Os alunos poderão experimentar a roda de capoeira, ao tentar reproduzir as figuras do jogo e refletindo sobre as características dos movimentos. O objetivo principal da aula não é ensinar os movimentos da capoeira com ênfase na técnica de execução, mas fazer com que os alunos vivenciem, de maneira aproximada, em que condições os escravos criavam, recriavam, representavam e se expressavam através do jogo.

Não são necessários conhecimentos prévios trabalhados pelo professor. É importante que o professor organize um painel com as figuras do jogo de capoeira, em local estratégico, para que este possa ser visto por outras crianças da escola.

Espaço:

qualquer espaço amplo que possibilite a movimentação dos alunos sem que se choquem todo o tempo; de preferência, espaços abertos.

Materiais:

CDs com músicas de capoeira; som adequado para o espaço*; pedaços de elástico comum, feitos em nylon (mais resistentes), com 1cm de largura e aproximadamente 90cm de comprimento, sendo um para cada aluno. O professor também deve ter em mãos as figuras do jogo de capoeira, em local visível para as crianças.

site de referência com músicas de capoeira:

capoeira: http://rapha.com.br/capoeira/?tag=regional

músicas, letras, apostilas e outros materiais de referência:
http://ube-164.pop.com.br/repositorio/35645/meusite/musicas-mp3.html

Atividade 1. Aprendendo a cantar.

O professor pode selecionar e ensinar algumas músicas de capoeira para os alunos, estimulando que cantem repetidas vezes para memorizarem. Pode também ensinar as batidas das palmas das mãos junto com os cantos. Dê preferência aos cantos que dizem sobre os escravos, o trabalho, as práticas cotidianas de trabalhadores (aprox. 30min).

Atividade 2. Gingando como os escravos.

De posse dos elásticos, cortados com aproximadamente 90 cm de comprimento, amarre-os aos pés dos alunos pelas pontas. Dessa maneira, uma perna fica presa à outra, com o elástico, limitando o movimento de abertura das pernas dos alunos. Essa atividade pretende reproduzir os pés dos escravos presos pelas correntes, mas que, mesmo assim, jogavam a capoeira. Mostrar que as pernas quase sempre possuíam a mesma distância uma da outra. Simultaneamente, pode-se mostrar as figuras da ginga, com a posição dos braços e pernas. Deixar que as crianças ginguem umas com as outras, trocando os pares, sempre tendo as músicas cantadas ou tocadas durante a atividade. (aprox. 30min).

fonte: Caderno pedagógico 2 – Esporte na Escola em Tempo Integral – SEEJ e SEE/MG (2008?)

mais informações:

http://crv.educacao.mg.gov.br/

Atividade 3. Experimentando outros movimentos.

Ainda com os elásticos nos pés, pedir que as crianças experimentem livremente as formas presentes no painel imagens, praticando duas a duas, fazendo da maneira como conseguirem. É importante que o professor peça para os alunos trocarem várias vezes de pares para que todos possam jogar uns com os outros. é interessante que uns possam ensinar aos outros, ajudando-os na descoberta dos movimentos. (aprox. 40min).

O professor também pode optar por projetar as formas do jogo de capoeira numa parede ou tela, no caso de ter disponível uma sala fechada e computador com projetores também disponíveis, pedindo que os alunos experimentem os movimentos, todos juntos, a cada troca de figura.

O importante a avaliar é o envolvimento dos alunos no processo de experimentação das músicas, dos movimentos e na partilha de experiências com os colegas. O professor deve enfatizar que esse é o espírito da prática da capoeira e não um espírito de competição a qualquer custo que muitas vezes vemos em outros espaços. Os alunos devem ter espaço, nesse momento, para se manifestarem em relação as suas impressões sobre a aula e ao aprendizado.