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Crônicas e geografia

 

24/07/2014

Autor e Coautor(es)
WALLESKA BERNARDINO SILVA
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Lazuíta Goretti

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Médio Literatura Estudos literários: análise e reflexão
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Conhecer crônicas que privilegiem a temática geográfica.
  • Interpretar uma crônica que se desenvolva embasada por aspectos geográficos.
  • Produzir uma crônica geográfica.
Duração das atividades
1 aula de 100 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Gênero crônica.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias e recursos:

  • discussões coletivas e orais;
  • projetor;
  • computador e internet.

 

 

Para essa proposta ser exitosa, seria interessante que o professor de geografia estabelecesse uma parceria, sobretudo se a parceria levasse em consideração um trabalho de campo. Na oportunidade, o professor de geografia trabalharia as questões pontuais sobre os conhecimentos geográficos apresentados nas crônicas, enquanto o professor de Língua Portuguesa ater-se-ia ao trabalho da composição e apresentação do gênero.

Módulo 1

Atividade 1

Objetivo: interpretar uma crônica que se desenvolva embasada por aspectos geográficos.

 

Nesta primeira atividade, os alunos tomarão conhecimento de uma crônica cuja temática relaciona-se a aspectos geográficos. Para tanto, o professor deverá expor aos alunos o texto de Mônica Melo.

 

A louca geografia do Indiana Jones

 

Hahaha, me ajuda aí, né Steven Spielberg?! O trailer do novo filme do Indiana Jones é narrado assim pelo nosso herói: “Diz a lenda que uma caveira de cristal foi roubada de uma cidade perdida na Amazônia…” 

Enquanto isso, as imagens nos mostram cenas na selva amazônica, o rio e… as Cataratas do Iguaçu??? Ah, tá legal, um pulinho de o quê… uns muitos milhares de quilômetros? Coisa à toa, mais ou menos como colocar o Grand Canyon na Disneyworld, mas quem se preocupa com esses detalhes, certo?

Assim o pessoal vai acabar acreditando que a Amazônia faz esquina com o sul do Brasil e Argentina. E não é a primeira vez que a geografia fica doida; em 1979, no filmeMoonraker (1:40), James Bond/Roger Moore perseguiu o vilão rio Amazonas abaixo, até quase despencar com lancha e tudo pelas mesmas Cataratas do Iguaçu.

Agora fica faltando colocar a torre Eiffel em Bagdá e o Everest no Caribe…  Mas eu, como tantos outros fãs do nosso herói arqueólogo, vou estar sempre lá na fila do ingresso pra conferir tudo e me divertir horrores!

PS: 3 de junho. Fui ver o filme. Diveridíssimo e exagerado como os outros. E a loucura foi muito além das minhas expectativas: mudaram a localização de Nazca, no Peru; colocaram ruínas maias na Amazônia; a música mariachi saiu do México e foi parar no Peru; o quadro de Orellana é, na verdade, do Francisco Pizarro; as tais formigas ‘siafu’ mudaram-se da África pra Amazônia. E por aí vai…  

Texto disponível em: https://cronicasurbanas.wordpress.com/tag/geografia/ Acesso em 20 jul. 2014.

 

Após a leitura oral, o professor provocará os alunos com questionamentos, tais como:

a) Qual a temática da crônica?

b) Esse texto preserva as características da crônica? Relate-as e explique-as.

c) Qual a relação proposta entre os aspectos geográficos e o filme de Indiana Jones?

 

Cada pergunta deverá ser discutida pelos alunos com orientação do professor. Em suma, a ideia é os alunos perceberem que a tônica para a escrita da crônica foi a confusão geográfica que, vista e interpretada sob ótica subjetiva, apresentou humor, referendando as características da crônica.

 

Atividade 2

Objetivo: conhecer crônicas que privilegiem a temática geográfica.

 

Os alunos deverão ler coletivamente a crônica abaixo para discutirem suas impressões.

