19/06/2014
Eliana Dias, Lazuita Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens |
Primeiramente, o professor discutirá com os alunos sobre a Lei Menino Bernardo, mais conhecida como "Lei da Palmada", que visa proibir o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis ou degradantes na educação de crianças e adolescentes.
O professor deverá incitar os alunos a darem sua opinião, dizendo se são contra ou favoráveis a essa lei. Além de dar a opinião, favorável ou contra a lei, o professor pedirá que os alunos expliquem por que acreditam que a lei é boa ou ruim e para quem ela é boa ou ruim.
Feito isso, o professor distribuirá para os alunos os seguintes textos, publicados no jornal "O Povo", que tratam sobre a referida lei.
Disponível em: <http://www.terapiasludicas.com.br/images/materiasdiv/opovo.jpg>. Acesso em: 18 jun. 2014.
Após lerem os textos, os alunos deverão fazer uma tabela no caderno, com duas colunas, comparando o posicionamento assumido por cada uma das entrevistadas.
Nessa tabela, os alunos deverão elencar:
A tabela que os alunos deverão elaborar deverá constar na primeira linha o nome de cada uma das entrevistadas, para facilitar a próxima atividade, conforme apresentado abaixo:
Margarida Marques | Denise Dias |
Após terem feito a tabela no caderno, o professor discutirá com os alunos sobre o alinhamento (ou não) existente entre o papel social de cada uma das entrevistadas e o posicionamento assumido por elas.
Para tratar sobre a primeira entrevistada, o professor deverá explicar o que significa Cedeca, que é o Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Em seguida o professor questionará os alunos sobre qual o posicionamento se espera de alguém que faz parte do Cedeca, acerca da "Lei da palmada".
Assim, os alunos deverão perceber se o posicionamento e os argumentos elencados pela entrevistada favorável à lei estão de acordo com o papel social que ela ocupa.
Em seguida, o professor discutirá com os alunos o posicionamento da segunda entrevistada.
É válido ressaltar com os alunos que, na posição de terapeuta infantil, a entrevistada que se posiciona contrária à lei modaliza seu discurso, fazendo distinção entre palmada e espancamento, como podemos notar no trecho:
"A palmada dada com fúria é dada em descontrole. Os pais devem ter equilíbrio ao aplicá-la. E qualquer pessoa em equilíbrio mental sabe discernir entre uma palmada e um espancamento [...]"
O professor deverá questionar os alunos sobre por que ela tenta relativizar seu posicionamento com relação a lei.
Após terem analisado os dois posicionamentos acerca da "Lei da Palmada", o professor fará um exercício oral com os alunos. Para esse exercício, o professor deverá pensar em diferentes papéis sociais que são afetados pela referida lei e escrevê-los no quadro.
O professor poderá levar uma lista com alguns deles, bem como pedir sugestões aos alunos de pessoas envolvidas com a questão da Lei da Palmada e escrevê-las no quadro, por exemplo:
Após terem elencados diferentes "personagens", os alunos deverão pensar em qual seria o provável posicionamento de cada um deles sobre a Lei Menino Bernardo, bem como os possíveis argumentos apresentadospor cada um deles.
Disponível em: <https://peregrinacultural.files.wordpress.com/2009/08/jovens-lendo.jpg>. Acesso em: 18 jun. 2014.
O professor entregará aos alunos uma coletânea de textos de opinião, sobre temas variados, os quais serão analisados pelos alunos, em duplas.
Os alunos deverão observar:
Para essa atividade, sugerimos que o professor leve artigos de opinião veiculados em jornais ou revistas, sobre temas que estejam sendo discutidos no momento da aplicação da aula, ou então utilizem-se dos textos selecionados abaixo:
Mário Celso Cunha
A cidade-sede de Curitiba está preparada para receber os turistas brasileiros e internacionais. O planejamento realizado no passado garantiu para a capital paranaense um plano de sustentabilidade que a diferenciou de outras metrópoles. Visitei as 12 sedes do Mundial e constatei que Curitiba sempre esteve na vanguarda dos projetos, tanto que foi quem mais aproveitou os financiamentos liberados pela Caixa Econômica Federal.
Em Curitiba, o turista vai encontrar um povo receptivo, vias de acesso do aeroporto ao Centro renovadas e revitalizadas, estádio da Arena, Fan Fest e locais de grandes eventos organizados. O setor gastronômico e hoteleiro é uma referência nacional e as equipes integradas dos governos estadual e municipal qualificaram mais de 30 mil pessoas para a Copa.
