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PRODUZINDO TEXTO DISSERTATIVO SOBRE "PUBLICIDADE INFANTIL"

 

24/11/2014

Autor e Coautor(es)
MARTA PONTES PINTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Conhecer informações novas sobre a publicidade infantil no Brasil.
  • Apreender informações de um vídeo sobre o tema.
  • Produzir um texto dissertativo sobre a publicidade infantil.
Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Habilidades de leitura e escrita.
Estratégias e recursos da aula
  • Uso da Internet.
  • Vídeo
  • Produção de texto

 

MÓDULO 1

 

ATIVIDADE 1 - SENSIBILIZAÇÃO PARA ESTUDO DO TEMA

 

Para iniciar a atividade, o professor deverá apresentar aos alunos o vídeo disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=joLiu7ugr7M Acesso em: 22 nov. 2014.

 

 

Publicidade Infantil x Consumismo - YouTube

 

  1. www.youtube.com/watch?v=joLiu7ugr7M
    25/01/2011 - Vídeo enviado por Carlos Soton

    This video is unavailable. You need Adobe Flash Player to watch this video. Download it from Adobe. ... Publicidade Infantil x Consumismo.

     

ATIVIDADE 2 - LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 

  • Professor, entregue cópias do texto abaixo para os alunos. Façam uma leitura coletiva, discuta com eles os pontos mais importantes do texto. Peça a eles que deem sua opinião sobre o assunto. 

 

PUBLICIDADE INFANTIL EM DISCUSSÃO NO SENADO

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Alana defende a restrição total de publicidade dirigida a crianças, durante Audiência Pública no Senado que discute mudanças no Código de Defesa do Consumidor (CDC). 

A audiência realizada no dia 29 de abril em Brasília, reuniu organizações, representantes de mercado e estudiosos para debater novas regras para sustentabilidade e para publicidade dirigida a crianças no CDC. 

O segundo tema despertou divergência de opiniões. Os porta-vozes do mercado publicitário e anunciante defenderam principalmente o direito de anunciar para o público infantil, sob o argumento de que já havia normas suficientes para impedir abusos e que as crianças seriam capazes de compreender mensagens persuasivas. 

Para Alana,  permitir que crianças sejam alvo de apelos para o consumo é altamente prejudicial e aprofunda problemas como obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, entre outros. “Para nós qualquer medida menor que a proibição da publicidade dirigida ao público infantil será um retrocesso”, afirmou Isabella Henriques, diretora de Defesa do Alana. 

Ela ressaltou que os artigos atuais do CDC já permitem a interpretação de que hoje é proibida a publicidade infantil. O artigo 37, por exemplo, coloca que “é proibida toda publicidade enganosa ou abusiva”, e que é considerada abusiva, dentre outras, a publicidade que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança. 

Mais do que isso, Isabella lembrou o artigo 227 da Constituição Federal, que coloca que, em caso de conflito de direitos ou interesses, é sempre a proteção e garantia dos direitos da criança que deve prevalecer. 

A audiência foi promovida pela Comissão de Modernização do Código de Defesa do Consumidor, criada no ano passado para examinar as propostas de alteração do CDC  produzidas por um grupo de juristas designado pelo Senado. Na ocasião, foi discutida a inclusão de artigos relacionados a publicidade infantil, como forma de tratar consequências relacionadas ao consumismo infantil, como obesidade e violência. 

Hoje, 1 em cada 3 crianças brasileiras de 5 a 9 anos já está acima do peso e, segundo Maria Edna de Melo, diretora da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), participante do evento, pesquisas comprovam a relação entre a publicidade de alimentos e a obesidade infantil. Uma das pesquisas apresentadas demonstrou que o aumento de 25 minutos na exposição semanal provoca aumento de 1,4% na ingestão de calorias. Não é a toa que a Organização Mundial da Saúde vem pedindo que os governos locais promovam leis que regulem a publicidade de alimentos há anos.

Durante a audiência, o relator da comissão, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), prometeu entregar o relatório com o seu parecer até o final do mês de maio, com a intenção de que a proposta seja votada pelo Plenário do Senado até o fim do semestre. Só resta esperar que a proteção da criança seja considerada nas alterações do CDC.