Contratempos geográficos

Uma vez alguém me disse que estava pensando em passar a lua-de-mel nas Ilhas Malvinas. Achei aquela uma escolha no mínimo muito esquisita mas, né, tem gosto pra tudo nesse mundo de modêus, vai que a pessoa em questão tinha algum passado familiar que a levasse de volta àquele monte de nada na esquina da Antártida? Vai saber. Pedi mais detalhes, e a pessoa foi falando entusiasmada da incrível beleza do lugar, as praias maravilhosas, o mar muito azul, o clima perfeito, tudo assim, tão romântico… E aí ficou óbvio que o destino paradisíaco eram as Ilhas Maldivas. Eu avisei pra pessoa e tal, mas fiquei pensando quanto tempo duraria essa lua-de-mel (ou um casamento inteiro) quando o casal de pombinhos desembarcasse no meio daquele frio.

Daí que, se dois errando a geografia já é uma coisa, imagina uma turma inteira! Outro dia 400 (sim, 400!) valorosos torcedores do Atlético de Bilbao deixaram sua Espanha para prestigiar seu time na final de não sei qual campeonato. Embarcaram felizes, ingressos na mão e tudo o mais, e desembarcaram no maior entusiasmo em Budapeste, na Hungria. Ops. O jogo era em Bucareste, capital da Romênia. E o time deles ainda perdeu, fiquei sabendo depois. Como é que nenhum dos 400 percebeu o erro de 800km a tempo? Que coisa prodigiosa o poder do grupo.

Texto disponível em: https://cronicasurbanas.wordpress.com/tag/geografia/ Acesso em 20 jul.2014.

 

Professor, a ideia agora não é questionar os alunos, mas deixarem-nos à vontade para comentarem a relação entre o gênero crônica e a temática geográfica. O mais importante é que os alunos percebam que assim como a crônica esportiva é possível ter a crônica geográfica que, em geral, trata de relatos bastante pessoais e bem-humorados sobre as impressões de determinado lugar/ambiente, o que provoca reflexão. Inclusive a autores, como Zubieta, que consideram a crônica geográfica como uma experiência didática. Para ler mais sobre o assunto, visitar o endereçohttp://www.isnsc.com.ar/Revista/Numero004/Eje_10/Eje_10_19_luiz_zubieta_cronicas_geograficas.pdf Acesso em 20 jul. 2014.

 

Mais um texto que pode ser lido coletivamente com a turma, a título de exemplificação da aliança entre geografia e o trabalho com crônicas: "Determinismo geográfico", de Amilcar Neves. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2444414 Acesso em 20 jul. 2014.

 

Para maiores detalhes sobre crônicas jornalísticas geográficas, mostre, professor, aos alunos as crônicas do Jornal Hoje. Aproveite e discuta semelhanças e diferenças com as crônicas, em geral. Antes de passar um exemplo, desafie-os:

  • O que vamos assistir a seguir pode ser considerado uma crônica geográfica? Por quê?

Crônicas de Nova York mostra mudanças nas ruas de Manhattan. Vídeo disponível em: http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-hoje/v/cronicas-de-nova-york-mostra-mudancas-nas-ruas-de-manhattan/1475429/ Acesso em 20 jul. 2014.

 

 

Atividade 3

Objetivo: produzir uma crônica geográfica.

 

Chegou o momento da produção.

Os alunos deverão ser incentivados a produzir uma crônica geográfica, a qual resguarde as características da crônica, mas tenha como temática geradora algum aspecto geográfico.

Os textos deverão passar por reescritas até sua versão final, sendo, posteriormente, publicados em espaços adequados, como o jornal da escola ou o blogue da sala, por exemplo.

Professor, caso a turma tenha realizado um trabalho de campo, aproveite-o para que os alunos abordem aspectos geográficos da viagem. Assim, as produções realçarão o aspecto subjetivo de uma mesma viagem.

Recursos Complementares
Avaliação

O interesse dessa proposta é que o aluno assimile as características da crônica à crônica geográfica, traçando semelhanças e entendendo as especificidades da "geografia".

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 1 classificações

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Opiniões

  • Meiry Aparecida Bitencourt Peixoto Gomes, Col. Estadual Valmir de Oliveira Gomes , Bahia - disse:
    meirybit@hotmail.com

    06/10/2014

    Cinco estrelas

    Gostei muito da aula, muito interessante, pois além de trabalhar a crônica, também trabalha geografia, mesmo distorcendo os espaços geográficos, mas é interessnte pois leva o aluno a estudar mais as localizações.


Sem classificação.
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