22/04/2014
Eliana Dias, Lazuita Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: léxico e redes semânticas |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Estratégias:
Recursos:
O professor iniciará a aula, ativando os conhecimentos prévios dos alunos sobre o que é uma crônica, por meio de uma discussão oral, lembrando-os de que se trata de um texto curto, que parte de um fato do cotidiano e apresenta um ponto de vista particular sobre determinada situação do cotidiano.
Feito isso, o professor entregará aos alunos o texto "Pré sal", da coluna de crônicas do Estadão, publicado em novembro de 2009.
Pré Sal Dizem que otimista é o cara que vê o copo meio cheio, enquanto pessimista é quem o enxerga meio vazio. A imagem é batida, mas vem a calhar, pois não é outro o tema desta crônica, senão a água. Muita água. Trilhões de litros de H2O, que serão acrescidos aos oceanos nas próximas décadas, quando as calotas polares derreterem. |
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,pre-sal,459845,0.htm>. Acesso em: 24 mar. 2014.
Depois de lerem o texto "Pré-Sal", os alunos lerão um texto que explica o que é o pré-sal.
1. O que é o pré-sal? O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros. As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobrás na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado. |
Disponível em: <http://www.petrobras.com/pt/energia-e-tecnologia/fontes-de-energia/pre-sal/>. Acesso em: 24 mar. 2014.
Se o professor julgar necessário, para melhor compreensão dos alunos, poderá exibir um vídeo que explica claramente o que é o Pré-sal.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1wumNuq3mu0>. Acesso em: 24 mar. 2014.
Assim que os alunos tiverem lido o texto "Pré-sal" com informações sobre o que é o programa Pré-Sal, o professor promoverá uma discussão a respeito da relação entre o Pré-sal e a mudança climática/efeito estufa.
O professor direcionará a discussão, relembrando aos alunos que um dos maiores causadores do efeito estufa é o dióxido de carbono (CO2), que é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis, que são usados em veículos automotores movidos à gasolina e a óleo diesel.
O objetivo desta atividade é mostrar aos alunos que, apesar dos benefícios econômicos trazidos pelo programa Pré-sal, da Petrobrás, o autor da crônica argumentativa,"Pré-sal", adverte o leitor sobre a questão de se estar comemorando o fato de se encontrar petróleo, mas se esquecendo de que o petróleo é, na verdade, a matéria prima para a produção de combustíveis (gasolina e óleo diesel) que agravam o efeito estufa.
O professor deverá advertir os alunos sobre o fato de que o narrador da crônica utiliza o título pré-sal, que é o tema de sua crônica, mas defende o ponto de vista de que, na verdade, a queima dos derivados do petróleo (combustíveis) é nociva ao meio ambiente.Ele defende esse ponto de vista valendo-se de argumentos.
Vale ressaltar ainda que o autor é bastante irônico, expondo o lado dos "pessimistas" e dos "otimistas", com relação ao efeito estufa, e mostrando que, no caso do efeito estufa, fechar os olhos para os problemas que estão sendo causados pela queima dos combustíveis trará desastrosas consequências.
O professor deverá dispor os alunos em duplas, para que analisem uma crônica argumentativa e, a partir do questionário que será respondido pela dupla, eles poderão perceber as características da crônica argumentativa.
Disponível em: <http://agenciat1.com.br/wp-content/uploads/2013/03/av-republica-do-libano.jpg>. Acesso em: 24 mar. 2014.
ARTUR VOLTOLINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No Rio de Janeiro não se anda de bicicleta, se passeia. Mesmo pra quem usa a bicicleta como meio de transporte, o ritmo é outro. A prefeitura da cidade a chama de "capital das bicicletas" e anuncia orgulhosa 235 Km de ciclovias.
Mesmo que muitas dessas "ciclovias" sejam faixas compartilhadas com skatistas ziguezaguendo, crianças brincando e casais paquerando. Isso quando a "ciclovia" não é apenas uma faixa vermelha pintada numa calçada estreita e com postes no meio.
Mas para que a pressa? A beleza da cidade e de seus moradores, a brisa fresca-- e limpa --que sopra do mar. Tudo é um convite à passear. E assim como as "ciclovias" são uma abstração, as regras de trânsito também. Cada um dirige como quer, e os motoristas de ônibus e os de carro performam lindos duetos trocando rapidamente de faixas ou dando freadas bruscas alternadas.
