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LENDO TEXTOS DE TEMAS DIFERENTES: POLÍTICA E SAÚDE

 

20/10/2014

Autor e Coautor(es)
MARTA PONTES PINTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros digitais: impacto e função social
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • conhecer mais sobre os diferentes temas.
  • extrair informações de textos.
  • concordar ou discordar de opiniões.
  • escrever um texto sobre um dos temas.
Duração das atividades
3 AULAS DE 50 MINUTOS CADA
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Habilidade de leitura e escrita
  • Texto de opinião.
Estratégias e recursos da aula
  • Internet
  • Sites de busca
  • Trabalho em grupo
  • Produção de texto

 

Imagem disponível em: https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=imagem+de+sa%C3%BAde+e+bem+estar Acesso em: 20 out. 2014.

 

MÓDULO 1

 

ATIVIDADE 1 - CONHECENDO AS DEFINIÇÕES DE SAÚDE E POLÍTICA

 

  • Professor, apresente alguns textos sobre os três temas para os alunos. Nesse primeiro momento, prefira as definições. Use o datashow da escola.

 

  • SAÚDE A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de doenças e afecções. Por outras palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia funcional e metabólica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social). Definição disponível em: http://conceito.de/saude Acesso em: 20 out. 2014.

 

  • POLÍTICA - A política é uma atividade orientada ideologicamente para a tomada de decisões de um grupo para alcançar determinados objetivos. Também pode ser definida como sendo o exercício do poder para a resolução de um conflito de interesses.  Disponível em: http://conceito.de/politica Acesso em: 20 out. 2014.

 

ATIVIDADE 2 - LENDO TEXTO DE OPINIÃO SOBRE O TEMA

 

  • Professor, providencie cópias dos textos abaixo para os alunos. Leia os textos com eles. Peça que, em grupos,  grifem o que consideram importante.
  • Você, professor, fará a diferença, uma vez que a ideia é que eles apenas leiam e conversem com você sobre o texto. Prepare-se para ajudá-los. Se houver necessidade, os alunos deverão consultar o dicionário.

 

TEXTO 1

 

Discutindo a saúde no Brasil

 

Com a longevidade da população não há projeto de saúde viável porque com o aumento da idade populacional os custos serão insustentáveis

As promessas para agradar a população por parte dos políticos são mirabolantes, inconsistentes e falsas, em sua maioria. Não será construindo hospitais, utilizando a tecnologia atual para diagnóstico e terapêutica, revisando o sistema SUS ou ampliando o atendimento pela medicina suplementar, ou ainda apenas aumentando orçamentos, que a solução para a saúde será encontrada.

O que é preciso é criar um novo modelo de assistência médica.

Esse modelo terá de incluir a participação da população que basicamente será responsável pela sua execução, desde a utilização adequada do sistema, seu controle de qualidade e participação nos custos segundo as possibilidades individuais – uma medida que nenhum político tem a coragem de admitir.

Na verdade quem é o único interessado na sua saúde? Claramente é o indivíduo, ninguém mais. A simples mudança de formas de pagamento não resolverá o problema, Ele começa nas escolas com profissionais mal formados, falta de vagas para residência médica, direção vocacional insatisfatória.

A saúde é o bem maior do cidadão e sem ela não há qualidade de vida. Prevenir é a melhor forma de tratamento. A prevenção das doenças cardíacas, das decorrentes da obesidade, das consequências do diabete e tantas outras são decisivas. Com a longevidade da população não há projeto de saúde viável porque com o aumento da idade populacional os custos serão insustentáveis.

Para o barateamento dos custos da saúde, os profissionais da área terão de ser remunerados segundo a sua capacidade para que seus honorários sejam justos, para que não se procure complementação via participação financeira, seja em materiais de alto custo, ou na solicitação de exames, para que a decisão de uma intervenção ou tratamento seja do interesse exclusivo dos pacientes.

