29/05/2015
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Inicial | Alfabetização | Orientações didáticas para alfabetização |
Ensino Fundamental Inicial | Geografia | Conservando o ambiente |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral |
Ensino Fundamental Inicial | História | Localidade |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Ensino Fundamental Inicial | Alfabetização | Evolução da escrita alfabética |
Ensino Fundamental Inicial | Alfabetização | Concepção de texto |
Ensino Fundamental Inicial | História | Organização histórica e temporal |
Ensino Fundamental Inicial | Geografia | Lugar e paisagem |
- Exercitar a escrita criando narrativas a partir de temas inspirados em sua experiência de vida, registradas em imagens feitas com aparelhos de telefonia móvel, câmera fotográfica, publicadas em redes sociais ou fotos reveladas.
- Selecionar imagens, a partir dos registros pessoais e seguindo uma temática de livre escolha, para elaboração de um pequeno livro.
- Participar de todas as etapas da elaboração de um livro, verificando as características de cada uma delas.
- Reconhecer referenciais para seleção e análise de imagens anteriormente capturadas sem critérios pré-definidos, exercitando competências e habilidades como escolha, organização, e sistematização.
Noções básicas de alfabetização
Olá, colega professor/aA proposta desta aula visa dar significado ao processo de alfabetização de crianças e adultos, buscando inspiração em sua própria experiência de vida, a partir de um vasto banco de dados, que, provavelmente, eles possuem armazenado na memória de seus aparelhos de telefonia móvel, de suas câmeras fotográficas ou até mesmo já postado nas redes sociais.Diversificando as propostas impessoais de construção de narrativas, o ponto de partida são as imagens que os alunos já possuem na memória desses aparelhos eletrônicos e que, provavelmente, nem mesmo a família sabe como sistematiza-las.Há a possibilidade da edição eletrônica da obra final, utilizando para isso o blog da turma ou o site da escola. Essa opção não implica em custos financeiros, porém é necessário que o professor providencie uma autorização de uso da imagem, quando se tratar de alunos menores de idade. A versão impressa requer planejamento, incluindo essencialmente uma conversa com a coordenação de área, a direção da escola, os pais, e ou os patrocinadores.O papel do professor será auxiliar o aluno na identificação de um tema gerador (que norteará a seleção das imagens), coordenar e supervisionar o andamento do trabalho. Uma das características do tempo presente é a facilidade para se gerar imagens e a intensidade com que isso é feito. Falta, no entanto, um ordenamento para as mesmas. Falta também a formação do espírito crítico para captura-las e, inclusive, para descarta-las.O professor contribuirá na instrumentalização dos alunos para a construção da narrativa, tanto no aspecto formal quanto no aspecto subjetivo, uma vez que eles terão que dar um significado para a história a ser construída.Valendo-se dos recursos da era digital, que favorecem a obtenção e a fugacidade das imagens, o pequeno livro proposto poderá ser editado no laboratório de informática da escola. Com algum esforço e com recursos financeiros acessíveis, os alunos deverão vivenciar todas as etapas da elaboração de um livro, desde a concepção, criação, diagramação, impressão, montagem, até a distribuição final.Não se espera a criação de uma obra prima ou uma produção esmerada. Trata-se de um recurso didático-pedagógico com grande potencial para despertar entusiasmo entre os alunos, contribuindo diretamente na melhora da qualidade da escrita. Além disso, proporciona o desenvolvimento de competências e habilidades voltadas à construção de referenciais que permitem o estabelecimento de critérios na geração das imagens e informações coletadas, dando-lhes significado. A fugacidade, portanto, dá lugar à criticidade.A proposta visa a produção de um livro por aluno, materializando a pedagogia da autonomia, proposta por Paulo Freire, cujo objetivo é a construção de sujeitos críticos, independentes, pensantes. Assenta-se também nas concepções de Freinet, quando defende a pedagogia da vida (a vida do aluno ganha o centro do processo pedagógico) e a pedagogia do trabalho (considerando o processo de composição da obra).A interação, que se constitui no princípio central da sociabilidade dos alunos, acontecerá durante o processo de produção do livro, quando trocarão ideias sobre os temas selecionados, a construção da história, a escolha da forma de apresentação do livro, e, quando o material estiver pronto, socializando e explorando os resultados pedagógicos da obra.Ao longo da aula você verá sugestões sobre como conceber e criar um livro, como definir um tema gerador, como consorciar narrativas e propostas de interatividade com o leitor, entre outras nuances do universo literário e da comunicação. |
De onde partiremos para a criação do livro? Sugiro começar do que já temos: as imagens armazenadas em seus aparelhos de telefonia móvel, câmeras fotográficas ou já postadas nas redes sociais. Poderão usar também algumas fotografias já reveladas, que fazem parte do acervo familiar. Vocês têm essas imagens? |
