• Estabelecer relação entre o texto crônica e o texto jornalístico padrão.
• Sistematizar os conceitos do gênero crônica.
• Perceber os efeitos de linguagem por meio do gênero escolhido para a produção textual.
• Revisar um texto alheio.

• Gênero Crônica.
• Texto Jornalístico.
• Funções de linguagem.
• Ortografia e sintaxe da língua portuguesa.
• Suporte Blog.

Estratégias:

• Reflexão e comparação sobre os gêneros jornalísticos e a crônica.
• Reflexão dos efeitos de sentido produzidos em um determinado tipo de texto.
• Pesquisa em jornal.

Recursos:

• Biblioteca.
• Laboratório de Informática.
• Produção de texto.
• Revisão de texto.
• Blog.

Professor,

A crônica é um gênero ficcional com um “pezinho” no gênero jornalístico. Sendo assim, é importante que seus alunos consigam fazer a ligação entre os dois textos e identificar as especificidades de cada um.

Aula 1 – No jornal

Imagem disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-vziQ9UxuJZs/Ta8hVtP7j2I/AAAAAAAAAjM/qeNBAnVegi4/s320/jornal.gif. Acesso em 31/05/2014.

Professor, leve seus alunos à biblioteca da escola e peça para cada um deles pegar um jornal disponível no acervo. Solicite a eles que busquem a sessão de crônicas e que façam a leitura dela.

Depois da leitura das crônicas, organize uma roda de leitura. Como seus alunos já são maiores, é possível que eles interajam entre si e cooperem com a dinâmica da atividade, por isso, solicite a eles que, um por vez, relate oralmente a sua crônica.

Professor, se houver comentário por parte dos outros alunos, após cada leitura, possibilite que seja feito de forma organizada e que ajude na progressão da atividade.

Nesse momento da dinâmica, é importante relembrá-los as características do gênero crônica já aprendidas anteriormente.

Após as apresentações dos relatos de cada leitura, pergunte aos seus alunos se alguns dos temas propostos nas crônicas lidas são familiares, se eles ouviram sobre as notícias que deram origens aos textos ficcionais etc.

Após essa construção de relações, instrua-os a encontrar no jornal escolhido a matéria mencionada na crônica.

Atividade 2

Professor, peça para os alunos fazerem em seu caderno um tabela com duas colunas, sendo uma para os elementos da reportagem e outra para os elementos da crônica.

Após a tabela feita, solicite a eles que preencham a tabela com as diferenças de tratamento da linguagem existente em cada uma delas.

Nessa atividade, espera-se que o aluno perceba a utilização da linguagem formal x linguagem poética, efeito de linguagem objetiva x efeito de linguagem subjetiva, função referencial x função poética etc.

Atividade 3

Imagem disponível em: http://diariodenoticias.com.br/images/20131213112428_Geral_03_-_Premia%C3%A7%C3%A3o.jpg. Acesso em 31/05/2014.

Peça a seus alunos que construam uma análise em seu caderno, refletindo sobre os efeitos de sentido causado pela escolha de produção de crônica e de produção de reportagem.

Aula 2 – Refletindo

Atividade 1

Dando continuidade à proposta anterior, solicite a 5 alunos que façam a leitura das suas reflexões sobre o efeito de sentido no uso de um gênero em detrimento do outro.

Após essa exposição dos alunos, promova na sala um debate sobre a escolha de um gênero para comunicação. Sugerimos questões como:

• Quer dizer que nós podemos escolher como queremos passar uma informação?
• Quer dizer que é possível se ter um mesmo tema trabalhado em várias estruturas textuais?
• É o gênero textual, por meio das implicações de escolhas de linguagem, que trará o efeito de verdade e credibilidade?
• A ficcionalização da informação por meio da crônica dá uma liberdade maior ao autor?
• E se fosse um jornalista que decidisse escrever a reportagem como faz o cronista?
• Será que ele teria prejuízos jurídicos?
• Será que a crônica, pela subjetividade, pelas metáforas e construções imagéticas, oculta muitas interpretações e níveis de leitura?

Professor, nessa atividade é importante que o aluno reflita sobre a possibilidade de níveis de interpretação em um texto dito ficcional, estratégia oposta de um gênero de efeito de objetividade, como a reportagem.

Atividade 2

Peça para seus alunos se lembrarem de alguma cena, notícia, dado, fato da sua cidade que o incomoda. Ex.: violência, educação, saúde pública, saneamento básico, transporte público, cultura etc.

