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Biblioteca, acervo de livros ou textos da internet do gênero Memórias Literárias.
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Laboratório de informática com acesso à internet.
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Datashow.
MÓDULO 1
ATIVIDADE 1 - Sensibilizando os alunos para aprenderem o tema.
Professor, apresente em datashow os slides sobre o tema para os estudantes. Estão disponíveis em: http://pt.slideshare.net/ketheley/gnero-memria-literria Acesso em: 18 abril 2014.
GÊNERO MEMÓRIA

Imagem disponível em: http://pt.slideshare.net/ketheley/gnero-memria-literria Acesso em: 18 abril 2014.
ATIVIDADE 2 - Lendo um texto informativo
Professor, em primeiro lugar, você deve reproduzir cópias do texto abaixo para leitura em sala de aula.
Memórias são textos produzidos para rememorar o passado, vivido ou imaginado. Para isso devem-se escolher cuidadosamente as palavras, orientados por critérios estéticos que atribuem ao texto ritmo e conduzem o leitor por cenários e situações reais ou imaginárias. Essas narrativas têm como ponto de partida experiências vividas pelo autor no passado, contadas como são lembradas no presente. Há situações em que a memória se apresenta por meio de perguntas que fazemos ou que fazem para nós. Em outras, a memória é despertada por uma imagem, um cheiro, um som.
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Esse tipo de narrativa aproxima os ausentes, compreende o passado, conhece outros modos de viver, outros jeitos de falar, outras formas de se comportar e representa possibilidades de entrelaçar novas vidas com as heranças deixadas pelas gerações anteriores. As histórias passadas podem unir moradores de um mesmo lugar e fazer que cada um sinta-se parte de uma mesma comunidade. Isso porque a história de cada indivíduo traz em si a memória do grupo social ao qual pertence. Esse encontro é uma experiência humanizadora.
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O autor de memórias literárias usa os verbos para marcar um tempo do passado: pretérito perfeito e pretérito imperfeito. Eles indicam ações e têm a propriedade de localizar o fato no tempo, em relação ao momento em que se fala.
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O narrador em primeira pessoa é o narrador-personagem ou narrador-testemunha. No caso de memórias teremos, geralmente, o narrador-personagem, que tem por característica se apresentar e se manifestar como eu e fala a respeito daquilo que viveu. Conta a história dele sempre de forma parcial, considerando um único ponto de vista: o dele.
ATIVIDADE 2 - Chamando a atenção para informações relevantes
Depois de lido o texto, o professor deve chamar a atenção dos alunos para as informações relevantes, tais como:
1. Uso dos verbos no passado: pretérito perfeito e imperfeito.
2. Marcação de tempo e espaço para localizar o fato ocorrido.
3. Escrita em primeira pessoa
4. Narrador personagem ou narrador testemunha.
Explorar bastante.
ATIVIDADE 3 - Lendo textos de memórias literárias
Professor, para que você economize xerox, papel, apresente em
datashow alguns textos - Memória literária para os alunos lerem. Vocês poderão fazer leitura coletiva ou da forma que achar melhor.
- Você pode também levar os alunos para o Laboratório de Informática para que eles acessem os links dos textos e cada um lerá individualmente ou em duplas.
TEXTO 1
V
iver para contar
Gabriel García Marquez
Até a adolescência, a memória tem mais interesse no futuro que no passado, e por isso minhas lembranças da cidadezinha ainda não estavam idealizadas pela nostalgia. Eu me lembrava de como ela era: um bom lugar para se viver, onde todo mundo conhecia todo mundo, na beira de um rio de águas diáfanas que se precipitavam num leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. Ao entardecer, sobretudo em dezembro, quando passavam as chuvas e o ar tornava-se de diamante, a Serra Nevada de Santa Marta parecia aproximar-se com seus picos brancos até as plantações de banana, lá na margem oposta. Dali dava para ver os índios aruhacos correndo feito formiguinhas enfileiradas pelos parapeitos da serra [...]. Nós, meninos, tínhamos então a ilusão de fazer bolas com as neves perpétuas e brincar de guerra nas ruas abrasadoras. Pois o calor era tão inverossímil, sobretudo durante a sesta, que os adultos se queixavam dele como se fosse uma surpresa a cada dia. Desde o meu nascimento ouvi repetir, sem descanso, que as vias do trem de ferro e os acampamentos da United Fruit Company foram construídos de noite, porque de dia era impossível pegar nas ferramentas aquecidas pelo sol.
