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Memórias literárias: uma "reconstrução" do passado

 

22/04/2014

Autor e Coautor(es)
ALINE CARRIJO DE OLIVEIRA
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: variação linguística: modalidades, variedades, registros
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Reconhecer o gênero memórias literárias.
  • Produzir memórias literárias.
  • Transpor textos orais para a escrita.
  • Utilizar o gênero poético para narrar textos ditos históricos.
Duração das atividades
2 aulas de 50 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  1. O aluno deve dominar a função poética da linguagem.
  2. O aluno deve saber reconhecer e distinguir as variações linguísticas do português brasileiro.
  3. O aluno deve conhecer os 5 elementos da narrativa (narrador, personagens, tempo, espaço e enredo).
Estratégias e recursos da aula

Memórias literárias: uma "reconstrução" do passado

Estratégias e recursos da aula

Segundo as professoras  Anna Helena Altenfelder e Regina Andrade Clara, do site Olímpiada de Língua Portuguesa - Escrevendo o futuro (O gênero Memórias literárias, disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=215:o-genero-memorias-literarias&catid=23:colecao&Itemid=33. Acesso em 06/04/2014):"O trabalho com lembranças oferece um meio eficiente de vincular o ambiente em que as crianças vivem a um passado mais amplo e alcançar uma percepção viva do passado, o qual passa a ser não somente conhecido, mas sentido pessoalmente". Assim, elas acreditam que trabalhar a memória não pode ser restrito ao passado nostálgico. Trabalhar a memória representa "resgatar memórias vivas das pessoas mais velhas que, passadas continuamente às gerações mais novas pelas palavras, pelos gestos, pelo sentimento de comunidade de destino, ligam os moradores de um lugar".

As autoras esclarecem ainda que a parceria necessária para recuperar esse passado é importante para o processo de aprendizagem e "permite mostrar o valor de pessoas que vêm da maioria desconhecida do povo, traz a história para dentro da comunidade ao mesmo tempo em que extrai história de dentro dela, propicia o contato entre gerações e pode gerar um sentimento de pertencer ao lugar onde se vive, contribuindo para a formação de seres humanos mais completos e para a constituição da cidadania" (ALTENFELDER e CLARA. O gênero Memórias literárias, disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=215:o-genero-memorias-literarias&catid=23:colecao&Itemid=33.Acesso em 06/04/2014).

contação

Imagem disponível em: http://lh4.ggpht.com/_GGjvRS98yF4/S1t_21DBcvI/AAAAAAAABpI/KbDGKd42Qcs/historia1_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800. Acesso em 04/06/2014.

 

Aula 1 – Desbravando o texto narrativo

Atividade 1

O professor deve entregar para seus alunos uma cópia do conto Mãozinhas de seda, de Raduan Nassar, e solicitar a leitura silenciosa. Disponível em: http://www.releituras.com/rnassar_seda.asp, acesso em 06/04/2014.

 

Em seguida, o professor deve apresentar aos alunos uma breve biografia do autor. Sugerimos a disponível no site Enciclopédia Itaú Cultural - Literatura Brasileira.

 

Nassar, Raduan (1935)