  • Autorregulação em debate 

Um dos pontos levados por entidades do mercado publicitário foi o uso da autorregulação como forma de coibir abusos de comunicações que falem diretamente com crianças. Edney Narchi, do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), citou, por exemplo, um acordo entre agências, veículos e anunciantes pelo fim do merchandising dirigido ao público infantil. 

No entanto, foram questionadas a real efetividade dos acordos da indústria e da própria atuação do Conar. Isabella Henriques ressaltou que o Conselho, que é uma organização não-governamental financiada por empresas, não está presente em todo o Brasil e que seus associados não representam 100% do mercado e muito menos os interesses públicos. Ela reconhece a legitimidade dos acordos de autorregulamentação, mas explica que essas iniciativas não podem substituir políticas públicas, especialmente aquelas que protegem as crianças.

Texto disponível em: http://defesa.alana.org.br/post/49451221376/publicidade-infantil-no-senado  Acesso em: 12 nov. 2014.

 

MÓDULO 2

 

ATIVIDADE 3 - RECORDANDO COMO SE FAZ UM TEXTO DISSERTATIVO

 

  • Professor, providencie cópia do texto abaixo aos alunos, fazendo com que se lembrem dos passos para se redigir uma boa dissertação.

 

  1. introdução - em que se apresenta a ideia ou o ponto de vista que será defendido;

    b- Desenvolvimento ou argumentação - em que se desenvolve o ponto de vista para tentar convencer o leitor; para isso, deve-se usar uma sólida argumentação, citar exemplos, recorrer a opinião de especialistas, fornecer dados, etc.

    c- conclusão - em que se dá um fecho ao texto, coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados.

Quanto à linguagem, prevalece o sentido denotativo das palavras e a ordem direta das orações. Também são muito importantes, no texto dissertativo, a coerência das ideias e a utilização de elementos coesivos, em especial das conjunções que explicitam as relações entre as ideias expostas. Portanto, a elaboração de um texto dissertativo não está centrada na função poética da linguagem e sim na colocação e na defesa de ideias e na forma como essas ideias são articuladas. Quando se lança mão de uma figura de linguagem, ela deverá sempre ser utilizada com valor argumentativo, como um instrumento a mais para a defesa de uma determinada ideia.

 

 

ATIVIDADE 2 - PRODUÇÃO DE TEXTO

Professor, entregue cópias do texto abaixo para os alunos. Leia o texto com eles. Peça que leiam em voz alta primeiramente, depois comente parágrafo por parágrafo com eles, sempre pedindo que concordem ou não com o autor.

TEXTO MOTIVADOR

 

Publicidade infantil: proibir é o caminho?

Discutida há anos no Brasil e no mundo, a questão dos anúncios dirigidos às crianças ainda gera polêmicas. De um lado, especialistas afirmam que eles abusam da falta de autonomia da criança para vender seus produtos e gerar lucros à empresa anunciante; do outro, representantes do mercado defendem que bani-lo é tirar dos pais a responsabilidade e o direito de educar os filhos

Por Anna Beatriz Anjos, na edição 143 da Revista Fórum Semanal 

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O cartunista Mauricio de Sousa se manifestou a favor da publicidade infantil na rede e foi duramente criticado por internautas (Reprodução/Instagram)

No último dia 4, foi publicada no Diário Oficial da União resolução aprovada de forma unânime pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). O texto classifica como abusivas todas as formas de “publicidade e comunicação mercadológica destinadas à criança, com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço”.

Segundo o documento, a comunicação mercadológica abrange ferramentas como meios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners e sites, embalagens, promoções,merchadisings, ações em shows e apresentações e nos pontos de venda. Como aspectos que caracterizam abusividade, ele cita, entre outros, o uso de linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de cores, trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança, ou ainda a participação de celebridades e personagens com apelo ao público infantil.

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de julho de 1990) e o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº8078, de setembro de 1990) já dispõem sobre a publicidade infantil. O último, em seu artigo 37, também a considera abusiva e a coloca como ilegal – “ É abusiva, dentre outras, a publicidade (…) que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança (…)”. Por isso, para o Conanda, apesar da resolução não ter força de lei, a existência de outras normas que versam sobre o assunto já é suficiente para proibir a propaganda destinada às crianças.

