• Identificar a diferença entre o gênero reportagem e o gênero crônica.      
• Conceituar e interpretar uma crônica.  
• Dominar o gênero crônica.
• Perceber os efeitos de linguagem subjetiva e objetiva.
• Produzir e revisar textos do gênero crônica.

• Dominar os recursos dos gêneros discursivos da ordem do narrar.
• Dominar o gênero reportagem.

Estratégias:

• Reflexão e comparação sobre os gêneros jornalísticos e a crônica.
• Reflexão dos efeitos de sentido produzidos em um determinado tipo de texto.
• Pesquisa em jornal e revista eletrônicos.

Recursos:

• Leitura e interpretação de texto.
• Laboratório de Informática.
• Produção de texto.
• Revisão de texto.
• Blog.

Aula 1 – Interpretando uma crônica

Professor, a crônica é um gênero ficcional com um “pezinho” no gênero jornalístico. Sendo assim, é importante que seus alunos consigam fazer a ligação entre os dois textos e as especificidades de cada um.

Imagem disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-vziQ9UxuJZs/Ta8hVtP7j2I/AAAAAAAAAjM/qeNBAnVegi4/s320/jornal.gif, acesso em 24/06/2014.

Atividade 1

Professor, relembre seus alunos que a reportagem é um texto referente a um fato atual. Ciente disto, distribua para os alunos a reportagem Irã e Nigéria fazem o pior jogo e Copa tem o 1º empate, disponível em: http://esporte.band.uol.com.br/futebol/copa-2014/noticia.asp?id=100000689724&t, acesso em 07/07/2014.

Depois, solicite aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto recebido.

Assim que a leitura for findada, motive seus alunos a refletirem sobre a informação. Sugerimos que faça questões que motivem ao debate coletivo, como:

• Você assistiu ao jogo?
• Você acha que foi realmente o pior jogo da Copa?
• Qual a visão proposta na reportagem?
• São dois times que têm tradição no futebol?
• Qual a expectativa que a reportagem demonstra que havia para a partida?
• Há um posicionamento do repórter neste texto?
• Você classificaria o efeito de sentindo produzido pelo texto como objetivo ou subjetivo?
• Se objetivo, por que há no título "o pior jogo"? Essa expressão não marca subjetividade?

Imagem disponível em: http://s2.glbimg.com/xzluvm-PUfBTruueUwvKnhYTRR8=/620x390/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2014/06/16/john-obi-mikel_nigeria_get_95.jpg, acesso em 24/06/2014.

Ajude-os a entender que a objetividade e subjetividade é um efeito e que a reportagem, por estar vinculada à figura de linguagem referencial, preocupada com a veracidade dos fatos, passa a impressão de objetividade.

Atividade 2

Imagem disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-1wV0JiH-0m8/UJmpGMgbFHI/AAAAAAAAABQ/lqLWSgsUvOA/s1600/CRNICA~1.JPG, acesso em 24/06/2014.

Professor, distribua para seus alunos o texto O direito à pelada, de Mário Magalhães, disponível em: http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2014/06/16/o-direito-a-pelada/, acesso em 17/06/2014. Apresente aos alunos a informação de que esse texto é uma crônica e que tem o efeito de subjetividade mais evidente. Solicite a eles que façam uma leitura silenciosa desta crônica.

Depois disso, motive uma discussão sobre o texto. Sugerimos questões como:

• Qual o assunto quê o texto faz referência?
• Qual o posicionamento do autor do texto em relação ao tema?
• Qual a crítica que o cronista faz em relação à copa?
• Qual o assunto que ele usa como pretexto para sua construção textual?
• O cronista, na sua opinião, produz um texto cujo efeito de linguagem se apresenta parcial ou imparcial? Explique.
• Qual a diferença entre uma crônica e um texto jornalístico?

Espera-se que seus alunos percebam que o assunto da reportagem foi o fato cotidiano que serviu de matéria concreta para o cronista e que dela faz-se uso de intertextualidade. 

Professor, essa discussão promoverá o esqueleto para a próxima aula, por isso, sugerimos que explore bem as questões levantadas pelos alunos durante o diálogo anterior proposto.

Aula 2 - Como fazer uma crônica?

Atividade 1

Professor, retome com seus alunos a aula anterior em que eles leram uma reportagem e uma crônica para contextualizar a estratégia de escrita de crônica.

Note, professor, que os alunos, por meio das indagações da aula anterior, tiveram acesso aos conceitos básicos da crônica e que a sistematização deles será processual. 

Depois disso, distribua para eles a matéria de Fábio C. Martins intitulada 6 Dicas para Escrever uma Crônica, disponível em: http://www.folhetimonline.com.br/2012/06/25/dicas-6-dicas-para-escrever-uma-cronica/, acesso em 24/06/2014.

Assim que distribuir o texto, organize os alunos para que cada um leia uma das dicas apresentadas. Aproveite para acrescentar exemplos práticos para melhor entendimento do texto. Sugerimos a roda de leitura como estratégia para que contemple os alunos com memória visual e auditiva para a percepção da teoria trabalhada nesse tema.

Depois de lido, explique aos alunos que dependendo do foco do texto é que se classifica a crônica em Filosófica, Humorística, Lírica, Crônica-ensaio ou Jornalística.

