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Verso e rima: será que combina?

 

03/04/2014

Autor e Coautor(es)
SELMA SUELI SANTOS GUIMARAES
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias; Lazuíta Goretti de Oliveira.

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Internalizar os conceitos de rima e verso.
  • Ler, analisar e/ou interpretar textos poéticos.
  • Criar textos poéticos (quadras).
  • Declamar textos poéticos (quadras).






























































Duração das atividades
02 aulas de 50 a 60 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Estratégias de leitura.






























































Estratégias e recursos da aula
  • Computador.
  • Projetor.
  • Internet.
  • Cópias dos poemas.
  • Trabalho individual / grupo.

 

Módulo 1

 

ATIVIDADE 1

 

Imagem disponível em: http://i1.ytimg.com/vi/ay_Y_RHSues/hqdefault.jpg. Acesso em: 25 mar. 2014.

 

Professor, criar um texto poético pode ser uma tarefa prazerosa, apesar de trabalhosa. Para criar um texto poético com rimas, é preciso recorrer à memória e também ao dicionário para encontrar palavras que não usamos todos os dias. Para começar essa atividade, prepare um material sobre o conceito básico de rimas e versos. Você poderá preparar cartazes ou mesmo slides com a ferramenta Powerpoint. Explique cada um dos conceitos aos alunos e verifique se houve compreensão por parte deles.

 

Veja sugestões de slides desse material, abaixo:

 

Rima

A rima é um recurso utilizado pelo poeta para embelezar seus versos, isto é, seu poema.

Rima é a semelhança sonora entre as palavras. Elas aparecem, normalmente, no final do verso do poema. Entretanto, elas também podem aparecer no meio do verso.

Slide criado pela formadora.

 

Quando a rima aparece no final do verso é chamada rima externa.

Exemplo: 

Esta menina

tão pequenina

quer ser bailarina. (A bailarina, Cecília Meirelles)

Slide criado pela formadora.

 

 Quando a rima aparece no meio do verso é chamada rima interna.

Exemplo:

No fim da alameda há raios e papagaios de papel de seda. (Outubro, Guilherme de Almeida)

Slide criado pela formadora.

 

Verso

Verso é cada uma das linhas que constituem uma estrofe num poema.

A estrofe é o conjunto de versos.

Slide criado pela formadora.
 

ATIVIDADE 2

 

Professor, após a explicação do que é  rima e  verso, prepare, para essa atividade, poemas escritos com rimas. Esta será uma atividade bem lúdica, na qual os alunos deverão declamar poemas escritos com rimas.

 

Traga várias quadrinhas para apresentar aos alunos. Primeiramente, pergunte-lhes se sabem o que são quadrinhas.

 

Explique-lhes que quadrinhas são poemas escritos com apenas quatro versos. São muito conhecidos pelas crianças, pois estão presentes nas brincadeiras e cantigas de roda. Vocês podem lembrar alguns exemplos conhecidos pela turma (veja um exemplo abaixo).

 

O cravo brigou com a rosa, 
Debaixo de uma sacada. 
O cravo saiu ferido, 
E a rosa despedaçada.  
 
Exemplo disponível em: http://letras.mus.br/cantigas-populares/631308/. Acesso em: 25 mar. 2014.
 
 
Em seguida, comente com os alunos que Fernando Pessoa (1888-1985), um escritor português, escreveu muitas quadras, nas quais ele retrata as coisas simples da vida. Essas quadras só foram publicadas depois de sua morte e estão reunidas em um livro chamado  Quadras ao gosto popular.
 
 
Para desenvolver a atividade, prepare cópias impressas de algumas quadras de Fernando Pessoa. Distribua-as entre os alunos e deixe-os fazer uma primeira leitura de forma individual e silenciosa. Depois, organize-os em grupos menores e peça a cada aluno que prepare a declamação da quadra que ele mais gostou. Vocês podem até fazer um concurso e ver quem consegue memorizar e declamar uma ou mais quadras.
 