E nessa liberdade caótica do trânsito vivem os ciclistas cariocas. Capacetes são raros (quem quer esconder as belas madeixas?), muitos acreditam que andar na contramão é mais seguro. E ninguém reclama das bicicletas na calçada, o lugar preferido delas. Mesmo com o risco constante de atropelamentos.
Já São Paulo parece não ter sido feita para bicicletas: apenas 45 Km de ciclofaixas, ladeiras íngremes, avenidas e marginais assustadoras, ar poluído e uma pressa sem fim. E foi aí onde floresceu a forte cultura ciclística paulistana. Quase todos de capacete e lanternas piscantes. Muitos metidos em camisetas de tecido especial para o esporte e, apesar do enorme número de anúncios, compradas a preços exorbitantes em lojas especializadas.
Mas esse ciclista paulistano no meio dos carros, mesmo seguindo estritamente as poucas linhas destinadas à circulação de bicicletas no código brasileiro de trânsito, pode representar algo imoral, irresponsável. E que merece ser punido. Aí se xinga, gesticula, e às vezes se mata.
Já no Rio de Janeiro ninguém reclama de nada. Ou todos reclamam de tudo, mas ninguém dá atenção. E no meio dessa bagunça, me parece haver muito mais usuários de bicicletas nas ruas cariocas do que nas paulistanas. Mas quem ousar sair da "ciclovia" que se cuide.
De qualquer forma, segundo dados oficiais (nunca 100% confiáveis), de três a quatro ciclistas morrem por mês, tanto apressados e organizados em São Paulo quanto os que passeiam calmamente no Rio.
Artur Voltolini, 31, jornalista e designer gráfico paulistano, usa a bicileta como meio de transporte desde 2007, sendo os últimos dois anos no Rio de Janeiro.
Disponível em: <http://tools.folha.com.br/print?url=http%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Fsaopaulo%2F1059379-cronica-sobre-rodas-as-pedaladas-cariocas-e-paulistanas.shtml&site=emcimadahora>. Acesso em: 24 mar. 2014.
Sobre o texto responda:
Após os alunos lerem a crônica e responderem às questões, o professor fará a correção dos exercícios, oralmente, levando-os a perceberem que a crônica argumentativa trata, geralmente de forma sarcástica ou irônica, temas do cotidiano, apresentando uma argumentação num tom leve, mas sobre temas sérios.
Os alunos deverão escrever uma crônica argumentativa. Para isso, o professor deverá levá-los ao laboratório de informática para pesquisarem sobre temas/problemas sociais. Eles deverão anotar em uma folha separada os argumentos contrários ou favoráveis à questão que eles resolverem discutir em suas crônicas.
Segue uma lista de assuntos que podem servir de tema para a produção textual, e sobre os quais os alunos deverão buscar notícias, textos de opinião, etc. que sirvam de subsídio para a argumentação em defesa de um ponto de vista embasado sobre o assunto.
Os alunos poderão decidir, em duplas, sobre qual tema irão escrever sua crônica, a qual deverá abordar de forma sarcástica/irônica um problema de ordem social, valendo-se de argumentos elencados que sustentem o posicionamento defendido no texto.
Os alunos deverão ler suas crônicas para os colegas, e as demais duplas terão de perceber qual o tema abordado e qual o posicionamento está sendo sustentado. Ao final da leitura de cada crônica, os alunos das outras duplas poderão fazer comentários sobre como as crônicas produzidas pelos colegas poderiam ser melhoradas, inclusive, sugerindo outros argumentos, dessa forma, cada dupla terá a chance de rever o seu texto e reescrevê-lo.
O professor poderá selecionar as crônicas resultantes dessa atividade e publicá-las num blog da escola ou da área de Língua Portuguesa, se houver.
Site com crônicas argumentativas escritas semanalmente:
Disponível em: <http://acritica.uol.com.br/tema/cronicas.html>. Acesso em: 24 mar. 2014.
Crônicas argumentativas (exemplos):
Disponível em: <http://letrasmundosaber.blogspot.com.br/2009/11/cronicas-argumentativas.html>. Acesso em: 24 mar. 2014.
Material sobre crônicas argumentativas:
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/redacao/a-cronica-argumentativa.htm>. Acesso em: 24 mar. 2014.
Os alunos serão avaliados qualitativamente quanto:
Quantitativamente, em relação aos textos produzidos pelos alunos, o professor deverá observar:
Sem estrelas 0 classificações
Denuncie opiniões ou materiais indevidos!