22/04/2014
Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral: escrita e produção de texto |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Gêneros digitais: impacto e função social |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: processos de interlocução |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Uso do laboratório de Informática.
Revistas, jornais.
Varal
Imagem disponível em: https://www.google.com.br/search?q=ilustração+da+palavra+poesia&es_sm=93&biw=1366&bih=667&tbm=isch&imgil=rFWDme4Gg9N
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A%25252F%25252Fblogdourias.blogspot.com%25252F2012%25252F09% Acesso em: 18 abril 2014.
ATIVIDADE 1
Professor, coloque seus alunos em um círculo. Você pode levá-los para o pátio, ou em um espaço maior que a sala de aula. A ideia é ler poesias em voz alta para eles. Expresse os sentimentos que aparecem nos textos durante sua leitura. Faça gestos, "caras e bocas". Expresse alegria, espanto, medo, tristeza, tudo que o texto ofereça.
Exemplos de poesias que podem ser lidas pelo professor nesse momento:
POESIA 1
Canção da tarde no campo
Caminho do campo verde
estrada depois de estrada.
Cerca de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.
Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.
Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!
Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a tarde é minha.
Os meus passos no caminho
são como os passos da lua;
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.
Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.
De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto,
meu peito é puro deserto.
Subo monte, desço monte.
Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha."
Disponível em: http://pensador.uol.com.br/cecilia_meireles_poemas/ Acesso em: 18 abril 2014.
POESIA 2
Poema da purificação
Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.
As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.
Mas uma luz que ninguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.
Disponível em: http://www.revistabula.com/391-os-dez-melhores-poemas-de-carlos-drummond-de-andrade/ Acesso em: 18 abril 2014.
POESIA 3
Saio do sono como de uma batalha travada em lugar algum
Não sei na madrugada se estou ferido
se o corpo tenho riscado de hematomas
Zonzo lavo na pia os olhos donde ainda escorre uns restos de treva.
Ferreira Gullar - (agosto 1977) Disponível em: http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/poemas_de_ferreira_gullar.htm
Acesso em: 18 abril 2014.
POESIA 4
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa. http://www.revistabula.com/522-os-10-melhores-poemas-de-fernando-pessoa-2/ Acesso em: 18 abril 2014.
e outras poesias que o professor escolher.
1. Entenderam o conteúdo das poesias?
2. Gostaram da atividade?
3. Gostam de poesias?
Professor, leve seus alunos para o laboratório de Informática e peça a eles que acessem os sites abaixo para lerem a biografia dos autores:
1. Carlos Drummond de Andrade -http://blog.estantevirtual.com.br/2013/03/28/especial-drummond-vida-e-obra-de-um-dos-maiores-poetas-brasileiros-do-seculo-xx/ Acesso em: 18 abril 2014.
Carlos Drummond de Andrade nasceu na cidade mineira de Itabira em 31 de outubro de 1902. Começou a carreira de escritor como cronista colaborador do Diário de Minas. E mais tarde também escreveu para os jornais Correio da Manhã, Jornal do Brasil, A Tribuna, Estado de Minas e Diário da Tarde. Além de poesias, que constituem a maior parte de sua obra, e de suas crônicas, Drummond também escreveu contos, infanto-juvenis e traduziu importantes obras da literatura mundial, como A Fugitiva, de Marcel Proust e Artimanhas de Scapino, de Molière.
Por insistência familiar para que obtivesse um diploma, Drummond formou-se em farmácia em 1925, mas jamais exerceu a profissão. Publicou seu primeiro livro, Alguma Poesia, em 1930, com recursos próprios. Um de seus primeiros poemas - No Meio do Caminho - estreou provocando grande polêmica, pois os críticos negavam-se a considerar o texto poesia por sua estrutura baseada na repetição e por reafirmar a fala popular “tinha uma pedra” em detrimento da forma culta “havia uma pedra”. Leia o poema:
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
A partir de aí, Drummond escreveu dezenas de livros. Em suas primeiras obras, nota-se a influência do modernismo na narrativa do poeta que se tornou ícone do movimento. Tanto em sua prosa quanto em sua poesia, seus textos caracterizam-se por uma linguagem coloquial repleta de ironia, sarcasmo e humor. Em uma primeira fase de seus escritos, Drummond mantém certo distanciamento do mundo e traduz seu desencantamento em relação a ele. São temas típicos da obra de Drummond nessa fase: o indivíduo (deslocado e desesperançoso), a terra natal, a família e os amigos, o choque social, o amor (nada romântico ou sentimental), o fazer poético e a existência (o estar no mundo).
