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OS ESPAÇOS SIMBÓLICOS NA LITERATURA E NA GEOGRAFIA

 

09/10/2009

Autor e Coautor(es)
Maria Auxiliadora Cunha Grossi
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UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberlândia

Aparecida Clemilda Porto

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

a) Repensar categorias como identidade, diferença e cultura que redimensionam noções básicas da Geografia.
b) Identificar e compreender os processos e fenômenos que criam diferentes formas de organização espacial.
c) Compreender os espaços construídos como produtores de sentidos e interpretações do mundo.
d) Redimensionar noções de representação do espaço físico-cultural geográfico para a representação do espaço na linguagem literária.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Noções de representações do espaço geográfico como sugerem os estudos da Geografia Cultural, para os quais as imagens e as linguagens são uma espécie de signo. E também saber que os espaços nem sempre representam o real de forma transparente, mas podem simbolizar mecanismos arbitrários de representação desta realidade.

Estratégias e recursos da aula

1) Texto sugerido para leitura pelo professor: MORGADO, Vânia Nunes. O conteúdo simbólico dos elementos que constituem o lugar: o cotidiano do aluno no ensino de geografia; disponível em:
2) www.google.com.br/search?q=MORGADO%2C+Vânia+Nunes.+O+conteúdo+

 
Tal texto pretende orientar o professor para uma leitura da realidade que supere a leitura do senso-comum, para reflexões metodológicas que permitam trabalhar a noção por meio da linguagem do cotidiano, ou seja, valorizando as experiências de vida do aluno.
3) Música (vide sugestões posteriores)
4) Aparelho para cd
5) Papel A4
6) Uma cópia para cada aluno do poema “No último andar”, de Cecília Meireles, em papel A4.

Aula 1
Atividade 1
1º. Momento: sugestões para introdução do tema
a) O professor deverá desenvolver uma conversa sobre o espaço que ocupamos em nossa vida cotidiana. A escola, a sala de aula, a nossa casa, os espaços de lazer, enfim, aqueles lugares mais presentes em nossos afazeres cotidianos. Adaptamo-nos bem a eles? Em que lugares sentimos mais prazer, medo, seguros ou inseguros? Que ações realizamos nestes espaços?
2º. Momento:
b) Propor a seguinte atividade: descrever espaços ou eventos criados pelos grupos sociais, buscando caracterizá-los. Descrever não somente identificando suas características físicas, mas dizendo sobre a sua possível origem, como surgiram e como passaram a existir; falar também das necessidades de quem mora nesses espaços, suas conquistas, seus afetos, sonhos, vitórias e/ou fracassos. Os lugares descritos podem ser: uma favela, um condomínio fechado de casas, um condomínio de casas populares. Os eventos descritos podem ser: festas populares como a congada, a folia de reis, o Natal ou o Ano Novo e os espaços públicos e privados por elas ocupados. Cada aluno ou grupo de alunos, ou mesmo o professor, poderá propor lugares diferentes a serem descritos.

Aula 2
Atividade 1
O professor seleciona uma música clássica, calma, para desenvolver a atividade.
Sugestão de músicas:
(Atenção. Os vídeos sugeridos pelo site proposto não precisam ser apresentados. O objetivo é a escuta das músicas. O professor poderá também usar o cd.)


VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas Brasileiras no. 1. Prelúdio. Modinhas
Disponível em: 

 www.youtube.com/watch?v=crL1H8INb8c  

VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas Brasileiras no. 4. Prelúdio.

Disponível em:

www.youtube.com/results?search_query=VLOBOS%2C+Heitor.+BachiILLAanas+Brasileiras

 
VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas Brasileiras no. 5.


Disponível em:
http://www.youtube.com/results?search_query=%28Bidu+Say%C3%A3o.+Bachiana+Brasileira+no.+5.+Cantilena%29.&search_type=&aq=f  


VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas Brasileiras no. 7.


