• Reconhecer o impacto negativo causado pela falta de água.
• Identificar a realidade das pessoas que sofrem com a seca através da música.
• Conhecer termos relacionados ao tema.
• Desenvolver linguagem oral e escrita.

5 aulas de uma hora.

Esta aula destina-se a alunos do quarto ano do ensino fundamental, devido aos recursos utilizados e habilidades envolvidas nas atividades.

AULAS 1- 3

 

1° momento: Disponibilize tapetes de EVA, colchonetes ou objeto similar e convide os alunos para, deitados, de olhos fechados, ouvirem três músicas, na sequência sugerida abaixo. Solicite que fiquem atentos à letra de cada música.

 

“Pingo d’água”, composição de João Pacífico e Raul Torres, interpretada pelo grupo Conversa Ribeira. Duração: 5min31seg. Áudio disponível em: http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/conversa-ribeira/pingo-dagua/2449972. Acesso em 06 de agosto de 2014.

 

“Asa Branca”, composição de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, interpretada por Maria Bethânia. Duração: 3min59seg. Áudio disponível em: http://grooveshark.com/#!/search?q=asa+branca. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

“Segue o Seco”, composição de Carlinhos Brown, interpretada por Marisa Monte. Duração: 4min23seg. Áudio disponível em: http://grooveshark.com/#!/search?q=segue+o+seco. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

 

2° momento: Após a apresentação das músicas, convide os alunos para sentarem-se em círculo e promova um debate por meio das seguintes perguntas:

 

• Qual o tema principal cantado nas três músicas?
• Vocês acreditam que o estado de seca tem alguma influência das ações do homem?
• Qual a região do Brasil mais afetada pela seca?
• Atualmente, outras regiões do país também sofrem com a seca em períodos sem chuva?

 

Você poderá projetar a imagem abaixo para que os alunos a visualizem após o debate, deixando -a exposta ao longo da aula.

 

Figura 1– Imagem, obtida pela autora, de solo seco. Disponível em: http://www.oestadoce.com.br/sites/default/files/seca2.jpg. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

3° momento: Divida a turma em três grupos e distribua a letra de cada música para um grupo, conforme sugerido abaixo:

 

GRUPO I - “Pingo d’água”: a letra da música está disponível em: http://www.conversaribeira.com.br/index.php/discografia/letra/2. Acesso em 06 de agosto de 2014.

 

GRUPO II - “Asa Branca”: a letra da música está disponível em: http://musica.com.br/artistas/luiz-gonzaga/m/asa-branca/letra.html. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

GRUPO III - “Segue o Seco”: a letra da música está disponível em: http://www.marisamonte.com.br/pt/musica/verde-anil-cor-de-rosa-e-carvao/letra/segue-o-seco. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

 

4° momento: Solicite que cada grupo elabore uma “história em quadrinhos” sobre a música do seu grupo. Limite a história em oito quadrinhos e solicite que cada quadrinho seja elaborado em papel tamanho 20x20cm. Recomende que sejam utilizados: giz de cera, lápis de cor, tinta guache etc.

 

 

5° momento: Convide os alunos para montarem um painel com suas histórias. Cada grupo deverá eleger um representante para apresentar seu trabalho para o restante da turma. Mantenha o painel com as histórias em quadrinhos exposta em sala durante o desenvolvimento de todas as atividades sobre o tema.

 

 

 

AULA 4

 

1° momento: Convide os alunos para assistirem ao vídeo “Sá e Guarabyra - Sobradinho”. Vídeo Youtube. Duração: 3min36seg. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BwbDP3wrmhk. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

Figura 2– Imagem obtida pela autora, do vídeo “Sá e Guarabyra – Sobradinho”. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BwbDP3wrmhk. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

Faça uma cópia da letra da música a cada aluno para que acompanhem no momento do debate.

 

Sobradinho

Sá e Guarabyra

 

O homem chega, já desfaz a natureza

Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar

O São Francisco lá pra cima da Bahia

Diz que dia menos dia vai subir bem devagar

E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar

 

O sertão vai virar mar, dá no coração

O medo que algum dia o mar também vire sertão

 

Adeus Remanso, Casa Nova, Sento Sé

Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir

Debaixo d'água lá se vai a vida inteira

Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir

Vai ter barragem no salto do Sobradinho

E o povo vai-se embora com medo de se afogar.

 

Remanso, Casa Nova, Sento Sé

Pilão Arcado, Sobradinho

Adeus, Adeus ...

 

Letra disponível em: http://letras.mus.br/sa-guarabyra/356676/. Acesso em 14 de agosto de 2014.

 

 

2° momento: Para verificar a compreensão dos alunos quanto à letra da música “Sobradinho”, promova um debate com as seguintes perguntas:

 

• Qual o tema principal da música?
• Quais cidades foram afetadas com a construção da barragem em Sobradinho?
• O que acontece com os habitantes das cidades que foram afetadas com a construção da barragem?
• Por que o músico diz que o sertão vai virar mar?
• A música faz referência a um importante rio brasileiro. Qual o nome deste rio?