Em um segundo momento, sem se distanciar, Drummond se envolve com o universo e a realidade a sua volta. Em obras como José (1942) e Rosa do Povo (1945), o poeta deixa a emoção transparecer em sua vontade de transformar o mundo. Tais obras marcam uma fase mais social da narrativa de Drummond. Em outros escritos, o poeta acrescenta um novo traço a sua narrativa: o erotismo. “O Amor Natural” é um exemplo de coletânea de poemas eróticos de Drummond. E tem ainda os poemas em que ele explora os elementos materiais da palavra: a letra impressa, sua disposição espacial e o som, como em “Lição de Coisas”. Com complicações cardíacas, Drummond faleceu em 17 de agosto de 1987.
2. Fernando Pessoa- Disponível em: http://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=619073 Acesso em: 18 abril 2014.
Falar de Fernando Pessoa não é apenas falar do maior poeta de língua portuguesa do século XX, mas é, também, falar de uma personalidade extremamente controvertida (como a de todo o gênio) e de uma obra vasta, afinal, Pessoa é vários poetas num só.
Filho de Joaquim de Seabra Pessoa, funcionário público e crítico musical, e de Maria Madalena Pinheiro Nogueira, Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasce em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa, e sua primeira infância é marcada por acontecimentos que deixam cicatrizes para toda a vida. Com apenas cinco anos de idade, em 1893, Pessoa perde o pai, que morre de tuberculose, e ganha um irmão, Jorge. A morte de Joaquim traz tantas dificuldades financeiras à família que Madalena e seus filhos são obrigados a baixar o nível de vida, passando a viver na casa de Dionísia, a avó louca do poeta.
São as duas primeiras perdas do menino: o pai, a quem era muito apegado, e a casa. No ano seguinte, 1894, morre também Jorge. E, como para que compensar tudo isso, é nesse ano que Fernando Pessoa “encontra” um amigo invisível: o Chevalier de Pas, ou o Cavaleiro do Nada, “por quem escrevia cartas dele a mim mesmo”, diz o poeta, na carta de 1935 ao crítico Casais Monteiro.
Em 1895, dois anos após a morte de Joaquim, Madalena se casa com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal na cidade de Durban, uma colônia inglesa na África do Sul, e é para lá que a família se muda no ano seguinte.
Pouco se sabe a respeito da família nesse período africano, a não ser o nascimento dos irmãos Henriqueta Madalena, Madalena (que morre aos três anos) e João, e algumas notícias sobre a escolaridade de Fernando. Em 1896, ele inicia o curso primário na escola de freiras irlandesas da West Street. Três anos depois, ingressa na Durban High School. Considerado um aluno excepcional, em 1900, é admitido no terceiro ano do liceu e, antes final do ano letivo, é promovido ao quarto ano. Faz em três o que deveria fazer em cinco anos.
O ano seguinte é um ano de alegria, surpresa e descoberta para o adolescente Pessoa: as férias são em Portugal, e só em setembro de 1902, ele regressa a Durban. Foi nessa época, aos 14 anos, que escreveu seu primeiro poema em português que chegou até nós:
(...)
Quando eu me sento à janela,
P’los vidros que a neve embaça
Julgo ver a imagem dela
Que já não passa... não passa...
Em 1903, o jovem Fernando Pessoa é admitido na Universidade do Cabo, e cursa apenas um ano; alguma coisa no poeta fala mais forte, e, nesse período, ele cria várias “personalidades literárias”, ou seja, vários poetas fictícios que vão assinar as poesias que “eles próprios” escrevem. Entre os poetas saídos da imaginação de Pessoa nessa época, destacam-se dois: Alexander Search, um adolescente, como o seu criador, que, inclusive, nasceu no dia do seu aniversário, e Charles Robert Anon, também adolescente, mas totalmente oposto ao temperamento de Fernando. De alguma maneira, começava a se delinear aquilo que faria de Fernando Pessoa um poeta como nenhum outro no mundo: um poeta que, sendo um, era muitos poetas.
