20/10/2014
Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral: escrita e produção de texto |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Gêneros digitais: impacto e função social |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: modos de organização dos discursos |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: organização estrutural dos enunciados |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: processos de interlocução |
Imagem disponível em: https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=imagem+de+sa%C3%BAde+e+bem+estar Acesso em: 20 out. 2014.
MÓDULO 1
ATIVIDADE 1 - CONHECENDO AS DEFINIÇÕES DE SAÚDE E POLÍTICA
ATIVIDADE 2 - LENDO TEXTO DE OPINIÃO SOBRE O TEMA
TEXTO 1
Com a longevidade da população não há projeto de saúde viável porque com o aumento da idade populacional os custos serão insustentáveis
As promessas para agradar a população por parte dos políticos são mirabolantes, inconsistentes e falsas, em sua maioria. Não será construindo hospitais, utilizando a tecnologia atual para diagnóstico e terapêutica, revisando o sistema SUS ou ampliando o atendimento pela medicina suplementar, ou ainda apenas aumentando orçamentos, que a solução para a saúde será encontrada.
O que é preciso é criar um novo modelo de assistência médica.
Esse modelo terá de incluir a participação da população que basicamente será responsável pela sua execução, desde a utilização adequada do sistema, seu controle de qualidade e participação nos custos segundo as possibilidades individuais – uma medida que nenhum político tem a coragem de admitir.
Na verdade quem é o único interessado na sua saúde? Claramente é o indivíduo, ninguém mais. A simples mudança de formas de pagamento não resolverá o problema, Ele começa nas escolas com profissionais mal formados, falta de vagas para residência médica, direção vocacional insatisfatória.
A saúde é o bem maior do cidadão e sem ela não há qualidade de vida. Prevenir é a melhor forma de tratamento. A prevenção das doenças cardíacas, das decorrentes da obesidade, das consequências do diabete e tantas outras são decisivas. Com a longevidade da população não há projeto de saúde viável porque com o aumento da idade populacional os custos serão insustentáveis.
Para o barateamento dos custos da saúde, os profissionais da área terão de ser remunerados segundo a sua capacidade para que seus honorários sejam justos, para que não se procure complementação via participação financeira, seja em materiais de alto custo, ou na solicitação de exames, para que a decisão de uma intervenção ou tratamento seja do interesse exclusivo dos pacientes.
Construir novos hospitais, sobretudo públicos, é ótimo para inaugurações, mas tem prazo certo de inviabilidade e neste caso o sistema salarial impede a contratação de profissionais experientes, qualificados. Dizer que os postos de saúde nos próximos governos serão resolutivos é falácia pura. Preencher os hospitais com equipamentos de alta tecnologia será nada resolutivo, pois faltarão os profissionais.
Se medidas, como as enunciadas, não forem entendidas, devemos esperar a próxima eleição para que novas soluções sejam apresentadas.
Certamente que propostas para melhorar a saúde existem, como a Emenda 29, paralisada no Congresso, que se efetivada aumentará o orçamento do setor, mas que sozinha não alterará o sistema, embora seja necessária. As coisas são simples: economizar para remunerar melhor os profissionais e entidades prestadoras de serviço, controle de utilização e de qualidade pelos próprios pacientes e mudança de cultura dos profissionais, com a sua seleção desde os bancos universitários. Medicina é isso: é vocação para uma profissão em quem se defende o bem máximo, a saúde.
Marcial Carlos Ribeiro, instituidor da Fundação de Estudos das Doenças do Fígado, (Funef), ex-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, é comendador da Ordem do Médico Nacional pela Presidência da República.
Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1078089 Acesso em: 20 out. 2014.
TEXTO 2
Por Leonardo Avritzer
O Centro de Referencia do Interesse Público (CRIP) reúne um conjunto de professores da Universidade Federal de Minas Gerais das áreas de ciência política, filosofia e história que partilham um diagnóstico sobre a realidade política brasileira. Na nossa opinião, o Brasil foi constituído a partir de uma fraca noção de identidade pública e sob a batuta de interesses privados muito fortes. O nosso estado é um estado forte demais para conceder favores e fraco demais para estabelecer com clareza os limites entre o público e o privado, especialmente para os poderosos. Fenômenos como o que assistimos na semana passada, de um ministro da Casa Civil afirmar que fez aquilo que todos fazem, isso é, negociou informações e acesso privilegiado ao estado com grandes grupos econômicos, são parte do dia a dia da política brasileira. É verdade que a opinião pública se indigna com razão a cada um destes episódios, mas a verdade é que a sua raiz reside em aspectos quase estruturais da cultura brasileira. Uma incapacidade de construir uma noção forte daquilo que é público na política.