Para crianças da primeira fase do ensino fundamental- Meus esportes favoritos- Meu animal de estimação- Eu, na casa da vovó/vovô- O trabalho dos meus pais- Diversão entre amigos- Meus passeios e viagens- Aventuras inesperadas- Aventuras programadas- Minha família- Pagando o mico- Outros temas
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Para adultos em fase de alfabetização- Meu trabalho- Minha família- Meus passeios e viagens- Meu animal de estimação- Meus esportes favoritos- Diversão entre amigos- Pagando o mico- Minha cidade- Minha saúde- Meu(s) amor(es)- Outros temas
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- Por que esse tema me atrai?- Há motivos suficientes para a geração de uma história real ou fictícia?- Possuo boas imagens sobre o tema escolhido? Há um número razoável de imagens?- Onde elas estão guardadas, arquivadas ou postadas?- Caso necessite, poderei contar com o apoio de algumas pessoas para o desenvolvimento do meu trabalho, sem que elas se sintam incomodadas com a minha história?- A quem dedicarei o meu livro?- Um exemplar do meu livro será enviado para alguém que mora distante. A quem o enviarei? |
Observação: Essa condição (existência de muitas imagens) constitui a proposta da aula, uma vez que o objetivo é a contribuição para o desenvolvimento de referenciais para a seleção, arquivamento, sistematização e significado das mesmas.Propõe-se a criação de uma oportunidade pedagógica para se refletir sobre a importância e o significado das imagens no momento em que vivemos. |
Busca-se uma forma simples, criativa e ágil de estímulo à escrita. |
Sugere-se que os alunos recortem as imagens impressas para que possam manuseá-las com mais flexibilidade, favorecendo a construção da história.Após a definição da sequência, as imagens deverão ser numeradas e coladas em folhas de papel sulfite. Essas folhas deverão ser grampeadas, dando a ideia inicial de um livro.Se a opção for pela montagem do material em formato de álbum seriado, sugere-se que as imagens sejam coladas numa cartolina recortada em tiras (na largura desejada) e dobradas de modo sanfonado. (ver foto no destaque abaixo) |
Foto 1. Maria Júlia Gil Lermem, em idade de alfabetização, visita uma gráfica, em Adamantina/SP. Na foto 2, ela passa cola no dorso do papel, formando bloquinhos a serem utilizados como pequenos cadernos. Os bloquinhos foram confeccionados com sobras de papel, despertando o compromisso com o meio ambiente. Funcionários que colaboraram com a visita: Foto 1. Designer gráfico Aluízio Itamar Costa. Foto 2. Operador de guilhotina e acabamento Paulo Sérgio Alves de Lima
Considerando a complexidade da coordenação do trabalho (para o professor), a inexperiência dos alunos e o efeito pedagógico que se pretende obter, as histórias devem ser curtas.Há várias formas de se pensar no formato do livro. A praticidade, os objetivos pedagógicos, e os custos, são critérios fundamentais para a definição do tamanho e da forma. O professor de Artes dará grande contribuição nesse aspecto.Sugestões quanto ao formato e à quantidade de páginas.a) Para trabalhos em forma de livro: 1 folha (4 páginas) para capa e contracapa, mais 2 folhas (8 páginas para o miolo). Considerando papel sulfite (A4) dobrado ao meio, na forma horizontal, serão necessárias 3 folhas de papel, que comporão 12 páginas.b) Para trabalhos em forma de folder ou de álbum seriado: usa-se uma folha de papel A3 dobrada verticalmente em 3 partes. Dessa forma, serão 6 faces com áreas longas para preenchimento. É possível cortá-lo ao meio e dobrar horizontalmente, diminuindo a área e aumentando as páginas para a disposição das imagens, dos textos e das atividades interativas a serem propostas (caça-palavras, cruzadinhas etc.).Observações: O papel com gramatura 90 é mais resistente que o de gramatura 75, este convencionalmente utilizado nas impressões.Da esquerda para direita: Figura 1. Papel A4 dobrado ao meio. Figura 2. Montagem de um livro em formato convencional. Fotos da autora.Figura 3. Formato alternativo do tipo folder ou álbum seriado. Fonte: http://luanaracquel.blogspot.com.br/2010/10/como-fazer-um-fantoche-de-papel.html |
Durante o processo, o professor deverá estar atento ao interesse de todos os alunos. Estudantes estigmatizados pelo fracasso escolar podem ver o desafio de participar de uma experiência desse porte com angústia e insegurança. O professor deverá dar atenção especial a esses alunos, uma vez que a atividade tem potencial para trazê-los à centralidade do processo de ensino e aprendizagem. Além disso, pode constituir-se numa oportunidade de ele ser elogiado e valorado por familiares e amigos, melhorando a sua autoestima. |
http://www.editoraibep.com.br/oficinadeescritores/fundamental1.html
A revisão, portanto, deve ser vista com um momento vivo de apreensão individual e coletiva do conhecimento e não de punição ou de ironias em relação às falhas cometidas. |
Para dimensionar os custos, é importante que os alunos definam quantos exemplares serão impressos. Essa definição requer uma conversa com os pais, com a direção da escola e ou com os patrocinadores. |
Foto 1. Maria Júlia Gil Lermem, em idade de alfabetização, visita a agência dos Correios de Adamantina/SP. Foto da autora. Agente de atendimento Sidnéia A. Ferreira da Silva Spirandeli efetua a selagem de uma carta social escrita pela garota e enviada a familiares.