Em 1904, a família aumenta; é a vez do nascimento da irmã Maria Clara. Um ano depois, há uma virada na vida do poeta: ele retorna a Portugal, onde passa a viver com a tia-avó Maria e inscreve-se na Faculdade de Letras, mas, com a criação poética pulsando em toda a sua intensidade, quase não frequenta o curso. No ano seguinte, Pessoa mora com a mãe e o padrasto, que estão em férias em Lisboa; mas morre a irmã Maria Clara, a família volta para Durban, e ele vai morar com a avó e com as tias. É então que desiste, definitivamente, do curso de Letras.
Com a morte da avó, em 1906, Fernando Pessoa recebe uma pequena herança e aplica-a integralmente numa tipografia. Falta-lhe, entretanto, experiência, e o empreendimento logo fracassa. Isso faz com que, em 1908, comece a trabalhar como “correspondente de línguas estrangeiras”, ou seja, encarrega-se da correspondência comercial em inglês e francês em escritórios de importações e exportações, profissão que, junto com a de tradutor, desempenhará até o fim da vida.
É em 1912, que Fernando Pessoa conhece outro jovem poeta, de quem se torna grande amigo e parceiro na aventura literária: Mário de Sá-Carneiro. É um momento interessante na vida de Pessoa, e, ao contrário do que se pensa, ele não estreia na literatura com poesias, mas publicando artigos na revista A Águia, cujo editor e organizador é o também poeta Teixeira de Pascoais. Seus artigos provocam polêmica junto à intelectualidade portuguesa, até porque ele mexe com o grande ícone da nação: Pessoa anuncia a chegada, para Portugal, de um poeta maior do que Luís de Camões; um supra-Camões, o que faz com que seja imediatamente criticado. Essa é também a época em que ele passa a viver com a tia preferida, Anica.
O ano seguinte é de muita produção. Ligado às ciências ocultas, escreve os primeiros poemas esotéricos; “Epithalamium”, um poema erótico em inglês; “Gládio”, que depois usará na Mensagem, o poema que conta a história de Portugal; e uma peça de teatro de um único ato chamada “O Marinheiro” – diz-se, inclusive, que escreveu a peça em apenas 48 horas. É também nesse ano que publica na revista A Águiaum texto chamado “Floresta do Alheamento”, que mais tarde fará parte do Livro do desassossego, uma obra escrita durante toda a sua vida de criador.
Mas nenhum dia foi igual àquele 8 de março de 1914: o “dia triunfal”. Deixemos que o poeta nos conte:
“...foi em 8 de março de 1914 – acerquei-me de uma cômoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O guardador de rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. Desculpe-me o absurdo da frase: aparecera em mim o meu mestre. Foi essa a sensação imediata que tive. E tanto assim que, escritos que foram esses trinta e tantos poemas, imediatamente peguei noutro papel e escrevi, a fio, também, os seis poemas que constituem a Chuva oblíqua, de Fernando Pessoa. Imediatamente e totalmente... Foi o regresso de Fernando Pessoa-Alberto Caeiro a Fernando Pessoa ele só. Ou, melhor, foi a reação de Fernando Pessoa contra a sua inexistência como Alberto Caeiro. Aparecido Alberto Caeiro, tratei logo de lhe descobrir – instintiva e subconscientemente – uns discípulos. Arranquei do seu falso paganismo o Ricardo Reis latente, descobri-lhe o nome, e ajustei-o a si mesmo, porque nessa altura já o via. E, de repente, e em derivação oposta à de Ricardo Reis, surgiu-me impetuosamente um novo indivíduo. Num jacto, e à máquina de escrever, sem interrupção nem emenda, surgiu a Ode triunfal de Álvaro de Campos – a ode com esse nome e o homem com o nome que tem. Criei, então, uma coterie inexistente. Fixei aquilo tudo em moldes de realidade. Graduei as influências, conheci as amizades, ouvi, dentro de mim, as discussões e as divergências de critérios, e em tudo isto me parece que fui eu, criador de tudo, o menos que ali houve. Parece que tudo se passou independentemente de mim. E parece que assim ainda se passa. [...] Eu vejo diante de mim, no espaço incolor mas real do sonho, as caras, os gestos de Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Construí-lhes as idades e as vidas.” (Carta a Casais Monteiro, janeiro de 1935.)
