Essa interação é caracterizada pela presença da força F1 (exercida pelo fio sobre o suporte), bem como pela presença da força F2 (exercida pelo suporte sobre o fio). O lado direito da figura, mostra, ainda, as forças F3 e F4 associadas à interação do fio e da carga nele suspensa. Analise as informações contidas na figura e responda:
A) As forças F1 e F2 constituem um par de ação e reação? Explique.
B) Considerando que o fio se encontra em equilíbrio, concluímos que as forças F2 e F4 têm intensidades iguais! Essa consideração reforça ou fragiliza a afirmação de que as situações mostradas nas figuras 4 e 5 são completamente equivalentes? Explique.
Como toda força é uma ação, muitas pessoas acreditam que apenas coisas vivas ou “ativas” são capazes de exercer forças. Para essas pessoas, então, “coisas passivas”, tais como paredes e outros objetos “inanimados”, não seriam capazes de exercer força. Como você utilizaria as observações que realizou nesta atividade para avaliar essa opinião?
As explorações realizadas nesta atividade foram feitas a partir de modelos ou simulações das situações apresentadas nas figuras 1 e 2, que aparecem na primeira página deste roteiro. Os modelos ou simulações utilizados encontram-se ilustrados nas figuras 4 e 5. Você considera os resultados alcançados com os modelos válidos e aplicáveis às situações reais que foram modeladas ou simuladas? Explique.
Quatro estrelas 1 classificações
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28/01/2014
Quatro estrelasGostei muito dos exemplos utilizados nesta aula. Trabalhar com experimentos é o melhor caminho para se obter respostas conclusivas. Parabéns.