 
 
 
 
Veja algumas quadras de Fernando Pessoa:
 
 
 
Imagem disponível em: http://c2.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/b6305900c/7608698_bzlZs.jpeg. Acesso em: 25 mar. 2014.
 
 
 
Cantigas de portugueses 
São como barcos no mar - 
Vão de uma alma para a outra 
Com riscos de naufragar. 
 
A caixa que não tem tampa 
Fica sempre destapada. 
Dá-me um sorriso dos teus 
Porque não quero mais nada. 
 
Tens o leque desdobrado 
Sem que estejas a abanar. 
Amor que pensa e que pensa 
Começa ou vai acabar. 
 
Toda a noite ouvi no tanque 
A pouca água a pingar. 
Toda a noite ouvi na alma 
Que não me podes amar. 
 
Dias são dias, e noites 
São noites e não dormi... 
Os dias a não te ver 
As noites pensando em ti. 
 
 
Tenho um relógio parado 
Por onde sempre me guio. 
O relógio é emprestado 
E tem as horas a fio. 
 
Depois do dia vem noite, 
Depois da noite vem dia 
E depois de ter saudades 
Vêm as saudades que havia. 
 
Levas chinelas que batem 
No chão com o calcanhar. 
Antes quero que me matem 
Que ouvir esse som parar. 
 
No baile em que dançam todos 
Alguém fica sem dançar. 
Melhor é não ir ao baile 
Do que estar lá sem lá estar. 
 
Teus brincos dançam se voltas 
A cabeça a perguntar. 
São como andorinhas soltas 
Que inda não sabem voar. 
 
Tens um livro que não lês, 
Tens uma flor que desfolhas; 
Tens um coração aos pés 
E para ele não olhas. 
 
 
O vaso que dei àquela 
Que não sabe quem lho deu 
Há de ser posto à janela 
Sem ninguém saber que é meu. 
 
Todos os dias eu penso 
Naquele gesto engraçado 
Com que pegaste no lenço 
Que estava esquecido ao lado. 
 
Levas uma rosa ao peito 
E tens um andar que é teu... 
Antes tivesses o jeito 
De amar alguém, que sou eu. 
 
O malmequer que arrancaste 
Deu-te nada no seu fim, 
Mas o amor que me arrancaste, 
Se deu nada, foi a mim. 
 
 
Tenho vontade de ver-te 
Mas não sei como acertar. 
Passeias onde não ando, 
Andas sem eu te encontrar. 
 
O manjerico comprado 
Não é melhor que o que dão. 
Põe o manjerico ao lado 
E dá-me o teu coração. 
 
Nuvem do céu, que pareces 
Tudo quanto a gente quer, 
Se tu, ao menos, me desses 
O que se não pode ter! 
 
Rosa verde, rosa verde,... 
Rosa verde é coisa que há? 
É uma coisa que se perde 
Quando a gente não está lá. 
 
Vai alta a nuvem que passa. 
Vai alto o meu pensamento 
Que é escravo da tua graça 
Como a nuvem o é do vento. 
 
 
Ambos à beira do poço 
Achamos que é muito fundo. 
Deita-se a pedra, e o que eu ouço 
É teu olhar, que é meu mundo. 
 
Dás nós na linha que cose 
Para que pare no fim. 
Por muito que eu pense e ouse, 
Nunca dás nó para mim. 
 
Boca com olhos por cima 
Ambos a estar a sorrir... 
Já sei onde está a rima 
Do que não ouso pedir. 
 
As gaivotas, tantas, tantas, 
Voam no rio pró mar... 
Também sem querer encantas, 
Nem é preciso voar. 
 
As ondas que a maré conta 
Ninguém as pode contar. 
Se, ao passar, ninguém te aponta, 
Aponta-te com o olhar
 
Boca de riso escarlate 
E de sorriso de rir... 
Meu coração bate, bate, 
Bate de te ver e ouvir. 
 
O moinho de café 
Mói grãos e faz deles pó. 
O pó que a minh'alma é 
Moeu quem me deixa só. 
 