Ou seja, em 8 de março de 1914 nascem os heterônimos Alberto Caeiro – que ele logo toma por seu mestre –, Ricardo Reis e Álvaro de Campos; nascem dele, com suas respectivas obras.
Por que heterônimos, e não pseudônimos? Porque, quando usa um pseudônimo, um poeta se esconde atrás de um nome falso. É para esconder o nome verdadeiro que o pseudônimo existe. O heterônimo, ao contrário, não esconde ninguém, é um personagem, criado pelo poeta, que escreve a sua própria obra. Tem nome próprio, obra própria, biografia própria e, sobretudo, um estilo próprio. Esse nome, essa obra, essa biografia e esse estilo são diferentes do nome, da obra, da biografia e do estilo do poeta criador do personagem. Ao criador do heterônimo se dá o nome de ortônimo; foi Fernando Pessoa quem criou essa designação e é o único caso de heteronímia na literatura universal.
E quem são esses heterônimos, esses personagens criados por Pessoa? Deixemos que o poeta mesmo os apresente como os “vê”, tal como o fez na carta a Casais Monteiro, em 1935:
Alberto Caeiro nasceu em 1889 e morreu em 1915; nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão nem educação quase alguma. [...] Caeiro era de estatura média, e, embora realmente frágil (morreu tuberculoso), não parecia tão frágil como era. [...] Cara rapada todos – o Caeiro louro sem cor, olhos azuis; [...] Caeiro, como disse, não teve mais educação que quase nenhuma – só instrução primária; morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia-avó.[...] Como escrevo em nome desses três?... Caeiro, por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular o que iria escrever [...] Caeiro escrevia mal o português [...]
Quanto a Ricardo Reis:
Ricardo Reis nasceu em 1887 (não me lembro do dia e mês, mas tenho-os algures) no Porto, é médico e está presentemente no Brasil. [...] Ricardo Reis é um pouco, mas muito pouco, mais baixo, mais forte, mas seco. (Do que Caeiro, que era de estatura média) [...]
Cara rapada todos – [...] Reis de um vago moreno mate; [...] Ricardo Reis, educado num colégio de jesuítas, é, como disse, médico; vive no Brasil desde 1919, pois se expatriou espontaneamente por ser monárquico. É um latinista por educação alheia, e um semi-helenista por educação própria. [...] Como escrevo em nome desses três? [...] Ricardo Reis, depois de uma deliberação abstrata, que subitamente se caracteriza numa ode. [...] Reis escreve melhor do que eu, mas com um purismo que considero exagerado. [...]
Quanto a Álvaro de Campos:
[...] Álvaro de Campos (o mais histericamente histérico de mim) [...] Álvaro de Campos nasceu em Tavira, no dia 15 de outubro de 1890 (às 1h e 30 da tarde, diz-me o Ferreira Gomes; e é verdade, pois, feito o horóscopo para essa hora, está certo). Este, como sabe, é engenheiro naval (por Glasgow), mas agora está aqui em Lisboa em inatividade. [...] Álvaro de Campos é alto (1,75m de altura, mais 2 cm do que eu), magro e um pouco tendente a curvar-se. Cara rapada todos – [...] Campos entre branco e moreno, tipo vagamente de judeu português, cabelo, porém, liso e normalmente apartado ao lado, monóculo. [...] Álvaro de Campos teve uma educação vulgar de liceu; depois foi mandado para a Escócia estudar engenharia, primeiro mecânica e depois naval. Numas férias fez a viagem ao Oriente de onde resultou o Opiário. Ensinou-lhe latim um tio beirão que era padre. Como escrevo em nome desses três? [...] Campos, quando sinto um súbito impulso para escrever e não sei o quê. [...] Caeiro escrevia mal o português, Campos razoavelmente mas com lapsos como dizer “eu próprio” em vez de “eu mesmo”, etc. [...] O difícil para mim é escrever a prosa de Reis – ainda inédita – ou de Campos. A simulação é mais fácil, até porque é mais espontânea, em verso.