Raduan Nassar (Pindorama SP 1935). Romancista e contista. Sétimo filho do casal de libaneses João Nassar e Chafika Cassis, inicia os estudos primários na cidade natal em 1943, e, no ano seguinte, passa a frequentar assiduamente a Igreja, tornando-se coroinha, em 1946. Cursa o ginásio no Colégio Estadual de Catanduva a partir de 1947, o que leva a família a mudar-se para essa cidade após dois anos. Embora tenha iniciado o curso científico, opta por formar-se no clássico, o que ocorre em 1953, no Instituto de Educação Fernão Dias Pais, já na capital paulista, onde os Nassar passam a morar. Ingressa, em 1955, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e no curso de letras, ambos na Universidade de São Paulo (USP). Sua formação, entretanto, é em filosofia, curso iniciado em 1957, na mesma universidade. Em 1961, viaja para o Canadá e os Estados Unidos, afastando-se temporariamente dos estudos e dos negócios da família - o Bazar 13, um armarinho tradicional na zona oeste da capital paulista. Data dessa época o conto Menina a Caminho. De volta ao Brasil, retoma o curso de filosofia e o conclui em 1963. Viaja para a Alemanha Ocidental, com o objetivo de aprender o idioma local, mas retorna ao Brasil após tomar conhecimento do golpe militar. Antes, porém, visita, no Líbano, a aldeia onde viveram seus pais. Em 1967 funda, com os irmãos, o Jornal do Bairro. No ano seguinte, inicia a leitura do Alcorão e esboça um romance, finalizado após seis anos e publicado em 1975, com o título Lavoura Arcaica, seu primeiro livro. Em 1970 escreve a primeira versão de Um Copo de Cólera e os contos O Ventre Seco e Hoje de Madrugada, publicados pela primeira vez em 1997. Lança a novela Um Copo de Cólera em 1978 e compra uma fazenda em Buri, São Paulo, dedicando-se à produção rural. Nos anos seguintes, lança apenas um texto inédito, o conto Mãozinhas de Seda, escrito em 1996 e editado na coletânea Menina a Caminho, de 1997.

Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_texto&cd_verbete=5802. Acesso em 06/04/2014.

Atividade 2

O professor deve pedir aos alunos que façam uma roda de leitura em voz alta, possibilitando que todos eles leiam para a sala uma parte do texto.

Nessa atividade, é importante o professor perceber as dificuldades de leitura dos alunos, no que diz respeito à pontuação, entonação e fonemas das palavras.

 

Atividade 3

O professor deve questionar os alunos sobre: qual a variante do português foi usada no texto? Qual a pessoa do discurso predominante?

Em seguida, o professor deve solicitar aos alunos que listem as palavras desconhecidas e ajude-os a pesquisá-las no dicionário.

 

Atividade 4

O professor deve questionar os alunos sobre quais são os elementos da narrativa. Sugerimos solicitar que os alunos reconheçam:

1.       Tempo

2.       Espaço

3.       Personagens

4.       Narrador

5.       Enredo

Se necessário, professor, relembre o significado de cada um desses termos.

É importante que o professor conduza a discussão para a percepção que o tempo trata-se da duração da memória, que o espaço é o escritório dele, que o narrador é personagem e que o enredo é, resumidamente, o relato e a reflexão da memória.

Atividade 5

O professor, depois de desenvolver a atividade 4, deve questionar os alunos sobre o que motivou a lembrança do avô; que elementos da história do avô se repetem no cotidiano do narrador; quais foram as emoções que o narrador personagem demonstra sentir ao narrar; quais as que o leitor sentiu ao executar a leitura.

 

Atividade 6

Depois de tudo isso discutido, o professor deve questionar os alunos sobre qual o efeito que a variante informal e a primeira pessoa, predominante na narrativa, provocaram no texto.

O professor deve mediar a discussão objetivando a percepção da subjetividade e da coloquialidade que o uso da primeira pessoa e da variante informal produzem no texto.

 

Atividade 7

O professor deve solicitar a alguns alunos que relatem verbalmente um fato que, quando eles fazem no presente, faz com que eles se lembrem de algo do passado.

Se todos os alunos se dispuserem a falar, o professor pode escolher que 5 alunos pronunciem seus relatos.

 

Atividade 8

O professor deve solicitar aos alunos que passem, para a próxima aula, o relato oral feito em sala de aula para a forma escrita. Sugerimos ao professor, para deixar a aula um pouco mais lúdica, solicitar aos alunos que façam de conta que são jornalistas transcrevendo uma entrevista. Para propiciar o clima jornalístico, sugira aos alunos que digitem o texto e formatem-no, criem uma logo do jornal, com a ajuda dos pais ou responsáveis.