Construir novos hospitais, sobretudo públicos, é ótimo para inaugurações, mas tem prazo certo de inviabilidade e neste caso o sistema salarial impede a contratação de profissionais experientes, qualificados. Dizer que os postos de saúde nos próximos governos serão resolutivos é falácia pura. Preencher os hospitais com equipamentos de alta tecnologia será nada resolutivo, pois faltarão os profissionais.

Se medidas, como as enunciadas, não forem entendidas, devemos esperar a próxima eleição para que novas soluções sejam apresentadas.

Certamente que propostas para melhorar a saúde existem, como a Emenda 29, paralisada no Congresso, que se efetivada aumentará o orçamento do setor, mas que sozinha não alterará o sistema, embora seja necessária. As coisas são simples: economizar para remunerar melhor os profissionais e entidades prestadoras de serviço, controle de utilização e de qualidade pelos próprios pacientes e mudança de cultura dos profissionais, com a sua seleção desde os bancos universitários. Medicina é isso: é vocação para uma profissão em quem se defende o bem máximo, a saúde.

Marcial Carlos Ribeiro, instituidor da Fundação de Estudos das Doenças do Fígado, (Funef), ex-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, é comendador da Ordem do Médico Nacional pela Presidência da República.

Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1078089 Acesso em: 20 out. 2014.

 

TEXTO 2

Por Leonardo Avritzer

O Centro de Referencia do Interesse Público (CRIP) reúne um conjunto de professores da Universidade Federal de Minas Gerais das áreas de ciência política, filosofia e história que partilham um diagnóstico sobre a realidade política brasileira. Na nossa opinião, o Brasil foi constituído a partir de uma fraca noção de identidade pública e sob a batuta de interesses privados muito fortes. O nosso estado é um estado forte demais para conceder favores e fraco demais para estabelecer com clareza os limites entre o público e o privado, especialmente para os poderosos. Fenômenos como o que assistimos na semana passada, de um ministro da Casa Civil afirmar que fez aquilo que todos fazem, isso é, negociou informações e acesso privilegiado ao estado com grandes grupos econômicos, são parte do dia a dia da política brasileira. É verdade que a opinião pública se indigna com razão a cada um destes episódios, mas a verdade é que a sua raiz reside em aspectos quase estruturais da cultura brasileira. Uma incapacidade de construir uma noção forte daquilo que é público na política.

O CRIP pretende tratar acadêmica e politicamente dos fenômenos da corrupção e da organização da Justiça no Brasil. No que diz respeito à corrupção, temos aplicado anualmente, desde 2008, pesquisas de opinião sobre o problema, tentando produzir medidas de longo prazo e comparativas sobre o fenômeno, algo que inexiste hoje no país. Ao longo destas pesquisas, três resultados importantes foram revelados: o primeiro deles é que a população brasileira na sua esmagadora maioria (73%) acha a corrupção um fenômeno grave ou muito grave; o segundo é que a população não acredita que a corrupção aumentou durante os últimos anos – que ocorreu foi que ela passou a ser mais investigada, especialmente pelas operações da Polícia Federal; e em terceiro lugar, a população identifica corretamente que a instituição que mais abriga a corrupção é o Poder Legislativo, com os Legislativos municipais capitaneando o processo.

Vale a pena comentar alguns destes resultados. De fato, a população brasileira aumentou a sua atenção e a sua rejeição à questão da corrupção nos últimos anos. No entanto, têm faltado à população os meios para melhorar a qualidade do sistema político brasileiro. Estes podem vir ou através de iniciativas da sociedade civil ou através de mudanças na legislação e aprimoramentos institucionais que impliquem em melhorias no controle da corrupção. Dentre as diferentes iniciativas que são possíveis, uma se destaca devido à sua origem na sociedade civil: a proposta da lei da ficha limpa. É sabido que o Brasil tem uma das concepções mais estapafúrdias do mundo acerca da presunção da inocência pela via do assim chamado “transitado e julgado”. Até recentemente, a condenação de um político em três instâncias do Poder Judiciário não tinha absolutamente nenhuma conseqüência em relação às suas ações, ou seja, ele continuava livre e podia ser candidato. A Justiça não produzia praticamente nenhum efeito em relação às ações dos políticos, especialmente em relação àqueles que se habilitam ao foro especial. A ficha limpa veio com a intenção de modificar este estado de coisas. Ela propôs a impossibilidade de concorrer a um mandato depois de uma primeira condenação em segunda instância.