Disponível em:
http://www.youtube.com/results?search_query=Bachianas+Brasileras+no.+7+.+Prel%C3%BAdio&search_type=&aq=f  

Ao som de uma música instrumental, calma, com ritmos leves, (moderna ou clássica), o professor inicia a seguinte conversa com os alunos:

1º. Momento – “Imagine um lugar onde você poderia se refugiar nos momentos de grande dificuldade, onde poderia encontrar a paz, a beleza, o aconchego maior, uma fuga através da imaginação, para um mundo idealizado por você.” O professor inicia assim a sua fala, referindo-se aos lugares de refúgio, de fuga da imaginação.
2º. Momento - Distribuir folhas de papel A4, brancas ou coloridas e, ainda ao som da música, pedir que eles desenhem ou escrevam, sem a preocupação com alguma lógica ou ordem na escrita, sobre objetos, pessoas ou cenas que estariam neste lugar imaginado por eles.
3º Momento – Distribuir cópias do poema de Cecília Meireles, “No último andar”. Fazer a leitura do poema uma, duas, três vezes, silenciosamente. Propor leituras individuais, em grupos, por fileiras; por estrofes, refrões, explorando ao máximo as vocalizações do texto.

OBS.: O poema “O Último Andar”, de Cecília Meireles, deve ser lido/interpretado como um momento de reflexão sobre o significado de espaço não somente como lugar “físico”, mas como lugar da imaginação, da representação de uma dada realidade, uma representação que se constitui por meio de símbolos, assim como se dá a representação das ideias e do mundo na linguagem literária.


O último andar - Cecília Meireles


No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.


O último andar é muito longe:
Custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.


Todo o céu fica a noi te inteira
sobr e o último andar.
É lá que eu quero morar.


Quando faz lua, no terraço
fica todo luar.
É lá que eu quero morar.


Os passarinhos lá se escondem
para ninguém os maltratar:
no último andar.


De lá se avista o mundo inteiro:
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:


No último andar


Aula 3

1º. Momento: Retomar a leitura do poema e estabelecer uma análise reflexiva focalizando os seguintes aspectos:
A noção de espaço simbólico proposta pela Geografia dialoga com a noção de representação e simbologia presente na linguagem literária. A primeira, pretende, com essa noção, flexibilizar, por meio de símbolos, conceitos que camuflam e distorcem a realidade geográfica, sócio-econômica e cultural; a segunda também, por meio de uma linguagem estética própria, busca construir sentidos sociais e históricos fundados na valorização da experiência humana.
2º. Momento: O professor diz: “Nas aulas anteriores você, por meio da escrita, descreveu e refletiu sobre os espaços sociais e culturais criados pelo homem, depois, lendo o poema de Cecília Meireles, você idealizou o seu lugar imaginário, seus pensamentos se soltaram e seus sentimentos foram se manifestando, aos poucos, em relação a esse lugar. Agora, você vai escrever sobre este lugar que imaginou. Que lugar foi este? Para onde você foi? O que significa para você o "último andar?"


Atividade 1
A partir das reflexões até então realizadas, propõe-se aos alunos que, seguindo a estrutura do poema de Cecília Meireles, completem os versos abaixo, retomando as noções de simbologia dos espaços, sob a ótica da Geografia e da linguagem literária. O texto do aluno não deverá conter conceitos, mas sentimentos, impressões suas sobre o que representa o espaço por ele imaginado.
No ultimo andar é ......
Do último andar se vê ......
Do último andar custa-se muito a .....
De lá se avista ....
É lá que .............

Avaliação

Avaliar a compreensão dos conteúdos discutidos, a organização das idéias tendo em vista a relação intertextual presente nos conceitos abordados em diferentes linguagens e conteúdos (Geografia e Literatura). O professor procederá com esta avaliação tanto no momento das discussões conceituais introdutórias, como por meio das expressões escritas propostas nas aulas 1 e 2.

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