 
Boca de riso escarlate 
Com dentes brancos no meio, 
Meu coração bate, bate, 
Mas bate por ter receio. 
 
Tenho um livrinho onde escrevo 
Quando me esqueço de ti. 
É um livro de capa negra 
Onde inda nada escrevi. 
 
Meu coração a bater 
Parece estar-me a lembrar 
Que, se um dia te esquecer, 
Será por ele parar.
 
 

 

ATIVIDADE 3

 

 

Imagem disponível em: http://c4.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/B9c110729/13708498_uLvnO.png. Acesso em: 25 mar. 2014.

 

Terminada a atividade de declamação, peça aos alunos para marcar, nas quadras, as palavras, ou os sons que rimam. Peça também que eles classifiquem as quadras em rimas externas ou internas.

 

Módulo 2

 

ATIVIDADE 1

 

Imagem disponível em:  Acesso em: 25 mar. 2014.

 

Esta atividade, chamada, em inglês, de brainstorming, significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. A técnica de brainstorming propõe que um grupo de pessoas se reúna e lance ideias sobre um determinado assunto. Para essa atividade, a técnica será usada para elencar palavras que rimam.

 

Para desenvolver a atividade, o professor deverá fazer uma tabela no quadro, dividida em colunas. Em cada coluna, o professor escreverá uma palavra. Os alunos deverão pensar em palavras que rimam com aquela que está escrita no topo da coluna e, à medida que eles forem se lembrando de palavras, preencherão as colunas. Para que os alunos participem de forma mais ativa, eles mesmo poderão ir ao quadro escrever suas palavras.

 

Veja abaixo uma sugestão de tabela:

 

 JANELA   DIA   ROSA   BONITA   AMARELO   CÉU   DOCE   CORAÇÃO 

 

 

 

             

 

 

ATIVIDADE 2

 

 

Imagem disponível em: http://www.abcdoamor.com.br/depoeta/depoeta_caneta_escrevendo.JPG. Acesso em: 25 mar. 2014.

 

Momento da escrita

 

Nessa atividade, os alunos produzirão quadras seguindo o modelo das quadras de Fernando Pessoa. Eles poderão utilizar as palavras elencadas na tabela da atividade anterior. Ao final da atividade, o professor recolherá todos os textos poéticos escritos pelos alunos. Em seguida, ele fará a correção desses textos e os devolverá à turma. 

 

 

ATIVIDADE 3

 

 

 

Imagem disponível em: http://www.rioeduca.net/admin/_m2brupload/_fck/Renata/AlmBarroso/Vinicius/20131016211752.JPG. Acesso em: 25 mar. 2014.

 

Quando os alunos receberem seus textos corrigidos, deverão fazer uma cópia escrita para preparar uma exposição no mural da escola. Além de preparar o mural, cada aluno deverá declamar seu texto poético para os colegas.


 

Recursos Complementares

Para mais informações sobre rimas, acesse:

http://professoramarialucia.wordpress.com/2013/10/18/rimas-pobre-rica-rara-externa-interna-consoante-toante-ou-assoante/. Acesso em: 25 mar. 2014.

 

Para mais quadras de Fernando Pessoa, acesse:

http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/fileadmin/CASA_FERNANDO_PESSOA/Imagens/servico_educativo/Quadras_ao_gosto_popular_.pdf. Acesso em: 24 mar. 2014.

 

Para a biografia de Fernando Pessoa, acesse:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa. Acesso em: 25 mar. 2014.

http://www.suapesquisa.com/biografias/fernando_pessoa.htm. Acesso em: 25 mar. 2014.

http://www.e-biografias.net/fernando_pessoa/. Acesso em: 25 mar. 2014.

































Avaliação

A avaliação qualitativa será feita de modo processual. O professor deverá acompanhar a participação dos alunos em cada atividade proposta, observando seu desempenho e compreensão a respeito do tema trabalhado.

 

A avaliação quantitativa poderá ser feita, por meio da correção dos textos poéticos, isto é, as quadrinhas escritas pelos alunos.



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