20/10/2014
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: processos de interlocução |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: variação linguística: modalidades, variedades, registros |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: léxico e redes semânticas |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: historicidade da linguagem e da língua |
Estratégias:
Recursos:
Professor, a prática do preconceito linguístico vem da não compreensão da diferença de identidade cultural, social e etária das pessoas falantes de um mesmo idioma. A língua portuguesa é muito rica no que tange a variedade linguística devido à dimensão continental do nosso país e à migração de pessoas de uma região a outra. Sendo assim, trabalhar com a variação linguística em sala de aula significa preparar o falante de língua portuguesa para as possibilidades e adequações de enunciação possíveis a cada situação comunicativa.
Aula 1 - O preconceito linguístico
Imagem disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000003939/md.0000043142.jpg, acesso em 08/10/2014.
Professor, projete o vídeo postado por ALVES, Lucas Rogério: Stand up sobre os sotaques das regiões do Brasil, duração 5min18seg. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2AYddQ2B_7I, acesso em 05/10/2014.
Depois da contemplação do vídeo, pergunte aos seus alunos qual a estratégia que o comediante usou para provocar risos.
Espera-se que os alunos indiquem o uso, pelo comediante, das características ou estereótipos comportamentais das pessoas das regiões brasileiras somadas ao estilo de falar deles.
Converse com seus alunos sobre a variação linguística, procurando se inteirar sobre o nível de conhecimento que eles têm a respeito do assunto. Conduza a aula, levando-os a explicitar aquilo que já sabem e talvez não se lembrem.
Após a essa especulação, questione os alunos se realmente é possível saber de onde a pessoa é somente pelo como ela fala. Proponha um desafio aos alunos: reproduza o vídeo postado por Keise Fernanda no Youtube, intitulado Variedade Linguística Geográfica, duração de 1min44seg.,disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tOCsrYU6Krs, acesso em 19/10/2014. Durante a exibição, não deixe os alunos verem as imagens do vídeo. Na sequência, peça aos alunos para adivinharem qual região pertence à pessoa, se ela é nova ou velha, se é homem ou mulher e a condição social e econômica da pessoa que está representada nas falas.
Professor, vá interrompendo o vídeo à medida que o estereótipo é trocado. Não se esqueça de pedir aos alunos que anotem a ordem dos estereótipos que eles acham que foram representados:
1ª interrupção do vídeo: 19seg.
2ª interrupção do vídeo: 42seg.
3ª interrupção do vídeo: 19seg.
4ª interrupção do vídeo: 1min16seg.
5ª interrupção do vídeo: 1min30seg.
6ª interrupção: 1min36seg.
Após todas as 6 partes serem apresentadas, pergunte aos alunos quais características regionais, culturais, econômicas, de gênero e de idade que eles perceberam nas falas. Assim que eles se manifestarem, projete o vídeo e deixe os alunos assistirem a ele para comprovarem ou não as percepções auditivas.
Comente com os alunos que a identificação de uma pessoa pelo modo como ela fala é o que os estudiosos chamam de preconceito linguístico, pois cada região e/ou cultura de um lugar assume uma forma de falar a mesma língua portuguesa. Essa característica da fala de cada cultura recebe o nome de variação linguística e, entre elas, não existe uma certa ou uma errada. O que existe é uma adequada em relação às outras inadequadas. Cada situação exige um comportamento do enunciador, por exemplo: em uma palestra, cabe ao palestrante se valer da linguagem padrão; em um bar, cabe a naturalidade à linguagem do enunciador, ou seja, o uso dos recursos linguísticos sem muita preocupação com sintaxe ou escolhas de palavras.
Aula 2 - Pesquisando sotaques
Imagem disponível em: http://3.bp.blogspot.com/__jwkOqFYfWk/TQpmAGFOIzI/AAAAAAAAAAM/fxt05hA8U9g/s1600/chico%2Bbento.jpg, acesso em 08/10/2014.
Professor, no Laboratório de Informática, exiba o vídeo Variações Linguísticas Regionais, duração 10min11seg. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iu4ra9tkFWM, acesso em 05/10/201. Essa atividade tem como característica motivar os alunos a uma proposta posterior, que será apresentada como gravação de áudio de variações linguísticas.
A respeito do vídeo, questione aos alunos:
Espera-se que os alunos compreendam que as variações regionais representam a cultura local daquele povo e que, mesmo sendo o Brasil um país único, ele possui uma riqueza cultural, espacial e regional que interferem na comunicação por meio da linguagem.
Depois da exibição do vídeo, divida os alunos em 5 grupos, distribua a cada um uma região brasileira e peça para que eles pesquisem sobre os sotaques da região que recebeu. Professor, é importante que o aluno inicie sua pesquisa pelo buscador Google, pois por meio dele, o aluno terá acesso a vídeos, textos acadêmicos ou não sobre a região pesquisada em uma mesma página. Google Brasil, disponível em: https://www.google.com.br/, acesso em 05/10/2014.
Professor, sugerimos o blog Variação Linguística, disponível em: http://letrasmarques2013.blogspot.com.br/, acesso em 15/10/2014. No entanto, destacamos que o instinto de pesquisador e a autonomia de estudo que um aluno precisa para ter êxito na sua vida acadêmica precisa ser alimentado constantemente, por isso, possibilitar que ele tenha acesso a buscadores de informações e não a pesquisas prontas é um mecanismo para educá-lo na atividade pesquisadora.
Dessa pesquisa, os alunos precisam extrair falas comuns à região pesquisada e o sotaque. Sugerimos que eles anotem essas informações no caderno, para facilitar na hora de eles gravarem as características do dialeto de cada região. Quando encontradas as características, peça aos alunos que imaginem um indivíduo daquela região falando e formulem um texto. É válido lembrá-los que há a diferença de gênero, idade e status social e econômico de cada região; essas informações devem ser levadas em consideração na formulação da fala que eles devem criar.
Aula 3 - Stand up
Quando encontradas as características, peça aos alunos que imaginem um indivíduo daquela região falando e formulem um texto. É válido lembrá-los que considerem as diferenças de gênero, idade e status social e econômico de cada região, de acordo com a pesquisa realizada. Essas informações devem ser levadas em consideração pelos alunos na formulação da fala.
Sugestão de que todos os textos produzidos pelos alunos devam ser corrigidos, antes da gravação, possibilitando a revisão de algum equívoco ou ponto que não tenha ficado suficientemente claro para os alunos.
Solicite aos grupos que gravem, utilizando o microfone instalado nos computadores do Laboratório de Informática, o pequeno texto criado por eles que caracterizem as variações linguísticas da região destinada ao seu grupo. O material produzido por eles será exibido para a turma na próxima aula e posteriormente enviado para o site da escola.
Imagem disponível em: http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20110323235437/mouse/pt-br/images/e/e0/Pessoas_diferentes.jpg, acesso em 08/10/2014.
PEREIRA, Bruno Gomes; et all. Como trabalhar variação linguística e gramática em sala de aula: uma reflexão. Disponível em: http://paginas.uepa.br/seer/index.php/ribanceira/article/viewFile/258/223, acesso em 08/10/2014.
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Variações Linguística. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm, acesso em 08/10/2014.
A avaliação deve ser processual e, para tanto, o professor deve acompanhar e verificar a participação dos alunos nas atividades realizadas por eles, a fim de perceber a construção semântica nas variações linguísticas.
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