Foto 2. Agentes de distribuição explicam à pequena Maria Júlia as características do setor. Da esquerda para a direita: Jair Antonio de Cezare Gonçalves; Reginaldo Paulino da Silva e Aleixo Ramos das Neves. Foto da autora.
Uso pedagógico das obras produzidas http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/98/imprime264287.asp
A experiência vivenciada contém inúmeras possibilidades de abordagem, cuja descrição não se limita a este espaço. Entre as sugestões podem-se relacionar- leitura das histórias. Dispostos em um único círculo ou distribuídos livremente pela sala, cada estudante lê a sua história em voz alta, enquanto os demais a ouvem. Além do exercício da leitura, a atividade favorece a construção do hábito da audição respeitosa, prestigiando a história de cada um.- troca do material. Os livrinhos poderão ser trocados entre os colegas, para que leiam e conheçam melhor a história de seus amigos.- latência. O professor poderá fazer uso de frases, imagens, palavras, e situações presentes nas narrativas para lincagem (conexões) com conteúdos previstos no currículo escolar.- noções de biblioteconomia. Um exemplar deverá ficar na sala de aula, para uso sempre que necessário. Assim, deverá ser providenciado um local adequado e os alunos farão a disposição dos mesmos seguindo a ordem alfabética dos nomes dos autores, dos títulos, ou outra forma de ordenamento proposto pelo professor. |
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http://pt.depositphotos.com/10121830/stock-illustration-pins-thumbtack.html; http://www.kwc.com.br/produto/acc-percevejos-latonados-dourados-cx-c-100-und-.html#axzz3Pktq55PF
O universo da comunicação e da criação artística e literária é inesgotável. Além das sugestões elencadas nesta proposta didática, tantas outras poderão surgir. Cabe ao professor, a partir da sua criatividade e dos recursos de que dispõe, bem como do envolvimento da turma, dar asas à imaginação.Bom trabalho. |
Célestin Freinet, o mestre do trabalho e do bom senso: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mestre-trabalho-bom-senso-423309.shtml
Dispositivo e imagem: o papel da fotografia na arte contemporânea:http://www.studium.iar.unicamp.br/27/01.html
Ensino híbrido e o projeto primeiro livrohttps://www.youtube.com/watch?v=rdMMYjHp0a4&feature=youtube_gdata
Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742006000200009
Oficina de escritores. Ensino fundamental I: http://www.editoraibep.com.br/oficinadeescritores/fundamental1.html
Paisagens climatobotânicas: diversidade, recursos e impactos ambientais: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=50534
Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: http://destaquedu.blogspot.com.br/2013/08/livro-completo-e-resumo-pedagogia-da.html
Por uma antropologia do visual contemporâneo:http://www.ufrgs.br/ppgas/ha/pdf/n2/HA-v1n2a09.pdf
Portal do jornal escolar: http://www.jornalescolar.org.br/2011/06/jornal-escolar-primeiras-letras/
Cinco estrelas 3 classificações
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23/01/2016
Cinco estrelasEsse projeto além de ser lúdico e de grande relevância para o desenvolvimento do aluno na leitura e escrita, na discriminação de gênero textual, como também da percepção cultural e social. Gostei muito!
13/09/2015
Cinco estrelasAdorei !!! Achei o projeto muito criativo e acredito que vai despertar o interesse de todos os alunos.
28/06/2015
Cinco estrelasSENSACIONAL. Parabéns a professora Izabel pelo excelente trabalho e obrigado por compartilhar. Forte abraço de seu novo fã; Marcelo de Toledo