E, embora criações suas, são, de fato, poetas diferentes de Fernando Pessoa, na medida em que cada um deles possui uma forma diferente de estar no mundo e transforma esse estar em verso. E, mais ainda, é interessante observar a coerência existente entre a biografia deles e sua obra. Caeiro é o homem ligado à natureza, ele só acredita mesmo no que ouve e no que vê. Para ele, não existe mistério:
O que nós vemos das coisas são as coisas.
Por que veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa. [...]
Ricardo Reis faz uma poesia clássica, pagã, preocupada com a passagem tão rápida do tempo, que tudo aniquila, no melhor estilo do poeta da Antiguidade, Horácio:
Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
Álvaro de Campos, ao contrário de Reis, é o poeta da modernidade, da euforia e do desencanto da modernidade; é o poeta da irreverência total a tudo e a todos:
Lisbon Revisited
Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me
[enfileirem conquistas]
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) –
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na (...)
E há ainda um semi-heterônimo, Bernardo Soares, o ajudante de guarda-livros de um escritório de Lisboa. Por que semi-heterônimo? Pessoa explica:
É um semi-heterônimo porque, não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e a afetividade. A prosa, salvo o que o raciocínio dá deténue à minha, é igual a esta, e o português perfeitamente igual...
O ano de 1915 foi outro ano importante na vida deste poeta múltiplo e genial e na Literatura Portuguesa do século XX: o ano da criação da Revista Orpheu, que revoluciona a criação literária portuguesa, dando início ao Modernismo naquele país. A revista tem apenas dois números publicados (o terceiro viria a público somente na década de 80). Isso, entretanto, não desanima Pessoa; o que o deixa verdadeiramente deprimido é o suicídio do amigo Mário, no ano seguinte, em Paris. Então, além da sua própria produção, publicada sobretudo em revistas como Portugal Futurista, Fernando Pessoa toma para si o encargo de organizar a obra de Sá-Carneiro.
O poeta conhece, em 1920, a secretária Ophélia Queiroz, a quem passa a namorar. Nesse mesmo ano, em outubro, atravessa uma depressão tão profunda que chega a pensar em internar-se numa casa de saúde. Rompe com Ophélia. Sua mãe, Madalena, morre em 17 de março de 1925. Seu próprio estado psicológico inquieta o poeta e ele escreve a um amigo manifestando o desejo de ser hospitalizado. É interessante observar que Pessoa era perseguido por uma espécie de consciência de seu estado psíquico, tanto que, quando, pouco antes de morrer, ele escreve a carta ao crítico Adolfo Casais Monteiro explicando como nasceram os heterônimos, ele diz, ainda que ironizando, que é um histeroneurastênico:
Há em mim fenômenos de abulia que a histeria, propriamente dita, não enquadra no registo dos seus sintomas. Seja como for, a origem mental dos meus heterônimos está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação. Estes fenômenos – felizmente para mim e para os outros – mentalizaram-se em mim; quero dizer, não se manifestam na minha vida prática, exterior e de contacto com outros; fazem explosão para dentro e vivo-os eu a sós comigo. Se eu fosse mulher – na mulher os fenômenos histéricos rompem em ataques e couisas parecidas – cada poema de Álvaro de Campos (o mais histericamente histérico de mim) seria um alarme para a vizinhança. Mas sou homem – e nos homens a histeria assume principalmente aspectos mentais; assim tudo acaba em silêncio e poesia...
Nesse momento, está nascendo em Portugal uma outra geração literária. Em 1927, é publicada a Revista Presença, e com ela tem início o Presencismo, ou o segundo Modernismo português. Um dos grandes feitos dessa nova geração de poetas é o reconhecimento de Fernando Pessoa como seu mestre, fazendo com que Portugal comece a olhar com outros olhos para o seu maior poeta do século. É um momento importante para Fernando Pessoa que, em 1929, volta a se relacionar com Ophélia. Nesse mesmo ano, publica fragmentos do Livro do desassossego, creditando-os a Bernardo Soares. O namoro com Ophélia, porém, não prospera e, no ano seguinte, há o rompimento definitivo. Curiosamente, tudo indica que o problema foi o ciúme levantado por Álvaro de Campos, o heterônimo.