Diante da situação, algumas entidades ligadas ao ramo publicitário – como a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) – se uniram e divulgaram uma nota pública, na qual afirmam reconhecer o Poder Legislativo “como o único foro com legitimidade constitucional para legislar sobre publicidade comercial”. Além disso, declararam considerar o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) “o melhor – e mais eficiente – caminho para o controle de práticas abusivas”.

Dias após a publicação da resolução do Conanda, outra polêmica envolvendo a questão da publicidade infantil mobilizou a rede. Em sua conta no Instagram, o cartunista Mauricio de Sousa, criador da marca Turma da Mônica, postou a foto de uma menina segurando um cartaz no qual era possível ler: “Eu tenho direito de assistir publicidade infantil. A televisão, não é só para adultos”. A imagem gerou uma onda de comentários críticos à atitude do artista, que excluiu a postagem e publicou, em seu perfil do Facebook, uma mensagem de “esclarecimento”. “Como sempre valorizei a voz das crianças, nesses mais de 50 anos de trabalho, fiz por impulso, mas isso gerou uma série de interpretações errôneas”, escreveu.

Ambos os episódios reacenderam o antigo embate em torno do tema da publicidade infantil no Brasil. Em que sentido ela é abusiva às crianças? É necessário proibi-la?

Não somos os únicos culpados

Estudo realizado em 2006 pelo National Bureau of Economic Research indica que, caso os anúncios televisivos de redes de fast food fossem banidos nos Estados Unidos, o número de crianças de 3 a 11 anos com sobrepeso seria reduzido em 18% (Istock Photos)

Estudo realizado em 2006 pelo National Bureau of Economic Research indica que, caso os anúncios televisivos de redes de fast food fossem banidos nos Estados Unidos, o número de crianças de 3 a 11 anos com sobrepeso seria reduzido em 18% (Istock Photos)

 

A Abap é uma das instituições que encabeçam a campanha pela manutenção dos anúncios destinados ao público infantil. Dentre os projetos que já desenvolveu nesse sentido, está a campanha Somos todos responsáveis, criada, segundo a própria associação, para “promover uma discussão equilibrada, livre de radicalismos” em torno da questão.

A principal bandeira da iniciativa é a de que proibir os anúncios direcionados às crianças não resolveria o problema, pois elas estarão sempre expostas a estímulos consumistas, seja nos shoppings centers, entre os amigos na escola, na internet ou nas ruas, que, exceto no caso da cidade de São Paulo, são dominadas pelos outdoors. Por isso, não adiantaria creditar à publicidade toda a culpa pelo problema do consumismo na infância – ele seria responsabilidade de todos: família, escola, sociedade.  “Se a ideia é proteger as crianças da mídia não adianta mais desligar a televisão, abaixar o volume do rádio e ficar longe das bancas de jornais”, declarou Dalton Pastore, presidente do Conselho Superior da Abap, em um texto publicado no site da campanha.

 

 

Texto disponível em: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/04/publicidade-infantil-proibir-e-o-caminho/ Acesso em 12 nov. 2014.

 

ATIVIDADE 4

Professor, os alunos deverão, tendo em vista as informações do texto motivador, produzir um texto dissertativo argumentativo, posicionando-se em relação ao tema da aula.

Professor, sugira alguns títulos para escolha dos estudantes:

  • Publicidade infantil: proibir? Por quê?
  • Consumismo na infância: culpa da publicidade infantil?
  • O controle de práticas abusivas da publicidade infantil.
  • Publicidade Infantil e a garantia dos direitos da criança.
Recursos Complementares

Para leitura do professor:

 

1. Entenda os perigos da publicidade infantil - http://www.idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/publicidade-infantil-entenda-quais-so-os-perigos Acesso em: 22 nov. 2014.

2.  A publicidade e o consumo infantil - http://luz.cpflcultura.com.br/a-publicidade-e-o-consumo-infantil,11.html Acesso em: 22 nov. 2014.

Avaliação
  • Professor, avalie seu aluno em relação ao interesse dos estudantes em relação ao tema trabalhado. Você poderá perceber, durante o processo, se ele participa ativamente da leitura do texto, se assiste ao vídeo com interesse e se produz o texto dissertativo sobre o tema. Sobre o texto, leia e corrija-o e dê um feedback para os alunos.
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