TEXTO 2
Mercador de escravos
Alberto da Costa e Silva
“Quando eu morei na Nigéria, ouvi de vários descendentes de ex-escravos retornados do Brasil que seus antepassados trouxeram consigo, um saquinho de ouro em pó. E que os menos afortunados desembarcavam em Lagos com os instrumentos de seu ofício e alguns rolos de tabaco, mantas de carne-seca e barriletes de cachaça, para com eles reiniciar a vida. É provável que tenha sido também assim, com seu contrabando de ouro ou o seu tanto de fumo e jeritiba, que alguns dos traficantes brasileiros instalados no golfo do Benin começaram os seus negócios.
Não foi este, porém, ao que parece, o caso de Francisco Félix de Souza. A menos que estivesse mentindo, quando disse ao reverendo Thomas Birch Freeman que chegara à Costa sem um tostão e que foram de indigência os seus primeiros dias africanos - confissão corroborada por um parágrafo de Theophilus Conneau, no qual se afirma que Francisco Félix começou a carreira a sofrer privações e toda a sorte de problemas. Outro contemporâneo, o comandante Frederick E. Forbes, foi menos enfático, porém claro: Francisco Félix era um homem pobre, quando desceu na África.
Que ele tenha, de início, como declarou, conseguido sobreviver com os búzios que furtava dos santuários dos deuses, não é de estranhar-se. Os alimentos eram muito baratos naquela parte do litoral. Numa das numerosíssimas barracas cobertas de palha do grande mercado de Ajudá, recebia-se da vendedora, abrigada sob o teto de palha ou sentada num tamborete atrás do trempe com seu tacho quente, um naco de carne salpicado de malagueta contra dois ou três cauris. Custava outro tanto um bocado de inhame, semienvolto num pedaço de folha de bananeira e encimado por lascas de peixe seco. E talvez se obtivesse por uma só conchinha um acará.
TEXTO 3
Por parte de pai
(Oficina 3)
Bartolomeu Campos Queirós
Minha cama ficava no fundo do quarto. Pelas frestas da janela soprava um vento resmungando, cochichando, esfriando meus pensamentos, anunciando fantasmas. As roupas, dependuradas em cabides na parede, se transfiguravam em monstros e sombras. Deitado, enrolado, parado imóvel, eu lia recado em cada mancha, em cada dobra, em cada sinal. O barulho do colchão de palha me arranhava. O escuro apertava minha garganta, roubava meu ar. O fio da luz terminava amarrado na cabeceira do catre. O medo assim maior do que o quarto me levava a apertar a pera de galalite e acender a luz, enfeitada com papel crepom. O claro me devolvia as coisas em seus tamanhos verdadeiros. O nariz do monstro era o cabo do guarda-chuva, o rabo do demônio o cinto do meu avô, o gigante, a capa “Ideal” cinza para os dias de chuva e frio. Então, procurava distrair meu pavor decifrando os escritos na parede, no canto da cama, tão perto de mim. Mas era minha a dificuldade de acomodar as coisas dentro de mim. Sobrava sempre um pedaço...
- Professor, procure mais textos, se achar necessário.
MÓDULO 2
ATIVIDADE 1 - Produzindo Memórias
- Professor, é IMPORTANTE O ALUNO SABER QUE:
Narrar memórias é uma habilidade que se aprende. Os alunos podem recriar memórias depois da leitura de outras, sem precisar fazer uma transcrição exata da realidade, pois o ato de narrar é sempre uma criação. Quando se narra um acontecimento de forma literária, o imaginário do narrador atua sobre as memórias recolhidas transformando-as. Ao transformá-las procurando dar-lhes uma "vida" da qual o leitor possa compartilhar, o narrador destaca alguns aspectos mais envolventes e suprime outros.
- Convide seu aluno a escrever uma memória tendo em vista outro texto do gênero que tenha lido no decorrer das atividades. Ele poderá escolher um texto na internet ou pode aproveitar os textos trabalhados na sequência para fazer o seu. Poderá mudar os nomes das personagens, poderá criar outras, poderá mudar o local, o tempo, poderá criar outro enredo.
ATIVIDADE 2 - Divulgando e publicando as Memórias
Os textos , depois de lidos pelo professor, poderão ser inseridos no blog da turma. Se a turma não tiver um blog, crie um. Veja como criar um no tutorial abaixo.
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www.youtube.com/watch?v=ciZvHCEBJFE
24/02/2009 - Vídeo enviado por templatesgratis
Tutorial que lhe ensina passo a passo como criar seu blog - Baixe ótimos templates para o seu e ...
https://www.youtube.com/watch?v=ciZvHCEBJFE
Acesso em 18 abril 2 014.