Um ponto alto da preparação para a Copa é a integração das forças de segurança, defesa e saúde. Foram centenas de cursos, simulações e trabalhos técnicos, resultando numa eficiente preparação para agir com competência nos megaeventos. Um importante legado.
Desde o início, nosso compromisso, seguindo orientação do governador Beto Richa, foi de atuar com transparência, integração e busca de um legado para a sociedade paranaense. A Copa do Mundo serviu de trampolim para importantes melhorias no estado. Rodovias foram revitalizadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, recebendo novas câmeras de segurança. Diversos municípios entraram no Catálogo Oficial de Centros e Treinamento da Fifa e outros, como Apucarana e Nova Esperança, ganharam destaque na confecção de produtos para a Copa 2014.
O Porto de Paranaguá está recebendo navios de grande porte, com cerca de 1,5 mil passageiros cada um. O Aeroporto Internacional Afonso Pena recebeu investimentos de cerca de R$ 400 milhões pela Infraero, ampliando vagas de estacionamento, terminais de carga e passageiros, aumentando o número de elevadores, escadas rolantes e revitalizando a pista principal para pouso e decolagens. Outros aeroportos paranaenses também ganharam melhorias, caso de Foz do Iguaçu, Londrina, Cascavel e Maringá.
No setor de energia elétrica, a Copel colocou em prática um plano de desenvolvimento para a Copa, com novas subestações, linhas de transmissão e geradores móveis, garantindo risco zero de queda de energia. Um investimento de quase R$ 500 milhões em melhorias que ficam para os moradores de Curitiba, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais e Morretes.
Atuamos de maneira positiva na indicação dos Centros de Treinamento, que resultou na escolha da seleção da Espanha pelo CT do Caju, em Curitiba, e da seleção da Coreia do Sul pelo CT do Flamengo Esporte Clube, em Foz do Iguaçu. Também selecionamos, em parceria com o município, campos oficias de treinamento, caso dos estádios Couto Pereira, do Coritiba, e Janguito Malucelli, do J.Malucelli, além do CT Barcelos, que ficou como reserva.
Finalizando, deve-se lembrar do esforço tripartite para garantir o palco da Copa com a conclusão das obras do estádio da Arena, do Clube Atlético Paranaense. Um Comitê Gestor foi formado, com a participação dos governos estadual e municipal, COL/Fifa, Sinduscom e CAP S/A, em que foram definidas as prioridades da obra, alcançando o sucesso esperado. Tudo isso coloca Curitiba e o Paraná na mídia internacional. Na Copa, vamos receber quatro jogos, com oito seleções; a primeira partida ocorre hoje, mas já podemos comemorar uma grande vitória em termos de legado.
Mario Celso Cunha é coordenador-geral da Copa do Mundo da Fifa 2014 no Paraná.
Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1476764&tit=O-legado-da-Copa>. Acesso em: 18 jun. 2014.
Osmar Terra
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/05/18/legalizacao-das-drogas-nao-e-caminho-para-diminuir-violencia.htm>. Acesso em: 18 jun. 2014.
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) recebeu com muita honra o artigo do empresário Rogério Amato publicado nesta seção ("O MTST e o estado de anomia", 12/6). Despertar preocupação e acusações por parte de gente como Amato é algo que nos reforça a convicção de estar no caminho correto.
Não se trata de qualquer um. Rogério Amato, o homem da confederação patronal do comércio, é oriundo da fina flor da elite brasileira. Seu pai, Mario Amato, foi aquele presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que apoiou Fernando Collor (presidente da República entre 1990 e 1992) e disse que os empresários fugiriam do país se Lula (presidente da República entre 2003 e 2010) vencesse as eleições presidenciais em 1989. Pena que não. Os Amato e sua turma ainda estão por aqui, sugando dinheiro público, concentrando renda e patrocinando um pensamento conservador.
Representam a elite intolerante e autoritária. Os que xingaram Dilma Rousseff na Arena Corinthians, apesar de sua classe ter engordado bilhões com a Copa do Mundo; os que reclamam que o aeroporto anda parecendo rodoviária; os que exigem providências perante a pequena parte que os incomoda desta democracia –as manifestações populares. Enfim, a velha elite patrimonialista que não aceita que ninguém ganhe no país a não ser ela.