 

Aula 2 – Conhecendo as nossas produções de memórias literárias

 

Atividade 1

O professor deve solicitar aos alunos que troquem as narrativas de forma aleatória. Ao final da troca, eles devem estar com a produção de um colega.

Atividade 2

Os alunos devem procurar os seguintes elementos na narrativa do colega:

1.       o elemento real que provocou a memória;

2.       o(s) elemento(s) do passado que se repete(m) no presente;

3.       o narrador personagem;

4.       demais personagens;

5.       marcas de emoção provocada pela lembrança;

6.       o tempo;

7.       o enredo.

Essa atividade tem o objetivo de permitir aos alunos reconhecerem os elementos essenciais de uma memória literária.

Professor, não se esqueça de discutir sobre a liberdade ou adequação da escolha da variante do português à demanda de produção textual. 

 

Atividade 3

O professor deve apresentar e explicar o slide Memórias Literárias, elaborado pelo prof. Kleber Brito, disponível em: http://pt.slideshare.net/profkbrito/memrias-literrias-2-ano, acesso em 06/04/2014, para formalizar o conhecimento adquirido sobre memórias literárias.

 

Atividade 4

A partir da observação do Power Point Memórias Literárias, o professor deve perguntar aos alunos se o que foi produzido por eles configura-se como um texto do gênero memórias literárias. 

Professor, é importante para o processo de aprendizagem do gênero que seu aluno saiba quais sãos os pontos de encontro entre as produções deles e as características de memórias literárias. Sugerimos que ao indagá-los sobre o material produzido que solicite uma justificativa do por quê sim ou não.

 

Atividade 5

O professor deve solicitar aos alunos que escolham um membro mais velho da família ou da rua deles e promovam uma entrevista com ele sobre um fato da mocidade que provoque saudosismo. Depois da entrevista, os alunos devem produzir um texto, no gênero memórias literárias, sobre o fato relatado pelo entrevistado. A atividade deve ser entregue na aula seguinte.

Sugerimos ao professor que apresente as orientações para a preparação da entrevista a partir de Guião: como fazer uma entrevista, disponível no site: http://pt.slideshare.net/bedjoaoii/guiao-como-fazer-uma-entrevista, acesso 06/04/2014.

E que depois da entrevista realizada e registrada (seja gravada ou anotada as respostas), o aluno deve pensar as respostas dadas pelo entrevistado e criar um texto narrativo, relatando a experiência de vida compartilhada.

Professor, é interessante solicitar aos alunos para compartilharem o material prévio (entrevista) e a memória literária produzida via rede social. Para tanto, crie um grupo na rede social em comum à sala de aula.

 

entrevista

Imagem disponível em: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTYmXPEnJ3CSuFeE-d2wZ3FQITPKRnu7LjcWmfYFA2xFq4SUzBvdA. Acesso em 06/04/2014.

Recursos Complementares

FREIRE, Ketheley Leite; WEBER, Márcia; PEREIRA; Sara Cristina Gomes. Gênero Memória: formação Olimpíada de Língua Portuguesa. Disponível em: http://pt.slideshare.net/ketheley/gnero-memria-literria. Acesso em 06/04/2014.

PRADO, Aline Cristina do; NUNES, Cristiane Aparecida. Um olhar para as memórias literárias. Disponível em: http://dersbc.net/Diretoria/lingua_portuguesa/Um_olhar_para_as_Mem%C3%B3rias_Liter%C3%A1rias.pdf. Acesso em 06/04/2014.

Avaliação

A avaliação deve ser contínua. A observação do processo deve revelar que o aluno apreendeu a estrutura do gênero memórias literárias e que consegue aplicá-los. As atividades desenvolvidas em sala de aula e trazidas pelos alunos para o contexto de sala devem apontar para essa reflexão do professor.

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