 

 

3° momento: Convide os alunos para participarem de um jogo de perguntas e respostas, sobre o tema SECA. Trabalhe com definição de palavras e/ou termos conforme sugestão, apresentada no quadro abaixo. Escreva (com letra bastão) a palavra ou termo em uma folha de papel sulfite e a definição em outra. Divida a turma em dois grupos e distribua as palavras e/ou termos para os integrantes do grupo I e as definições para os integrantes do grupo II. É interessante que cada aluno de cada grupo fique com sua folha. Desta forma, será necessário que o professor pesquise previamente outras palavras e/ou termos relacionados ao tema para completar o quadro abaixo de acordo com o número de alunos da turma.

 

PALAVRA OU TERMO	DEFINIÇÃO	FONTE
SECA PERMANENTE	Caracterizada pelo clima desértico, onde a vegetação se adaptou às condições de aridez, inexistido cursos de água, que só aparecem depois das chuvas que, via de regra, são fortíssimas tempestades.	1
SECA SAZONAL	É uma particularidade de regiões onde o clima é semiárido. Nestas a vegetação reproduz-se porque os vegetais adaptados geram sementes e morrem em seguida, ou mantém a vida em estado latente durante a seca. Nestas regiões os rios só sobrevivem se a sua água for oriunda de outras regiões onde o clima é úmido. Mas este tipo de seca possibilita o plantio desde que em períodos de chuvas, ou por irrigação.
SECA IRREGULAR E VARIÁVEL	Pode ocorrer em qualquer região onde o clima seja úmido ou subúmido e caracterizado por apresentar variabilidade climática do ponto de vista estatístico. São secas cujo período de retorno é breve e incerto. Normalmente são limitadas em área e não em grandes regiões, não ocorrem numa estação definida e inexiste previsibilidade de sua ocorrência, isto é, não há um ciclo bem definido.
SEMIÁRIDO	Área geográfica onde as chuvas são bastante irregulares e o solo é raso. Essas características acarretam longos períodos de seca, o que deixa a população sem água até para beber. A estiagem faz parte da história da região e há registros de secas desde a época do Império.	2
DESERTIFICAÇÃO	Caracterizada como o processo de degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultantes das atividades humanas ou de fatores naturais (variações climáticas). Esse conceito foi elaborado durante a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.	3
BARRAGEM	Barreira artificial construída em meio a cursos de água com o objetivo de garantir oferta hídrica, passível de utilização para diversos fins. Além do abastecimento humano, principal finalidade da maioria das barragens construídas no Nordeste brasileiro, esse tipo de intervenção pode servir para a utilização de água para a irrigação e para a geração de energia, o que aumenta a capacidade de sustentabilidade econômica regional.	4
INDÚSTRIA DA SECA	Prática que permite a grandes latifundiários nordestinos beneficiarem-se de investimentos realizados e dos créditos bancários concedidos à região, enquanto os trabalhadores ficam vulneráveis.	5
POLÍGONO DA SECA	Território reconhecido pela legislação como sujeito a períodos críticos de prolongadas estiagens. Compreende os estados  do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e extremo norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.	6

Quadro de sugestão elaborado pela autora.

 

 

Fontes das definições apresentadas no quadro acima:

 

1.      Seca. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Seca. Acesso em 15 de agosto de 2014

2.      Semiárido. Disponível em: http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/desenvolvimentoterritorial/semiarido. Acesso em 15 de agosto de 2014.

3.      CERQUEIRA, Wagner de. Desertificação.  Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/desertificacao.htm. Acesso em 15 de agosto de 2014.

4.      Barragem. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/observatoriodaseca/barragem.html. Acesso em 15 de agosto de 2014.

5.      O problema do semiárido não é a seca, é a cerca. Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/94/reportagens/%E2%80%9Co-problema-do-semiarido-nao-e-seca-e-cerca%E2%80%9D. Acesso em 15 de agosto de 2014.

6.      Polígono das Secas. Disponível em: http://www.codevasf.gov.br/DeSaTiVaDo_osvales/vale-do-sao-francisco/poligono-das-secas/. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

 

4° momento: Explique aos alunos que cada um deverá encontrar o seu par. Estabeleça uma ordem para que o grupo I, de palavras e/ou termos, leia sua folha. Solicite que o 1° aluno do grupo I se apresente. Em seguida, solicite que o aluno do grupo II que acredite estar com a definição da palavra e/ou termo dita pelo aluno do grupo I se manifeste e junte-se a ele. Posteriormente, solicite que o 2° aluno do grupo I se apresente e, em seguida, solicite que o aluno do grupo II que acredite estar com a definição da palavra e/ou termo dita pelo aluno do grupo I se manifeste e junte-se a ele. Assim, sucessivamente até que todos os pares estejam formados.