Solicite a eles que escrevam, em seu caderno, de forma direta e objetiva as informações sobre a sua lembrança.

Assim que eles terminarem, faça uma roda e peça para que eles socializem as suas anotações. Para essa dinâmica, professor, solicite aos demais alunos que observem bem os temas dos colegas e que, se lembrarem de algo útil sobre o episódio topicalizado, socialize outras informações com o redator do tema para melhorar e aprimorar o material dele, pois esses tópicos serão usados para a construção das crônicas de cada um deles.

Imagem disponível em: http://www.huufma.br/site/fotos/8190c41641beb3bd67493e169fcbe127.jpg. Acesso em 31/05/2014.

Atividade 3

Ainda em roda, solicite a eles que leiam silenciosamente a crônica escolhida na aula anterior, para refrescarem a memória das características do gênero. Em seguida, solicite aos alunos que verbalizem as características já listadas e discutidas por eles; possibilite que todos os alunos falem à medida que forem se lembrando.

Atividade 4

Esta atividade é voltada para a confecção da crônica de cada um deles. Para tanto, solicite aos alunos que, de posse das anotações do tema escolhido no início dessa aula, façam um esquema de redação: em forma de tópicos, escrevam: um recorte da cena mencionada na roda; contextualize a proposta (espaço, tempo, narrador em que pessoa e personagens); e desses tópicos desenvolva a reflexão em forma de crônica.

Aula 3 – Revisão textual

Atividade 1

Professor, peça a seus alunos que façam uma roda e que troquem seus textos com o colega. Explique que em uma redação de jornal cada um tem sua função, ou seja, cabe ao autor escrever, ao revisor, corrigir e sugerir (pois é praticamente impossível a qualquer autor perceber em seu próprio texto as incoerências de sentido e de norma), ao editor, ler e avaliar a relevância do texto proposto.

Sabendo disso, avise-os que agora eles farão papel de revisores. Para tanto, cada aluno fará a leitura silenciosa de uma crônica que não é a sua e, por meio da sua leitura atenta, dará sugestões de ortografia, sintaxe e revisão lexical para ajudar a melhorar o texto do colega. Se necessário for, deixe disponíveis dicionários e gramáticas para consulta.

Atividade 2

Para uma revisão criteriosa, às vezes são necessários mais de um profissional das Letras para o trabalho; por isso, professor, faça o texto rodar mais uma vez, sem que ele volte à mão do seu autor e repita a atividade 1.

Atividade 3

Após as 2 duas olhadas técnicas e cuidadosas, o autor da crônica receberá seu texto novamente, fará a leitura silenciosa da sua produção textual com as sugestões dos revisores para avaliar se concorda ou não com os apontamentos. Em caso de dúvida de marcação ou de necessidade de defesa da sua ideia para com o revisor, possibilite a dinâmica de consulta e conversa com o colega que produziu o apontamento no texto.

Depois de todos os olhares para o texto, é chegada a hora de passá-lo a limpo. Para tanto, solicite seus alunos que façam a reescrita de seu texto, em casa, e que tragam-na para a próxima aula.

Aula 4 – Nossa crônica no Blog

Professor, antes de a aula começar, crie um blog de crônicas para a sala.

Se necessário, consulte o Tutorial: Como criar um blog - passo a passo, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ciZvHCEBJFE, duração: 2min53seg, acesso em 13/06/2014.

Atividade 1

Leve seus alunos ao Laboratório de Informática e lá solicite a eles que se organizem nos computadores para acessarem o blog.

Mostre a dinâmica do blog; onde e como são inseridas as postagem nesse ambiente virtual; quais os recursos de imagem, link, vídeo, som etc. disponíveis.

Depois de tudo isso, peça a eles que digitem suas crônicas e postem-nas no blog.

Lembre seus alunos que o gênero blog possibilita relação com vários gêneros textuais e que a crônica é uma delas. Além do mais, esse suporte textual possibilita a interação entre autor e leitor, por meio dos comentários. Sendo assim, solicite a eles que, em casa, façam a leitura das outras crônicas construídas por seus colegas de sala e que comente sobre as impressões e sobre as denúncias promovidas no texto.

A avaliação é processual. O professor deve acompanhar a produção do aluno durante a confecção das atividades e perceber se ele conseguiu atingir os objetivos da aula em relação ao conceito do gênero e os processos de construção textual.