O ano de 1931 traz consigo o poema “Autopsicografia”, talvez o poema mais conhecido do autor:
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Aí, o poeta explica o que para ele é a criação de um poema, sugerindo que existem duas dores, a que o poeta sente e a que ele cria na poesia, e é a segunda que o torna um fingidor. E foi o que Fernando Pessoa fez: fingiu tão completamente ser outros que não conseguiu encontrar a si mesmo. Mas isso se justifica: para o poeta, o fingimento é a forma de chegar à verdade essencial, e só se pode chegar à verdade essencial através do poema.
O ano anterior ao da sua morte é um ano profícuo. Há como que uma espécie de retorno à simplicidade das coisas, e o poeta escreve mais de trezentas quadras populares.
É também nesse ano que Pessoa finaliza Portugal, o poema épico português do século XX que depois será chamado de Mensagem, e o inscreve no Prêmio Antero de Quental, concurso literário instituído pelo Secretariado Nacional de Propaganda. Fernando Pessoa fica apenas em segundo lugar: seu livro tinha um número muito reduzido de páginas e não atendia à orientação do Estado Novo, a ditadura de Salazar. A obra vencedora foi Romaria, uma seleção de poemas do Padre Vasco Reis, hoje totalmente desconhecido.
Em 1935, Fernando Pessoa escreve a famosa carta ao crítico Adolfo Casais Monteiro, datada de 13 de janeiro, em que explica como nasceram os heterônimos e na qual se revela um ocultista, um místico. É uma espécie de revelação final, apoteótica. Em 29 de novembro, é internado no hospital com o diagnóstico de cólica hepática. A sua última frase, escrita em inglês, é: “I know not what tomorrow will bring”(Eu não sei o que o amanhã trará). Seu último pedido, em português, foi para que lhe alcançassem os óculos. Morre no dia 30 de novembro de 1935, às 20h30, aos 47 anos, de cirrose hepática.
Deixou toda sua obra – mais de 27 mil papéis – dentro de uma grande arca, comprada pelo Estado português em 1979 e depositada na Biblioteca Nacional e reprivatizada há cerca de nove anos. Esses documentos vêm sendo estudados e divulgados por uma equipe coordenada por Teresa Rita Lopes, sob a chancela da editora Assírio & Alvim. São ensaios, mais de mil poemas, três heterônimos, um semi-heterônimo desdobrado em dois (Vicente Guedes e Bernardo Soares), mais de setenta pequenos heterônimos (sem obra consistente), cartas, contos, teatro, textos políticos, notas etc. É a obra do fingidor, do polêmico, do criador de vanguardas, do ocultista, do poeta dramático, do poeta das quadras populares e do questionador em busca de ser, que foi tanto a sua criação que se perdeu de si mesmo:
Quem sou, que assim me caminhei sem eu
Quem são, que assim me deram aos bocados
À reunião em que acordo e não sou meu?”
Logo após a morte do poeta, o irmão João Nogueira faz uma conferência e afirma que ninguém na família adivinhava que Fernando Pessoa, “uma pessoa muito inteligente e muito divertida”, “resultaria em gênio...”. A verdade é que o mundo também levou muito tempo para descobrir.
Cronologia bibliográfica:
1888 – Filho de Joaquim de Seabra Pessoa, funcionário e crítico musical, e de Maria Madalena Pinheiro Nogueira, nasce Fernando Antônio Nogueira Pessoa em 13 de junho, no Largo de São Carlos, em Lisboa.
1893 – Nasce o irmão Jorge. O pai, Joaquim Pessoa, morre de tuberculose. A família se instala na casa de Dionísia, avó paterna, louca.
1894 – Morre Jorge. Fernando Pessoa cria seu primeiro “heterônimo”, “Chevalier de Pas”. 1895 – Escreve o seu primeiro poema, infantil, intitulado “À Minha Querida Mamã”. A mãe, Madalena Nogueira, casa por procuração com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban, África do Sul.
