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Relações Trigonométricas no Triângulo Retângulo: Diferenciando os catetos e conhecendo a tangente

 

13/06/2014

Autor e Coautor(es)
MARIO LUCIO ALEXANDRE
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Angela Cristina dos Santos; Antomar Araújo Ferreira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Matemática Espaço e forma
Ensino Fundamental Final Matemática Grandezas e medidas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

A fim de desenvolver as competências das áreas 2 e 3 da Matriz de Referência de Matemática e sua Tecnologias do ENEM, que são, respectivamente:

 

  • utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e representação da realidade e agir sobre ela;
  • construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano. 

 

Mais especificamente, busca avaliar as habilidades:

 

  • utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano (H9);
  • avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas (H14).

 

Para isso são propostos para essa aula os seguintes objetivos:

 

  • Diferenciar os catetos com relação aos ângulos  agudos, observados em um triângulo retângulo;
  • Trabalhar um exemplo do cotidiano utilizando a tangente.
Duração das atividades
1 hora/aula de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Classificação dos triângulos com relação aos ângulos.

Estratégias e recursos da aula

Além dos recursos geralmente presentes em sala de aula, como lousa, o seguinte item será utilizado:

  • esquadro utilizado na construção civil.

A AULA

Professor(a), inicie a aula apresentando o esquadro (figura 1), relatando que é um instrumento, geralmente em forma de L, usado para construir ângulos retos. Ressalte que alguns pedreiros usam o mesmo para construir ângulos retos em construções e que, no entanto, apesar de rígido, pode resultar em medidas imprecisas durante a construção, por exemplo, se o construtor tremer.

 

Figura 1: Esquadro

Figura 1 - Esquadro

Fonte: Arquivo do autor

 

Nessa aula, é possível  simular um caso que pode ser real, em que a pessoa que manuseia o esquadro possa tremer e criar um desvio de um grau na construção de um ângulo reto.

Leve os alunos a imaginarem que isso ocorra enquanto o pedreiro faz as marcações para a construção de um muro em um espaço de 10 metros.

A pergunta desafiadora para os alunos é:

 

  • O desvio ao final seria muito considerável ou pequeno o suficiente para não ser levado em consideração e construir o muro assim mesmo?

 

Com o esquadro apresentado e a questão problematizadora colocada, é hora de apresentar aos alunos os processos básicos para a obtenção da resposta para o problema. Para tanto, durante esse processo, os estudantes aprenderão a diferenciar, com relação ao ângulo, os catetos de um triângulo retângulo. Dessa maneira, dividimos essa aula em outras três etapas posteriores à discussão do problema.

 

1º MOMENTO: Diferenciando os catetos com relação aos ângulos

 

Quando se trabalha com o Teorema de Pitágoras os lados que incidem um sobre o outro de forma perpendicular são chamados de catetos. No entanto, para o estudo das funções trigonométricas, é importante estabelecer relações que utilizam ângulos e lados, para isso é necessário diferenciarmos os catetos com relação a esses ângulos. Sugerimos então a exposição dos mesmos a partir de um desenho:

 

Figura 2: Triângulo Retângulo

Figura 2 - Triângulo Retângulo

Fonte: Arquivo do autor

 

Em seguida, a observação do desenho e o desta que dos lados triângulo, de acordo com os ângulos agudos:

 

Cateto oposto

- Cateto oposto ao ânguloangulo ccateto ab

- Cateto oposto ao ângulo angulo a:cateto bc

 

Cateto adjacente

- Cateto adjacente ao ângulo angulo c:cateto bc

- Cateto adjacente ao ângulo angulo a:cateto ab

 

Professor(a), apresente um exemplo para ser resolvido juntamente aos estudantes.

 

Exemplo 1:  No triângulo de vértices A ,B e C encontre os seguintes valores referente ao:

 

Figura 3: Exemplo de catetos

                             Figura 3 - Exemplo de catetos

Fonte: Arquivo do autor

 

a) Cateto oposto ao ângulo angulo a:

b) Cateto adjacente ao ângulo angulo c:

c) Cateto adjacente ao ângulo angulo a:

d) Cateto oposto ao ângulo angulo c:

 

2º MOMENTO: Relação trigonométrica – Tangente

 

Dado um ângulo interno do triângulo retângulo, exceto o ângulo reto, é possível construir a relação entre o cateto oposto e o cateto adjacente a esse ângulo. Professor(a), utilize um dos triângulos já desenhados e exponha que a tangente de um ângulo é a razão entre as medidas do cateto oposto e adjacente a esse ângulo, ou seja,

 

tangente

 

Comentário:  É importante salientar que é a tangente do ângulo angulo a  é indicada como  tangente de a.