A importância desta lei não pode ser subestimada quando cruzamos com a percepção da população sobre a corrupção. A percepção da população, corretamente, é que a corrupção tem maior incidência no Poder Legislativo. Os problemas tratados pela ficha limpa restringem as candidaturas principalmente a este Poder. Esse pode ser um bom início para uma agenda que interessa aos membros do Centro do Interesse Publico e que estaremos discutindo neste Fórum que é: quais modificações podem fazer com o sistema político brasileiro se torne menos corrupto? Sabemos que algumas mudanças podem ajudar como é o caso da mudança nas regras de financiamento de campanha. Mas não temos ilusões. É preciso mudar a maneira como o Judiciário brasileiro funciona para que a corrupção no país diminua. Esse é o segundo tema que pretendemos tratar neste fórum.

A questão do papel do Judiciário na sociedade brasileira é bastante complexa. Até 1988, era o mais fraco dos três Poderes e o que menos se afirmava frente ao Executivo. Depois de 1988, o judiciário recuperou fortemente suas prerrogativas, ao mesmo tempo que o Congresso Nacional continuou a perder as suas. Hoje há um forte processo de judicialização no país firmemente calcado no artigo 102 da Constituição e sua regulamentação posterior, que ampliou fortemente os atores que podem arguir a inconstitucionalidade, incluindo desde a OAB, aos partidos e associações de classe. Assim, ocorreu um forte aumentou do conjunto de questões que chegam ao STF para o exercício do controle concentrado de constitucionalidade. Ao mesmo tempo, a Constituição não alterou fortemente a estrutura de privilégios e recursos que, como sabemos, entrava o Judiciário brasileiro. Pelo contrário, o uso recorrente do Judiciário por certo atores, especialmente pelo próprio Estado e grandes atores econômicos torna a Justiça brasileira muito lenta e permite a impunidade, que é hoje uma das grandes preocupações da sociedade brasileira. Sabemos que em janeiro de 2011 o estoque de ações no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo alcançava a marca de 18 milhões de processos, entre os quais 10 milhões ligados à execuções fiscais municipais, uma grande parte delas de baixo valor. A incapacidade do Poder Judiciário de responder aos reclamos da sociedade contra a impunidade, em particular, contra a impunidade daqueles que cometem crimes contra o erário público, é hoje uma das maiores ameaças à legitimidade das instituições políticas no país.

Vale a pena analisar algumas iniciativas que podem ter um impacto positivo, tanto no combate à corrupção quanto na impunidade geral que graça em relação aos membros do sistema político. Trata-se da lei da ficha limpa e da assim chamada “emenda Peluso”. Em ambos os casos, trata-se de revisar fortemente a ideia do transitado em julgado brasileiro de maneira que condenações de segunda instância tenham de fato efeito e penas comecem a ser cumpridas. No caso da ficha limpa, vale a pena perceber que ela expressa uma tentativa da sociedade civil brasileira, através do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral de intervir no processo político de modo. Neste caso, trata-se não apenas de romper com uma tradição de impunidade que, no caso do sistema político é mais ampla, devido à lentidão adicional causada pelos forus especiais, como também de qualificar uma dimensão mais republicana do Estado. O critério para alguém ser candidato e servir ao poder público deve estar além da simples dúvida processual a qual cabe um recurso. Há no “ser candidato” ou no “ser membro do sistema político” uma dimensão de responsabilidade com o dever público que a lei precisa contemplar. No caso da emenda Peluso, a questão mais importante é fazer com que um padrão mínimo de igualdade penetre no funcionamento do sistema de justiça no Brasil impedindo que aqueles que têm acesso a bons advogados possam se manter indefinidamente em liberdade, independente da culpa. O caso Pimenta Neves, finalmente resolvido recentemente, é o melhor exemplo da utilização do sistema de Justiça com o objetivo da impunidade.