1896 – Parte com a mãe e um tio-avô, Cunha, para Durban. Nasce a irmã Henriqueta Madalena. Inicia o curso primário na escola de freiras irlandesas da West Street.
1897 – Faz a primeira comunhão.
1898 – Nasce a outra irmã: Madalena.
1899 – Ingressa na Durban High School e, com louvor, passa, na metade do ano, para o ciclo superior.
1900 – Nasce o irmão Luís Miguel. Admitido no terceiro ano do liceu, obtém o prêmio de Francês e, no final do ano, em dezembro, é admitido no quarto ano.
1901 –Escreve o primeiro poema em inglês: “Separate from thee”. Morre a irmã Madalena. Parte com a família para um ano de férias em Portugal.
1902 –Nasce o irmão João. Escreve o primeiro poema conhecido em português: “Quando ela passa...”. Como a família regressara antes dele, em setembro, Pessoa volta sozinho para a África do Sul.
1903 – Submete-se ao exame de admissão à Universidade do Cabo. Obtém a melhor nota entre os 899 candidatos no ensaio de estilo inglês, o que lhe vale o Prêmio Rainha Vitória. Cria o “heterônimo” Alexander Search.
1904 –Primeiro texto impresso: ensaio sobre Macaulay, na revista do liceu. Termina seus estudos na África do Sul. Nascimento da irmã Maria Clara. Criação do “heterônimo” Charles Robert Anon.
1905 – Retorna a Lisboa, onde passa a viver com uma tia-avó, Maria. Continua a escrever poemas em inglês. Inscreve-se na Faculdade de Letras, mas quase não frequenta.
1906 – A mãe e o padrasto retornam a Lisboa para férias de seis meses, e Pessoa volta a morar com eles. Morre Maria Clara.
1907 – A família retorna mais uma vez a Durban. Pessoa passa a morar com a avó e as tias. Desiste do curso de Letras. Em agosto, a avó morre e lhe deixa uma pequena herança. Com o dinheiro, inaugura a tipografia Íbis.
1908 – Começa a trabalhar como correspondente estrangeiro em escritórios comerciais. Começa a escrever cenas do “Fausto”, obra que nunca terminará.
1910 – Escreve poesia e prosa em português, inglês e francês.
1911 – Escreve “Análise”, iniciando o lirismo tipicamente pessoano.
1912 – Conhece Mário de Sá-Carneiro, de quem se tornará grande amigo. Pessoa estréia publicando artigos em A Águia, provocando polêmicas junto à intelectualidade portuguesa. Passa a viver com a tia Anica.
1913 – Escreve os primeiros poemas esotéricos; escreve “Impressões do Crepúsculo” (poema paulista); “Epithalamium” (primeiro poema erótico, em inglês); “Gládio” (que depois usará na Mensagem); “O Marinheiro” (em 48 horas). Publica, em A Águia, “Floresta do Alheamento”, apresentado como fragmento doLivro do desassossego.
1914 – Primeiras publicações, como poeta, na Revista Renascença: “Impressões do crepúsculo” e “Ó sino da minha aldeia”. Cria os heterônimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Escreve os poemas de O guardador de rebanhos, “Chuva oblíqua”, odes de Ricardo Reis e a “Ode Triunfal” de Campos.
1915 – Lança os dois primeiros números de Orpheu, que provocam escândalo. Crise no grupo do Orpheu: Álvaro de Campos ataca Afonso Costa.
1916 – Pessoa fica deprimido com o suicídio de Mário de Sá-Carneiro. Publicação em revista da série de sonetos esotéricos Passos da Cruz.
1917 – Publicação do “Ultimatum”, de Campos, na Revista Portugal Futurista.
1918 – Pessoa publica dois livrinhos de poemas em inglês, resenhados com destaque na Times.
1919 – Morre o comandante Rosa.
1920 – Conhece Ophélia Queiroz, a quem passa a namorar. Sua mãe e seus irmãos voltam para Portugal. Em outubro, atravessa uma grande depressão, que o leva a pensar em internar-se numa casa de saúde. Rompe com Ophélia.
1921 – Funda a editora Olisipo, onde publica poemas em inglês.
1922 – Publica Mar português, com poemas que serão retomados na Mensagem.
