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A fala é diferente da escrita

 

22/07/2014

Autor e Coautor(es)
MARTA PONTES PINTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Ensino Médio Língua Portuguesa Relações sociopragmáticas e discursivas
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Identificar as duas modalidades de linguagem: fala e escrita.
  • Obter mais informações sobre língua oral e língua escrita por meio de informações de vídeo e de textos.
  • Reconhecer que a escrita é mais elaborada que a a fala.
  • Reconhecer que a fala é mais espontânea que a escrita.
  • Reescrever texto em linguagem informal para a linguagem formal.
  • Apresentar seminário sobre o assunto.
Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Habilidades de leitura e escrita.
  • Seminário
Estratégias e recursos da aula
  • Uso da internet
  • Vídeo
  • Seminário

 

  • Professor,   saiba que  […] uma longa tradição escolar acostumou as pessoas a vigiar a escrita e a dar menos atenção à fala, por isso muita gente pensa que fala da mesma forma que escreve.  (ILARI; BASSO, 2006, p. 181)

Disponível em: http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao05/refenli_francajm.php Acesso em: 15 julho 2014.

 

Módulo 1

 

ATIVIDADE 1 - ASSISTINDO A UM VÍDEO

 

  • Professor, convide os alunos a assistirem a um vídeo sobre a fala e a escrita, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_rCl7_IT8lo Acesso em: 16 julho 2014.
  • Depois de assistirem ao vídeo, converse com os alunos sobre a evolução da tecnologia, sobre os meios de comunicação atuais etc.

 

ATIVIDADE 2 - LENDO UM TEXTO SOBRE O ASSUNTO

 

  • Professor, reproduza cópias para os alunos do texto abaixo. Leia o texto com eles para que se informem e para que você possa ajudá-los na tarefa de compreender as diferenças na oralidade e na escrita.

 

As diferenças entre Fala e Escrita

Sabemos que o meio de expressão de todas as línguas humanas é o som produzido pelo aparelho fonador. Mas a maior parte delas, no entanto, possui um segundo meio de expressão: a escrita. Sua origem é o Oriente Médio, há cerca de 5 mil anos, e, como meio, ligou-se desde o início à prática dos desenhos; apesar disso, há inúmeras línguas no mundo que não dispuseram e nem dispõem de registros com caracteres impressos e significativos.

A necessidade da escrita parece ligar-se ao grau de complexidade das culturas humanas. E, em algumas culturas fundamentalmente fechadas, onde é possível preservar o conhecimento do grupo transmitindo-se oralmente, de geração para geração, toda a substância essencial da memória, não há necessidade da escrita. No entanto em nossa cultura, heterogênea e aberta, registrar por escrito os fatos é valor fundamental para preservação futura.

Apesar de haver correlações entre fala e escrita, o ato de escrever é muito diferente do ato de falar. E a grande diferença reside essencialmente no fato de o interlocutor estar presente na hora da fala e ausente no momento em que escrevemos. Como localizar para quem escrevemos? Quem nos lerá? De que modo seremos interpretados e... será mesmo que nossa mensagem pôde ser decodificada?

Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado através de uma interrupção de quem nos ouça; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros componentes da "fala" formam um ambiente propício: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos.

Mas, no momento de escrever, falta-nos tudo isso. No vestibular, por exemplo, assim que entregamos nossa redação, ela estará longe de nós e já não poderemos complementar ideias truncadas (ah, professo1; aí nesse lugar eu quis dizer isso...), nem introduzir nossos gestos, nosso tom de voz, enfim, nossas famosas "caras e bocas" de quando falamos, falamos, falamos...

Um diálogo a distância...

Quando nosso texto nos escapa das mãos, ele vai sozinho e nos representará. É, também, uma espécie de diálogo a distância, leva, de qualquer forma, a nossa mensagem, a maneira como enxergamos o mundo, os outros e os fatos. Por isso, é sempre bom lembrar, quando escrevemos, que ao colocar ideias no papel temos que nos colocar também no lugar do outro, o nosso leitor. Somos claros? Temos dificuldades em nos expressar? Nossos argumentos são frágeis?

O leitor não deverá ter dificuldades em nos compreender e, caso tenha, a comunicação ficará truncada, com consequências trágicas para nós.

Planejar o texto, eis a questão

A fim de expressar-se claramente na escrita, acostume-se a planejar o texto (esquematizar o que pretende escrever) e reescrevê-lo até que as ideias estejam perfeitamente claras, compreensíveis. Pergunte a si mesmo, colocando-se no lugar do leitor, se o texto está claro e se traduz seu pensamento.

Tenha paciência com você: um bom texto não vem ao mundo de uma hora para outra... Outra coisa: escrever não é meramente transpor a fala para o papel. Observe:

Texto I (falado)

"Ela tava ali, lindinha e nos conformes, cara... Fiquei olhando, imaginando um jeito de dize!; bem, você sabe, né? De dizer aqueles negócios que fico pensando sem ela. Era hora, agora, vou lá, dou uma chavecada nela, buzino umas no ouvidinho dela, tá na minha... Bom, tava faltando coragem, puxa, foi me dando um frio, uma coisa, um estado... Virei as costas, meu irmão, e me mandei... "

 

Texto II (escrito)

"Digo a você que ela estava lá, diante dos meus olhos. Perfeita. Olhei-a imaginando um jeito de dizer o quanto era importante para mim, dizer o que pensava dela quando estava a sós comigo mesmo. Pensei ser a hora certa, conversa: Mas me faltou coragem. Fugi."

Como você pode observar, há características peculiares de um texto escrito. Ele deve se apresentar como um todo semântico, com as partes bem amarradas, desprovido das marcas de oralidade tais como repetições, pausas, inserções, expressões vulgares ou continuativas.