Amato reclama em seu artigo que o MTST estaria pressionando o Judiciário, afrontando o direito de propriedade e furando a fila dos "cidadãos de bem", que esperam pacientemente por seus direitos. Exige ainda ação das elites urbanas –que taxa de passivas– e das autoridades em defesa da ordem.
A burguesia brasileira parece seguir a chamada moral de hotentotes, cujo lema é "para mim pode, para você não". Chega a ser engraçado vê-los falar de pressão indevida sobre o Judiciário quando as associações empresariais costumam bancar os congressos de juízes em hotéis e praias paradisíacas. Quanto ao direito de propriedade, esquecem-se de que a mesma Constituição que o garante exige que a propriedade exerça função social, o que não é o caso das áreas ocupadas pelo MTST.
Já a fila habitacional merece uma consideração à parte. Tem sido objeto de gritaria de editoriais e partidos de direita. Uma pergunta: que filas são essas? Quais são seus critérios? Quem acompanha a política habitacional no país sabe bem que essas filas são um verdadeiro engodo. Há pessoas que esperam décadas sem qualquer resultado. E frequentemente são definidas por interesses político-eleitorais. Acreditar que as prefeituras, que gerenciam os cadastros habitacionais, são entidades neutras e isentas de critério político é de uma incrível ingenuidade.
Se essas filas funcionassem de fato, o movimento popular de luta por moradia não teria a força que tem, com a adesão de centenas de milhares de pessoas necessitadas.
Mas, para além desses lugares-comuns, o texto de Amato traz algo preocupante: a tendência cada vez mais forte de exigir repressão e criminalização das lutas sociais. Combate ao caos, bagunça ou desgoverno sempre foram as bandeiras de uma burguesia golpista, defensora de soluções autoritárias. Estão começando a bradar desavergonhadamente suas exigências intolerantes e violentas.
Queremos deixar claro, da parte do MTST, que isso não nos intimidará. Permaneceremos nas ruas e nas lutas por transformações sociais profundas em nosso país.
Aliás, essa é uma oportunidade de respondermos também àqueles que –na imprensa ou fora dela– propagaram uma ideia falsa de que a conquista obtida pelo MTST em nossa pauta de reivindicações nos tiraria das ruas. Que teríamos feito um acordo para não realizar mobilizações neste período.
Estar nas ruas é um ponto inegociável para o MTST. Nelas sempre estivemos e delas não sairemos. Ao menos enquanto o Brasil for comandado por gente como Rogério Amato e seus colegas de salão. Para os incrédulos, as ações dos próximos dias responderão isso mais do que qualquer palavra.
GUILHERME BOULOS, 32, é membro da coordenação do MTST em São Paulo
EDSON SILVA, 33, é membro da coordenação do MTST em Brasília
NATALIA SZERMETA é membro da coordenação do MTST em São Paulo
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/06/1471550-guilherme-boulos-uma-honra-para-o-mtst.shtml>. Acesso em: 18 jun. 2014.
O professor pedirá que diferentes duplas apresentem os resultados das análises dos textos de opinião. O professor deverá observar se os alunos conseguem perceber a relação existente entre o papel social ocupado pelos autores dos textos e a opinião neles veiculada.
Os alunos deverão escrever um texto de opinião sobre um tema polêmico. O professor selecionará um tema polêmico e, juntamente com os alunos, pensará em diferentes papéis sociais para que os alunos escrevam seu texto de opinião.
Sugestão de temas:
Exemplo:
TEMA: Cotas nas Universidades Federais (50% das vagas reservadas para alunos oriundos integralmente do ensino médio público).
Possíveis interessados:
Os alunos lerão seus textos de opinião sem dizer qual o papel social escolheram para defender.
Os colegas deverão ouvir o texto e buscar perceber qual foi o papel escolhido pelo colega, avaliando se os argumentos ficaram condizentes com o papel social escolhido.
Reportagem com diferentes opiniões sobre a Lei da Palmada.
Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoe-temp/edicoes/2077/imprime150491.htm>. Acesso em: 18 jun. 2014.
Portal sobre a Lei de cotas.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html>. Acesso em: 18 jun. 2014.
O professor deverá observar, processualmente, se há um reconhecimento, por parte dos alunos, quanto à relação existente entre o lugar social e o posicionamento defendido nos textos de opinião.
Qualitativamente, o professor poderá avaliar as produções textuais dos alunos observando:
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