 

Segue uma sugestão de exemplo para a aula:

 

Exemplo 2: No triângulo abaixo calcule o valor da tangente de angulo a e angulo c.

 

Figura 4: Exemplo para o cálculo da tangente

Figura 4 - Exemplo para o cálculo da tangente

Fonte: Arquivo do autor

 

Nesse caso determina-se o valor das tangentes dos ângulos citados, utilizando-se a equação dada anteriormente. Segue a resolução:

 

tangente de a = 6/8 = 3/4

tg(angulo c) = 8/6 = 4/3 

 

 

Professor(a), comente com os alunos, que com a tangente também é possível determinar o valor de um dos lados. Para isso é preciso que se consulte uma tabela trigonométrica, que pode ser encontrada em alguns livros ou na internet (exemplo de link: no item “Recursos complementares” dessa aula), ou ainda, que se recorra a uma calculadora que tenha essa função.

Para exemplificar a situação, apresente a situação a seguir. Nessa situação, se conhece o ângulo e não é necessário calcular a tangente (pois seu valor pode ser encontrado já pré-determinado) , o que se pretende nele é determinar o tamanho de um dos catetos. Nesse caso sugerimos a seguinte observação e exemplo para a aula:

 

Observação: É possível, como mostrado na situação a seguir, que se conheça um ângulo interno e falte um dos catetos e a hipotenusa. 

 

       Situação: Determine o valor de  X

 

Figura 5: Exemplo para o cálculo do cateto

Figura 5 - Exemplo para o calculo do cateto

Fonte: Arquivo do autor

 

Nesse caso teríamos que tg(45°) = x/6.

Daí, x = 6.tg(45º).

Consultando a tabela trigonométrica encontramos que tg(45°) = 1, logo, x = 6 . 1 = 6.

 

3ª MOMENTO: Retornar ao problema inicial

 

Professor(a), questione os alunos:

 

  • Com o auxílio da tabela trigonométrica e do que foi visto a respeito da tangente, sobretudo na última observação, é possível resolver o problema apresentado no início da aula?

 

Deixe que os estudantes tentem resolver a questão. Em parceria com os alunos, pode-se verificar:

 

Figura 6: Representação do problema do muro

Figura 6 - Representacao do problema do muro

Fonte: ALEXANDRE, 2011, p. 17

 

Daí, temos que,

 

tangente muro

 

É possível perceber que o desvio no final é de 17 cm, portanto, considerável em relação a um muro perfeitamente alinhado, podendo ocasionar inclusive problemas judiciais devido ao espaço ocupado em um terreno vizinho ou do passeio público.

Nesse ponto se pode discutir outros problemas como, por exemplo, o consumo excessivo e desnecessário de materiais, como tijolos e reboco. Em um trabalho mais detalhado, é possível inclusive calcular o volume de reboco extra. De forma semelhante ao problema de esquadrejar o muro, o(a) professor(a) pode instigar o aluno a utilizar a própria sala de aula para supor que uma de suas paredes tivesse que ser derrubada por conta de problemas estruturais, para que no lugar fosse feita outra. É possível usar a fita métrica ou até mesmo a contagem de passos como unidade de medida, bem como a calculadora. E, com a régua, mostrar o quão desalinhada a mesma ficaria. Os ângulos também podem ser diversificados. Caso se esteja em campo aberto é possível também simular com linhas ou barbante aquilo que desenhamos na figura 6.

Recursos Complementares

Professor(a) sugerimos que você acesse os links abaixo:

Tabela trigonométrica

Fonte: http://www.ufrgs.br/biomec/materiais/Tabela%20Trigonometrica.pdfAcesso em 12 abr 2014.

Etnomatemática – A matemática do dia a dia

Fonte: http://pt.slideshare.net/erikacurty/matemtica-dos-pedreiros#btnNextAcesso em 12 abr 2014.

Bibliografia

ALEXANDRE, Mário Lucio. A Resolução de Problemas na formação dos professores: Uma abordagem com ênfase no uso da tecnologia. 2011. 29 f. Monografia (Graduação) - Curso de Licenciatura em Matemática, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2011.

Avaliação

A avaliação deve ser feita de maneira continua ao longo da aula, envolvendo a participação dos mesmos. O professor (a) pode também avaliar quantitativamente o conhecimento trabalhado, fazendo a correção de problemas propostos e semelhantes ao desafio proposta para essa aula.

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