O membros do CRIP, Centro de Referência do Interesse Público, irão no fórum, que ora instalamos em parceria com a Carta Capital, tratar destas questões a partir de perspectivas plurais, envolvendo a ciência política, a filosofia, a história e os estudos sobre cultura. A cada semana um dos membros do CRIP e ou parceiros que têm trabalhado conosco nas nossas principais publicações – Reforma Política no Brasil e Corrupção: Ensaios e Crítica – irão ocupar o fórum para tratar de um destes problemas levantados acima na perspectiva do Interesse Público. Acreditamos que o fórum constitui um excelente momento para o estabelecimento desta parceria que pretende aprofundar temas que frequentemente são abordados pela imprensa, mas não são aprofundados. Estes artigos terão como objetivo aprofundar o debate público sobre os temas do controle da corrupção e do acesso ao Judiciário. Sendo assim eles pretendem reforçar uma tradição de jornalismo independente e bem informado que tem sido a marca da revista “Carta Capital”.

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-realidade-politica-brasileira Acesso em: 20 out. 2014.

 

 

MÓDULO 2

 

 

ATIVIDADE 1 - LENDO CHARGES SOBRE OS TEMAS

 

  • Professor, apresente as charges abaixo em datashow para os estudantes. Deixem que façam observações e comentem o que entenderam de cada uma.

 

TEXTO 1- SAÚDE

Disponível em: http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/brasil/531052/proibicao-dos-planos-de-saude-e-tema-da-charge-desta-quinta-feira/ Acessoe me: 20 out. 2014.

 

TEXTO 2- POLÍTICA

 

Charge do dia 14-10

Disponível em: http://www.jornalvs.com.br/_conteudo/2014/10/noticias/regiao/92980-periodo-eleitoral-e-tema-das-charges-dos-jornais-de-terca-feira.html Acesso em: 20 out 2014.

 

  • Depois de discutir as charges com os estudantes, peça a os alunos que pensem sobre o assunto e anotem o que consideraram mais importante até aqui sobre cada um dos temas.

 

 

ATIVIDADE 2  - PRODUZINDO UM TEXTO SOBRE SAÚDE E POLÍTICA

 

  • Professor, depois de lidos e discutidos os textos acima, peça a seus alunos que escrevam um texto de opinião, posicionando-=se em relação aos problemas da saúde no Brasil. Converse com eles sobre a demora no atendimento, sobre a pouca quantidade de médicos, sobre as unidades de atendimento integrado, aos postinhos de saúde e o que uma boa política pode melhorar a questão da saúde no Brasil etc.
  •  
  • Os estudantes deverão inserir em seus textos as palavras sugeridas abaixo. Eles devem colocá-las onde quiserem, mas devem fazer sentido.

 

 

POLÍTICA

 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

RECURSOS FEDERAIS

IDOSOS

POPULAÇÃO

ESPERANÇA

POLÍTICA PÚBLICA

CORRUPÇÃO

SOCIEDADE

DEFESA

CRISE

 

ATIVIDADE 3 - DIVULGAÇÃO DOS TEXTOS

 

  • Depois de lidos, corrigidos e reescritos, o professor deverá pedir autorização dos alunos para postar os textos no blog da escola.
Recursos Complementares

Para leitura do professor:

 

 

Vídeo-aula:

Avaliação
  • Professor, a avaliação deverá acontecer ao longo das atividades. Para tanto, sugerimos alguns itens que poderão fazer parte de um  quadro de registro da aprendizagem para cada aluno, de modo a poder acompanhar os avanços de cada um, com relação às habilidades de leitura e escrita trabalhadas nas aulas.

 

Sugestão: 

1. Relaciona os textos verbais e não-verbais, construindo sentidos.

2. Realiza inferências em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou pelos colegas.

3. Antecipa sentidos e ativa conhecimentos prévios relativos aos textos a serem lidos pelo professor ou colegas.

4. Demonstrou interesse na leitura dos textos.

Opinião de quem acessou

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