O CRIP pretende tratar acadêmica e politicamente dos fenômenos da corrupção e da organização da Justiça no Brasil. No que diz respeito à corrupção, temos aplicado anualmente, desde 2008, pesquisas de opinião sobre o problema, tentando produzir medidas de longo prazo e comparativas sobre o fenômeno, algo que inexiste hoje no país. Ao longo destas pesquisas, três resultados importantes foram revelados: o primeiro deles é que a população brasileira na sua esmagadora maioria (73%) acha a corrupção um fenômeno grave ou muito grave; o segundo é que a população não acredita que a corrupção aumentou durante os últimos anos – que ocorreu foi que ela passou a ser mais investigada, especialmente pelas operações da Polícia Federal; e em terceiro lugar, a população identifica corretamente que a instituição que mais abriga a corrupção é o Poder Legislativo, com os Legislativos municipais capitaneando o processo.
Vale a pena comentar alguns destes resultados. De fato, a população brasileira aumentou a sua atenção e a sua rejeição à questão da corrupção nos últimos anos. No entanto, têm faltado à população os meios para melhorar a qualidade do sistema político brasileiro. Estes podem vir ou através de iniciativas da sociedade civil ou através de mudanças na legislação e aprimoramentos institucionais que impliquem em melhorias no controle da corrupção. Dentre as diferentes iniciativas que são possíveis, uma se destaca devido à sua origem na sociedade civil: a proposta da lei da ficha limpa. É sabido que o Brasil tem uma das concepções mais estapafúrdias do mundo acerca da presunção da inocência pela via do assim chamado “transitado e julgado”. Até recentemente, a condenação de um político em três instâncias do Poder Judiciário não tinha absolutamente nenhuma conseqüência em relação às suas ações, ou seja, ele continuava livre e podia ser candidato. A Justiça não produzia praticamente nenhum efeito em relação às ações dos políticos, especialmente em relação àqueles que se habilitam ao foro especial. A ficha limpa veio com a intenção de modificar este estado de coisas. Ela propôs a impossibilidade de concorrer a um mandato depois de uma primeira condenação em segunda instância.
A importância desta lei não pode ser subestimada quando cruzamos com a percepção da população sobre a corrupção. A percepção da população, corretamente, é que a corrupção tem maior incidência no Poder Legislativo. Os problemas tratados pela ficha limpa restringem as candidaturas principalmente a este Poder. Esse pode ser um bom início para uma agenda que interessa aos membros do Centro do Interesse Publico e que estaremos discutindo neste Fórum que é: quais modificações podem fazer com o sistema político brasileiro se torne menos corrupto? Sabemos que algumas mudanças podem ajudar como é o caso da mudança nas regras de financiamento de campanha. Mas não temos ilusões. É preciso mudar a maneira como o Judiciário brasileiro funciona para que a corrupção no país diminua. Esse é o segundo tema que pretendemos tratar neste fórum.
A questão do papel do Judiciário na sociedade brasileira é bastante complexa. Até 1988, era o mais fraco dos três Poderes e o que menos se afirmava frente ao Executivo. Depois de 1988, o judiciário recuperou fortemente suas prerrogativas, ao mesmo tempo que o Congresso Nacional continuou a perder as suas. Hoje há um forte processo de judicialização no país firmemente calcado no artigo 102 da Constituição e sua regulamentação posterior, que ampliou fortemente os atores que podem arguir a inconstitucionalidade, incluindo desde a OAB, aos partidos e associações de classe. Assim, ocorreu um forte aumentou do conjunto de questões que chegam ao STF para o exercício do controle concentrado de constitucionalidade. Ao mesmo tempo, a Constituição não alterou fortemente a estrutura de privilégios e recursos que, como sabemos, entrava o Judiciário brasileiro. Pelo contrário, o uso recorrente do Judiciário por certo atores, especialmente pelo próprio Estado e grandes atores econômicos torna a Justiça brasileira muito lenta e permite a impunidade, que é hoje uma das grandes preocupações da sociedade brasileira. Sabemos que em janeiro de 2011 o estoque de ações no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo alcançava a marca de 18 milhões de processos, entre os quais 10 milhões ligados à execuções fiscais municipais, uma grande parte delas de baixo valor. A incapacidade do Poder Judiciário de responder aos reclamos da sociedade contra a impunidade, em particular, contra a impunidade daqueles que cometem crimes contra o erário público, é hoje uma das maiores ameaças à legitimidade das instituições políticas no país.