A língua escrita parece pertencer a um outro universo, embora consigamos registrá-la facilmente. Há concordâncias, regras; além do que uma outra exigência da escrita é sua apresentação formal: os parágrafos devem começar a uma distância certa da margem e com letra maiúscula; as palavras devem ser separadas umas das outras por espaços em branco; as orações devem ser pontuadas; as palavras necessitam de ortografia oficial. No entanto, deve ficar bem claro que tais exigências não constituem a qualidade principal de um texto escrito: saber grafar corretamente as palavras ou acentuar seguindo as regras não quer dizer que se escreva bem porque saber escrever é, antes de tudo, saber transpor com clareza e eficiência as ideias para o papel. É assim que se constrói um bom texto.

Dessa forma, tenha em mente:

1) Escrevemos para dar um testemunho de nossa existência e... eficiência, não apenas para tirar uma nota, passar num vestibular;
2) É preciso que leiamos o que escrevemos com o olho do outro, ou seja, autocrítica é fundamental;
3) Precisamos nos familiarizar com a escrita, e devagar colocarmos nossos pensamentos na forma desejada.

De dentro para fora...

Mas... de nada adiantará a você saber bem regras de ortografia, pontuação, acentuação, concordância verbal e nominal, se não tiver aquilo que pode chamar de "estofo", ou seja, sua redação só será boa caso se disponha a cuidar, antes de realizá-la, de seu intelecto. Não se escreve sobre aquilo que não se sabe. Portanto, disponha-se a ler jornais, revistas, livros, a observar o mundo e a verificar que verdades costumam ter dois lados. Reconheça de que lado está. Afinal, você já ouviu dizer que "Quem quer conhecer o gato deve levar em consideração também o ponto de vista do rato."

Leia bastante, discuta sobre o que leu, debata suas ideias, construa seu universo intelectual. Cresça, enfim, de dentro para fora. Invista em você, em sua criatividade, em sua capacidade de estar atento.

Escrever é decorrência do ato de pensar. Então, leia de tudo um pouco: filosofia, religião, política, bula de remédio, receita de bolo, história em quadrinhos, editoriais de jornais, notícias de assassinatos, out-doors, poemas, romances, resumo da sessão da tarde. Dessa forma, estará construindo seu lado de dentro, um universo muito mais rico, e buscando construir um discurso próprio, particular, marca de sua própria individualidade. Afinal, só escrevemos bem quando sabemos bem sobre o que vamos escrever.

 

Disponível em: http://www.algosobre.com.br/redacao/as-diferencas-entre-fala-e-escrita.html Acesso em: 16 julho 2014.

 

MÓDULO 2

 

ATIVIDADE 1- FAZENDO EXERCÍCIOS DO BLOG DO PROFESSOR DIOGO

 

Professor, leve seus alunos para o laboratório de Informática e peçam que acessem o blog do professor Diogo, disponível em: http://diogoprofessor.blogspot.com.br/2012/04/aula-sobre-lingua-falada-e-lingua_13.html. Solicite aos alunos que façam as atividades.

 Língua Falada e Língua Escrita

 

 
 
A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua.
 
língua escrita é mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada.
 
língua falada é mais expressiva, espontânea e natural, pois recorre à entoação e pausas, além de recursos como gestos, olhares, etc.
 
 
ATIVIDADE 2  - EXERCITANDO A COMPREENSÃO DO ASSUNTO
 
 
Leia o texto abaixo, de Jô Soares:
 
"Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala."
 
Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá sabi iscrevê.
 
Exercícios:
 
1. Nesse texto, a intenção de Jô é brincar com duas modalidades da nossa linguagem.
 
a) Quais são elas?
 
b) Qual a opinião do Jô sobre o uso delas no português?
 
2. Na sua opinião, o texto de Jô se aproxima mais aos textos de língua falada ou escrita? Explique.
 
3. Reescreva o texto do Jô, transformando-o num texto com linguagem mais elaborada (formal).
 
4. Elabore quatro desenhos (4 quadrinhos), ilustrando duas situações em que se emprega a língua falada e duas em que se emprega a língua escrita.
 
  • Professor, faça a correção, sempre complementando as informações.

 

ATIVIDADE 2 - APRESENTANDO SEMINÁRIOS SOBRE O TEMA

 

  • Professor, divida a turma em grupos de 4 alunos e peça que acessem os sites de busca para pesquisarem sobre as diferenças entre fala e escrita. 

 

  • cada grupo deverá apresentar as informações encontradas para a turma. Poderão utilizar o datashow. Para tanto, deverão organizar as informações em slides.
  • Os grupos terão liberdade de apresentarem as informações da forma que considerarem melhor.
Recursos Complementares

Para o professor:

 

Vídeos sobre o assunto - de Marcuschi e Ângela Dionísio:

 

1. FALA E ESCRITA . PARTE 1 https://www.youtube.com/watch?v=XOzoVHyiDew ACESSO EM: 16 JULHO 2014.

2. FALA E ESCRITA - PARTE 2 https://www.youtube.com/watch?v=6y9xK-9bbcw ACESSO EM: 16 JULHO 2014.

3. FALA E ESCRITA - PARTE 3 https://www.youtube.com/watch?v=UqSfGyR1ERA ACESSO EM: 16 JULHO 2014.

Avaliação

Professor, observe se os objetivos propostos na sequência didática foram efetivamente alcançados pelos estudantes. Avalie progressivamente, por meio da observação do interesse e da participação dos alunos nas atividades trabalhadas em cada módulo. Em relação ao seminário, avalie:

  • desinibição
  • linguagem utilizada para a apresentação (formal)
  • textos resumo entregues ou apresentados em datashow
  • informações apresentadas.
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