1924 – Publica, na Revista Atena, vários poemas de Campos.
1925 – Publica, na Atena, poemas de Alberto Caeiro. Decide parar a publicação da revista. Morre, em Lisboa, a mãe do poeta, em 17 de março. Seu estado psíquico o inquieta, escreve a um amigo, manifestando desejo de ser hospitalizado.
1926 – Cria, com o cunhado, a Revista de Comércio e Contabilidade.
1927 – A Revista Presença reconhece Pessoa como mestre da nova geração de poetas. Publica, na revista, um poema seu, um do Álvaro de Campos e odes de Ricardo Reis.
1928 – Campos escreve “Tabacaria”. Pessoa escreve poemas que integrarão Mensagem.
1929 – Publica fragmentos do Livro do desassossego, creditando-os a Bernardo Soares. Volta a se relacionar com Ophélia.
1930 – Rompe com Ophélia. Encontra o “mago” Aleister Crowley.
1931 – Escreve “Autopsicografia”. Publica fragmentos do Livro do desassossego.
1932 – Continua publicando fragmentos do Livro do desassossego.
1933 – Publica “Tabacaria” e escreve o poema esotérico “Eros e Psique”.
1934 – Finaliza Portugal, que, depois será chamado de Mensagem. Candidata-se ao Prêmio Antero de Quental. Escreve mais de trezentas quadras populares. Recebe o segundo lugar no concurso. Publica Mensagem.
1935 – Escreve a famosa carta a Adolfo Casais Monteiro, em que explica a gênese dos heterônimos. Redige sua nota biográfica, na qual se diz “conservador anti-reacionário”, “cristão gnóstico” e membro da Ordem dos Templários. Em 29 de novembro, é internado com o diagnóstico de cólica hepática. A sua última frase, escrita em inglês, diz: “I know not what tomorrow will bring’’. Morre no dia 30, às 20h30.
Cecília Meireles- Disponível em: http://www.suapesquisa.com/biografias/cecilia_meireles.htm Acesso em: 18 abril 2014.
Biografia, obras e estilo literário - Cecília Meireles
Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.
Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista.
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia).
O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.
No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.
Relação de suas obras:
Espectro - 1919
Criança, meu amor - 1923
Nunca mais... - 1923
Poema dos Poemas -1923
Baladas para El-Rei - 1925
O Espírito Vitorioso - 1935
Viagem - 1939
Vaga Música - 1942
Poetas Novos de Portugal - 1944
Mar Absoluto - 1945
Rute e Alberto - 1945
Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948
Retrato Natural - 1949
Amor em Leonoreta - 1952
12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952
Romanceiro da Inconfidência -1953
Poemas Escritos na Índia - 1953
Batuque - 1953
Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955
Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955
Panorama Folclórico de Açores -1955
Canções - 1956
Giroflê, Giroflá - 1956
Romance de Santa Cecília - 1957
A Rosa - 1957
Obra Poética -1958
Metal Rosicler -1960
Solombra -1963
Ou Isto ou Aquilo -1964
Escolha o Seu Sonho - 1964
Ainda no Laboratório de Informática, os alunos deverão procurar algumas poesias desses autores para recitarem para a turma. Cada dupla ou trio escolherá uma poesia. O professor deverá dar um tempo para que os alunos ensaiem.
Na aula/data combinada, os estudantes apresentarão as poesias. Poderão ler, decorar, o que acharem melhor. Poderão usar vestimentas, chapéus, enfim, caracterizarem-se de acordo com a poesia.
Professor, divulgue as poesias de seus alunos no Blog da escola ou da classe.
ATIVIDADE 3
Para leitura do professor:
1. Usar a poesia para desenvolver a oralidade. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/usar-poesia-423627.shtml
Acesso em: 18 abril 2014.
2. A poesia: sociedade, leitura, interpretação e ensino. Disponível em:
http://www.slmb.ueg.br/iconeletras/artigos/volume9/APoesiaSociedade,Leitura,InterpretacaoEEnsino.pdf
Acesso em: 18 abril 2014.
A avaliação deverá ser feita por meio da observação da participação e envolvimento dos estudantes nas atividades.O professor deverá ressaltar os aspectos positivos da produção escrita dos estudantes:
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