Vale a pena analisar algumas iniciativas que podem ter um impacto positivo, tanto no combate à corrupção quanto na impunidade geral que graça em relação aos membros do sistema político. Trata-se da lei da ficha limpa e da assim chamada “emenda Peluso”. Em ambos os casos, trata-se de revisar fortemente a ideia do transitado em julgado brasileiro de maneira que condenações de segunda instância tenham de fato efeito e penas comecem a ser cumpridas. No caso da ficha limpa, vale a pena perceber que ela expressa uma tentativa da sociedade civil brasileira, através do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral de intervir no processo político de modo. Neste caso, trata-se não apenas de romper com uma tradição de impunidade que, no caso do sistema político é mais ampla, devido à lentidão adicional causada pelos forus especiais, como também de qualificar uma dimensão mais republicana do Estado. O critério para alguém ser candidato e servir ao poder público deve estar além da simples dúvida processual a qual cabe um recurso. Há no “ser candidato” ou no “ser membro do sistema político” uma dimensão de responsabilidade com o dever público que a lei precisa contemplar. No caso da emenda Peluso, a questão mais importante é fazer com que um padrão mínimo de igualdade penetre no funcionamento do sistema de justiça no Brasil impedindo que aqueles que têm acesso a bons advogados possam se manter indefinidamente em liberdade, independente da culpa. O caso Pimenta Neves, finalmente resolvido recentemente, é o melhor exemplo da utilização do sistema de Justiça com o objetivo da impunidade.
O membros do CRIP, Centro de Referência do Interesse Público, irão no fórum, que ora instalamos em parceria com a Carta Capital, tratar destas questões a partir de perspectivas plurais, envolvendo a ciência política, a filosofia, a história e os estudos sobre cultura. A cada semana um dos membros do CRIP e ou parceiros que têm trabalhado conosco nas nossas principais publicações – Reforma Política no Brasil e Corrupção: Ensaios e Crítica – irão ocupar o fórum para tratar de um destes problemas levantados acima na perspectiva do Interesse Público. Acreditamos que o fórum constitui um excelente momento para o estabelecimento desta parceria que pretende aprofundar temas que frequentemente são abordados pela imprensa, mas não são aprofundados. Estes artigos terão como objetivo aprofundar o debate público sobre os temas do controle da corrupção e do acesso ao Judiciário. Sendo assim eles pretendem reforçar uma tradição de jornalismo independente e bem informado que tem sido a marca da revista “Carta Capital”.
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-realidade-politica-brasileira Acesso em: 20 out. 2014.
MÓDULO 2
ATIVIDADE 1 - LENDO CHARGES SOBRE OS TEMAS
TEXTO 1- SAÚDE
Disponível em: http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/brasil/531052/proibicao-dos-planos-de-saude-e-tema-da-charge-desta-quinta-feira/ Acessoe me: 20 out. 2014.
TEXTO 2- POLÍTICA
Disponível em: http://www.jornalvs.com.br/_conteudo/2014/10/noticias/regiao/92980-periodo-eleitoral-e-tema-das-charges-dos-jornais-de-terca-feira.html Acesso em: 20 out 2014.
ATIVIDADE 2 - PRODUZINDO UM TEXTO SOBRE SAÚDE E POLÍTICA
POLÍTICA
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
RECURSOS FEDERAIS
IDOSOS
POPULAÇÃO
ESPERANÇA
POLÍTICA PÚBLICA
CORRUPÇÃO
SOCIEDADE
DEFESA
CRISE
ATIVIDADE 3 - DIVULGAÇÃO DOS TEXTOS
Para leitura do professor:
Vídeo-aula:
Sugestão:
1. Relaciona os textos verbais e não-verbais, construindo sentidos.
2. Realiza inferências em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou pelos colegas.
3. Antecipa sentidos e ativa conhecimentos prévios relativos aos textos a serem lidos pelo professor ou colegas.
4. Demonstrou interesse na leitura dos textos.
Cinco estrelas 1 classificações
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20/10/2014
Cinco estrelasParabéns! Adorei a aula.