Assim exposto, peça para que um dos alunos explique os passos pra construção de uma crônica. 

Professor, lembre aos seus alunos que esse esquema de construção textual é o mesmo usado para a escrita de qualquer texto, pois para se produzir um enunciado coeso e coerente é necessário enumerar os elementos a serem discutidos, a sequência dos enunciados/fatos etc.

Atividade 2

Em sequência, leve seus alunos para o Laboratório de Informática e peça para acessarem via Google, disponível em: https://www.google.com.br, acesso em 24/06/2014, um jornal ou revista que cada um tenha o hábito de ler ou que já tenha ouvido falar. Assim que encontrarem o link do jornal ou revista eletrônico pesquisado, solicite que eles escolham uma reportagem para produzirem suas crônicas.

Assim que escolhida a reportagem, instrua-os a imprimirem-na, faça uma roda de leitura e solicite a cada um deles lerem a reportagem que têm em mãos e exporem as ideias que tiveram para, a partir delas, construírem suas crônicas.

Professor, essa dinâmica ajuda na preparação de textos, pois propicia ao aluno a organizar as ideias, por meio da sua exposição e por meio do diálogo com seus colegas, e favorece uma possibilidade de amadurecimento das estratégias de construção textual aos alunos que se sentem um pouco "perdidos" com a prática da escrita.

Imagem disponível em:http://2.bp.blogspot.com/_noeT3v_H__g/TD950Ua_ZHI/AAAAAAAAAZg/dzrk1xMbWAc/s1600/LU-CR%C3%94NICA.jpg, acesso em 24/06/2014.

Atividade 3

Solicite aos seus alunos que, em casa, escrevam, em seus cadernos, suas crônicas com base nas discussões realizadas em sala, referente ao texto das dicas e ao que eles pesquisaram. Professor, aconselhe-os a, sempre que preciso, relerem a matéria que estão levando para casa, cujo assunto é base para a crônica, para que eles não fujam à temática proposta.

Aula 3 - Revisão do texto

Atividade 1

Professor, peça a seus alunos que façam uma roda e que troquem seus textos com o colega. Explique que em uma redação de jornal cada um tem sua função, ou seja, cabe ao autor escrever, ao revisor, corrigir e sugerir (pois é praticamente impossível a qualquer autor perceber em seu próprio texto as incoerências de sentido e de norma), ao editor, ler e avaliar a relevância do texto proposto.

Sabendo disso, avise-os que agora eles farão papel de revisores. Para tanto, cada aluno fará a leitura silenciosa de uma crônica que não é a sua e, por meio da sua leitura atenta, dará sugestões de ortografia, sintaxe e revisão lexical para ajudar a melhorar o texto do colega. Se necessário for, deixe disponíveis dicionários e gramáticas para consulta.

Atividade 2

Para uma revisão criteriosa, às vezes são necessários mais de um profissional das Letras para o trabalho; por isso, professor, faça o texto rodar mais uma vez, sem que ele volte à mão do seu autor e repita a atividade 1.

Atividade 3

Após as 2 duas olhadas técnicas e cuidadosas, o autor da crônica receberá seu texto novamente, fará a leitura silenciosa da sua produção textual com as sugestões dos revisores para avaliar se concorda ou não com os apontamentos. Em caso de dúvida de marcação ou de necessidade de defesa da sua ideia para com o revisor, possibilite a dinâmica de consulta e conversa com o colega que produziu o apontamento no texto.

Depois de todos os olhares para o texto, é chegada a hora de passá-lo a limpo. Para tanto, solicite seus alunos que façam a reescrita de seu texto, em casa, e que tragam-na em uma folha separada para a próxima aula.

Imagem disponível em: http://artesmendes.files.wordpress.com/2013/02/ilustra-do-donald-12-02-2013-e1361200510375.jpg, acesso em 24/06/2014.

Aula 4 - Socializando as produções

Professor, antes de a aula começar, crie um blog de crônicas para a sala.

Se necessário, consulte o Tutorial: Como criar um blog - passo a passo, duração de 2min53seg., disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ciZvHCEBJFE, acesso em 24/06/2014.

Atividade 1

Leve seus alunos ao Laboratório de Informática e lá solicite a eles que se organizem nos computadores para acessarem o blog.

Mostre a dinâmica do blog; onde e como são inseridas as postagem nesse ambiente virtual; quais os recursos de imagem, link, vídeo, som etc. disponíveis.

Depois de tudo isso, peça a eles que digitem suas crônicas e postem-nas no blog.

Lembre seus alunos que o gênero blog possibilita relação com vários gêneros textuais e que a crônica é uma delas. Além do mais, esse suporte textual possibilita a interação entre autor e leitor, por meio dos comentários. Sendo assim, solicite a eles que, em casa, leiam os comentários sobre a sua crônica e  façam a leitura das outras crônicas construídas por seus colegas de sala e que comente sobre as impressões e sobre as denúncias promovidas no texto.

A avaliação é processual. O professor deve acompanhar o processo de produção do aluno durante a confecção das atividades e perceber se ele conseguiu atingir os objetivos da aula em relação ao conceito do gênero e os processos de construção textual.