 

 

5° momento: Solicite que os pares leiam em voz alta sua palavra ou termo, seguida da definição. Na medida em que os pares forem lendo suas folhas, separe de um lado os pares corretos e de outro os incorretos. Posteriormente, apresente aos alunos o gabarito (quadro apresentado no 3° momento, previamente, ampliado pelo professor) das definições das palavras e/ou termos apresentados. Solicite que os alunos, com suas folhas e o gabarito em mãos, fixem suas folhas com as palavras (ou termos) junto às definições em uma parede da sala para ficarem expostas durante as atividades relacionadas ao tema. Dê a sugestão de que chamem o espaço de “Seca: cantinho de definições”.

 

 

 

AULA 5

 

 

1° momento: Convide os alunos para ouvirem o áudio da declamação do poema “O Retrato do Sertão”, de Patativa do Assaré. Duração: 7min20seg. Para fazer o download do poema, acesse: https://mega.co.nz/#!xpljzSLB!FEJm3kdaygkFdWlU7HOhe2CpCW1dIJpkSaNL5MWGjis. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

Professor, você deverá baixar o arquivo denominado “Patativa do Assaré - 1979 - Poemas e canções (Forró em vinil).rar” e, posteriormente, usar um programa para descompactar o arquivo, como WinRAR, 7-Zip etc. O poema “O Retrato do Sertão” é a terceira trilha do LP.

 

Figura 3- Imagem obtida pela autora da capa do LP Poemas e Canções, de Patativa do Assaré. Disponível para download em: http://www.forroemvinil.com/wp-content/uploads/2010/01/patativa-do-assara-1979-poemas-e-canaaues-capa-500x496.jpg. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

 

2° momento: Distribua para os alunos a letra do poema “O Retrato do Sertão”. Disponível em: http://opovonalutafazhistoria.blogspot.com.br/2011/06/o-retrato-do-sertao-patativa-do-assare.html. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

 

Convide os alunos a analisarem o poema de Patativa do Assaré a fim de identificarem qual é a visão que o autor tem sobre o sertão. Para auxiliar no diálogo sobre o poema de Patativa do Assaré, sugere-se a leitura prévia, pelo professor, de textos analíticos sobre sua obra, disponíveis nos links abaixo:

 

BRITO, Antonio Iraildo Alves de. Patativa do Assaré: porta-voz do sertão. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conexao/article/viewFile/133/124. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Patativa do Assaré - o poeta do sertão. Templo Cultural Delfos, agosto/2013. Disponível em: http://www.elfikurten.com.br/2013/08/patativa-do-assare-o-poeta-do-sertao.html. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

MEDEIROS, Vera Lúcia Cardoso. Representações do sertão em Patativa do Assaré. Disponível em: http://seer.uniritter.edu.br/index.php/nonada/article/viewFile/182/120. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

 

3° momento: Proponha aos alunos que preparem uma apresentação do poema “O Retrato do Sertão” em forma de jogral, para toda a escola. Divida a turma em grupos de acordo com o número de versos do poema. Solicite que os integrantes dos grupos de reúnam e ensaiem seu verso. Caso necessário, convide o professor de música para participar da atividade.

 

 

4° momento: Convide os alunos para realizarem uma apresentação geral em sala de aula. Solicite que os alunos levem para a casa o poema “O Retrato do Sertão” e ensaiem para que o jogral seja apresentado, uma ou duas semanas depois, durante uma exposição para apreciação de toda a escola, sobre o tema SECA, reunindo o material elaborado pelos alunos nas atividades.

PENA, Rodolfo Alves. Aula debate: a seca do Nordeste. Disponível em: http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/aula-debate-seca-nordeste.htm. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

Biodiversidade: Parte 3 - terras áridas e semiáridas. Disponível em: http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/biodiversidade-parte-3-terras-aridas-e-semiaridas. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

PAREJO, Luiz Carlos. Desertificação: Causas e consequências do mau uso do solo. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/desertificacao-causas-e-consequencias-do-mau-uso-do-solo.htm. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

Museu Interativo do Semiárido. Disponível em: http://www.museusemiarido.org.br. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

Por que chove tão pouco no Nordeste? Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-chove-tao-pouco-no-nordeste. Acesso em 15 de agosto de 2014.

 

PENA, Rodolfo Alves. Por que o Nordeste é seco? Disponível em: http://www.brasilescola.com/brasil/por-que-nordeste-seco.htm. Acesso em 15 de agosto de 2014.

A avaliação deverá ser processual e contínua. Procure identificar, no decorrer das aulas, se os alunos reconheceram o impacto negativo causado pela falta de água.  E, ainda, se os alunos conseguiram identificar a realidade das pessoas que sofrem com a seca através da música. Verifique a compreensão quanto aos termos relacionados ao tema sobre a seca. E, também, o desenvolvimento e evolução individual quanto à linguagem oral e escrita. Procure identificar a participação individual e coletiva dos alunos e, ainda, o envolvimento com o assunto nas rodas de conversa realizadas nas atividades.